Acordo primeiro que todos ao som de Hero que eu não tirei porque acordar de mal humor é melhor. Coloco a peruca e visto a minha roupa na qual cheguei no primeiro dia, que estava lavada já que Alexy lavou. Ainda eram 05h21, a escola ainda não tina sido aberta e não tinha ninguém acordado. Abri a porta com cuidado e sai do quarto, desci as escadas e levo um susto vendo um ser comendo biscoitos.

Me assustei achando que seria Armin, mas na verdade acho que Alexy esta sonâmbulo de novo pelo fato de ele não estar com olhos abertos. Andei com pontas dos pés e tentei abrir a porta da frente, até que eu lembro que eu preciso de uma chave, tinha um chaveiro em cima da mesa na qual Alexy estava comendo os biscoitos, eu nasci pra sofrer mesmo. Peguei o chaveiro com minhas habilidades ninjas e fui devagar e com muita paciência, porque se vocês não sabem, você só precisa ter paciência pra tudo dar certo, pena que eu não sei. Deixei o chaveiro cair com todas as chaves o que fez um barulho enorme, pelo menos pra mim. Peguei as chaves rápido e tentei uma por uma até que na sexta chave eu consegui abrir a porta. Sai e senti o cheiro maravilhoso de começo do dia que você só consegue sentir pouco tempo depois que o sol nasce. Por mais que fosse segunda eu estava animada de certa forma. Segui até a escola normalmente, sem nenhuma pressa, afinal a escola só abre de sete horas e ainda não são nem seis. Cheguei na frente da escola e fiz o de sempre, pulei o muro e fui para a janela da sala 8G que era a que todos esqueciam de fechar. Entrei na sala normalmente e quase morri com um susto de ver a faxineira limpando a sala, mas ela é das minhas.

– Pô, Tia Mari! Ia enfartando! – Falo colocando a mão no coração e ela ri.

– Esses adolescentes e seus dramas. – Ela continuou limpando o chão com um rodo.

– Pera tia, eu ajudo. – Peguei o rodo das suas mãos.

– Querida está tudo bem, eu sou paga pra isso. – Ela tentava pegar o rodo de volta.

– Mas ninguém esta vendo, vá descansar um pouco, eu limpo pelo menos essa sala. – Mari já era velhinha e não sei por que ficava nesse emprego. Ela se sentou em uma cadeira e ficou mexendo no seu celular, ela tinha certa idade, mas isso não a impede de ser atualizada. – Como anda a vida, tia?

– Ah, está tudo bem querida, a não ser pelo fato dos alunos sujarem demais as salas. – Ela dava uma risada fraca.

– Hoje eu te ajudo. – Falo passando a mão na testa, eu canso muito fácil.

– E aquele garoto que você gosta? Como estão? – Mari sabia de tudo, ela era como uma avó pra mim, eu ficava falando tudo porque ela não iria espalhar pra ninguém então ficava tranquila.

– Ah, ele... Ele meio que descobriu que eu era a garota do telefone. – Falei e senti meu rosto queimar só de lembrar todas as coisas estranhas que aconteceram de sábado pra cá.

– Ai que bom! Ele gostou de saber disso? – Mari queria saber de tudo desde que eu disse que prestei atenção em um garoto quando Armin chegou à escola.

– Acho que sim, ele estava meio animado ontem à noite... – Falei limpando a parte que faltava da sala.

– Espera... Ontem a noite?! Você estava com ele? – Mari estava super animada e eu devolvi o rodo depois que acabei meu “trabalho”.

– Sim, eu fiquei dois dias na casa dele. – Estava meio envergonhada da minha amiga que conto tudo é uma mulher de mais ou menos 58 anos, mas ela é melhor que muita gente.

– Ai o que aconteceu?! Meu trabalho pode esperar. – Ela coloca o celular no bolso e fica toda ouvidos. Fiquei conversando com ela por um bom tempo apenas falando sobre Armin, até que ela decidiu voltar para o trabalho porque ela ainda tinha várias salas para limpar antes das sete horas. Fui para a biblioteca e achei histórias em quadrinhos, algo que adoro. Fiquei no lugar de sempre e fui com a mulher da cantina, outra tia massa.

– O que quer hoje? – Eu nem sabia o nome dela, mas ela sempre vem antes de abrir a escola pra cantina então ela sempre me via por aqui e eu comprava as coisas do mesmo jeito.

– Chocolate quente. Não quero ficar acordada na aula hoje, tem a Delanay. – Falo sorrindo e entregando o dinheiro que sempre tenho no fundo da mochila para emergência, como essa.

– Ninguém gosta dela. – Ela da uma risada e me entrega o copo com chocolate quente. – Espera, pra aguentar a bruxa precisa de energia. – Ela me dá um prato com uns pão de queijo massa (N/A: deu agua na boca aqui)

– Ah, obrigada! – Ela sempre me surpreende com uma coisinha diferente, tão legal ela é. Dou um tchauzinho e vou para a mesa onde sempre ficava na biblioteca. Li uns sete livrinhos e estava sonhando lindamente pelo fato de contos de fadas sempre me fazerem feliz. Olhei no meu celular e haviam seis mensagens não lidas do Armin, eu não nasci pra ver isso.

[armin senpai mozão master]: onde vc ta demonho????

[armin senpai mozão master]: a pessoa vai ver a outra q ta no outro quarto e encontra roupas

[armin senpai mozão master]: kiyoooooooooo

[armin senpai mozão master]: senhora vc disse q n era a aya pq ta fugindo hein

[armin senpai mozão master]: hein senhora?!

[armin senpai mozão master]: vou por uns kpop pra toca aq vai q tu aparece

Visualizei e não respondi mesmo, sou dessas. Vi o horário e eram 06h58 eu realmente passei muito tempo lendo. Guardei os livros no lugar onde achei, eu não vou jogar eles por ai, não façam isso porque é a maior luta pra você achar os livros. Fui para a minha sala e sentei na minha carteira favorita, a ultima de todas do canto direito do lado da janela, porque eu sou o personagem principal do anime. Sentei, peguei o celular e fones e coloquei Lu do Luhan, porque meu Deus, que voz. Depois de um bom tempo e de varias pessoas chegarem e pegarem suas carteiras eu percebi que havia esquecido o maior detalhe, eu tinha aula com Armin e Alexy na mesma sala.