In Case escrita por Lydia


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, voltei.
Quero agradecer a todos comentários e dizer que AMEI cada um *---*
Boa leitura!



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In Case - Capítulo 6

León via seu pai andar de um lado pro outro, enquanto dizia algumas palavras da qual ele não procurou entender. Duas horas de "conversa", ele já não aguentava mais.

Simplesmente não aguentava mais ouvir seu pai dizer que ele é imaturo. Que todo o esforço que fez para que ele conseguisse viver uma vida boa e racional, foi por agua abaixo por conta das decisões que o filho tomou.

— Eu nunca peço nada a você, León, e quando eu peço você não me obedece — esbravejou, colocando as mãos na cabeça, lamentando. — Estou ficando velho, preciso de alguém de confiança para assumir o que eu lutei tanto para conseguir — um pouco mais calmo, ele falou, sentando na poltrona, a frente do filho.

— Eu já disse que posso fazer isso. Não tem necessidade de eu me casar para poder assumir o que é meu por direito — sibilou as palavras com certa impaciência. — Eu termino a faculdade no semestre do ano que vem, na mesma época em que você vai deixar a empresa, não é? — perguntou, recebendo um sim como resposta. — Então! Não a necessidade de eu me casar para isso. Estarei pronto até lá.

— Você não entende — lamentou, passando as mãos pelos cabelos até a nuca. — A nossa empresa é uma das mais prestigiadas desse e de outros países... Na Argentina, no México, aqui na Espanha, no Chile... — disse o que León já sabia. — A maior empresa que temos é a do México e a da Argentina, onde fica tudo. Exatamente tudo — olhou atentamente para o filho, tentando ver se ele entendia suas palavras. — A do México, Isaac vai assumir. E a da Argentina, quero que você assuma.

— E eu irei — afirmou convicto.

— Não se você não se casar — novamente, impos sua condição. — Nossa empresa presa a família, León. Não posso colocar um presidente que mora sozinho, sai toda noite para encher a cara e acorda com uma mulher diferente a cada dia — se levantou e o moreno fez questão de revirar os olhos. — Me diga... Se você não tiver filhos, quem irá te substituir no futuro?— perguntou, gesticulando com as mãos. — Quem irá te acompanhar em festas de negócios, comemorações e exemplares? Você precisa de uma esposa! — gritou, começando a perder a cabeça. — Isaac já tem uma noiva e em breve terá um filho. Ele será rico e, ainda por cima, não ficará sozinho, ou somente com uma garrafa de cerveja e uma conta bancaria cheia de dinheiro.

Cansado de ouvir as reclamações do pai, León se levantou rapidamente e foi em direção a porta, abrindo-a rapidamente e saindo sem dizer nada. Pode ouvir seu pai o chamar aos gritos, mas o ignorou.

E dai se Isaac já tem uma noiva? Ele sempre foi um pé no saco. Sempre querendo ser melhor do que todos. Seu pai ter tocado no nome de Isaac apenas fez León se irritar ainda mais. Os dois nunca se deram bem. E pelo fato de serem primos, apenas piorava a situação.

Rangendo os dentes em nervosismo, León viu quando a figura de Violetta saiu da pequena casa a frente, e assim que o viu, sorriu de lado.

— Oi — ela disse, quando já estavam mais perto um do outro.

— Olá — respondeu ele, controlando sua raiva. — Você está bem? — perguntou, com cautela.

Violetta suspirou, olhando para todo canto, menos para ele.

— Não — confessou, em um fio de voz. — Mas estou tentando me manter forte — agora ela o olhava. — Quero que meu pai fique bem, preciso dar esperanças a ele agora.

Os olhos dela estavam brilhando, mas não era um brilho bom. Repletos de dor e tristeza. León não sabia o que dizer a ela em um momento como esse. Não haviam palavras de conforto.

— Pensei que fosse ficar mais tempo no hospital — disse ele, estranhando a volta rápida da moça.

— Estou voltando para lá. Só vim pegar algumas coisas para minha mãe — levantou as sacolas que estavam presas entre seus dedos.

Vargas assentiu, sem dizer uma só palavras. Ele se sentou na calçada e, distraidamente, jogou algumas pedras na rua, pensativo. Sentiu quando Violetta sentou ao seu lado.

— E você? — roubou atenção dele. — Está bem? — perguntou serenamente.

— Por que? Está preocupada? — brincou um sorriso nos lábios.

— Claro que não — afirmou, revirando os olhos. — Perguntei só por educação — deu de ombros.

— É, eu sei — abaixou o olhar, suspirando.

Ele apenas queria que tudo isso acabasse, que esse peso sumisse de suas costas. Não queria desistir de ser presidente Ciestiall, mas o preço a se pagar para isso era grande de mais.

E praticamente impossível.

A conversa com seu pai não foi boa, não é? — um pouco incerta, ela indagou. León a olhou, sem demostrar nenhuma expressão. — Escutei os gritos daqui — soltou uma risadinha nervosa.

— É. Não foi nada boa — colocou as mãos no bolso, suspirando. — Sabe, eu também tenho sérios problemas.

Violetta o olhou incrédula, mas prendendo um pouco o riso. É claro que ele tem problemas. Todo mundo tem, mas, os de alguns são maiores.

— Duvido que seja pior do que um pai paraplégico — disse, enquanto balançava a cabeça e negatividade, mostrando o quão idiota foi a frase dele.

— Não é ruim como isso — concordou, rendido. — Mas é bem ruim.

— Lamento por você — se levantou, passando as mãos na calça jeans, limpando quaisquer vestígio de sujeira. — Aproposito, eu já estou com o seu dinheiro — contou, fazendo León revirar os olhos discretamente — Antes de você voltar para Buenos Aires, peço que venha pegar o que lhe devo — pediu, educadamente.

Inspirando o ar, León levantou a cabeça, olhando-a atentamente. Se fazia surpreendente ver como ela é forte, como que no meio de tantos problemas e tristeza Violetta ainda conseguia ser equilibrada e ao mesmo tempo, tão bela.

Bela por dentro e bela por fora.

Poderia ser uma mulher demasiadamente teimosa. Mas é a teimosa mais incrível e linda que ele já colocou os olhos.

— Você não vai mesmo voltar? — perguntou, sem crer nas palavras que ela havia proferido mais cedo. — Vai abandonar tudo?

— Eu preciso — ouviu um suspiro escapar pelos lábios dela. — A cidade é pequena, mas minha antiga patroa disse que eu posso voltar ao meu emprego — comentou, com os olhos distantes agora. — Meu pai não vai mais poder trabalhar enquanto não estiver bom. Minha mãe está ficando louca no meio de tantos problemas... E tudo foi jogado nas minhas costas e nas do meu irmão — despejou as palavras de uma vez, sem ao menos parar para respirar.

— Deve ter outro jeito...

— Não, não tem — disse já impaciente. — O medico disse que meu pai irá precisar fazer fisioterapia... E isso é caro, León — uma lagrima solitária caiu de seu rosto. — Juro para você que eu faria qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, para ter um outro jeito que não seja abandonar o meu único sonho que é terminar a faculdade.

Céus, ela não deveria ter dito isso.

Como um raio, veio na mente de León as palavras de Diego, do seu pai, os seus pensamentos... Ela é uma mulher que precisa de ajuda, de uma solução. E ele é um homem que precisa de uma esposa.

É, León Vargas, você está prestes a fazer uma enorme loucura.

— Tem um jeito — disse quase prontamente, se levantando em um pulo, assustando-a. — Eu sei como resolver os seus problemas.

— Qual? — perguntou, esperançosa.

Ele sorriu ao ouvir a pergunta dela, pegando sua pequena mão e prentendo entre as dele.

— Casa comigo?


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acontece agora? KKKK
Não sei quando volto, dependerá de vcs agora.
Comentem e favoritem! Beijos