In Case escrita por Lydia


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Hellou, gatas e gatos!
Como eu disse, assim que atingisse 15 comentários eu postava. Bom, atingiu ontem a noite, mas somente vi hoje.
Esse capítulo está muito especial - para mim pelo menos. É um dos meus preferidos.
Espero que gostem dele assim como eu.
Tenham uma boa leitura.
Ps: A atriz que interpretará Alice Singer é a Taylor Momsen. Ela está no banner, juntamente com a Vilu e o León.



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Ponto de vista: Violetta Castilho.

In Case

Capítulo 10 – Canalha Dedicado

Há muitas razões para duvidar e uma só para crer. Contudo, ás vezes, no caminho, nos perdemos nessa razão.

Buenos Aires - Argentina | 21:36

Perturbada, Violetta Castilho, não imaginava que quando foi convidada para uma festa pelo seu noivo, que ele a levaria para a casa de uma das vadias da Faculdade. Aceitou ir pensando que iriam ao um bar qualquer; ou até mesmo a uma boate.

Allice Singer.

Violetta conhecia muito bem Alice. A loira exuberante que desfila pelos corredores com suas roupas de alta, sapatos italianos e perfume francês. Linda, não podia negar. Todavia sua beleza era apenas um detalhe comparada aos boatos da personalidade que a garota tinha.

Mimada e fria. Pelo menos era isso que parecia ser e que os outros diziam ser.

— Eu não vou ficar aqui — Violetta resmungou, enquanto mantinha os olhos bem abertos e atentos no local.

— Por que não? — ouviu o moreno perguntar ao seu lado.

— Não é obvio? Essa festa é da Alice e eu não fui convidada — respondeu, assim que chegaram em um canto mais reservado, sem muito tumulto.

— Você está comigo, não se preocupe — direcionou-a uma piscadela, virando apenas para cumprimentar rapidamente, com um singelo toque de mãos, um conhecido que passava por eles. — Além do mais, Lice é uma pessoa incrível. Tenho certeza que não irá se importar com convites — comentou em seu tom mais calmo e despreocupado.

Surpreendentemente, os dois não estavam se estranhando tanto quanto Violetta achou que se estranhariam. Afinal, são dois desconhecidos, e noivos. Não sabem quase nada da vida um do outro e teriam que manter uma relação. Isso definitivamente é pior em sua cabeça do que na realidade. Pensou que quando chegasse a casa dele, que dissesse que aceitaria sua proposta de casamento, que tudo mudaria entre eles. Mas estava errada.

Algo difícil para alguns, mas não parecia para ele. E se para León esta tudo normal, para a Castilho não precisaria ser complicado.

Ao ouvir as palavras dele, Violetta não conteve em soltar uma risada sem humor. Alice poderia ser tudo, menos uma pessoa incrível. Pessoas incríveis conversam e cumprimentam as todos; Singer só se socializava com os riquinhos medíocres.

Deixou os pensamentos de lado assim que sentiu as fortes mãos de León a puxarem até a enorme mesa de centro, onde continha bebidas de vários tipos e comidas que, ao seu ver, são pequenas de mais para serem digeridas.

— Como a donzela não bebe... — León começou a dizer, com a voz um pouco mais alta por conta da musica. — … Suco pra você e cerveja para mim — entregou-a um copo, segurando outros em suas mãos.

— Obrigada — agradeceu em um aceno.

Em um piscar de olhos ambos já estavam rodeados de amigos — amigos dele obviamente. Violetta apenas sorria fracamente ou respondia com poucas palavras quando lhe eram dirigidas. Não sentia-se confortável ali, mas de um modo ou de outro, teria que entrar no mundo do Vargas.

— Imagina o quão surpreso estou em vê-la aqui? — surgindo em sua frente, Diego perguntou.

— Por que surpreso? — devolveu outra pergunta.

— León é meu melhor amigo, e até hoje a tarde eu podia jurar que nunca mais a veria depois do que ele me contou — soltou uma risada, virando todo o liquido que até segundos antes, estava dentro da garrafa.

— Mas parece que agora você irá me ver muito mais do que imagina — sorriu sincera.

— E isso é bom — devolveu-lhe o sorriso, aproximando um pouco mais da garota, colocou o ouvido pero da orelha feminina. — Estou torcendo para que esse casamento de negócios se torne verdadeiro. O que eu mais quero é ver meu amigo curando essa dor que tem a anos e que seguindo a vida — sussurrou, afastando ao fim da frase.

Novamente sorriu para ela, antes de sair em meio a multidão, deixando uma Violetta estática com suas palavras.

Curando essa dor...

Essas palavras ficaram impregnadas em sua mente, corroendo seus pensamentos e atingindo sua curiosidade. León nunca falou muito sobre sua vida, e Violetta nunca insistiu ou se quer perguntou. Talvez não tivesse tempo para isso....

Sentiu braços fortes rodearem sua cintura, mas não se assustou – talvez um pouco confusa. Reconhecia aquele perfume perfeitamente. León cheirava a confusão; era masculino, tentador e perverso. Mas bom... muito bom.

— Acho que aqui é um bom local para começarmos a colocar nossa farsa em ação — sussurrou ao pé do ouvido da garota. — Está cheio de estudantes aqui e a maioria deles adoram espalhar noticia da vida alheia — com a ponta dos dedos afastou o pano da jaqueta no ombro feminino e colocou os lábios, plantando um beijo demorado e molhado.

— Eu disse para você não tocar em mim — lembrou-o, com a voz falha diante das inúmeras sensações que aquele toque estava a despertando.

— Meu amor, se nós não mostrarmos o quão apaixonados somos, esse casamento não adiantará de nada.

— Não somos apaixonados — disse, e ele logo levantou a cabeça para fita-la nos olhos.

— Mas ninguém precisa saber disso — sorriu travesso, puxando-a até a enorme sala de star, onde estavam vários adolescente – que entrariam em breve na fase adulta. – bêbados dançando.

Violetta suspirou rendida e somente deixou ser guiada. O moreno a sua frente exibia um dos seus sorrisos encantadores, que era capaz de derrubar qualquer mulher. Todavia, não ela.

Ele é um ótimo ator, seu subconsciente gritou. Pra quem visse, era impossível negar que, ele não estava mesmo apaixonado. Os olhos verdes brilhando, o sorriso risonho, e os simples carinho que fazia no rosto – ruborizado – da suposta namorada.

Um verdadeiro canalha dedicado.

Está mesmo disposto a fazer com que todos acreditem nesse mentira.

— Não acha que está exagerando? — perguntou ela, corada com os atos dele. Sua sorte era que a luz estava fraca, e assim ela era privada de todos verem a vergonhosa cena de estar vermelha.

— Não — respondeu simplesmente. — Você não disse que seus amigos tem que achar que temos mesmo uma relação? — assentiu. — Pois então — deu de ombros e ela o olhou confusa. — Tá vendo aquele cara ali? — apontou discretamente para um dos amigos dele que estavam na "rodinha" alguns minutos atrás. — Ele me perguntou se estamos juntos e eu confirmei. Se com a minha declaração e com a nossa aproximidade, ele não ira desconfiar e amanha mesmo estará contando a todos que o Vargas coração de gelo está amarrado e isso chegará aos ouvidos dos seus amiguinhos — sorriu com seu plano supostamente perfeito.

Apertou a cintura fina da garota, juntando ainda mais seus corpos ao passo que se moviam de acordo com a musica.

— Coração de gelo? — questionou em um riso.

— Só um apelido carinhoso — novamente deu de ombros, acompanhado também de uma risada.

A musica era agitada e eles se moviam praticamente colados. As mãos masculinas pressionadas possessivamente nos quadris dela não a deixavam escapar. E ela, um pouco relutante, envolveu suas pequenas mãos no pescoço dele.

Se fitaram longamente enquanto ainda se moviam, em um pedido silencioso de ajuda e admiração.

Ele não sabia, mas Violetta estava começando a gostar daquele acordo. Afinal, não parece ser assim tão ruim ser companheira de León Vargas.

Os olhos castanhos desviaram somente por poucos segundos, mas o suficiente para ver quatro garotas, ao canto, observando-os com olhares fulminantes. Violetta sabia bem que León tinha varias admiradoras, porém não estava gostando nem um pouco de ser olhada com tanto ódio pelas riquinhas superiores.

— Namorados se beijam, não é? — com a voz rouca, León perguntou.

— Com certeza — respondeu um pouco insegura, mas não deixando transparecer.

Talvez fosse a dança que estava criando uma tensão sexual entre os dois, ou então a vontade que sentiu de irritar ainda mais aquelas vadias.

Não ouve tempo de explicar o porque de ter dito aquilo, sendo que a dois minutos antes não estava disposta a deixa-lo nem ao menos encostar nela, sentiu os lábios dele se pressionarem contra o seu.

O gosto de álcool e bala de menta adentraram com força dentro de sua boca, e instantaneamente suspirou. Suas línguas pareciam estar dançando de acordo com a musica, seguindo seus corpos. Violetta tentou se afastar quando caiu em si e s deu conta do quão insano aquilo era, todavia ele segurou-a um pouco mais forte, impedindo-a de sair e aprofundando ainda mais o beijo, explorando cada canto da boca feminina.

Assim que o ar começou a faltar, afastaram-se lentamente

Suspirando, o olhou atentamente, tentando ao máximo não corar. Não queria mostrar a ele o efeito que aquele beijou causou.

Seu orgulho era muito maior que isso...

— Vou ao banheiro — anunciou, vendo-o assenti levemente com a cabeça, e viu isso como uma deixa para sair de perto.

Fechou a porta cuidadosamente assim que adentrou no comodo de azulejos brancos. Ficou espantada enquanto olhava o tamanho daquele lugar. Simplesmente enorme.

— Quando se entra em um banheiro publico, é burrice não tranca-lo — a voz feminina irritante ecoou atrás de si, fazendo-a se virar.

Mas não era somente uma garota. Eram quatro.

— E antes de entrar em um banheiro que está com a aporta fechada, é burrice não bater — provocou, cruzando os braços.

Reconheceu as garotas assim que as viu. Eram as mesma que a amaldiçoava com os olhos enquanto dançava com León.

— Eu conheço você — uma delas aproximou-se, com desdém. — É a garota que interrompeu meu lance com o Vargas na praça outro dia.

— Eu mesma — concordou com um riso sem humor. — Jessye, não é?

— Jéssica — corrigiu-a visivelmente irritada.

— Você veio com o León? — a outra perguntou.

— Sim.

— E você teve coragem de acompanhar ele vestida assim? — questionou uma ruiva, incrédula.

— Ele não pareceu se importar — disse em um suspiro, tentando ao máximo controlar sua enorme vontade de virar a mão na cara das quatro.

— Então ele também não vai se importar se eu fizer isso — a morena que estava um pouco mais atrás se aproximou.

Em suas mãos segurava um copo com um liquido colorido, e jogou-o todo sobre a roupa da Castilho.

As risadas femininas só a fizeram ficar mais irada. Soltou alguns palavrões e pegou uma das toalhas vermelhas penduradas ali e tentou se secar, mas falhou; uma vez que apenas se espalhou ainda mais.

— Suas vadias desgraçadas — rosnou, empurrando-as e saindo apressadamente dali.

Caçou com os olhos a saída, mas era praticamente impossível com o tanto de pessoas ali presente. Andou mais um pouco, esparrando em algumas pessoas, até que uma a segurou pelo pulso.

Pelo toque e as unhas raspando em sua pele, deduziu ser uma mão feminina. Levantou o olhar e descobriu estar certa.

— O que houve? — Alice perguntou, com a voz mais alta do que a musica, para ser ouvida.

— Só um... acidente — disse de forma irônica, olhando de soslaio para trás, onde viu as quatro garotas ainda rindo.

— Ah, entendi — balançou a cabeça em negatividade, com um olhar de desculpas. — Precisa de ajuda? — perguntou, educadamente.

Não conteve a surpresa com a pergunta, olhar e tom da garota. Agora era a hora para que a Singer a perguntasse o que fazia ali – ou até mesmo quem era – e que roupas eram aquelas. Agir como as quatro cadelas de minutos atrás.

— E-eu... Não, está tudo bem. Já estava mesmo de saída — mentiu. Não queria ir embora agora, nem sair sem avisar León, mas estava sentindo-se humilhada demais para se dar ao luxo de fitar aqueles olhos verdes.

— O que? Mas por quê? Ainda está cedo — curvou os lábios, confusa. — Se é por causa da sua blusa, eu posso te emprestar uma — sugeriu com um meio sorriso.

— Não é necessa... — a interrompeu.

— Eu insisto — puxou-a até as escadas, mas não subiu um degrau se quer e se virou para a morena confusa e estática. — Suba. Terceira porta a esquerda. Vou resolver uma coisa — olhou feio para as quatro, que observavam a cena confusa. — e já subo também.

Não deu tempo para que ela respondesse e saiu pisando duro até o cando onde estavam as vadias. Apenas fez o que a loira pediu e subiu para o andar de cima rapidamente.

Talvez Alice Singer não seja mesmo a megera que achava.


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Notas finais do capítulo

- E ENTÃO? E ENTÃO NEGADA?
— Obrigadinha a todos os comentários, favoritos e incentivos.
— NÃO SE ESQUEÇAM DE COMENTAR! Já sabem, quinze comentes eu volto.
—Quanto mais comentes, favoritos... Mais rápido eu volto.
—O próximo já está prontinho só esperando vocês.
Beijocas.