Sorrir é o melhor remédio escrita por Arista


Capítulo 2
Capítulo Dois


Notas iniciais do capítulo

OLÁ, tudo bem? Tranquilos?

Eu sei, provavelmente estão putos comigo porque não postei, mas a resposta é bem simples: eu estava estudando. Incrivelmente tomei vergonha na cara e no último bimestre decidi estudar pra poder passar de ano HAUSHAUS' E ADVINHA? PASSEI, PORRA! Enfim~, aqui estou eu, postando mais um capítulo delicioso pra você e saibam que nas férias pretendo não demorar tanto a postar, ok? ♥

Lucy e Natsu vão se conhecer hoje, mas acho que deve "demorar" um pouco para que eles conversem de verdade. Por que? Porque quero -q Zoa, é pra dar um pouco mais de emoção pra história, afinal eles não vão começar a namorar do nada, né?

De qualquer forma, aproveitem o capítulo e espero de coração que gostem ♥ BJÃO!



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C A P Í T U L O D O I S

Desconforto; Sensação de desconsolo; desalento ou mal-estar.

Era assim que eu me sentia ao andar no corredor cheio de pessoas. Flare havia faltado, maculando assim seu histórico perfeito de nenhuma falta e graças a isso, eu estou sem enfermeiro, tendo consequentemente que me deslocar do meu quarto para pegar comida. E é o que estou fazendo agora. Andar por esse hospital é horrível, porque tenho que ver os outros pacientes desse lugar.

Um dos primeiros pacientes que vi foi Gray Fullbuster, um garoto que sofre de parkinson, mas que raramente aparece nesse hospital. O caso dele não é grave, o que significa que ele pode sair daqui e viver tranquilamente. Gray é um cara legal, nós tivemos algumas desavenças quando fui hospitalizado, porém tudo melhorou quando ele recebeu alta. Sei pouco sobre ele, apenas que é casado e que possuí um filho de um ano ou algo assim.

Outro paciente que passou por mim foi Cana Alberona. Infelizmente, o caso dela é mais grave que o meu. Cana é esquizofrênica e foi internada pelo pai após uma crise há um mês atrás. Quando ela chegou, eu ouvia os funcionários dizerem que ela era “maluca” e que por isso todos deveriam ficar longe dela, menos seus médicos. Eu nunca a achei maluca, na verdade de todas as pessoas desse hospital, Cana era a mais normal. Ela não era maluca, só tinha uma realidade diferente da nossa. Ao passar por ela, pude perceber que a mesma sorrira para mim, acenei para ela e continuei meu caminho.

Eu finalmente estava no refeitório do hospital e o mesmo estava lotado, não posso acreditar que isso está tão cheio. Entrei na fila me perguntando quanto tempo demoraria para que eu pudesse pegar um pouco de comida. Será que devo dizer que tenho alguma doença contaminável e fazer com que a fila suma? Isso seria uma opção interessante se o local não tivesse recheado de médicos querendo ajudar. Encarei minhas pantufas e suspirei, pelo jeito terei que ficar esperando.

— Olá, Natsu. É meio difícil encontrá-lo por aqui. — Dr. Laxus estava parado ao meu lado, sorrindo para mim. — Acho que é a primeira vez que saiu do quarto desde a sua internação, certo?

— É, acho que sim.

— Então, já que está aqui, pode deixar que eu pegarei seu lanche. Por favor, sente-se em alguma mesa e espere por mim. — o loiro começou a se dirigir em direção ao começo da fila. — Ah, eu recomendo que pegue uma mesa lá fora, o dia está realmente bonito. — comentou, sorrindo.

Não esperei que Laxus dissesse mais alguma coisa e sai a procura de um lugar. O dia estava ensolarado, porém não estava tão quente como o de costume, como era primavera as flores estavam muito mais chamativas e bastante bonitas. Havia uma mesa vazia perto de uma árvore, então corri para pegá-la. Era estranho sair do hospital, mesmo que fosse apenas para a área de lazer dos pacientes, eu sempre estive trancado no meu quarto por própria opção desde que Makarov havia dito que eu não poderia voltar para casa.

Casa. Um lugar que eu sentia tamanha falta e que não fazia ideia de quando poderia voltar. Eu queria estar em casa, queria voltar para o lugar onde cresci e fui cuidado. Jantar com toda a família, enquanto assistimos televisão e conversamos sobre o nosso dia. Assistir aos jogos de Beisebol de Wendy, que antigamente era a capitã do time. Ouvir minha mãe gritar quando encontrasse alguma coisa minha jogada pela casa e escutar a risada de meu pai quando me visse levar uma chinelada. Eu sentia saudades de tudo isso, saudades de um passado que atualmente parece tão distante.

Eu só quero minha casa.

Suspirei, pousando minha cabeça no meu braço direito.

— Demorei muito? — ouço a voz de Laxus perguntar e nego com a cabeça. — Aqui, achei que você quisesse algo mais saboroso do que a sopa do hospital. — ele me entregou um sanduíche e uma latinha de refrigerante.

Agradeci com a cabeça e dei uma mordida no meu sanduíche. Era bom não precisar comer aquela sopa horrorosa, porém era estranho comer algo que eu gostava tanto e sentir como se estivesse sendo obrigado a comê-lo. Eu comia em silêncio e Laxus parecia satisfeito em apenas me observar.

— Como vai a Cana? — decidi perguntar para quebrar o silêncio. Laxus não era meu médico, porém cuidava de Cana. Assim como eu, Laxus não a achava maluca, pelo contrário, ele a achava magnífica. Era nítido a chama do amor crescendo entre os dois.

— Vai muito bem, obrigado por perguntar. — sorriu. — O tratamento dela vem dando resultados positivos e isso me deixa bastante animado. Ainda não tenho previsão de quando ela poderá sair daqui, porém acredito que seja muito em breve.

— E como você vai ficar quando ela se for? — perguntei curioso. Eu admiro o amor deles, por mais que um não saiba que o outro o ama da mesma forma, era possível ver o quanto eles estavam dispostos a lutar por esse amor. Laxus sorriu nervosamente, mexendo os dedos.

— Eu ainda não pensei nisso, afinal, ela nem ao menos sabe que eu a amo. — comentou, rindo de si mesmo. — Eu quero casar com ela, ter filhos com ela e viver uma vida feliz ao lado dela, mas tenho medo de que ela não queira isso também. Na verdade, acho que tenho medo de que ela pense que estou fazendo isso por pena.

— Não precisa ter medo. Você a ama, certo? Então isso bastará para que tome coragem. — dei os ombros.

Sou ótimo dando conselhos amorosos, mas sou horrível para seguí-los.

— Belas palavras. — retirou um cigarro de seu bolso e o acendeu, dando uma tragada e soltando a fumaça. — Torço para que um dia você encontre alguém e que sinta por ela as mesmas coisas que eu. — sorriu, se levantando. — Preciso ir, tenho um paciente idoso com sérios problemas com o álcool. Vejo você mais tarde.

Acenei para ele.

Continuei a comer meu sanduíche, completamente solitário na mesa. Eu odiava isso. Gosto de ficar sozinho no meu canto, entretanto odeio me sentir solitário. Engoli o resto da comida e bebi os últimos rastros do refrigerante. Acho que devo voltar para o quarto e procurar algum programa para assistir. Me levantei e comecei a seguir de volta para o hospital, quando senti um forte impacto na parte de trás da minha cabeça. Virei para trás, me preparando para mandar ao inferno a maldita pessoa que havia me acertado.

— Me desculpa! — eu estava chocado, completamente paralisado. A loira, a adorável loira que eu havia visto pela janela estava bem na minha frente. Assim como naquele dia, seu rosto estava pintado, porém dessa vez havia um nariz vermelho chamativo. — As crianças acabaram lhe acertando, sinto muito.

Bela loira.

Adorável loira.

Radiante loira.

Tão bela quanto o sol.

Tão bela quanto esse dia.

Eu não sabia o que dizer, então balancei a cabeça, isso pareceu diverti-la, pois lhe arrancou uma risada. Acredita que até mesmo sua risada era perfeita? Como pudera uma mulher tão bela estar num lugar como esse? Como pudera ela estar falando comigo? Ela se aproximou de mim, pegando a bola que havia me acertado e abrindo um sorriso.

— Novamente, te peço desculpa. — se curvou de leve e começou a se afastar em direção ao grupo de crianças que observava tudo de longe, pouco antes de se afastar mais de mim, ela parou e me olhou. — Sabe, você deveria sorrir mais, tenho certeza que tem um belo sorriso. A vida fica muito mais bonita quando você sorri.

E então se afastou, simplesmente se foi para longe de mim.

Essa era a monstra Lucy, mas também era a maravilhosa Lucy de quem minha mãe comentara, isso eu tinha certeza. Eu fiquei ali, olhando para o local em que ela estava a poucos minutos atrás, me perguntando o que diabos havia acontecido comigo. Eu estava ficando louco, essa era a única explicação para tudo aquilo.

Balancei a cabeça e segui o caminho de volta para meu quarto. Tenho a teoria de que ela poderia estar me deixando louco, então não sairei do quarto até que tenha certeza de que ela não está por aqui. Mas não era isso o que eu realmente queria, pois por motivos os quais desconheço, eu queria vê-la novamente. Queria poder ver o quão radiante ela é e saber se ela era capaz de brilhar mais que o sol.

Lucy era brilhante.

Tão brilhante quanto o sol.

Tão bela quanto o mesmo.

Lucy era divina e eu tinha quase certeza de que ela não sabia disso.


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