In Case escrita por Lydia


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Depois de tempos, voltei haha'
Desculpe a demora, morecos. Mas eu estava em uma semana bem importante e corrida na escola, que tirou muito meu tempo.
Mas voltei, mesmo com m capítulo pequeno.
Espero que gostem e boa leitura *--*



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In Case Capítulo 9

— Por que a surpresa, Vargas? — acompanhada de um sorriso irônico, Violetta cruzou os braços na altura dos seios.

— Me diga você — pediu, ainda em choque com a presença da moça.

Ela manuseou a cabeça para o lado, pedindo passagem. León deu, mesmo estando ainda muito surpreso. Assim que ela adentrou ele fechou a porta atrás de si, esperando que ela dissesse algo.

— Pensei que não te encontraria aqui agora — disse, sentando-se no sofá de cor escura.

— Eu estava de saída — comentou, fazendo o mesmo que ela. — O que esta fazendo aqui, Violetta? Pensei que estivesse na Espanha com a sua família — falou de uma vez o que seu interior aguçava em perguntar.

Como resposta, ela simplesmente suspirou, dando-se ao trabalho de retirar seu casaco e o colocar em seu colo.

— Eu cheguei ontem — disse, depois de alguns segundos. — Não vi você na faculdade hoje...

— Eles já encerraram as atividades por agora — comentou meio grogue. — Não achei necessário ir então.

— Entendo — murmurou. — Bom, eu vou direto ao ponto — bateu suas mãos em seu casaco, erguendo os ombros.

— Por favor — pediu, gesticulando com as mãos para que ela prosseguisse.

Antes de dizer, a morena se remexeu no sofá, com o olhar distraído e um tanto nervoso. Mas quando seus olhos castanhos encontraram os verdes curiosos, ela se sentiu relaxar.

— Eu procurei você naquela noite — confessou, com o tom de voz firme. — Mas você já tinha ido embora — tragou a saliva com certa dificuldade, olhando para outro canto da casa. — E não tive coragem de ir atrás de você.

— Por que não? — questionou.

— Não sei — deu de ombros. — Acho que tive um pouco de medo. Estava meio receosa se deveria mesmo fazer isso — se levantou, passando as mãos por sua trança perfeitamente feita.

Ao ouvir as palavras dela León se levantou extremamente curioso. Ambos se fitaram, sem dizer absolutamente nada. Ele esperava que ela se pronunciasse, que terminasse de dizer o que deseja; contudo , a mesma parece constrangida. Sem fala.

— Fazer o que, Violetta? — incentivou-a a prosseguir.

Era perturbador toda aquela situação. Dois estranhos – que na verdade nem são tão estranhos assim – tentando descobrir os pensamentos um do outro através dos olhos.

— Aceitar sua proposta — disse, depois de um suspiro. León arregalou os olhos em surpresa, recuando um passo. — León, eu aceito me casar com você — afirmou com a voz tremula.

— Tá falando serio? — questionou, tentando miseravelmente esconder o sorriso que nascia em seus lábios. — Violetta, não brinque com isso. Sabe como eu estou desesperado por... — ela o interrompeu.

— Estou falando serio — jurou, logo depois suspirando. — Desde que eu sai da minha casa, para vim fazer minha faculdade, sabia bem que estava dando um passo em direção ao abismo — mordeu o lábio inferior, insegura na decisão de dizer ou não. Observou o semblante confuso e curioso que ele estava formando e respirou fundo, tomando a decisão de esclarecer tudo logo de uma vez. — Porque... eles são minha fortaleza. É por eles que eu luto e faço qualquer sacrifício...

— É um sacrifico se casar comigo? — fingiu-se ofendido.

— León, eu me caso com você. Mas você terá que que cumprir sua promessa de ajudar minha família — ignorou a pergunta dele, indo direto ao ponto em que realmente lhe importa.

— Eu prometo — afirmou convicto.

Violetta assentiu lentamente, exprimindo os lábios em uma linha reta. Novamente o silêncio falou mais alto e ambos pareciam constrangidos, sem saber qual o primeiro passo a dar nesse momento.

León soltou uma tosse forçada e se jogou no sofá, passando as mãos em seus cabelos.

— Então... estamos noivos — ronronou, indiferente.

— É o que parece — Violetta suspirou, olhando-o atentamente. — Olha, Vargas, não vamos tornar isso pior. Vamos manter... profissionalidade nisso. — tentou achar uma palavra correta, mas como não encontrou, optou pela que seu interior usou. — Assim, acho bom por algumas regras.

— Tudo bem — concordou sem preitejar.

— Nada de se aproximar de mim. Vamos nos casar, mas não quero que ache que tem algum direito de me tocar.

— Claro — repetiu no mesmo tom que sua ultima frase.

— Mas também não quero sair por ai como uma corna, então você me deve fidelidade até décimos a melhor hora de acabar com isso — disse, gesticulando com as mãos.

— A-hã — murmurou apenas.

— Outra coisa... — começou receosa, recebendo um olhar calmo e curioso do moreno. — Meus amigos costumam ser bem insuportavelmente fuxiqueiros quando querem. Vão achar estranho essa historia de casamento, e não é pra menos — sussurrou a ultima frase para que somente ela ouvisse, mas falhou. — Vamos esperar um pouco para tornar isso oficial, para que eles acreditem de verdade.

— Sem problemas — sorriu de forma genuína.

León parecia estar se divertindo com tudo isso.

— Só vai falar isso? — cruzou os braços, erguendo uma das sobrancelhas. — Nenhuma exigência?

— Só... — encurvou o corpo para frente, apoiando os cotovelos em seus joelhos e a olhando a todo instante. — quero que sejamos amigos.

Aquele pedido surpreendeu bastante Violetta. De todas exigências, regras, ordem, que ele poderia dar, essa foi a que ela menos esperava.

Os dois? Amigos?

León não parece ser o tipo de pessoa que conversa casualmente, que vê filmes de comedia com pipoca e brigadeiro, enquanto conta algo fora de hora. Ou então o tipo de pessoa que confia em alguém. Para ser mais clara, ele não parece ser o tipo de gente que gosta de gente.

A percepcão que a Castilho tem dele é: O vagabundo que usa mulheres como escartavio, diversão. Que adora competir com os "conhecidos" quem é o melhor e que enche a cara toda noite. Que simplesmente não dá a mínima pros sentimentos alheios.

Contudo ele estava ali, na sua frente, com o semblante calmo e um brilho nos olhos pedindo para a noiva dele, que sejam amigos.

Deus, isso é mesmo real? - ela pensou intimamente.

— Acho que podemos ser amigos — resmungou, depois de algum tempo em silêncio.

Com um sorriso no rosto, ele se levantou, desviando o olhar do dela por poucos segundos, apenas o tempo de pegar uma chave sobre a mesinha em frente ao sofá.

— Que tal uma festa? — sugeriu, erguendo em seus dedos a chave do seu carro.

Satisfeito, essa palavra resumia muito bem León. Agora ele tinha a certeza que seria capaz de ter o que quiser.

Simplesmente o que quiser.


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Notas finais do capítulo

Capítulo não revisado, sorry.
Obrigada a todos os comentários (mesmo sendo pouquinhos). Ameeeei cada um.
Só posto o próximo com no mínimos quinze comentários. Farei ele maior.

E um grande e baita spoiler para vocês: NO PRÓXIMO TEM BEIJO, NEGADA!

Curiosos? Comentem que volto logo.
Beijos ♥♥