In Case escrita por Lydia


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI!! Não postei ontem pois minha internet caiu. E pelo celular é horrível postar.
Maaas, para compensa-los, posto o outro ainda hoje, okay?
Obrigada aos comentários. AMO VOCÊS ♥♥
Boa leitura...



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In Case – Capítulo 5

O seu mantinha a cor nublada que estava desde o começo da semana na pequena cidade da Espanha.

Ainda com os olhos fechados – mesmo estando acordado – León agradeceu mentalmente por ter fechado as cortinas na noite anterior. Não havia palavras para explicar o quão incomodativo é acordar com a luz do dia.

Sentindo um frio percorrer por seu corpo, León apertou mais o pequeno corpo sobre o seu, sentindo a respiração quente e calma dela bater contra seu pescoço.

O que ele estava fazendo?

Jurou jamais dormir abraçado com outra mulher novamente, mas estava ali, descumprindo sua própria promessa.

Mas, acordar no meio da noite e vê-la se aconchegando em si próprio para se esconder do frio, os lábios cerrados e roxos por conta da temperatura e a face serena. O sono dela era profundo... Como se não dormisse há dias.

— Hum — a ouviu murmurar, indicando que estava acordando.

León pensou em se afastar, pois não queria que ela pensasse algo errado. Contudo, um pensamento malicioso passou pela sua mente... Ele é homem, e Violetta é uma bela mulher. Se fosse outra ali, com toda certeza ele já estaria suprindo seus desejos.

Não tem que ser diferente com ela.

León levou os seus lábios até o ombro desnudo dela e despejou um beijo, sentindo a mesma se arrepiar. Ele moveu os lábios até o ouvido dela, mordendo o nódulo de sua orelha.

— Bom dia, gatinha — sussurrou, com a voz extremamente rouca.

— O... León?! — disse ela, assustada, e se afastando brutalmente. — O que você penca que está fazendo? — elevou a voz alguns oitavos.

— Te desejando bom dia, oras — prendeu o riso, mas se fez quase impossível com a expressão que ela demonstrou. — Roubaria um beijo seu agora, mas não quero que o nosso primeiro seja em um quarto de hotel... Com você irritada — provocou-a, enquanto se levantava e ia até a sua mochila.

— O nosso primeiro? — repetiu o que ele disse, caindo na gargalhada logo em seguida. — Meu amor, lamento em te dizer, mas não teremos um primeiro beijo — afirmou, colocando a mão na cintura.

— Tudo bem, pulamos o primeiro beijo e passamos para o segundo de uma vez — a direcionou uma piscada, entrando rapidamente no banheiro, ouvindo o barulho de um travesseiro batendo contra a porta. — Te espero em vinte minutos lá em baixo — gritou, para que ela ouvisse.

León tinha a plena consciência de que ela ficou furiosa com ele. Mas, e daí? Ele iria fazer isso valer a pena. Como Diego havia o dito... Eles formam um ótimo casal.

E, além do mais, ele adorava provoca-la.

X X

A cabeça de Violetta estava rodando, varias vozes gritando em sua mente.

Vargas foi capaz de despertar nela, na noite anterior, alguns sentimentos que estavam ocultos até então. A vontade de se relacionar com outro homem, de se sentir desejada. Ele, dormindo, até parecia uma pessoa decente, contudo, essas suposições que seu interior criou foram por água abaixo pela manha.

Ele é um completo cafajeste.

Deixou esses pensamentos de lado ao se dar conta das horas. Correu até o quarto onde estava suas coisas e se vestiu rapidamente. Trajando uma calça jeans, uma blusa de manga comprida azul clarinho e uma jaqueta, tudo isso para se tampar do enorme frio que fazia lá fora.

Passou alguns minutos se arrumando e com a cabeça longe. Pensava nos seus irmãos, nos seus pais, e no que deveria fazer a partir de agora. As coisas não estão mais as mesmas, novos desafios, novas dificuldades, e ela necessitava de uma decisão que acabasse logo com tudo isso e que fizesse as coisas voltarem para os eixos.

Quando já estava devidamente pronta, pegou o seu celular e viu que havia algumas chamadas perdidas de seus amigos. Umas da Francesca, outras da Camila, mas a maioria da Ludmila e do Tomás.

Suspirou fundo e decidiu ligar apenas para Ludmila. A única com quem ela não estava chateada.

— Ludmi? — perguntou, assim que uma voz fina atendeu ao telefone. Não parecia ser a voz da sua amiga, já que essa parecia de alguém que chorava.

— Violetta? — gritou a dona da voz chorosa. — Graças a Deus! Garota, onde você está? O que pensa que está fazendo? Quer nos matar de preocupação? Eu já iria ligar para a policia. Você não pode fazer uma coisa dessas comigo...

Violetta a interrompeu.

— Respira, Ludmila — pediu, soltando uma risada. — Eu estou na Espanha. Vim ver os meus pais.

— Por que? Aconteceu algo? — mais calma, ela perguntou.

— Eles sofreram um acidente e eu precisa vim — suspirou, se entristecendo. — Não se preocupe okay? Eu prometo te ligar mais tarde.

— Vou esperar — afirmou, com a voz autoritária. Violetta apenas riu de leve. — Beijos, amiga. Se cuida, tá?

— Pode deixar — sorriu com a preocupação e desligou a chamada logo em seguida.

Colocou o aparelho telefônico na sua mochila e jogou a mesma em seus ombros. Olhou vagamente pelo quarto, vendo se não havia se esquecido de nada. Ao constatar que não, ela saiu, trancando a porta e indo em direção ao elevador.

Poucos minutos depois ela já estava no saguão do hotel. Viu León encostado em um canto e o mesmo, assim que a viu, veio na sua direção.

— Eu falei vinte minutos, Violetta. Não quarenta — resmungou irritado, pegando as chaves da mão dela e indo em direção à recepção.

Ela revirou os olhos e saiu daquele enorme prédio, e poucos minutos depois León se juntou a ela. Pegaram um taxi e disse ao motorista onde deveria os levar. A Castilho encostou a cabeça no vidro, vendo a paisagem, com o pensamento longe.

(...)

Os olhos de Violetta marejaram assim que desceu em frente ao enorme hospital. O medo a invadiu, medo esse de ter perdido pessoas tão importantes para ela. Mesmo com as noticias que se irmão a dava, parecia não ser o suficiente para acalmar seu coração.

— Não vamos entrar? — León perguntou, parando ao seu lado.

Ela levou o olhar até ele, totalmente confusa.

— Você vai entrar comigo? — perguntou e ele assentiu. — Pensei que tinha que vê o seu pai.

— Acredite, eu tenho — murmurou ele. — Mas, quanto mais eu adiar essa conversa, muito melhor para mim — balançou a cabeça, caminhando em direção as portas do hospital.

Violetta ficou alguns segundos, parada, mas logo o alcançou.

Assim que adentrou naquele lugar, gelado e com cheiro de tristeza, dor e agonia, sentiu um calafrio percorrer por todo o seu corpo. Avistou seu irmão, sentado em um canto, com a cabeça baixa. Correu até ele rapidamente.

— Federico — o chamou e o mesmo pulou da cadeira, indo a abraçar. — Você está bem?

— Estou — afirmou, em um fio de voz. — E você? — ela assentiu. — Ainda bem que você chegou. O medico veio aqui agora pouco.

— O que ele disse? — perguntou apressada, temendo pela resposta.

Federico caiu sentado na cadeira, abaixando o olhar novamente. Eles – Violetta e o Vargas – poderão ver uma lagrima caindo de seus olhos, para o desespero e medo da garota.

— Diz logo, Federico — sentou ao seu lado, praticamente implorando.

Fitou o irmão levantar a cabeça e a olhar com pena e uma profunda tristeza.

— Ele disse que o papai vai ficar paraplégico, Vilu — disse de uma vez, parecendo ter tirado um peso de suas costas.

Assim que Violetta captou essas palavras, caiu em um choro incrédulo. Sentiu os braços de seu irmão a envolver e o choro dele se juntar ao seu.

— Isso é mentira, não é? — implorou para que ele dissesse que era.

— Não — o ouviu murmurar. — Infelizmente não é.

X X

León observava tudo, escorado no canto. A sensação que ele sentia era de pena e também tristeza. Por mais que tivesse problemas com seu pai, não imaginava isso acontecendo com ele.

Ele não pode imaginar a dor que Violetta e Federico estão sentindo.

— Eu... — começou o irmão dela, se afastando. — ... Eu tenho que ir até a Melany. Irei trazer ela para ver a mamãe.

— Você vai contar para ela sobre o papai? — em um fio de voz, ela perguntou.

— Não podemos esconder isso dela — disse ele. — As coisas agora serão mais complicadas. Mais difíceis.

— Vamos passar por isso juntos — ainda com lagrimas nos olhos, ela afirmou. — Não vou deixar você sozinho.

O que ela estava dizendo? O que ela estava querendo dizer com isso?, León pensou.

— Como assim, Violetta? — Federico pareceu ter as mesmas duvidas que o Vargas, já que pôs em palavras os seus pensamentos.

— Eu não vou voltar para a Argentina — afirmou, fazendo ambas as figuras masculinas se assustarem. — Irei trancar a faculdade e voltar para cá, definitivamente — acrescentou totalmente convicta.

O que?


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Notas finais do capítulo

Vish, agora complicou. No próximo terá o tão esperado PEDIDO DE CASAMENTO!! Quem aí ta ansioso?
Espero vocês nos comentários e até daqui a pouco.
Beijos.