Cair da Noite escrita por BiancaLima


Capítulo 4
Strage


Notas iniciais do capítulo

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A casa era enorme por dentro, a sala era branca, as janelas faziam o ambiente ficar mais bonito, os moveis eram pretos, deixando um ar sofisticado na sala, é claro que fiquei de queixo caído.

 

-Espera para ver seu quarto, depois podemos ir na sua casa pegar umas roupas para você, ou eu posso pegar umas minhas você é praticamente do meu tamanho, só que um pouco mais gordinha. – Eu olhei feio para Renata, eu não sou gorda! Ela é que é uma top model praticamente, alta, ruiva do cabelo liso e longo, olhos pretos, muito magra e só anda de roupa chic, enquanto eu alta, morena dos cabelos longos e cacheados, de olhos verdes esbranquiçados e esbelta.

 

-Re, ela não é gorda, só carnuda. – Falou Alexandre cutucando a irmã, ela não pareceu gostar nada do comentário, será que devo dormi com uma faca em baixo do travesseiro?

 

-É melhor você dormi no meu quarto, pra esse doido não te atacar a noite. – Falou Renata olhando fixamente para Alexandre.

 

-É melhor eu ficar por aqui por baixo mesmo. – Falei sorrindo.

 

-Você é quem sabe... – Falou ela me olhando com desaprovação.

-Vamos mostrar o quarto dela, maninha? – Falou Alexandre olhando cinicamente para Renata.

 

-Ta. – Falou Renata.

 

Renata ficou de cara fechada o tempo todo e Alexandre ficou tirando sarro dela, o meu quarto era enorme, tinha um banheiro lindo, uma cama de casal maravilhosa, outra de solteiro ainda mais linda, uma TV de tela plana, um sofá e um som bem grande, tudo preto, em contraste com as paredes brancas com flores desenhadas em preto.

 

-Perfeito. – Falei me jogando no sofá, me esqueci das costelas. Putz que dor miserável.

 

-Ta bem querida? – Perguntou Renata preocupada, a minha cara não deveria ter sido melhor.

 

-To legal, só me traz um pouco de gelo e morfina, aquilo é tiro e queda. – Falei entre os dentes.

 

-O gelo da pra arranjar, mas a morfina não da, que ir de volta pro hospital? – Perguntou Alexandre.

 

-Tudo bem, eu aguento! – Falei, quase inaudivelmente, será que eles escutaram?

 

-OK querida, já volto. – Falou Renata saindo.

 

Quando Renata saiu, Alexandre veio se sentar no chão ao meu lado.

 

-Renata te considera uma filha. – Falou Alexandre do nada.

 

-Como assim somos quase da mesma idade. – Falei.

 

-Só que ela gostou de você, eh... nossa mãe te viu quando você era um bebê apenas e se apaixonou por você, e Renata é muito parecida com ela, assim que te viu disse que não ia deixar nada te acontecer, ela é muito super protetora, eu esqueço que sou o mais velho as vezes. – Falou ele olhando para a parede branca.

 

-Uau! Que estranho, mas tudo bem, eu gosto dela também, sei que vamos nós dar bem, mas por que você ta falando isso? – Perguntei curiosa, pois nem minha mãe me considera direito a sua filha, sou só um negocio imprevisível.

 

-Não sei, eu queria falar só que tava sem assunto.

 

-Você é estranho! – Falei fechando os olhos.

 

A dor tinha parado quando Renata chegou, ela estava com uma bolsa de gelo numa mão e um prato na outra.

 

-Pra que isso? – Apontei para o prato na mão dela, Alexandre que estava distraindo olhando para a lua, que já estava no alto do céu, olhou em direção a Renata.

 

-O seu jantar, oras! – Falou ela colocando o gelo em cima de mim e o prato nas minhas pernas, eu me sentei devagar.

 

-A ta. – Falei olhando para a sopa.

 

-Alexandre, temos visitas. – Falou Renata em transe.

 

-Eu percebi, fique aqui com ela. – Falou Alexandre saindo do quarto, eu nem vi direito ele saindo, assim que ele fez isso Renata correu para a porta e a fechou e fez isso também com as janelas.

 

-Juliet, vamos para o banheiro. – Falou ela passando o braço pelas minhas costas com delicadeza e tirando a sopa de cima de mim.

 

-O que ouve? – Perguntei assustada enquanto ela fechava a porta do banheiro.

 

-Shhh, silêncio! – Ela de repente olhou para a banheira – Quanto tempo você consegue segurar a respiração? – Perguntou Renata, não tava gostando nada daquilo.

 

-Acho que alguns minutos. – Falei fazendo os cálculos mentalmente.

 

-Bom. – Falou ela abrindo as torneiras da banheira.

 

A água desceu rápido, Renata estava bem apreensiva.

 

-O que esta acontecendo Renata? – Perguntei.

 

-Num momento nada, mas é melhor você ficar aqui por enquanto. – Falou ela apontando para a banheira preta e cheia.

 

-Não to entendendo, mas eu confio em você. – Falei tirando as sapatilhas douradas.

 

Eu entrei na banheira e mergulhei lentamente, tomando fôlego, agradeço a todos os meus anos de natação, passou-se alguns minutos ate eu precisar de fôlego, fui bem rápida, mas então me fiz uma pergunta importante, por que? Por que eu estou aponto de me afogar? Qual seria o motivo? Então me levantei, meu solto vestido cinza estava agora colado ao meu corpo, assim que tirei os pés da banheira, alguém arrancou a porta a fora...


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