Cair da Noite escrita por BiancaLima


Capítulo 3
Hospital




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Eu estava meio desorientada pela dor que eu estava sentindo na cabeça, então eu abri os olhos para ver onde eu estava, eu estava numa sala branca, essa sala tinha muitos equipamentos que faziam barulhos irritantes e era uma sala um pouco pequena, dei mais uma olhada ao redor e vi uma mulher de cabelos castanhos dourados  baixinha, ao lado dela um homem alto e forte, ambos estavam dormindo num pequeno sofá preto, posicionado na frente de uma janela, depois de um pequeno tempo me lembrei quem eram, a mulher era Nady e o homem era Antonio, dois grandes amigos meus, enquanto eu olhava eles alguém entrou:

 

-Até que enfim! Pensei que não ia acorda nem tão cedo! – Era Renata – Acorda cambada! Ela acordou! – Falou ela sacudindo Nady e Antonio.

 

-O que? – Nady falou batendo na mão de Renata, ela ainda estava de olhos fechados.

 

-Vamos Nady! Juliet acordou! Levanta! – Falou Renata sacudindo ainda mais Nady e Antonio.

 

-Ai, não creio! – Falou Nady dando um pulo e correndo para o meu lado.

 

-O que? A Juliet acordou? – Perguntou Antonio indo para o meu lado – Juliet você esta melhor? – Perguntou Toni.

 

-Estou, só levei uma pancada na cabeça. – Falei, minha voz saiu roca.

 

-Você também quebrou as costelas. – Falou Renata dando um copo para Nady.

 

-Como? – Perguntei tentado lembrar de algo.

 

-Quando você caiu, você bateu com muita força numa das pilastras, você quebrou duas costelas e machucou a cabeça. – Falou Renata, então lembrei de algumas coisas.

 

-Cadê Alexandre e o cara bêbado? – Perguntei a Renata.

 

-Alex ta lá fora tomando um pouco de café e lendo um jornal e o cara, o nome dele é Augusto, ta no quarto ao lado, ele disse que não vai processar a boate. – Falou Renata brincando com o cabelo de Nady.

 

-Hum, ta. – Falei me ajeitando na cama.

 

-Ela acordou? – Perguntou Alexandre da porta.

 

-Sim. – Falou Renata.

 

-Gente, quero ir para casa, to super cansada e não quero ficar num hospital, tenho agonia a esse tipo de lugar... - Falei.

 

-Querida, são as suas costelas, você pode ir daqui a pouco, é só o medico te dar alta, ele ta passando por aqui já, já, ele é um gato, só para constar. – Falou Nady, só ela mesmo pra ficar paquerando um medico.

 

-Acho que é gay. – Falou Antonio, ele é de falar pouco e é apaixonado por Nady.

 

-Ele é mais homem do que você pelo menos. – Falou Nady ficando roxa de raiva.

 

-Vamos chamar ele! – Falou Renata puxando Nady e Antonio.

 

-Por que nós dois? – Perguntou Antonio, ele é meio confuso sobre o que sente por mim.

 

-Porque sim, oras. – Falou Renata abrindo a porta, ela é forte, ela conseguiu puxa Antonio bem facilmente.

 

Nady falou algumas coisas em indiano e depois Renata conseguiu tirar eles da sala. Alexandre continuava no mesmo lugar me olhando, eu fiquei vermelha, não sei por quê.

 

-O que é? – Perguntei.

 

-Nada, você muito é bonita. – Falou ele se aproximando da minha cama, acho que não fui só eu que bati a cabeça.

 

-Ah... Valeu pelo elogio. – Falei ficando mais vermelha ainda.

 

-Quero pedir desculpas. – Falou ele tirando o meu cabelo do olho, ai deus isso é castigo, os galinhas são os mais românticos?

 

-Tudo bem, já to bem melhor... – Só que minha costela deu um pequeno sinal de vida e resolveu doer – Um pouquinho só. – Guinchei.

 

-Deu para perceber. – Falou ele saindo.

 

Depois que ele saiu, eu fiquei meio atordoada por conta da dor, meu deus eu quebrei mais do que duas costelas, só pode, to com uma dor dos infernos aqui. Enquanto eu refletia sobre aquela dor incomoda, alguém que eu não conhecia entrou no quarto, ele estava com um jaleco branco, deduzir ser o medico, era alto, loiro dos olhos azuis e ele é lindo, mais muito lindo mesmo, no que eu tava pensando mesmo?

 

-Oi senhorita Canciani, como se sente? – Perguntou ele pegando na minha mão, que voz é essa Jesus.

 

-Er... To um pouco melhor sim, só com um pouco de dor. – A dor de repente passou, que remédio bom ele é.

 

-Vou te dar um pouco de morfina, seus gritos estão sendo ouvidos na recepção. – Falou ele tirando um frasquinho e uma seringa.

 

Eu só fiquei observando ele manuseando a seringa. As mãos dele eram habilidosas, ele fez rápido o procedimento e depois procurou a minha veia pra ejetar o remédio, quando achou passou um algodão na área e enfiou a agulha, não doeu, eu fiquei toda mole, só que a sensação era boa, e logo as coisas ficaram escuras...

 

...

 

Quando acordei, minhas costelas não doíam, minha cabeça também não e todo mundo esta ao meu redor, Nady, meus pais, Antonio, Alexandre, Terri, Marcos, César, Renata e o doutor.

 

-Ate que em fim você acordou! – Falou Renata me abraçando, minhas costelas doeram.

 

-Hum... Minhas costelas Renata! – Guinchei.

 

-A ta, desculpe. – Falou ela se afastando de mim devagarzinho.

 

-Você já pode ir para casa senhorita Canciani, agora, você não pode fazer esforço, nem se mexer muito, fique de repouso o máximo possível, e se voltar a dor, venha para o hospital imediatamente, entendeu? – Eu fiquei meio tonta, mas depois entendi o que ele tinha falado.

 

-OK. – Falei saindo da cama.

 

-Aqui estão as suas roupas querida. – Falou minha mãe me entregando uma sacola, ela tava com uma cara azeda.

 

Falei um pouco com o pessoal e fui me trocar, eu teria de voltar em duas semanas pra tirar um troço, que eu esqueci o nome, que estava muito apertado na região do tórax, era um pouco complicado botar de roupa com uma dor te incomodado, mas não pedi ajuda a ninguém. Eu disse que iria para casa sozinha, posso dizer que fui sequestrada por Renata. Nady, Antonio, meus pais e o resto do povo não podiam ficar comigo, pois trabalhavam ou estudavam, então Renata, que não faz faculdade, trabalha quando quer e tem uma casa grande, que dividia com o irmão, disse que cuidava de mim, to ferrada.

 

-Ai vai ser bem legal, você fica no quarto de hospedes em baixo, quando você tiver melhor a gente pode sair com a Nady pra fazer compras e tudo mais... – Ficou falando Renata em quanto dirigia, Alexandre estava do lado dela, ele já tinha pegado os fones de ouvido e estava escutando musica, que inveja.

 

Ela ficou tagarelando o tempo todo, parecia que nós duas éramos amigas de infância, só que a conhecia a menos de 24 horas, eu perguntei a ela porque ela gostava tanto de mim:

 

-Pois fui com a sua cara e eu sinto que vamos ser grandes amigas. – Respondeu ela ajeitando o espelho.

 

Depois de muito falatório, por parte dela, chegamos a uma casa gigante e preta, com muitas janelas, um jardim enorme, sem muro, nem grade, eles tem muita segurança que não vão ser roubados, mas a casa ficava um pouco afastada da cidade.

 

-Bonita a casa não? – Perguntou Renata, foi ai que eu percebe que eu estava boquiaberta.

 

-Maravilhosa. – Falei bem devagar.

 

-Então espera pra ver por dentro. – Falou ela me puxando para dentro da casa.

 

Só tenho duas coisas a disser sobre a casa: Que casa!


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