Eu sentia todo o corpo de Dillan contra o meu. Sua roupa estava encharcada e grudada. Eu podia sentir cada gomo definido de seu tórax. Seus braços fortes, me circundavam com firmeza, sem escapatória.

Aquilo era estranho e, na realidade, tão bom.

A chuva fria e seu corpo quente. Sua boca macia em contato com a minha e nossas línguas envolvidas.

Éramos só nós dois naquele estacionamento da sorveteria. Eu estava tão feliz e tão surpreso.

Nos separamos do longo beijo e nos olhamos, com perguntas circundando minha mente, que eu não tinha vontade de dar voz agora. Queria aproveitar aquele calor que subia em meu peito, acolhedor.

Eu estava tão lisonjeado que Dillan, uma pessoa tão janota e escultural, tivesse atração por mim. Um nerd magro, que não gosta de academias e que adora comer besteiras.

Éramos diferentes em tudo. Mas, ao olhar aqueles lindos olhos verdes, pude sentir que nossas diferenças, físicas ou qualquer outra, não era um impedimento para ele.

Afinal, estava bem ali na minha cara. Ele venceu seu debate interno e saiu do armário, somente para se declarar para mim.

Beijei-o de novo e de novo e de novo, sem sentir nenhuma vontade de parar.