Sorrir é o melhor remédio escrita por Arista


Capítulo 3
Capítulo Três


Notas iniciais do capítulo

ALOHA! Como estão? Tranquilos?

Viram? Dessa vez eu não demorei tanto *w* Eu estou incrivelmente escrevendo mais rápido, então pretendo não demorar tanto a escrever ♥ Possivelmente a próxima fanfic a ser atualizada será Lucy says: OMG!, porque eu tenho que postar nela antes do fim do ano e tals.. Enfim, de qualquer forma não irá demorar pra sair um capítulo desta fanfic porque ela se tornou meu xodózinho ♥ (na real todas as fics são meu xodó..)

Como eu havia dito a relação entre a Lucy e o Natsu será desenvolvida aos poucos, por conta disso terá capítulos em que você nem ao menos vera a Lucy ou ouvira falar sobre ela, ou seja, não precisam ficar reclamando que não tem romance (.-.) tudo tem seu maravilhoso tempo.

Começando a escrever esse capítulo percebi que eu estava deixando a Distimia de lado, sendo que ela é a principal questão dessa fanfic, por isso escrevi tentando explicar um pouco sobre a doença. Ela de certa forma causa pensamentos suicidas e pode levar a cometer suicídio e tals, então quis retratar um pouco sobre isso no capítulo :D

Bem, espero que gostem e boa leitura!

Ps: O trecho em itálico foi a letra da música R.I.P My Youth da banda The Neighbourhood porque eu achei que combinava com o momento ♥



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C A P Í T U L O T R Ê S

Aéreo; que não presta atenção; distraído.

Eu estou completamente louco.

Ou pelo menos, devo estar.

De todas as coisas, aquela conversa de poucos minutos havia sido a melhor que já aconteceu em minha vida. Era impressionante o quão vivo me senti ao olhar o sol que era Lucy.

Não conseguia me concentrar em definitivamente nada e isso era agonizante. Suspirei frustado, trocando de canal pela milésima vez, não havia nada de interessante e nem nada que pudesse me tirar dessa vontade louca de procurar pela garota dos cabelos loiros que encontrei ontem. Baguncei completamente os fios do meu cabelo e me encostei na cama, largando o controle numa mesa ao lado.

A porta se abriu violentamente, surgindo uma figura ruiva e sorridente.

— Advinha quem se recuperou do resfriado? — Flare comentou animada, rodopiando pelo quarto e rindo alegremente. Se já não estivéssemos em um hospital, eu com certeza a mandaria procurar um.

— Não entendo por que tanta alegria. — comentei. O travesseiro já não estava tão fofo como antes, então tive que dar uma arrumada nele até que ficasse confortável suficiente. — Mas de qualquer formar agradeço por voltar, não estava preparado psicologicamente para ir buscar comida sozinho de novo.

Flare revirou os olhos.

— Realmente, Natsu, você precisa aprender a se virar sozinho, céus! — foi a minha vez de revirar os olhos. — E eu tenho ótimos motivos para ficar alegre e sabe o por quê? O garoto que eu estou paquerando a semanas finalmente me chamou para sair! — e lá se foi ela, rodopiando e rindo pelo quarto, para no final fazer uma dancinha ridícula..

— Por favor, Flare, se controle. Ou terei que pedir que vá a um psicologo urgentemente.

— Você é tão chato, Natsu. — me mostrou a língua e se retirou do quarto.

Eu estou num lugar que só possui malucos.

Em poucos minutos, Flare voltou com o meu almoço e enquanto ela tagarelava sobre o "boy magia" que a chamou para sair, eu fingia escutar. Meus pensamentos me deixavam totalmente distraído com as coisas ao meu redor. Observei o pequeno pote de pudim que Flare havia trago para mim, essa era a primeira vez que eu comeria algo bom dentro desse hospital - mentalmente, agradeço por Flare estar feliz e ter burlados as regras trazendo isso para mim.

Sempre adorei pudim. Dentre todos os doces que minha mãe fazia, esse era o meu favorito.

Quando eu era menor, costumava ser bastante bagunceiro e atrevido, geralmente chegava com os joelhos e o rosto machucado de alguma brincadeira idiota que eu havia inventado. E logo depois de ouvir um longo discurso feito pela minha mãe, ela sempre cuidava dos meus machucados e me fazia pudim. Era como um prêmio que eu recebia mesmo quando eu havia perdido.

Apertei fortemente a colher em minha mão. A cada dia que se passava, eu sentia mais saudades de casa, sentia saudades de quando eu era normal e não uma pessoa com problemas psicológicos. Eu queria voltar pro tempo em que eu voltava da escola, completamente alegre por ter feito um novo amigo e fosse recebido por beijos e abraços dos meus pais.

Eu queria ser o antigo Natsu. Inocente, alegre e sem nenhum problema. Uma pessoa completamente normal.

Entretanto, não tenho o dom de voltar ao passado, nem de consertar o presente. Tenho que vivê-lo e aguentá-lo até a última célula do meu corpo restar. Viver uma vida sem o mínimo de alegria e sem um pingo de prazer, apenas o cinza tomando conta do meu mundo. Sem cores, sem branco ou preto, apenas cinza.

Eu era inocente, esperançoso e perdido.

Agora, tenho noção e consigo dirigir meus pensamentos.

O que eu faço? O que eu faço?

Eu preciso de um cigarro.

Ouço Flare murmurar algo e se retirar em seguida, não me preocupo em perguntar o que ela havia dito e me ajeito novamente na cama. Essa é a minha vida. Uma vida resumida em ficar preso em um hospital e viver constantemente nessa cama, esperando pelo dia da minha morte.

Porque a morte será o único momento em que serei livre.

Levanto-me rapidamente da minha cama, estou cansado de permanecer nesse lugar! Sem pensar duas vezes, abro a porta e caminho pelo hospital, há poucos médicos no corredor e os mesmos parecem não se importar com a minha presença. Continuo a caminhar sem me importar com nada ao meu redor, eu preciso respirar, eu preciso pensar, eu preciso viver.

Subo as escadas correndo, sem o menor medo de tropeçar em meus próprios pés e rolar até o primeiro andar novamente. Preciso respirar! Conforme meus passos se aceleravam minha respiração ficava mais fraca, abri a porta do terraço violentamente. Parando e respirando, até que finalmente pude observar o céu. Não era quente e nem frio, era agradável. Minha respiração permanecia acelerada e meu coração bombeava sangue por todo meu corpo. A adrenalina tomava conta de mim.

Me aproximei calmamente da borda do terraço, me segurando na pequena grade que me separava do chão. Eu odeio cinza. Não posso viver no cinza, pois há cores melhores no mundo. Sem medo pulo a pequena grade, porém sem soltá-la. Permaneço ali, a um passo da morte, mas também da liberdade, e encaro meu fim de forma corajosa.

A vista desse lugar era bastante bela, o sol iluminando as casas e a vida das pessoas, menos a minha.

O que eu faço? O que eu faço?

Eu preciso respirar!

O que eu faço? O que eu faço?

Não consigo mais viver aqui.

O que eu faço? O que eu faço?

E então, sem pensar duas vezes, eu finalmente respiro.

O que eu faço? O que eu faço?


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