Viagem ao planeta Terra escrita por neko chan


Capítulo 40
Capítulo 40




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O resto daquele dia foi em tranquilo, pude fugir de casa enquanto minha mãe dormia e contei a Morfus sobre as últimas coisas que fiz e, como recompensa, ele me fez uma torta de maçã e um pouco de chá, colocamos uma mesa no meio do jardim, que estava mais pra campo de treinamento, já que lá ficavam tanto o galpão com as armas quanto o estábulo, e eu me sentei para comer enquanto Morfus bebia seu café. Conversamos por um tempo e ele tirou a minha dúvida sobre o porquê de um centauro ter um estábulo com outros equinos, pelo visto eles faziam ele se lembrar de como era ficar com os da sua espécie no outro mundo, depois de um tempo arrumamos as coisas e ele me entregou uma carta, disse para eu abrir apenas no outro dia quando eu chegasse em casa, ele me obrigou a ir pra escola dessa vez.
Acordei um pouco desanimada, depois de tanto tempo fazendo coisas incríveis e arriscadas ir pra escola parecia escolher montar quebra-cabeça no lugar de fazer tirolesa, me arrumei e peguei o ônibus com todos me olhando se cochichando "onde está a outra garota?", "achei que elas ficavam sempre juntas" e "será que os monstros da terra mágica finalmente pegaram uma delas?", como se já não bastasse eu estar sem a Isabel eu ainda tinha que aturar aquelas pessoa de novo, mas eu estava fazendo isso sozinha dessa vez. Cheguei na escola e logo fugi para a parte de trás dela, até parece que eu ia perder meu tempo com uma coisa dessas, continuei caminhado até eu chegar na parte da floresta. Perdi um pouco a noção do tempo e quando vi eu já tinha chegado na parte onde tinha um lago, me sentei a margem e tente por meus pés no fundo dele, mas não o achei, continuei afundando meus pés e parecia um buraco sem fundo, retirei os pés e pus minha cabeça da água, era incrível, parecia que havia um mundo submerso ali embaixo, levantei a cabeça e comecei a pensar em como eu poderia fazer para chegar ao fundo sem morrer afogada até que meu pensamento foi interrompido por um barrulho de dentro da minha mochila e vi Azimonte sair de dentro dela.
— Você tem que parar de se esconder nas minhas coisas, deixou o Tanta sozinho?! Ele vai queimar meu quarto todo!
Ele fez alguns barulhos que eu não pude entender.
— Desculpe, não falo sua língua
Ele começou a mudar de forma e virou um homem completamente preto, tanto seu terno quanto seu chapéu e sua capa, apenas seus olhos e seu cabelo eram brancos.
— Eu disse que eu o pus pra dormir com algumas ervas medicinais que encontrei
Fiquei quieta por um momento.
— Ah,..... Bem.... Então por que veio?
— Sabia que você ia fugir e ia precisar de ajuda porque ia acabar fazendo alguma besteira suicida estando sozinha. E por falar nisso, eu não esqueci do que disse sobre meu nome na primeira vez que nos vimos, saiba que eu gosto muito do meu nome
— Eh, desculpe por isso, mas já que está aqui pode me ajudar a chegar ao fundo do lago
— Isso não é um lago, é um portal pra Atlantis, diz a lenda que a um grande tesouro no centro da cidade, que é sua próxima missão
— Os cidadãos não vão se irritar se pegarmos seu tesouro?
— Na verdade eles já morreram a muito temp, no dia que a cidade afundou, depois disso foi habitada por algumas sereias que depois debandaram para uma área mais segura já que agora Atlantis é a casa do Leviatã, que antes era o guardião da cidade
— Isso não é perigoso?
— É sim
—............ Vamos nessa
Ele se afastou um pouco e voltou um tempo depois com algumas plantar. Tirou da minha mochila uma panela e fez uma fogueira com uns galhos que estavam lá perto.
— Isso explica o porquê da minha mochila estar tão pesada
— Sempre se previna, você pode precisar fazer uma poção sereiana
— Eu nunca pensaria que teria que fazer isso
— Você ainda tem muito a aprender
Ele amassou algumas plantas com a água do rio e me deu um líquido verde para beber.
— Argh, isso tem gosto de quê?
— Não sei, nunca precisei, mas os que já tomaram me disseram que tinha gosto de vomito de lagarto estelar
— Não sei que animal é esse, mas tenho certeza que o vomito dele não deve ter um gosto bom
Engoli aquilo rapidamente, tinha um gosto terrível, senti meu corpo queimar de dentro pra fora até que uma cauda de sereia começou a se formar em mim.
— Ficou muito bom em você —disse Azimonte me analisando de cima a baixo
— por favor na fique me olhando, isso é estranho já que você é meu bichinho de estimação
— Prefiro que me chame de sua consciência
Ele me carregou e me pôs na água com cuidado, depois pulou na água e se transformou em um peixe preto. Estava tudo escuro lá em baixo, mas os olhos brancos de Azimonte serviam como lanternas e nos levavam ao caminho certo, a distância pude ver a silhueta da cidade, eram nesses momentos que eu só conseguia pensar na Isabel, depois de todas as coisas incríveis que ela fez por mim esse era o mínimo que eu poderia fazer, espero que esteja bem seja lá o que esteja fazendo.


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