As Crônicas de Skarion escrita por Dan Skarion


Capítulo 11
Capítulo 11




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"Faiscando?", Dan pensou. "Impossível".

Puxou a espada para perto de si, verificando que não havia nenhum sinal anormal nela. Nenhuma faísca, fagulha ou mesmo marca de queimado. Dan perguntou à Kress se ele tinha certeza do que estava dizendo.

– Tenho. Acordei com um grito seu e e vi a espada em sua mão, faiscando.

– Não consigo entender isso.

– Nem eu - respondeu Kress - mas podemos averiguar isso melhor quando estivermos fora de risco.

Um pouco depois, retomado do susto e ainda aproveitando a noite, Kress acertou uma flecha em um coelho que passava por entre as árvores. Arrumou uma pequena fogueira e assou o mesmo. Os três comeram felizes, mas ainda assim nervosos e atentos à estrada.

De repente, Max surgiu de cima do morro, correndo e disse:

– Eu vi luzes, eles devem estar se aproximando.

Não falta muito para acabarmos a descida da montanha - disse Kress - Sei que há uma vila ao norte depois. Lá nos esconderemos.

– Vamos correr então - disse Dan.

Os três recolheram seus itens rapidamente e saíram correndo pelo bosque, que agora se estendia até o fim da estrada.Colocaram as mochilas e os Daks às costas e começaram a corrida, passando entre as árvores e focados em chegar ao fim da estrada.

Neste momento Dan agradecia mentalmente ao treinamento de Flint. Estes garotos treinavam desde crianças de forma exaustiva, para serem ótimos soldados. Mas desde que o talento natural deles havia sido notado os três haviam treinado de forma ainda mais árdua. Assim, os três eram, sem sombra de dúvida, os guerreiros mais capazes de Flint, capazes de aguentar longas horas de caminhada e corrida, além de lutar por tempos inacreditáveis.

Passada cerca de uma hora de corrida, os três conseguiram finalmente visualizar ao fim da estrada da montanha, chegando assim ao nível do planalto que se estendia à frente da montanha Hifiak, o lar da vila de Marint.

Pararam à beira da estrada para recuperar o fôlego e notar se os soldados estavam perto. Passaram-se alguns minutos e nada viram.

– Onde eles estão, Kress? - disse Max.

– Devem estar procurando melhor nos bosques acima. Agradeça por isso, por que assim talvez consigamos chegar à tal vila nortenha.

Dito isso, recomeçaram a jornada, mas agora apenas caminhando rápido. O sol já estava nascendo e o céu estava colorido de laranja, com grandes nuvens cinza-escuro se aproximando, anunciando uma tempestade que estava chegando.

O lugar onde se encontravam era de certa forma bonito. Não haviam muitas árvores, mas o chão era coberto por arbustos rasteiros e algum tipo de gramínea baixa, formando um tapete natural que se estendia para todos os lados até onde podiam ver.

Orientando-se pelo sol, seguiram na direção norte para encontrar a suposta vila. Já chegava perto do meio-dia quando a avistaram: um amontoado de casas em meio ao nada, se destacando no meio da paisagem comum.

Viram então uma placa de madeira entalhada, já meio velha e torta com os dizeres "Vila Goldburn". Encontraram com a estrada que ligava à cidade e foram seguindo por ela até lá. Ao chegar, viram dezenas de casas, todas de madeira. Na rua principal, à sua frente, alguns comércios (uma estalagem, um armeiro, um alfaiate e uma mercearia).

Porém havia uma construção que se destacava. Uma casa que ficava, solitária, no topo de um pequeno morro ao lado da vila. A sua frente havia o símbolo real. Os três sabiam o que era aquilo. Era a casa destinada à moradia de um oficial real. Era talvez a única pessoa daquele lugar que oferecesse algum risco, pois talvez reconhecesse os itens que levavam como sendo coisas do exército, o que os denunciaria.

Enquanto pensava nisso, Dan notou a cara de sede de Max olhando para a estalagem e disse:

– Tudo bem, vamos molhar a garganta e depois pensamos em um plano de ação.


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