Never knew I needed escrita por Lirael


Capítulo 1
Os ventos da mudança


Notas iniciais do capítulo

Ai, gente, eu sei que não deveria postar essa fanfiction com outras quatro ainda em andamento, mas essa é uma ideia que já está comigo a bastante tempo e eu simplesmente não consigo mais segurar. Não sei ainda qual vai ser a frequência de postagem, mas assim que der posto o próximo!



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Tip tirou o saco de pipoca do microondas com as pontas dos dedos, para não se queimar. O cheiro inundou a casa toda e ela fechou os olhos enquanto inalava. Despejou o conteúdo em uma tigela grande e foi até a sala, arrumando o dvd e pausando antes que o filme começasse.

– Mãe! Está tudo pronto, você vem ou não? - ela perguntou.

O telefone tocou na cozinha e Tip suspirou, irritada. Era sexta. A noite de filmes delas. O telefone tinha que tocar justo naquela hora?

– Só um segundo, querida. Eu vou atender e já estou indo.

Tip ficou girando o controle remoto, distraída, ouvindo pequenos trechos da conversa de sua mãe ao telefone.

– Sim, sou a mãe dela. - pequena pausa. - Não. Eu não estava presente. - pausa. - Ainda o temos, na verdade está na garagem, e só para constar, não está a venda. - pausa longa. - Oh... Eu agradeço... Será que é necessária uma resposta imediata? Eu poderia anotar o seu contato, senhorita Callahan?

A mãe de Tip fez gestos nervosos para a filha por sobre o balcão, obviamente pedindo por papel e caneta. Tip atendeu prontamente, mal notando as mãos tremendo de sua mãe rabiscando no papel.

– Claro. Eu entrarei em contato. Sim. Sim eu entrarei em contato. Muito obrigada.

Com cuidado, ela colocou o telefone no gancho, mas não parecia confiar muito em si mesma para soltá-lo, de modo que ficou segurando por um tempo.

– Mãe? O filme! - Tip protestou.

Lucy piscou, um pouco entorpecida, sentando no sofá ao lado da filha.

_____

Noventa minutos depois, Lucy ainda encarava a tela com olhos esbugalhados, sem realmente estar prestando atenção. Mesmo depois que Tip desligou a tv. Mesmo depois que a pipoca acabou.

– Mãe... O que foi? Era alguma notícia ruim ao telefone?

– Não! Não querida, muito pelo contrário.

– Então quem era? Você nem prestou atenção no filme. E não comeu pipoca também.

Lucy sorriu, segurando as duas mãos da filha.

– Tip... Prometa que vai prestar muita atenção no que eu vou dizer, e que não vai me interromper nenhuma vez e eu te conto o que era no telefone.

– Mãe, você está me assustando.

– Prometa.

– Ok. Eu prometo. - ela deu ombros.

– Certo. Eu não sei como te preparar para isso, então lá vai. A mulher com que eu estava falando era a diretora da Universidade de San Fransókyo.

– San Fransókyo? Aquela que faz robôs e coisas de... - Tip parou, com o olhar de reprovação da mãe. - Desculpe. Não vou interromper mais.

– Veja bem, ela disse que tinha uma proposta para mim. Para nós. Eu achei que ela queria comprar o carro, mas é bem mais do que isso. Ah, não me olhe assim, eu não o vendi! A Universidade está interessada em estudar a tecnologia que permite que o nosso carro voe, por que quer ser a primeira a patentear a invenção. Eu deixei claro que não estava a venda, mas a senhorita Callahan me disse que não era esse o caso. Eles estão oferecendo uma bolsa de estudos na escola preparatória para a Universidade de San Fransókio, e assim que você terminar o ensino médio, uma bolsa de estudos integral, Tip. Também me ofereceram trabalho e moradia pelo tempo em que você estudar com eles.

A cabeça de Tip rodou. A Universidade de San Fransókyo era uma instituição renomada. Pessoas matariam pela oportunidade de estudar lá. E elas teriam que se mudar outra vez.

– Mãe... Eu... - ela tentou falar, mas Lucy ergueu o dedo indicador para ela.

– Não responda agora. Pense com cuidado, querida. Eu sei que é uma grande chance, mas tudo bem se você disser não. Eu vou entender se não for isso que você realmente quer.

Lucy se esforçava para parecer neutra, mas seus olhos brilhavam de expectativa. Desde que deixaram Barbados, muita coisa acontecera em suas vidas, mas aquilo era muito mais do que qualquer uma das duas poderia esperar.Aquela era uma chance única na vida.

– Amanhã ao meio dia, eu vou retornar a ligação da senhorita Callahan. Pense com carinho, filha. - ela se abaixou e beijou a bochecha de Tip - E qualquer que seja a sua decisão, eu apoiarei. Boa noite.

Tip ficou observando a mãe se levantar do sofá, pensativa.


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Notas finais do capítulo

É isso, gente, assim que der eu posto o próximo ( e assim que der troco o título também, eu mesma detestei! Sinopse e título não é comigo...)