Fallen escrita por Milly Winchester


Capítulo 2
Renascida


Notas iniciais do capítulo

Oi, meus lindos e sábios cabritinhos! Tudo bem?
Bom, mesmo a fic tendo poucos leitores, resolvi postar o segundo capítulo, porque sim u.u Estou no aguardo de novos leitores, então venham conferir :) E estou com ódio profundo dos leitores fantasmas, mas tudo bem né, acontece.
Queria dizer que estou cheia de ideias e estou amando escrever essa fic, espero que estejam gostando também. Dessa vez um capítulo um pouco maior, portanto boa leitura e espero que gostem.

Elizabeth Corpus - Lily Collins



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— Muito bem, Beth. É bom saber que você confia na gente. — falou Sam, sorrindo.

— Castiel me salvou. — disse — É o mínimo que posso fazer. E sinto que de alguma maneira, meu pai quer que eu faça isso. Quer mais do que tudo, posso sentir isso. Mesmo que aconteça algo comigo... Eu tenho a chance de dar o meu melhor, e ter o meu fim sabendo que consegui ajudar. Seria gratificante.

— Não se preocupe, Elizabeth — Dean me encarou com uma expressão calma — Nada vai acontecer com você. Nós vamos te proteger. Não vamos te deixar morrer, igual deixamos a...

Sam deu uma cotovelada em Dean, que pigarreou e consertou a fala.

— Enfim, nada vai acontecer com você.

— Obrigada. — eu agradeci, olhando Sam, Dean e Castiel.

Eles permaneceram me encarando, como se eu fosse algum tipo de raridade. Em seguida pigarreei, tentando quebrar o silêncio que estava aquele lugar.

— O que fazemos a seguir? — perguntei.

— Acho que você precisa descansar. — afirmou Castiel, me olhando atentamente.

Eu lancei um olhar para Sam e Dean, perguntando mentalmente se havia algum lugar que eu pudesse dormir.

— Nós temos diversos quartos livres aqui em casa.

— Como conseguem chamar isto de casa? Parece mais um arsenal. — sussurrei com a voz fraca, olhando ao meu redor.

— Somos caçadores, Elizabeth. Nossa casa deve necessariamente parecer um arsenal. — esclareceu Dean, com um olhar rígido.

Senti o olhar de Dean penetrar em mim e olhei para baixo, constrangida.

— Tudo bem. Dean, Sam, apresentem o lugar para Beth. Eu tenho algumas coisas para fazer. — Castiel falou calmamente — E seja educado, Dean.

Dean bufou, dando as costas e abandonando a sala. Castiel sumiu rapidamente, me assustando. Sam me olhou de uma forma estranha, e se aproximou para conversar.

— Permite que eu lhe apresente o local?

— Vá em frente. — gesticulei.

Sam caminhou até uma longa escada e eu o segui, subindo cuidadosamente os degraus. Pude então perceber que o lar de Sam e Dean era relativamente extenso. Também não pude deixar de relacionar aquele lugar com uma área militar.

Andamos pelo corredor que tinha várias portas, dando para vários quartos. O corredor inteiro era cinza e estava um pouco frio. Eu bocejei sonolenta, e Sam abriu uma porta e entrou no quarto. Eu entrei também, observando o lugar no qual eu ficaria.

O quarto não era tão pequeno nem tão grande. As paredes eram de um tom de marrom, algo bem rústico. Havia um guarda-roupa, uma escrivaninha de madeira e uma cama com a cabeceira do mesmo material, deixando tudo o quarto inteiro com o tom de caramelo. Era simples, porém, belo. Eu gostara bastante.

— Então, é aqui que você vai ficar por enquanto.

— Por enquanto? O que faremos depois? — indaguei.

— Não sabemos ainda, Beth. Mas por favor, descanse. É provável que amanhã já entremos em ação... Vamos ver o que podemos fazer.

— Tudo bem. Obrigada, Sam.

Sam deu um meio sorriso e saiu do quarto, mas eu clamei por seu nome novamente.

— Sam.

— O quê? — perguntou atencioso.

— Eu sou mesmo a filha de Deus?

— Tudo indica que você é. — esclareceu — Deve ser um destino pesado.

— Você nem imagina. — falei com a cabeça abaixada.

Sam suspirou alto.

— Desculpe por Dean. Ele não está acostumado com tudo isso, quando existem essas... Pessoas especiais... Elas acabam sempre... Você sabe. Tudo por nossa culpa.

— Deve ser difícil. — murmurei.

— É.

Ele levantou-se da cama com cuidado e andou até a porta do quarto, encostando a mesma e sussurrando algumas despedidas.

— Boa noite. — desejei.

Peguei uma camiseta existente no armário e um short, que parecia pertencer a um conjunto de pijama. Vesti-me, deitei-me na cama e observei o teto. Minhas reflexões mais uma vez vieram à minha mente. Era praticamente impossível de acreditar. Era difícil imaginar de que eu teria de combater Lúcifer, eu teria que salvar todos. Tudo estava em minhas mãos, e eu simplesmente não podia falhar. Isso me assustava.

Só de pensar em falhar, eu tinha calafrios. Era difícil pensar que de alguma forma, eu poderia estragar tudo. Existiam duas opções: ou eu salvaria todos, ou eu estragaria tudo. O que mais me deixava com medo era saber que existia a possibilidade de falhar, existia a possibilidade de eu estragar tudo. E o que eu faria se não desse certo? O que eu faria, se eu pusesse todos em perigo? O que eu faria se eu desonrasse meu pai? Eram tantas perguntas que ecoavam em minha mente, e parecia que elas não teriam respostas tão cedo.

De olhos fechados, ouvi um bater de asas e abri-os devagar, piscando freneticamente. Observei Castiel na cadeira ao lado de minha cama.

Sentei-me na cama para poder vê-lo melhor. Eu sentia algo diferente quando eu estava perto dele... Sentia que ele era um irmão. E de certa maneira, ele era. Eu era a filha de Deus e ele era um anjo de Deus. Tínhamos algum parentesco, disso eu tinha certeza. Eu sentia que deveria protegê-lo e que ele deveria me proteger, sentia que estávamos finalmente unidos como uma família.

— Eu voltei. — disse ele.

— Eu percebi. — sussurrei.

— Como você está?

— Não pude descansar ainda. — informei — O que foi fazer de tão importante?

— Pedir ajuda.

— A quem? — indaguei com a voz fraca.

— Um amigo... — respondeu brevemente — Gabriel.

— O anjo? — questionei, após imediatamente receber imagens de tal anjo em minha mente.

Era como se meu pai, a cada vez que eu conhecesse algo diferente, me informasse. Era como se imediatamente eu já soubesse do assunto.

— Como sabe? — Castiel me olhou confuso.

— De alguma maneira cuja não entendo, recebo informações sobre tudo que ouço que é novo para mim. É como se meu pai me enviasse conhecimento.

Castiel ergueu as sobrancelhas com uma expressão surpresa.

— E então, o que faremos? — perguntei curiosa.

— Não devo lhe falar agora, Elizabeth. Você tem de descansar com a cabeça limpa. É melhor para você.

Eu assenti, olhando para minhas pernas, que agora estavam cruzadas.

— Tudo bem. — voltei meu olhar para Castiel — Obrigada por se preocuparem comigo.

— Não só com você, mas com todos que você irá salvar. — ele sorriu.

— Como você tem tanta certeza? — franzi o cenho.

— Tenho fé em você. — balançou a cabeça, me observando de um jeito profundo.

— Isso é muito gentil. — agradeci — Mas não acha que eu seja capaz como você pensa.

— Você é, e ao longo do tempo desenvolverá tal capacidade. É só esperar. — acalmou-me.

Eu sorri simpática, e ele ameaçou ir embora.

— Castiel...

— O que foi? — respondeu ao meu chamado, visivelmente preocupado.

— Boa noite. Não sei se eu consigo dormir...

— Você não é similar aos anjos. Mesmo sendo uma criatura celestial, conseguirá dormir, não se preocupe.

— Obrigada.

Deitei-me novamente e me cobri com o edredom grosso, escutando a voz suave de Castiel.

— Até amanhã, Beth.

Ouvi o bater de asas de Castiel e suspirei, pensando no que me aguardaria no dia seguinte.

— Até, Cas.

“Elizabeth estava andando descalça pelo bosque. O bosque era extremamente colorido, o que passava um ar alegre para o lugar.

Beth começou a saltitar, escorregando pelas diversas folhas alaranjadas de outono que cobriam a terra abaixo de seus pés. A brisa era suave e envolvia a pele de Elizabeth feito um cobertor.

Ela cantarolou algo estranho enquanto observava o sol brilhante juntar-se às nuvens que tomavam o céu azulado. Sentou-se no chão, lançando algumas folhas ao ar e sentindo ela mesma ser tomada pela tranquilidade.

Quando de repente, ela ouve uma gargalhada indescritível. Olha para os lados em desespero, tentando descobrir de onde vinha aquele som macabro. Viu o céu transformar-se em sangue, as árvores secarem e as folhas adquirirem um tom escuro de escarlate.

Entre as árvores, um homem entrou no bosque. Tinha uma aparência cômica, usava roupas pretas e aparentava querer arruinar tudo. Seus cabelos espetados loiros passavam uma impressão juvenil e sua expressão era sarcástica.

Ele lentamente, com as mãos nos bolsos, aproximou-se de Elizabeth. Ela, incrédula, não mexeu músculo algum. Sentiu seu coração batendo mais forte do que nunca, e esperava o pior.

Ele delicadamente afagou a cabeça da garota à sua frente, rindo do medo da menina.

— Pobre Elizabeth, não tema. Nada irá lhe acontecer. Lúcifer está aqui para lhe ajudar. — ele sorriu maliciosamente.”

Acordei em um salto, aos berros e arfando. Vi Dean, Sam e Castiel ao meu redor. Castiel imediatamente me empurrou com delicadeza de volta para a cama, pondo um pano branco em minha testa.

— Hã? O que está acontecendo? — perguntei desnorteada.

— Você teve um pesadelo. — afirmou Sam.

Eu olhei para os lados, sentindo-me confusa. Ignorando o ato de Castiel, atirei o pano que estava em minha testa longe e sentei-me na cama, massageando minhas têmporas.

— Você está bem? — Castiel pousou uma mão em meu ombro.

— Estou. — respondi, incrédula — Foi só um sonho ruim. Mas parecia tão real...

Sam, Dean e Castiel se entreolharam de maneira estranha.

— O quê? — indaguei, observando as expressões bizarras em seus rostos.

Castiel suspirou, sentando-se ao meu lado.

— Como foi o seu sonho? — questionou preocupado.

— Eu estava em um bosque... Era tudo colorido... O céu estava azul e o sol brilhava, me lembro de estar rodopiando entre árvores alaranjadas devido ao outono. De repente, tudo começou a ficar vermelho, com um tom de escarlate... Então um homem entrou no cenário e se aproximou, me acariciando e dizendo que tudo ia ficar bem. E ele disse um nome. — proclamei, engolindo em seco.

— Que nome? — Dean franziu o cenho, demonstrando atenção.

— Lúcifer.

Os três se entreolharam novamente.

— Tudo bem, Elizabeth, se acalme. Deve ter sido só um pesadelo — mentiu Castiel. Eu podia ver que ele estava mentindo, podia ver em seu olhar — Temos que fazer algumas coisas agora.

— Que horas são? — perguntei.

— Oito horas da noite. — Sam respondeu.

— Eu dormi tanto assim? — esfreguei meus olhos, sonolenta.

— Você não acordava antes. Estávamos preocupados. — avisou Castiel.

— Tudo bem. Estou viva — acalmei — Por enquanto.

Dean me olhou furioso.

— Venha, você precisa comer algo. — disse o loiro, estendendo a mão para mim com o maxilar contraído.

Eu segurei a mão de Dean e senti o calor de sua pele, o que me fez estremecer. Meu corpo todo se arrepiou, e lentamente eu levantei da cama, percebendo que eu trajava algo um pouco indecente.

— Hã... Elizabeth... Você está de pijama.

Eu olhei para o short de pijama curto que eu estava usando e imediatamente saltei para debaixo das cobertas novamente.

— Oh, droga...

— Não se preocupe, eu vou buscar uma roupa para você. — falou Castiel, em seguida sumindo de vista.

Eu corei, constrangida, olhando Dean e Sam me observarem um pouco curiosos. Em questão de segundos, Cas voltou. Trazia consigo o que me parecia uma regata, jaqueta de couro, calças, botas e luvas, todas as peças da cor preta. Entregou para mim e deu um meio sorriso.

— Você quer tomar um banho? — questionou Sam.

Eu assenti.

— Tudo bem. É na porta à direita. Vamos sair para você poder... Circular sem que seja vista nesses... Pijamas. — apontou para mim, enrubescido.

— Obrigada. — agradeci, totalmente congelada de vergonha.

Os três saíram e eu os ouvi descendo as escadas. Quando tive certeza de que não estavam mais presentes no andar de cima, saí do quarto com as roupas e me dirigi ao banheiro, pisando no chão gelado com os pés descalços. Chegando ao banheiro, me despi e entrei debaixo do chuveiro.

A sensação do banho era ótima. Eu surgi no dia anterior, e pelo que sei, o banho era a melhor sensação que eu já tivera desde meu surgimento. Era engraçado dizer que eu surgira há tão pouco tempo... É como se eu tivesse renascido. Era como eu me sentia.

Assim que terminei a ducha, vesti as roupas que Castiel trouxera, penteei os cabelos com os dedos e saí em disparada para o primeiro andar. Dean me esperava com um sanduíche na mesa central.

Sam estava procurando algo nas estantes, visivelmente desesperado. Castiel estava de braços cruzados e com um olhar distante, parecia estar com a mente em outro lugar. Sentei-me na cadeira e comecei a devorar o sanduíche, lembrando-me de como era comer. Tudo era novo para mim, já que eu havia praticamente renascido.

— E então — falei assim que terminei o sanduíche — Me pergunto, eu sou humana?

— Sim. — respondeu Castiel — Porém, uma humana com uma espécie de poderes. Pelo o que tudo indica, você consegue fazer milhões de coisas que anjos e demônios não conseguem. Inclusive milagres.

— Não sinto que posso fazer isso... Como posso saber se consigo?

— Isso exige muito treinamento. — informou Sam — Mas aos poucos você adquire.

— Portanto qual será o primeiro passo? — perguntei, entrelaçando os dedos de minhas mãos.

— Precisamos de informação. — afirmou Dean — Vamos procurar um demônio.

— E como faremos isso? Afinal, onde estamos? — observei o lugar ao meu redor.

— Lebanon, Kansas. — disse Castiel.

— Como vamos procurar um demônio? — indaguei.

— Vamos à uma encruzilhada.

Assim que Sam proferiu a palavra “encruzilhada”, as imagens vieram a minha cabeça novamente, feito feixes. Vi pessoas fazendo pactos, os demônios, as encruzilhadas escuras... Fazia sentido.

— Tudo bem... E aonde vamos?

— Greenwood, Mississipi.

— Isso é longe? — questionei.

— Não se eu nos transportar. — Castiel estalou os dedos.

Assim que o anjo fez o gesto, estávamos em uma encruzilhada. Um breu tomava o local, e eu senti calafrios, senti frio. Afaguei meus braços, observando ao meu redor, enquanto Dean rapidamente cavava o chão com a ajuda de Sam e depositava uma caixa abaixo do solo.

Ali perto, havia um toldo. Castiel sacudiu uma lata de tinta e spray e desenhou a armadilha do Diabo. Eu percebi o que tinham em mente. Iríamos atrair o demônio para que entrasse debaixo do toldo e ficasse preso. Genial.

Dean enterrou a caixa e chutou a areia para cima da mesma, aguardando. Eu olhei para os lados, esperando que algo acontecesse. Sam, Dean e Cas fizeram o mesmo, olhando confusos. De repente, escutei uma voz.

— Olá, queridos. Ora, ora, ora. Se não é Elizabeth.

O demônio sorriu. Ele possuía uma bela garota, usava um vestido preto que lhe dava um ar de maldade. Seus olhos imediatamente foram transformados em um vermelho escuro.

— E você é um demônio da encruzilhada. — declarei, semicerrando os olhos.

— Você é mais inteligente do que eu pensava — afirmou, me olhando dos pés a cabeça e voltando o olhar para Sam, Dean e Castiel — Trouxeram um anjo também? Que adorável. Então, o que desejam? Aliás — voltou a me encarar — Você é o principal assunto do inferno.

— Bom saber. — falei entre dentes, com vontade de socar aquela criatura miserável naquele exato momento.

— Mas não se preocupe — sussurrou — Não a tememos. Mesmo que seja uma filha celestial idiota, você não passa de uma mera humana que acha que vai conquistar o mundo inteiro com seu besteirol. Duvido que tenha poderes ou algo do tipo.

Senti meus olhos pegarem fogo. Na minha mente, pedi que ela fosse até aquela armadilha para que pudéssemos interrogá-la logo. Fechei os olhos e escutei gemidos do demônio, abrindo-os novamente. Percebi que ela estava sendo arrastada pelo ar, contra a sua vontade.

— É você que está fazendo isso? — perguntou surpresa, visivelmente desesperada.

Eu olhei para Sam, Dean e Castiel. Dean sorriu satisfeito e maldoso, me olhando e em seguida olhando para o demônio, lambuzando-se com a situação.

— Ugh, você me paga, garota infeliz.

O demônio parou debaixo do toldo, finalmente sendo solto pelo empurrão que eu lhe dei. Eu ainda me perguntava como era possível eu ter feito aquilo, e senti meus braços e pernas fraquejarem. Por último, escutei a risada do demônio e caí ao chão, sentindo-me fraca pelo esforço. Pisquei diversas vezes e olhei para o rosto de Dean. Ele me segurava, me chacoalhando para que eu voltasse a estar sã. Puxei todo o ar que podia e me sentei, me recuperando da falta de ar e tontura que eu sentia. Com ajuda de Dean, levantei-me, tirando a poeira das calças. O demônio gargalhou.

— Você é um tanto fraca, não acha?

— Não sou eu que estou na armadilha do Diabo. — rebati, impaciente.

Sam me olhou como se eu tivesse dado uma grande patada na criatura.

— Você tem que ir devagar, Beth. — avisou Castiel — Não tente isso novamente. Tudo tem o seu tempo.

Balancei a cabeça positivamente e me aproximei do demônio, pegando a faca de demônios que Dean estendeu para mim. Eu não queria fazer isso, não queria matá-lo, pois de alguma forma, eu sabia que isso era errado. Eu tinha compaixão, eu acreditava no perdão. Acho que herdei isso de meu pai.

— O que você sabe sobre a saída de Lúcifer?

— Não direi. — o demônio cruzou os braços com infelicidade.

— É mesmo? — peguei a faca e arranhei seu braço, fazendo-a urrar.

— Mesmo que eu soubesse — disse ofegante — Nunca iria te contar. Prefiro morrer.

— Prefere mesmo?

Cravei a faca no ombro do demônio, sentindo-me culpada. Eu sabia que aquilo não era certo, mas era necessário. Eu queria apenas soltá-la e deixá-la livre, pensava que todos mereciam o perdão. O demônio urrou mais uma vez, arfando.

— Tudo bem — ela gemeu — Crowley sabe. Crowley viu Lúcifer quando ele deixou a jaula.

— Muito bem. Obrigada. — agradeci gentilmente, e o demônio bufou.

Entreguei a faca para Sam e ele me olhou surpreso. Dean se aproximou, franzindo a testa.

— Não vai matá-la? — perguntou me olhando estranho.

— Acho que não consigo. — murmurei.

Sam me olhou de uma forma consoladora e eu me afastei, tapando os ouvidos para não ouvir o grito do demônio que estava sendo morto. Ao terminar o processo, Sam, Dean e Castiel voltaram ao meu encontro, e Castiel novamente estalou os dedos, levando-nos de volta à casa de Dean.

— Partimos amanhã. Precisamos de ajuda para saber onde está Crowley. — disse Dean.

— Tudo bem. — sussurrei, me afastando.

Toquei os dedos pelos livros da estante dos Winchester, um pouco curiosa. Sorrateiramente, pesquei um dos livros e subi às pressas para o quarto, esperando que Castiel ou os outros não me seguissem. Eu queria um pouco de paz.

Desprovida de sono, sentei em minha cama e abri o livro.

O Diário de John Winchester.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?

Spoilers do próximo capítulo:
— Aparição de Crowley

Deixem o que acharam nos comentários, amores! Beijos e até o próximo.



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