Viagem ao planeta Terra escrita por neko chan


Capítulo 39
Capítulo 39




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O resto do dia foi bem normal, descidi contar para Morfus sobre o Azimonte apenas amanhã. Eu e minha mãe ficamos o vendo filmes no sofá até que ela descidiu que faríamos um passeio na floresta que fica alguns quilômetros atrás da nossa casa, nossa casa era apenas um pouco afastada das outras. Azimonte e Tanta ficaram o dia todo dentro do quarto, de vez enquanto eu entrava para colocar comida escondida da minha mãe, só puderam sair de dentro do armário quando eu me deitei para dormir, ambos decidiram que queriam dormir encima da minha barriga.
Estava tendo outro sonho estranho, eu estava numa floresta com Tanta e Azimonte nos meus ombros, havia uma árvore na minha frente com uma grande cobra enrolada em todo seu tronco, ela me viu chegando e estendeu sua cabeça até ficar a alguns centímetros do meu rosto. A cobra sorriu com o rosto enrugado mostrando seus dentes afiados, então ela disse:
— Você gostaria de uma maçã, minha jovem?
— Já ouvi essa história antes...
A cobra deu uma risada abafada.
— Não se engane pelas aparências, você tem uma manticora e um muda-formas nos seus ombros, de onde eu venho eles são muito mais perigosos do que eu
— Tudo bem, então qual é a pegadinha? Não vai querer que eu acredite que vai me ajudar de graça
Ela riu novamente.
— Nessa árvore há uma maçã envenenada, pegue-a para mim por favor
— O que vai fazer com ela?
— Vou comê-la, se eu comer a maçã ela vai me mandar de volta pra minha casa
— Então como eu vou encontrar essa maçã?
— Eu passei dia comendo todas as maçãs dessa árvore, até que sobraram apenas duas, mas uma delas eu não posso comer de forma alguma, você vai ter que descobrir qual é a envenenada
Ela abriu sua boca como se fosse me engolir então eu acordei. Esfreguei o rosto enquanto Tanta se espreguiçava e soltava um pouco de fogo quando abria a boca e Azimonte descia da cama para tentar escalar a pia e pegar uma gota de água para se lavar.
— Você devia ser limpo assim, Tanta. Azimonte, eu posso lavar uma manticora jovem?
Ele me encarou do banheiro e pensou um pouco, até que balançou a cabeça positivamente. Pegue Tanta e o levei pra banheira para tomar banho comigo, ele se debatia e tentava ma acertar com sua cauda de escorpião.
— Tomar banho não é tão ruim assim, seu gato malcriado!
Ele se acalmou um pouco e deixou que eu lavasse sei pelo enquanto Azimonte ria dele na borda da banheira. Tanta bateu na água com força o suficiente para ancharcar Azimonte.
— Agora vai ter que entrar também
Peguei-o pelo rabo e tirei a capa e a cartola para secarem e o coloquei na água gentilmente para não se afogar. Ao terminar tive que usar o secador de cabelo para depois poder pentea-los. Peguei minha mochila e coloquei apenas algumas coisas necessárias nela e fui para a cozinha fazer alguns lanches, pus tudo na mochila e fui acordar a minhas, que já estava pronta para sair, fechamos tudo na casa e apostamos corrida para ver quem conseguia chegar primeiro na floresta.
Consegui chegar primeiro e minha mãe deu à desculpa de que estava "enferrujada", nos separamos para ver quem conseguia achar um lago primeiro, o que era provavelmente uma revanche da corrida. Andei calmamente observando tudo à minha volta até que minha mochila começou a me mexer, eu a abri para ver o que era e Tanta e Azimonte saíram de lá e pousaram nos meus ombros.
— Ei, achei que tinha dito para os dois para ficarem em casa!
Azimonte balançou a cabeça negativamente.
— Não?...... Ah, tudo bem, minha mãe não está por aqui mesmo
Continuei andando até que cheguei a uma árvore com uma cobra enrolada no seu tronco. Me aproximei dela e ela estava dormindo..... Nunca vi nenhuma cobra dormir daquele jeito, mas era melhor do que pensar que ela morreu e virou um fóssil enrolado na árvore. Subi na árvore com cuidado para não acorda-la e no meio da árvore encontrei duas maçãs vermelhas, não sabia como diferenciar as duas, analizei-as por um tempo, Azimonte se aproximou para sentir o cheiro delas e se transformou num pequeno dragão e soltou fogo em uma delas e ela criou uma barreira, voltou a normal e me entregou a que ele não tentou queimar. Descemos da árvore e eu ofereci a maçã para a cobra rezando para que fosse a certa, ela me encarou e mordeu a maçã. A cobra de contorceu e se debateu até que das suas costas saíram um par de asas brancas e ela voou pra longe.
— Acho que ela voltou pra casa, mas......... O que fazemos agora?
Azimonte montou nas costas de Tanta e subiu na árvore de novo, depois voltaram com uma maçã dourada, eu a peguei e pensei um pouco.
— Maçã dourada..... Discórdia..... Eris?! É isso, a maçã de Eris!
Guardei-a com todo cuidado na mochila e mandei que Tanta e Azimonte voltasse para casa, eles discordaram, mas voltaram mesmo assim. Cheguei até o lago e minha mãe já estava lá comendo um saco de Doritos e assim que me viu esfregou sua vitória na minha cara, mesmo assim.... Era bom ter um descanso de vez enquanto, agora eu podia finalmente aproveitar um dia sem ter que matar monstro nenhum.


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