Sorrir é o melhor remédio escrita por Arista


Capítulo 1
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

OLÁ, QUERIDOS LEITORES ♥

Eu tenho um bilhão de fanfics, mas não consegui me segui me conter e tive que postar mais uma! >.< Essa fanfic não estava nos meus projetos, but eu decidi "quebrar" os projetos e posta-la mesmo assim, o que siginifica que eu provavelmente irei me enrolar com diversas fanfics e pode ser que os capítulso demorem, mas não vou desistir de nenhuma fanfic.

Essa é uma história um pouco diferente do que a gente geralmente lê, mas prometo que irão se divertir com ela. A fic vai ser bem tristinha em alguns momentos, bem alegre em outros, então vou fazer vocês sofrerem, ok? ♥ AUHSUHUAS'

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/653620/chapter/1

C A P Í T U L O U M

Distimia; Transtorno distímico ou depressão leve crônica. É um tipo de depressão que se caracteriza principalmente pela falta de prazer ou divertimento na vida e pelo constante sentimento de negatividade.

Sabe o que é perder o desejo de viver?

Quando nem a sua comida favorita consegue melhorar seu dia? Quando tudo aquilo que você mais adorava e te enchia de cores, se tornou algo cinza e sem graça?

Foi assim que eu me senti, pouco tempo depois de decidir encarar a vida e sair da casa de meus pais, era meu sonho viver por conta própria, trabalhar, construir um lar, encontrar uma pessoa com que eu quisesse viver para sempre e morrer no final de tudo. Eu só não esperava que a vida fora das asas dos meus pais fosse tão difícil.

Então, depois de alguns meses morando em um apartamento tão pequeno quanto uma casinha de cachorro, fui diagnosticado com Distimia. No começo não era uma coisa tão grave quanto a duas semanas atrás, eu estava conseguindo controlar. Mas depois que comecei a trabalhar como Administrador de Sistemas em uma empresa bastante conhecida na cidade, meus problemas com bebidas alcoólicas começaram. Tudo bem. Eram apenas umas boas doses para relaxar do trabalho cansativo, nada mais do que isso. Mas pouco tempo depois eu já me parecia com um daqueles bêbados alcoólatras que vivem jogados pelas ruas.

Com o esforço dos meus pais, larguei as bebidas. Obviamente eu decidi procurar outro jeito de aliviar o estresse – ansiolíticos, tabacos até chegar as drogas. Eu estava tão na merda que só havia uma escolha para me salvar e meus pais não tiveram receio de me mandar para o tão conhecido Hospital Magnólia.

E aqui estou, preso neste hospital a uma semana, um lugar onde estou sendo tratado como um louco depressivo, que maravilha.

— Sr. Dragneel, você não irá comer sua sopa? — a enfermeira cujo o nome é Flare, perguntou. Desde que eu havia chego neste hospital, Flare cuidou de mim com todos os critérios exigidos pelos meus pais, como por exemplo, me obrigar a comer.

— Flare, não estou com fome.. — suspirei, voltando a me enrolar no cobertor fino do hospital. Com esse ar condicionado congelando meus neurônios, vou precisar pedir mais alguns cobertores. — Pode se retirar, caso eu sinta fome pode ter certeza que irei lhe comunicar.

Flare continuou parada em pé, me olhando por alguns segundos até suspirar e finalmente se retirar do quarto. Eu não poderia reclamar da companhia dela, Flare é uma mulher legal e bastante interessante – não no sentido atrativo, é claro. E considerando minha situação atual, ela é praticamente minha única amiga.

O quarto era o típico de um hospital, paredes e teto brancos, móveis na mesma cor e a única coisa com uma cor diferenciada era a televisão média presa na parede a minha frente. Eu sinceramente não vejo como ficar num lugar sem graça irá me fazer melhor.

Liguei a televisão e procurei algum programa interessante ou algum filme bom, mas hoje o mundo conspirava contra mim e a única coisa que achei foi uma maratona de Tom&Jerry. Suspirei, encostando no travesseiro. A vida nesse hospital era um tédio e meus pais ainda não vieram me visitar essa semana.

— Ei, crianças, venham aqui. — escutei uma voz gritar do andar de baixo, provavelmente da pequena área de lazer. Um local até bonito, com brinquedos, um chafariz e o chão completamento tomado pela grama verde.

Levantei da cama, com um pouco de dificuldade graças ao remédio que Flare havia me dado pouco depois que acordei pela manhã. Me aproximei da janela, apoiando-me nela e procurando a quem a voz pertencia. Logo vi um grupo de crianças correndo pelo gramado e brincando. Era triste ver tantas crianças presas nesse hospital assim como eu, mas pior ainda era saber que algumas delas podem nem ao menos sair daqui.

— Tomem cuidado ou o monstro Lucy irá pegar vocês. — ouço a voz novamente. Caço com meus olhos o dono da voz, encontrando uma garota loira, usando o jaleco branco e com seu rosto completamente pintado. Ela era um palhaço? — Quem está afim de se divertir hoje? — as crianças foram a loucura e a garota parecia sorrir ainda mais quando começou a correr atrás dela.

Continuei observando ela correr e brincar com as crianças, vez ou outra a mesma se atrapalhava e caía, era até um pouco engraçado de ver. Fiquei ali parado por alguns segundos, apenas observando tudo e por fim, decidi voltar para cama. Eu estava sonolento, como se não houvesse dormido todo esse tempo, mas nesse hospital o que eu mais fazia era dormir.

Deite na cama, arrumei o cobertor e fechei os olhos, apagando em seguida.

Acordei soado e ofegante, os pesadelos haviam se tornado mais constantes desde que eu havia sido internado. Olhei o relógio pendurado na parede ao meu lado, eram duas da manhã e eu duvidava que conseguiria dormir novamente. Suspirei, sentando na cama e ligando a televisão, terei que assistir algum programa até pegar no sono novamente.

A porta do quarto se abriu, mostrando o diretor do hospital, Dr. Makarov.

— Bem-vindo de volta ao mundo dos vivos, Sr. Dragneel. — não respondi, apenas continuei a observa-lo. — Como tem se sentido?

Dei os ombros.

— A mesma merda de sempre, nenhuma mudança.

Ele suspirou, aproximando-se da minha cama e se sentando na cadeira ao meu lado. Makarov era um cara legal quando não insistia em me obrigar a fazer coisas que não quero. Na primeira semana em que vim para cá, ele me inscreveu num grupo de apoio para pessoas com depressão. Só o fato de ter que ouvir todas aquelas histórias tristes e repletas de dramas já me deixaram pior do que antes.

— Natsu, você precisa ao menos tentar. — o senhor pediu, olhando-me com tristeza. Ficamos em silêncio por alguns minutos, ele sabia que eu não iria responder e o mesmo parecia não querer acrescentar mais nada sobre esse assunto. — Seus pais estão aqui.

Sem dizer mais nada, Makarov saiu do quarto e meus pais entraram logo em seguida. Não sou desses que tem problemas com os pais, sempre fui amado e bem cuidado por eles, também nunca os tratei mal, sou um exemplo de filho. A única coisa triste em meus pais é o fato deles nunca terem um filho “normal”. Eu, filho mais velho, sofro de distimia. Wendy, filha mais nova, sofre de TOC. No começo nem era algo tão grave, algumas manias porém nada tão preocupante, até a crise que ela teve a um ano atrás. Ela também fica neste hospital, porém, ao contrário de mim, Wendy tem a liberdade de poder sair quando bem entender.

— Filho, que saudades! — mamãe me abraçou tão forte que meu corpo ficara totalmente espremido em seus braços. Papai estava logo atrás dele, sorrindo para mim. — Nos desculpe por não ter lhe visitado mais cedo, nosso voo atrasou e só conseguimos chegar agora.

Quando eu era mais novo, simplesmente odiava o trabalho dos meus pais. Meus pais foram voluntários na Cruz Vermelha, foi lá onde eles se conheceram e começaram a viver o lindo romance de filme, atualmente eles não fazem parte da sociedade, mas isso não os impede de viajar pelo mundo visitando inúmeras fundações e ajudando o máximo que conseguiam, mas é claro que eles possuem um emprego normal, minha mãe é médica e meu pai é enfermeiro.

— Então, como tem sido seus dias? Ainda desmotivado? — meu pai perguntou, sentando-se na minha cama.

— A mesma coisa de sempre. — respondi, de forma mais educada do que havia respondido a Makarov. — Como vai a Wendy?

— O tratamento está indo muito bem, mas ela ainda vem fazer umas visitas no hospital mesmo não precisando vir. — olhei confuso para minha mãe, se ela não precisava vir aqui, então por quê vinha? — Você conhece a Lucy? — neguei com a cabeça. — Ela é uma garota maravilhosa e Wendy vem visita-la sempre que possível.

— Acho que você deveria conhece-la, Natsu, ela pode ajuda-lo. — meu pai disse seriamente. Dei os ombros, sem me importar muito com o assunto. — Estamos tentando te ajudar, filho. Só queremos que você fique bem.

— Vocês sabem que eu nunca ficarei bem. — murmurei.

Meus pais ficaram em silêncio, sem ousar dizer uma palavra a mim. O assunto então morreu, como sempre morre toda vez que eu dizia a verdade. Apesar do horário de visitas ter acabado, eles permaneceram ao meu lado até que eu ficasse com sono e dormisse. Apesar de estar dormindo, um nome rodeava minha cabeça.

Lucy..

Lucy…

Lucy…

Quem é você, Lucy?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!