Como Fazer Nossos Pais se Apaixonarem? escrita por Influenza


Capítulo 12
Plano Falho


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAHHHHHHHHHHHH ♥ GENTE, SENTI TANTAS SAUDADES DE VOCÊS! Meu Deus, já faz quase dois anos... Nem sei o que dizer. Pura irresponsabilidade minha. Estou muito envergonhada. Mil perdões, para todos os leitores. Vocês tem vários motivos para estarem furiosos comigo, e eu entendo. Porém, eu tenho também alguns motivos para ter me afastado do mundo das fics por esse tempo todo e, de forma mais radical, do próprio site do Nyah! Fanfiction (pois esse cap. já foi postado faz tempo no Social Spirit. Podem me xingar, eu mereço :'(): eu entrei no Ensino Médio (preciso falar mais nada né? haha); entrei em várias aulas à parte da escola; eu fiquei muito viciada em músicas, jogos e animes que me distraíram do mundo das fics por um tempo (na verdade até hoje eu sou viciada neles ♥), claro, sem querer; meu computador finalmente passou dessa pra melhor; e, claro, meu companheiro de todas as horas: o bloqueio criativo :v hahahaha. MAS NÃO VOU ENCHER VOCÊS COM MEUS PROBLEMAS QUANDO TEMOS UM CAPÍTULO PARA LER! Aproveitem~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/653297/chapter/12

Boruto 

 

Confesso, foi difícil convencer Naruto a sair de casa; ele simplesmente não queria sair de jeito nenhum, além de não parar de tagarelar e reclamar sobre não-sei-o-que nem um segundo sequer. No momento, seu maior desejo era comer um “delicioso rámen instantâneo”  – sim, entre aspas, pelo simples fato de eu não aguentar mais comer nada além disso. Em outras circunstâncias, eu comeria o rámen com todo o prazer do mundo... Mas este não foi feito com as “mãos mágicas” de minha mãe, afinal. E após degustar da comida instantânea, se jogar na cama e só acordar no outro dia. 

 

O idiota do meu mini-pai não queria me escutar de jeito nenhum, tudo o que lhe interessava era comer rámen... E claro, eu usaria isso ao meu favor. Eu finalmente encontrei uma brecha na faladeira sem fim de Naruto, e expliquei o motivo e onde eu estava pensando em ir com ele; o futuro Hokage rapidamente aceitou. Não, ele não vai deixar de comer seu precioso rámen – nem sei se isso é cientificamente possível. Ele apenas adicionou outra coisa na “Lista de coisas para o Naruto fazer hoje”: Finalmente conhecer minha irmã.  É, tudo indo como eu e Himawari planejamos. 

 

Imagino que ela não contou o “plano A” com detalhes, não é? Conheço a irmã que tenho... Com certeza se distraiu com algo ou queria fazer algum tipo de surpresa. Então, lá vai: 

 

1° passo: Convencer nossos pais a irem no Ichiraku com o objetivo de “conhecer o(a) irmão/irmã”; 

2° passo: Levar eles no ponto de encontro (Ichiraku) e surpreendê-los com a presença de seu/sua futuro/futura companheiro/companheira; 

3° passo: Controlar a possível conversa para que chegue a um ponto favorável à nosso plano; 

4° passo: De algum jeito, fazer ele tocar a mão dela. 

 

Sim, é apenas isso. Por quê? Não dá pra fazer uma pessoa se apaixonar da noite pro dia. Bom, pelo menos foi isso que Himawari disse. O amor têm que fluir “naturalmente”, como ela diz. Eu, anteriormente, havia sugerido que simplesmente trancássemos os dois em um local escuro (Nos filmes funciona), mas Himawari me deu um cascudo em resposta. Então, decidimos começar com “pequenos gestos”, mas que tenham um grande significado para nossa família. 

 

— Boruto! Anda logo, -ttebayo! – Chamou-me. 

 

— Tô indo, tô indo! Não precisa de toda essa agonia, Naruto... Nem o Ichiraku, nem minha irmã sairão de lá -ttebasa! 

 

— Não queremos deixar a Hima-chan esperando, não é? – “Hima-chan”? Quando foi que eu dei permissão pra ele chamar minha irmãzinha assim...? Calma Boruto, calma... Ele não é um daqueles garotos safados que ficam olhando, ou mesmo respirando perto de minha irmã... Ele é o pai dela! Ele pode chamá-la assim... Ele têm minha permissão... CERTO?! 

 

— Conhecendo Himawari como eu conheço, ela deve estar tão atrasada quanto a gente... 

 

                                                Naruto 

 

— Você não tem certeza -ttebayo! Talvez ela já esteja lá... – Até que uma brilhante ideia apareceu em minha mente, como se uma lâmpada fosse acesa acima de minha cabeça. – Ou talvez, você esteja certo. Ela deve ter encontrado um príncipe encantado pelo caminho e esteja atrasada... – Por algum motivo, senti uma coisa estranha. Não sei que sentimento é esse... Seria hesitação? Ou talvez, deva ser fome? É, acho que é a segunda opção! 

 

Boruto fez uma expressão... Bom, uma mescla de surpresa, susto, raiva, etc., ao mesmo tempo que colocava a mão em sua testa, um sinal de preocupação. Sei muito bem o ponto fraco desse loiro idiota... Não me pergunte como. Eu apenas sei. Deve ser de família! 

 

— Por Kami! Como eu não pensei nisso antes?! Himawari pode estar em perigo... NÃO FICA PARADO AÍ, SEU LOIRO IDIOTA! VAMOS LOGO SALVAR MINHA IRMÃ!  

 

— EI! QUEM É O LOIRO IDIOTA AQUI?! 

 

Ele não deu a mínima para o que eu disse, e me puxou pelo meu pulso. Na velocidade de um trovão, eu e Boruto chegamos no Ichiraku; e aparentemente, a irmã de Boruto ainda não havia chegado. Eu estava suado, apesar da forte ventania que me refrescava. 

 

— Droga... Será que ela está com algum garoto?! HIMAWARI! CADÊ VOCÊ -TTEBASA?! – Berrou, chamando sua irmã. Será que exagerei na provocação? 

 

— Onii-chan...! – Ouvimos uma voz feminina se aproximando, provavelmente Hima-chan. 

 

                                               Himawari 

 

— Cof, cof... – Tossiu. 

 

— H-Hinata! Eu disse que isso ia acontecer... 

 

— Es-está tudo bem, Himawari-chan. Nós já estamos perto do Ichiraku, seu irmão já deve estar lá nos esperando... Nós já estaríamos lá se você n-não tivesse praticamente me obrigado a vestir uma roupa bonita... 

 

— Hinata! Entenda: Uma roupa chique e um pouco de maquiagem nunca são demais pra uma mulher... Pena que não achamos nada que combinasse com a situação... 

 

— É, e mesmo assim meu quarto agora está um caos! E além disso, por quê só eu teria que me arrumar? Bem, de qualquer jeito, nós podíamos ter pelo menos arrumado tudo antes de sair, Himawari-chan... 

 

— Não daria tempo, Hinata! Onii-chan já deve estar nos esperando... 

 

Ouvi um espirro. Minha mãe havia espirrado... EU SABIA QUE ELA NÃO ESTAVA BEM! 

 

— Eu disse que você não está bem, Hinata! E ainda mais com esse vento frio...  

 

— Está tudo bem... 

 

Fechei a cara. Tenho que admitir, essa mania da mamãe de esconder o que está sentindo pelo bem dos outros é um pouco... Irritante. Não, irritante não é a palavra certa... Não sei. É uma atitude nobre? É, sim. Porém, ela esquece completamente do bem de si mesma ao fazer isso. 

 

— Hinata... Pare de dizer que está tudo bem quando não está! Olha, se abaixa que eu vou ver a sua temperatura neste instante! 

 

— M-mas estamos no meio da rua! – Protestou. Confesso, esse argumento é válido. Porém, ninguém neste mundo é mais insistente que eu, disso pode ter certeza... 

 

— Não importa se estamos no meio da rua! Eu vou ver sua temperatura assim mesmo... Agora abaixa! – Eu praticamente ordenei. Não é do meu feitio fazer algo assim, mas quando a pessoa insiste na teimosia... Aí o bicho pega. 

 

Ela cedeu a minha insistência e se abaixou um pouco, até ficar do meu tamanho. Quando minha mão, fria por causa do forte vento, tocou-lhe a testa, Hinata estremeceu de frio. Ela estava praticamente queimando de febre. 

 

— Hinata Hyuuga! Como teve a coragem de dizer que “está tudo bem” nesse estado?! Nós temos que voltar...! 

 

— Não! Por favor... Cof, Cof... O Ichiraku é só a alguns metros daqui... 

 

— Não importa! Você está congelando...! Seu rosto está ficando vermelho... E tenho certeza de que não é de vergonha! Vamos agora... 

 

Peguei em sua mão para levá-la de volta ao distrito Hyuuga; estava tremendo. Pude notar que todo o seu corpo estava tremendo. O vento frio repentina e rapidamente ia vindo cada vez mais forte. Claro, fez pouca diferença pra mim, mas para alguém com febre... 

 

— Cof, cof... Himawari... -chan... 

 

Hinata caiu no chão, desmaida. 

 

— HINATA! – Segurei-a antes que batesse sua cabeça no chão frio e duro. – Alguém! Alguém me ajuda!... 

 

Ninguém me ouvia. Parecia até que nem mesmo ligavam para a garota caída no chão... E apenas interessavam-se no que faziam no comércio de Konoha. Bando de idiotas. 

 

Eu só tinha três opções:  

 

1ª – Levá-la até o distrito Hyuuga; 

2ª – Levá-la direto até o Hospital da Folha; 

3ª – Levá-la até o Ichiraku. 

 

1 – O distrito Hyuuga era longe demais – e isso explica o por quê da febre de Hinata ter aumentado tão rapidamente –, e além disso, Hiashi não mexeria um dedo para ajudar minha mãe.  

2 – Eu não faço ideia de onde ele esteja neste tempo. Soube que quando mamãe e papai eram adolescentes, o Hospital da Folha fora destruído numa invasão e depois reconstruído em um lugar mais prático, que é onde ele se encontra no nosso tempo. Portanto, nem imagino onde ele esteja. 

3 – O Ichiraku só estava a alguns metros de onde estava, logo era a melhor opção. De lá, tio Teuchi ou meu pai – isso se o primeiro passo do nosso “plano falho” tenha dado certo para Boruto também – podem me ajudar a levar Hinata para o hospital. 

 

Apoiei Hinata em mim, e caminhei até o Ichiraku. Ao avistar meu Onii-chan e meu pai, de imediato gritei: 

 

— Onii-chan!... 

 

Eles se viraram e me viram, mas logo mudaram de expressão. A surpresa era visível em seus rostos, e logo correram até mim, preocupados. 

 

— Himawari! O que aconteceu?! – Perguntou meu irmão, logo me ajudando a carregar Hinata. 

 

— A-a Hinata desmaiou de febre e... Não dá tempo de explicar, Onii-chan! Temos que levar ela pra o hospital! 

 

— Ei, ei, ei! Febre?... AH! FOI POR QUÊ EU JOGUEI SEM QUERER ELA NO RIO?! DROGA... SABIA QUE ELA ESTAVA COM FEBRE... 

 

— VOCÊ FEZ O QUÊ, SEU IDIOTA?! – Estressou-se meu irmão. 

 

— CALEM A BOCA, OS DOIS! – Ordenei. Eles de imediato o fizeram. Recebemos olhares curiosos e incomodados de vários cidadãos, mas eu não dei a mínima importância. – Depois vocês brigam! Agora nossa prioridade é a Hinata! Fui clara?!  

 

Eles assentiram, assustados. É, puxei isso da minha avó... 

 

— Ótimo. Então agora, pa- digo, Naruto, por favor, nos mostre a direção do hospital... 

 

Naruto piscou algumas vezes e por fim, assentiu. Nós pusemos a ir em direção ao hospital, mas não antes de meu mini-pai praticamente trocar de lugar comigo: Junto com meu irmão, ele apoiou um dos braços de Hinata ao redor de sua cabeça, coisa que instantes antes era eu que fazia. Pelo visto, até mesmo nessa época papai se importa bastante com mamãe... 

 

                                                    ♠♠♠ 

 

— POR QUÊ A HINATA NÃO ACORDA?! – Berrou meu pai, enquanto olhava para minha mãe, inconsciente, numa cama de hospital. Os médicos fizeram alguns exames e deram alguns remédios à ela quando explicamos a situação, e felizmente não era nada grave, mas apenas um tipo de gripe intensa, e o motivo de Hinata ter desmaiado foi pelo fato de sua pouca resistência contra febre. Ainda bem que não é nada grave... 

 

— Cale a boca! Vai acordar os outros pacientes... – Censurou Boruto. 

 

— Tanto faz! O importante agora é a Hinata... Droga! Se eu não fosse tão desastrado, ela não estaria no hospital... Ah! E se a Hinata nunca mais acordar?! E se... 

 

— Não exagere! Não ouviu o médico? É apenas uma gripe... 

 

— Toda gripe pode muito bem se tornar algo pior! 

 

— Por quê está sendo tão pessimista? Não estou te reconhecendo, Naruto!... 

 

— Estou apenas preocupado! Ela já estava toda vermelha de febre desde que nos encontramos na minha missão...  

 

Eu imediatamente senti aquela pontada no coração. Não foi culpa de Naruto; foi minha. Eu deveria ter insistido mais... Afinal, não existe ninguém mais insistente que Himawari Uzumaki, não? Eu deveria... Eu NÃO deveria ter cedido. Teria evitado tudo isso, todo esse sufoco. Nós poderíamos ter remarcado o plano A... Mas ele acabou tranformando-se num plano falho. Falho em TODOS os sentidos. Teria sido bem melhor se eu tivesse colocado a saúde de minha mãe acima de tal plano. Eu fui egoísta. Não devia ter cedido apenas por mera insistência e teimosia de Hinata... 

 

Lágrimas começaram a rolar de meus olhos. Nelas, estava toda a culpa que eu sentia no momento. Mas, claro, a culpa não iria sair de meu corpo com a mesma facilidade que as lágrimas saíram. Eram lágrimas de preocupação? Ou de culpa? Talvez medo por ser a culpada. E isso só deixava mais claro o quanto eu sou egoísta de querer que minha mãe acorde para me livrar da culpa. 

 

A atenção de Boruto e Naruto desviou-se da briga e foi direto até minhas lágrimas. Eu não merecia a atenção de nenhum deles...  

 

— Himawari... – Antes mesmo de meu irmão terminar, saí correndo do quarto de hospital, deixando-os sozinhos ao lado de minha mãe. 

 

                                                    Narrador 

 

— Himawari...?! – Sussurrou Boruto, surpreso. Sua querida irmã não chorava tão facilmente; nem mesmo quando seu pai faltou à seu mais recente aniversário, Himawari não derramou uma gota sequer – ficara apenas chateada, porém sabia que seu pai podia estar resolvendo outras coisas mais importantes (Apesar de Boruto não achar que exista algo mais importante que o aniversário de sua tão amada irmã). Afinal, ela é a garota mais otimista que o futuro filho do Nanadaime Hokage conhece. 

 

Antes mesmo que o loiro pudesse levantar-se e ir atrás do pequeno girassol, Naruto impediu-o. 

 

— Eu vou Boruto. Fui eu o culpado de tudo isso... Consertar as coisas com sua irmã é o mínimo que eu posso fazer antes de me desculpar com Hinata. – E saiu a procura de Himawari, tão rápido quanto um raio laranja. 

 

                                                       ♠♠♠ 

 

Ela havia parado na primeira janela que avistara. Adorava janelas; só por meio delas poderia se sentir solta da “prisão” que eram os edifícios e vislumbrar os girassóis, tão lindos, olhando para o majestoso sol... Naquele momento, apenas faltavam os girassóis. 

 

— Ah! Te achei! – Ouviu uma voz familiar atrás de si. 

 

Imediatamente tratou de limpar as lágrimas. Afinal, não queria que – praticamente – a primeira impressão de seu pai sobre ela fosse de uma garota chorona. 

 

— Ah... Olá, Naruto...! 

 

— Como sabe meu nome, Hima-chan? – Primeiramente, estranhou o jeito como foi chamada por Naruto. Depois, respondeu: 

 

— Ah... É-é que... A Hinata falou de você! É, foi isso! 

 

— Então você está na casa dela?... E ela te contou de mim? 

 

— Isso... 

 

— Aposto que foi me culpando pelo que eu fiz, não é? – O loiro abaixou a cabeça. 

 

— O-o quê?! Não! Claro que não... Ela falou muitas coisas boas sobre vocês, sabe? 

 

— Ah, é?! E o que vocês falaram de mim? Aposto que foi o quanto eu sou incrível!... 

 

— É... É! Isso aí... 

 

— Sério?! – Naruto realmente parecia surpreso aos olhos de Himawari. Deveria ter segurado a língua?  

 

— Duvida? 

 

— Não! Claro que não! Eu sou incrível mesmo... Mas eu não ficaria surpreso se Hinata me culpasse por isso... Afinal, a culpa é mesmo minha... 

 

— O QUÊ?! Não fale besteira! A culpa não é sua... Pelo que eu entendi, foi um acidente, certo? A verdadeira culpada... Sou eu. Eu que deixei ela sair de casa. Eu que não fui insistente o suficiente. Eu que fui egoísta e só pensei em ver meus pais de novo... – Antes que percebesse, as lágrimas começaram a rolar em seu rosto outra vez. 

 

— Er... – Naruto não sabia o que dizer para confortá-la. Dizer que a culpa não era dela não adiantaria; ela parecia convicta do que não era verdade. Mas nada é impossível para o ninja número 1 hiperativo e cabeça oca. – Olha, vou ser direto: A culpa não é sua. Você mesma disse que tentou impedir a Hinata, certo?! 

 

— Mas... Eu podia insistir mais! Eu podia ter convencido ela... Mas eu só pensei em voltar! – Naruto via ele mesmo em Himawari. Não apenas pela grande semelhança de suas faces. E além disso, Himawari era membro de sua família. Não iria deixá-la chorar. 

 

Ela não está falando coisa com coisa...” — Pensou, se referindo á parte em que Himawari fala de sua família. Afinal, o que o fato de Hinata vir para a “reunião” tinha a ver? E a propósito, por que Hinata havia vindo? Não, ele não estava reclamando. Aos olhos dele, Hinata é uma boa companhia; ele gosta de pessoas como a Hyuuga. 

 

— Agora sou eu que digo: Não fala besteira! Você nunca quis que ela ficasse hospitalizada. Você não é nem de longe egoísta... 

 

— Como sabe? Não me conhece, Naruto... 

 

— Eu apenas... Sinto. E também, nem é tão grave... Eu acho. Não entendo isso aqui. 

 

— Mas fui eu que... 

 

— Sem mas. Você não é a culpada e ponto final -ttebayo! 

 

— Mas... 

 

— Himawari! 

 

Talvez realmente exista alguém mais insistente que Himawari Uzumaki. 

 

— Vamos fazer assim: Nenhum de nós é o completo culpado. 

 

— Completo? 

 

— Sim! Uma parte da culpa fica comigo, e outra fica com você. Entendido? 

 

— Mas... 

 

— Apenas diga que entendeu. 

 

—... Entendi. – Finalmente, depois de tanto esforço, Himawari cedera. 

 

— Então, nós vamos nos desculpar com a Hinata. Mas antes, – Falou, pegando Himawari de surpresa – Nós não fomos apresentados ainda, não é, Hima-chan? Então, prazer, sou Naruto Uzumaki! – Estendeu a mão para ela, com um grande sorriso. 

 

Himawari deu um pequeno sorriso, e por fim respondeu, apertando a mão do loiro: 

 

— Eu sou Himawari Uzumaki, é um prazer conhecê-lo. 

 

                                               ♠♠♠ 

 

Boruto claramente estava preocupado. Tanto com sua irmã, quanto com Hinata. Afinal, como não estaria preocupado com as pessoas mais importantes de sua vida? 

 

Virou-se para sua mãe, ainda inconsciente. Queria que ela acordasse. Queria isso mais que tudo.  

 

— Mãe... Por que não acorda? Eu, a Himawari, e o papai estamos esperando por você... Por favor, acorde. – Tocou em sua mão, e lentamente, a Hyuuga foi abrindo os olhos. Boruto ficou surpreso, e de imediato, tirou sua mão de cima da de sua mãe. 

 

A garota direcionou seu olhar para os orbes azuis de Boruto. 

 

— Você acordou! – O Uzumaki não sabia explicar o que sentia. Tamanha era sua felicidade, que de forma repentina, abraçou a mini-mãe, o que a fez estremecer de susto. Ao soltar-se do abraço, arregalou seus olhos. 

 

— N-Naruto-kun?! – Assustou-se, e escondeu parte de seu rosto Por baixo dos lençóis. – O-o que... Onde... 

 

— Calma... Eu não sou o Naruto -ttebasa... 

 

— N-não?! É-é muito parecido com Naruto-kun... 

 

— Eu sei, todos falam isso. 

 

— E quem é o senhor? 

 

Senhor?” 

 

 Agradeceria se não me chamasse de senhor... Sabe, eu tenho a sua idade e... Esquece. Respondendo: Meu nome é Boruto. Boruto Uzumaki. 

 

— O-o irmão da Himawari-chan?! 

 

— Eu mesmo. 

 

— E-e você veio até aqui? Não precisava se incomodar, Boruto-kun... 

 

— Amiga da Himawari é minha amiga. Então, você é minha amiga, Hinata! E não hesitarei em ajudar meus amigos! – Boruto ficou radiante, e logo depois Hinata também. Os dois estampavam em seus rostos aqueles sorrisos que apenas eles conseguiam dar, aquele sorriso que podia consolar qualquer coração triste. 

 

Ouviram a porta se abrir. 

 

— Então eu disse- HINATA! VOCÊ ACORDOU! – Exclamou Himawari, que logo tratou de pular em cima de nossa mãe e dar um grande abraço apertado nela. 

 

— Você disse “Hinata! Você acordou”? AH, HINATA! VOCÊ ACORDOU! – Exclamou Naruto, entrando pela porta. 

 

— Himawari-chan, está muito apertado... 

 

— Ah, desculpe... Por tudo. Eu devia ter insistido mais pra você ficar e descansar, mas... 

 

— Não há do que se desculpar, Himawari-chan! Você não tem culpa de nada... 

 

— Eu também preciso me desculpar, Hinata... Sabe, por ter te jogado no rio... 

 

— Naruto-kun... Foi apenas um acidente! Nenhum de vocês têm culpa de nada. Eu estou bem agora, viu? Cof, Cof... 

 

— Hinata! 

 

— Não é nada, é sério... Agora é sério. Confiem em mim. 

 

— Ah, e Hinata! Eu encontrei isso perto do rio... – O loiro tirou do bolso uma espécie de chaveiro com o símbolo do clã Hyuuga, e estendeu para Hinata. – Imagino que seja seu... 

 

— É... É-é sim! Achei que havia perdido... Foi o último presente que minha mãe me deu antes de morrer... É muito importante pra mim! M-muito ob-brigada, Naruto-kun... Não sei o que faria sem ele. – Suas bochechas ficaram vermelhas de vergonha e gratidão, e estendeu a mão para pegá-lo. 

 

Suas mãos se tocaram. As pérolas encontraram as safiras, e não se separaram mais. Ficaram desse jeito por um longo tempo, as mãos não conseguindo se separar. Mas também, não é como se a dona das mais lindas pérolas e o dono das mais brilhantes safiras quisessem que o calor de suas mãos unidas fosse embora com o frio da separação. 

 

O tempo para eles pareceu parar. Não havia mais ninguém ali; apenas a de olhos mais lindos que as próprias pérolas e do de olhos mais intensos que a mais brilhante das safiras. Era como se algo os ligasse; alguma força misteriosa que os unia. Não sabiam o que era. Queriam apenas desfrutar do calor que poderia aquecer até o mais frio dos corações, e aproveitar o momento em que todas as suas tristezas e mágoas foram embora para dar lugar à esperança.  

 

Hinata finalmente percebeu a intensidade no olhar do loiro à sua frente, e no dela mesma. Rapidamente, a vermelhidão de seu rosto aumentou drasticamente, e tirou com delicadeza – porém um pouco rápido demais – o chaveiro que tinha tanto significado à seu coração. Finalmente suas mãos se separaram, levando junto o “calor da esperança”. 

 

Naruto não entendia nada. Muito menos o por quê de não ter conseguido tirar os olhos dos orbes perolados de sua amiga até aquele momento crítico que o calor se foi e o frio congelante da solidão dominou novamente. Ele queria sentir aquele calor outra vez. Queria sentir toda aquela força e esperança que invadira seu ser poucos segundos antes. 

 

Himawari e Boruto apenas observavam tudo silenciosamente. Seu plano A foi um “plano falho”... E apesar disso, este “plano falho” terminou como haviam planejado. Estavam surpresos, claro... Estavam convencidos de que o plano falhara completamente. Curioso... O mundo dá voltas, não? O plano havia falhado, mas foi por esta falha que ele deu certo. Porém, alguém sofreu por causa dela. A falha que ao mesmo tempo os ajudou, prejudicou uma pessoa querida. Todos falham, eles sabem disso. Mas por quê, por apenas uma mísera falha, outros precisam se ferir? 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

CARAAAAAAA EU SENTI TANTA FALTA DE POSTAR AQUI, ONDE EU COMECEI A ESCREVER ♥ Mas e então, o que acharam do capítulo? Ficou bom? Qualquer erro de português, podem avisar nos comentários, ok? E falando neles, quero agradecer pelos comentários do cap. anterior! Foram tão lindos~ E eu não sei se vocês perceberam, mas eu mudei meu nome aqui ♥ Quem souber o que é Kaus Australis sem olhar no Google, ganha um biscoito! ♥ Mudei a sinopse da fic também, a outra não estava me agradando. Gosto mais dessa.
E outra coisa: Já vou adiantar a vocês informações sobre o cap. 13 ♥ Ele tecnicamente já está pronto, só precisa de alguns ajustes :3 Ele tem mil palavras? NÃO. 2 mil? NÃO. A CRIANÇA TEM 5 MIL FUCKING PALAVRAS *-* o maior que já fiz até agora. Teria ficado maior (umas dez mil), mas eu resolvi dividir ele em 3. Planejo lançar tanto aqui quanto no SS essa semana :3

Espero que tenham gostado ♥ Obrigada por lerem, e até o próximo!~