Entropia escrita por Reyna Voronova
Notas iniciais do capítulo
Segundo Cântico - Êxodo
Interlúdio
A Escuridão
“E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo.”
— A Bíblia Sagrada; Gênesis 1:2.
Na escuridão, não existe início nem fim.
Não existem formas, limites ou barreiras. A escuridão prolonga-se até onde a vista alcança. Ou melhor, até onde ela não alcança. E é por isso que ela é eterna.
A escuridão esbarra no sono, na morte, na inconsciência, no medo.
No desconhecido.
A escuridão evoca pavor, fobia, pânico. Evoca maldade, tristeza, melancolia. Evoca ignorância, engano e perigo.
A escuridão é má.
…?
A escuridão é má?
Andar na escuridão é andar em terrenos obscuros, desconhecidos, é não saber o que se pode esperar. É por isso que todos temem as trevas: porque todos temem o desconhecido.
E as trevas escondem o desconhecido.
A escuridão
é
má?
O desconhecido é mau?
Se a escuridão não for enfrentada, não se faz a luz.
E, na maioria das vezes,
o desconhecido é a luz.
“Acenda uma vela ao invés de amaldiçoar a escuridão.”
— Provérbio chinês.
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