Já me desesperei, não sabia onde enfiar a minha belíssima cara de avestruz, já estava com o celular no chão e MEU DEUS COMO ELE CAIU E EU NÃO VI.

— OLHA ELA! – Kentin brota do inferno e me abraça. Gente, esse pessoal não para de sair do inferno que negócio é esse.

— OLÁ! – Gritei e abracei de volta logo pegando meu celular.

— Cadê o brilho da escola? – Kentin participa das brincadeiras também gente, vocês achavam que não?

— FALANDO NISSO! – Gritei e umas 7 pessoas que estavam na sala – as únicas que estavam no momento – olharam feio pra mim e eu apenas voltei a falar com o Kentin porque eu sou dessas. – Eu preciso que você invente uma desculpa pelo fato de eu não ter vindo tá? Beijinho, valeu, falou. – Sai correndo e Kentin ficou sem entender nada, mas ele sabe o que faz.

Sai correndo pro banheiro feminino e me tranquei lá, contanto que o Armin não queira se passar por um pervertido ele não vai entrar aqui. Me ajeitei em cima da privada – que não é nada confortável. – e encostei a cabeça na minha mochila, e dormi ali mesmo, sem me importar com os problemas desse mundo.

~*~

Acordei exatamente do jeito que dormi e pelos barulhos provavelmente era hora do intervalo, passei 3 horários sem aparecer na aula mas é o ditado “vamo fazer o que”. Me levantei e sai do banheiro, vários barulhos estavam em todos os lugares, como todo intervalo, eram garotos jogando de um lado, casais se pegando sem nenhuma vergonha na cara, e umas meninas olhando seu reflexo na tela do celular enquanto passavam maquiagem. E eu tava lá né, apenas uma perdida com os olhos inchados por ter acabado de acordar.

— KIYOMI! – Ouço a voz do tão conhecido Satanás – Armin – e já paraliso, queria correr, mas não conseguia to nervouser. – Ai, eu te achei. – Ele me envolveu em seus braços e eu me encolhi toda, eu não sei o que dizer. – PORQUE VOCÊ TAVA FUGINDO, SENHORA KIYOMI AYANO? – Ele gritou perto do meu ouvido e agora eu acho que fiquei surda, pois é né. – Você não vai responder? – Ele sussurrou no meu ouvido e eu acordei do transe e sai correndo, isso mesmo, bom dia.

Ele correu atrás de mim e estava gritando meu nome, sério eu nunca fiquei tão envergonhada na minha vida, a gente tava correndo por toda a escola, ele tava gritando meu nome, tava todo mundo olhando pra gente. Não poderia ficar pior.

Ah não, falei a frase proibida.

— CONSEGUI! – Senti o impacto quando cai em cima de Alexy, e Armin começou a rir. Não gostei mesmo.

— Agora fica quieta ai no chão, pelo amor de Zeus. – Alexy se ajeitou ainda me abraçando me impedindo de sair, agora eu estava sentada com Alexy me abraçando por trás me prendendo, eu vou matar esse demônio, tão conhecido ajudante de Satanás. – Porque você tá fugindo?

— P-p-p-por... AISH! – Ia falar, mas nada tava saindo e tentei de tudo pra sair das correntes – braços do Alexy – mas era impossível.

— Pode falar sua louca. – Armin sentou no chão na minha frente.

— Eu só tenho vergonha. – Tapei o rosto e falei o mais rápido que pude.

— Fala devagar. – O senti passar a mão pelo meu cabelo.

— É só vergonha. – Falei normalmente, mas não tirei as mãos do rosto. Nesse momento o que é marte perto do meu rosto. O que é o cabelo do Castiel perto do meu rosto.

— Eu gosto de você. – Eu acho que estou delirando. Afastei um pouco minha mão para conseguir ver Armin e ele estava completamente vermelho mesmo olhando pra mim sorrindo. Ele falou isso mesmo?! – Eu gosto muito da Aya, e assim que eu vi que era você eu fiquei mil vezes mais feliz, imagina se era a Ambre né! – Não aguentei e comecei a rir, pelo menos não saiu aquela risada de hiena parindo de sempre.

— Eu gosto de você. – Sorri mesmo vermelha e olhei para Armin. Ele beijou minha bochecha de surpresa e eu fiquei sem entender nada fiquei olhando para os lados rapidamente, minha mente deu um colapso.

— AI NOSSA ISSO TÁ TÃO GAY EU QUERO FILMAR! – Alexy grita e mais uma vez eu perco a audição. Armin dá uma risada e eu só tapo as orelhas.

— Agora você não vai mais correr né? – Armin pergunta e segura minha mão e... Eu não sei o que fazer eu tô confusa, eu tô quase chorando, Deus me ajuda.

— N-não. – Olho pra nossas mãos e a mão dele é muito maior que a minha. Porém eu ganharia em qualquer jogo.

— Então... – Ele me faz levantar. – Agora, eu vou ficar na sua cola pro resto da vida. – Eu comecei a rir. – Me considere seu namorado, agora ninguém além de mim toca em você. – Ele sorri e eu não consigo evitar ficar vermelha.

— T-tá né. – Sorrio e Alexy nos dá um abraço e fica falando aquelas merdas de novo casal e... Cara o que vai acontecer daqui pra frente?