In Case escrita por Lydia


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Heey *--* Demorei, né? Eu sei hahaha'
Mas, os comentários foram tão pouquinhos que me desanimaram ;( Porém, decidi voltar já que o capítulo já estava pronto.
Espero que gostem.
♥ Boa leitura ♥



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In Case – Capítulo 4

Assim que chegaram ao hotel, fizeram o que era necessário e pediram dois quartos. Violetta, mesmo não dizendo nada, estava assustada em como pagaria tudo isso a León.

Ele sabe das condições dela e parecia fazer isso de propósito. Por que eles não poderiam ir logo para a cidade onde estão o que vieram encontrar? Havia alguma necessidade de ficar em um hotel?

Não, não tinha.

Porém, é praticamente impossível desvendar o que se passa na cabeça daquele individuo.

— Eu vou ligar pro meu irmão — anunciou Violetta, enquanto abria a porta do quarto onde dormirá. — Amanha bem cedo eu vou para lá. Se você não quiser ir, te deixo aqui.

— Você me conquista com tanto amor e gentileza — ironizou León.

— Cala boca — rinhou, abrindo a porta finalmente e entrando, deixando-o só no corredor.

Assim que entrou, jogou a mochila na enorme cama e pegou o celular. Discou o numero de Federico que no terceiro toque atendeu.

— Oi, Vilu — a cumprimentou.

— Fede, você está no hospital? — novamente sua agonia deu a palavra.

— Estou. Já mandei o dinheiro pra você, deve...

Ela o interrompeu.

— Tudo bem. Não se preocupe com isso. Consegui arrumar uma passagem — comentou, enquanto sentava-se na enorme cama. — Amanha bem cedo eu chego aí.

— Onde conseguiu o dinheiro?

— Isso não importa — suspirou. — Tem alguma noticia dos nossos pais?

— A mamãe teve só algumas lesões, mas está aparentemente bem — disse e Violetta suspirou um pouco mais aliviada. — O papai está passando por uma cirurgia agora.

— O que? — indagou assustada.

— Os médicos explicaram rapidamente... Não prestei muita atenção depois da palavra “cirurgia” — o ouviu suspirar. — Vou passar a noite aqui, mas amanha tenho que ir pra casa ver a Melany — comentou e Violetta pode perceber como sua voz esta cansada; isso a fez querer matar León por não tê-la deixado ir logo para o hospital. — Ela está assustada com tudo isso.

— Eu também estou — passou a mão pelo rosto, pensativa. — Não se preocupe, amanha bem cedo estarei ai.

— Até amanha então — disse por fim, encerrando a chamada.

Assim que se despediu, Violetta soltou um suspiro alto e doloroso. Como se toda a sua angustia estivesse presa em seu peito e essa fosse a maneira mais pratica de soltá-la.

X X

Após tomar um longo banho, León relaxou o seu corpo no leito enorme sobre aquele quarto. Trajando apenas uma calça de moletom, sem camisa, com as madeixas molhadas, ele não se importou em se deitar assim mesmo.

Durante os minutos que ficou no banho teve em mentes algumas suposições em como escapar do casamento por contrato. Pensou, seriamente, em desistir de tudo isso. Desistir de liderar a empresa que é de sua família, de tentar agradar o seu pai e toda sua família.

Sentiu seu celular vibrar e o pegou, rapidamente.

— O que foi Diego? — perguntou, sem nenhuma animação em sua voz.

— Quanta educação — ironizou. — Só liguei para saber se já chegou, se já conversou com seu pai, se já pegou a Violetta, se já resolveu tudo o que...

Ele o interrompeu.

— Se eu já peguei a Violetta? — gargalhou com os pensamentos malucos do amigo. — Você ta doido, cara? Essa garota é toda fresca. Se eu tocar nela ganho um tapa na cara.

— Fala sério! — riu divertidamente. — León Vargas com medo de uma garota? Pensei que iria morrer antes disso acontecer — ele parecia se divertir profundamente com a situação.

— Não tem nada haver, cara — resmungou, enquanto se sentava na beirada da cama. — A Violetta é linda, e eu não negaria um beijo dela, mas a garota é complicada de mais — suspirou, enquanto sua mente recordava dos momentos dos dois juntos. — Complicada de mais até pra mim.

— Acho que você deveria tentar algo com ela. Vocês dois ficariam lindos de marido e mulher — novamente fez graça. León apenas soltou uma risada nervosa, mas ficou pensativo. — E sem contar que ela é uma pessoa muito bacana.

— Espera! Vocês dois se conhecem? — perguntou, curioso.

— Brevemente — o ouviu dizer. — Conversamos uma vez, na biblioteca da universidade, e ela foi super legal comigo.

Alguns minutos depois e os dois continuavam a conversar, e o assunto permanecia na Castilho. León o contou sobre a cena do avião, e Diego o garantiu que ela ficou sim com ciúmes, no mínimo e incomodada.

E, bom, se ela está incomodada, é porque sente algo, ou não?

O enorme ego de León apenas pensa que sim. Iludiu-se, na verdade. Eles são completamente estranhos, ela jamais sentiria algo por eles.

Violetta é uma mulher menina. Tem responsabilidades de uma mulher adulta, mas algumas de suas atitudes se semelheiam de uma criança, uma criança que grita por amor e cuidado. E León não pode dar esse amor a ela. Afinal, ele é um menino homem, tem atitudes de menino e desejos de um homem.

Ambos são completamente opostos.

Isso nunca funcionaria, pensou ele.

X X

Na frente do espelho, Violetta retirou suas vestes, ficando completamente nua. Viu em seu corpo algumas cicatrizes, em lugares extremamente escondidos, mas que estavam ali, fazendo-a se lembrar de um passado extremamente doloroso.

Soltou um suspiro, sentindo um frio percorrer por todo o seu corpo, afinal, fazia frio lá fora.

Pegando entre suas mãos um roupão na cor branca, ela enrolou em seu corpo e se dirigiu até o banheiro. Ficando completamente nua novamente, adentrou no box e se colocou por debaixo do chuveiro, ligando-o em seguida. Deixou as gotas de água cair sobre seu corpo, enquanto passava o sabão calmamente sobre ele. Ela não se preocupava com o tempo, apenas queria relaxar e sair dali, indo diretamente para sua cama.

Dormir uma noite tranquila, sem pesadelos ou interrupções. Isso é o que Violetta deseja.

Tirando-a de seus devaneios, sua garganta apenas foi capaz de sair um baixo grito de susto, por conta da temperatura da água que mudou rapidamente. Tentou reverter a situação e voltar a temperatura para o quente, contudo, já estava.

— Droga — resmungou, enquanto agarrava o roupão e cobria seu corpo que já tremia. Não houve tempo de se importar com o sabão espalhado em si. — Isso lá é hora do chuveiro queimar? — murmurou consigo mesmo.

Foi em direção a sua cama e se sentou na ponta dela, bem ao lado onde um aparelho telefônico estava. Discou o numero que mostrava o pequeno papel pregado na parede, e esperou que alguém a atendesse, coisa que logo aconteceu.

— Boa noite — saudou uma voz docel do outro lado da linha. A mesma voz da senhora que os atendeu assim que chegaram. — Em que posso ajudar?

— Boa noite. É que o chuveiro queimou enquanto eu tomava banho, e a água está extremamente gelada agora — sua voz saiu com certa dificuldade, pois já começava a esfriar mais.

— Oh, sinto muito... Você está no quarto 217, certo?

— Sim — respondeu, prontamente.

— Estamos com alguns probleminhas nesse quarto, não a avisaram?

— Não. Não mesmo. — revirou os olhos. — Não pode pedir para que alguém arrume ou me deem outro quarto.

— Lamento em informar que não será possível. Já chamamos um técnico, mas ele só vem pela manha — comentou e Violetta pode jurar que ela estava constrangida com a situação. — E não temos quartos disponíveis no momento. Apenas a suíte presidencial.

Droga de merda.

Violetta já nem ao menos sabia o que dizer. A temperatura de seu corpo também caia mais a cada segundo que percorria no relógio. Seus dedos começaram a se enrijecerem e a ficar brancos, por conta do frio.

E agora?

— Esquece — fechou os olhos, suspirando. Obrigada mesmo assim — agradeceu educadamente, desligando a ligação.

Assim que pôs o telefone na base, Violetta abraçou a si própria, buscando se aquecer. Foi até as roupas que havia preparado para dormir – pijama, para mais exatidão – mas desistiu de colocar, ao ver que esta completamente lotada de sabão.

Se secasse mesmo assim, provavelmente sua pele ficaria toda enrugada, além de pegajosa. E isso não seria nada bom.

Batendo o pé, pensativa, ela tomou uma decisão rápida.

Pegou suas vestes em suas mãos, foi até a porta e foi rapidamente até o quarto da frente, batendo três vezes seguidas. Sentia que poderia congelar a qualquer momento.

Os oito segundos que León levou para abrir a porta, foi os segundos mais longos de sua vida. Suspirou aliviada ao vê-lo.

— Violetta? — indagou assustado.

— Eu preciso usar o seu banheiro — anunciou, batendo queixo. — O chuveiro do meu estragou no meio do meu banho — explicou o mais rápido que pode, enquanto seus olhos suplicavam aos verde que a deixasse entrar.

— Você é bem folgadinha, hein? — murmurou ele, mas sorrindo depois. — Vai lá — deu espaço para que ela passasse e a mesma fez, entrando na outra porta rapidamente.

Ela fez tudo em segundos. Retirou seu roupão – novamente – jogou suas roupas sobre a pia e correu até o chuveiro, suspirando aliviada quando sentiu a água quente cair sobre si.

Demorou o máximo que pode no banho, apenas saiu quando se sentiu aquecida.

Trajando uma calça de moletom rosa e uma blusa de alcinha na cor branca, Violetta lamentou não ter trago sua blusa de manga comprida, já que apenas essa pequena peça que usa da amostra uma pequena parte de seu seio, mesmo que ela tentasse esconder.

Penteou seus cabelos com o pente que, provavelmente, é de León, e passou também o desodorante do mesmo.

Ela tinha que admitir, o cheiro do desodorante dele é incrivelmente bom.

— Muito obrigada, Vargas — agradeceu, assim que saiu daquele pequeno cômodo de azulejos brancos. — Pensei que iria morrer de tanto frio — soltou uma risada amarga, cruzando os braços, querendo se tampar.

— Não a de que — o ouviu dizer.

Assim que o olhou atentamente, sentiu certa vergonha. Ele mantinha seu corpo totalmente relaxado na cama, ainda sem camisa, enquanto prestava atenção em um programa qualquer da televisão.

Ele tem um corpo lindo, ela pensou.

— Bom, eu, er... — coçou a nuca, com constrangimento. — Eu vou voltar para o meu quarto — afirmou, dando passos largos até a porta.

Contudo, ele a interrompeu.

— Espera — pediu, fazendo-a parar. — Fica mais um pouco — pediu, com a voz rouca.

Ela se virou para ele e estreitou os olhos, não acreditando no seu pedido.

— O que? — não se conteve em perguntar.

— Vai passar um filme legal agora. Vamos assistir? — a convidou, olhando-a atentamente.

— Melhor não — negou com a cabeça e com palavras. — Amanha temos que sair cedo...

Ele a interrompeu.

— Vamos ver apenas a metade então — insistiu. — Não estou com sono agora.

As palavras dele pareciam tão inocentes, sem nenhuma maldade... Apenas um convite. Não havia problema, não?

Sim. Havia enormes problemas.

Mas, os sentidos de Violetta não pareceu se importar com ele. Sem raciocinar direito, ela moveu-se até ele, sentando na ponta da cama, timidamente.

— Vem cá — a chamou, erguendo a coberta para que ela entrasse por debaixo dela.

Sem dizer uma só palavra, ela se deitou, sentindo suas bochechas tomarem um rubor quente.

Oh, céus, ela não deveria estar fazendo isso... Não deviria ter aceitado um convite de León Vargas, pela segunda vez.

— Não vai dizer nada? — ele se virou para fita-la, erguendo uma das sobrancelhas.

— Adorei o seu desodorante — confessou, sem ao menos notar suas palavras.

Ela apenas se deu conta do que disse quando o mesmo esboçou um sorriso nos lábios. Totalmente envergonhada, ela se virou na cama, prendendo sua atenção na televisão, mesmo sabendo que León a fitava.

Depois de um certo tempo, as pálpebras de Violetta começaram a pesar, e ela sabia que seu sono estava prestes a tomar conta de si. Ela virou o rosto, para se despedir do Vargas, mas se surpreendeu ao ver que o mesmo já dormia.

Ela sorriu de lado, e quase que instantaneamente levou suas mãos para acariciar a pele áspera do moreno.

Ele consegue ser ainda mais bonito quando dorme, ela pensou.

Logo seus olhos chegaram até os lábios dele. Foi quase impossível não pensar em beija-los.

Em um ato insano, ela se aproximou mais seu rosto no dele, encostando levemente sua boca nas dele. Apenas para sentir aquela pele colada em seus lábios. Não chegou ser nem apenas um selinho, pois ela não foi correspondida, já que o mesmo dormia profundamente.

Sentindo que suas forças haviam sido esgotadas, Violetta não tentou nem ao menos levantar. As luzes já estavam apagas então ela apenas desligou a televisão, e fechou os olhos, se entregando a inconsciência que tanto desejava há dias.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
O próximo capítulo já está prontinho e, na minha opinião, está uma graça. Tenho certeza que irão amar as surpresinhas que preparei a vocês *--* Querem ele hoje? Comentem e eu posto.
Muito obrigada aos comentários e aos favoritos de:
Makayla Morgan
JujuBlanco
Stephanie Blanco
Eduarda Sousa
Julie
belinhaporto
Vocês são demais ♥ Só não coloco os nomes dos comentários porque vai ficar muito grande as notas.

Enfim, comentem e favoritem, que eu posto o próximo hoje ainda. Beijos ♥♥