Abortion Magic escrita por Hot Stuff


Capítulo 3
Capítulo 2 - Escuridão natalina


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu sei que sumi por mais de dois meses! Deixe-me explicar, o meu notebook só chegou uma semana antes de janeiro e eu estava completamente de luto por todos os meus documentos e projetos que foram apagados. Passou-se duas semanas com o notebook aqui e eu comecei a reescrever esse capítulo super sem vontade, mais uma semana passou e a imaginação estava explodindo em mim (tanto que tenho mais dois projetos de fanfic) mas eu estava tão ocupada com a escola e afins. Eu me revezava entre escrever duas frases desse cap e estudar matemática.
Enfim, terminei esse capítulo agora e vou tentar postar o quanto antes, mas não sei se conseguirei na próxima semana por causa das provas.
Enjoy baes!



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Abortion Magic – Capítulo 2: Escuridão natalina

Os dias que antecederam a véspera de Natal foram, de fato, ótimos para nossa sardenta.

Sua rotina estava montada e organizada, como sempre foi. Assim que saia da aula, avô Granger buscava Rose e Hugo. Os irmãos passavam à tarde na casa dos avôs, Hugo sempre conseguia pegar três ou quatro biscoitos antes do jantar que era servido um tanto quanto cedo demais, na opinião de Rose. Já nossa menina, mantinha-se a maioria do tempo no antigo quarto da mãe, seja fazendo a lição de casa ou vasculhando os livros antigos de Hermione. Havia pego dois na primeira vez que estava lá, e sempre os levava para casa, os achava muito sozinhos naquele lugar. Já tinha cerca de uns quinze livros escondidos no seu quarto.

Os fins de semana eram recheados de momentos alegres na companhia de Claire e, consequentemente, Casper. O garoto sempre juntava-se com elas nas idas ao parque ou na sorveteria. Não tinha do que reclamar, Casper era divertido e um ótimo contador de piadas. Entretanto, era só colocarem o pé sobre o terreno escolar, que Casper voltava a ser o garoto popular que vivia rodeado de meninas tentando chamar sua atenção. Rose não podia culpa-las, o irmão de sua melhor amiga era, realmente, um garoto bonito por fora e por dentro, pelo o que Rose havia presenciado até agora.

Sendo esta noite a véspera de Natal, os Weasley se aprontavam para uma deliciosa ceia em família, todos animados. A única coisa que Rose queria fazer era beber mais quatro xícaras de chá enquanto lia o seu livro de poesia, era de sua mãe, mas como ela havia abandonado os livros, Rose os adotou.

***

Assim que os restantes dos Weasley que faltavam, chegaram, Rose se arrependeu de ter vindo, porém, disfarçou a careta de descontentamento quando tia Gina abriu a porta.

— Vocês demoraram! Entrem logo antes que peguem um resfriado, está nevando tanto esses dias! Ron, o restante masculino da família está na garagem, abusando um pouco da cerveja amanteigada.

O ruivo deu um breve e cálido selinho nos lábios da esposa e um abraço na irmã, antes de se dirigir à garagem. As duas mulheres riram alto, e Gina virou-se para os sobrinhos.

— Hugo, querido, vovó Molly está cheia de guloseimas na cozinha. Se eu fosse você, agiria rápido. — Hugo sorriu e correu até à cozinha, a castanha abriu a boca para protestar, mas a ruiva mais velha foi mais rápida. — É Natal, Hermione! Deixe o menino se divertir! Rose, meu amor! Está tão linda! Nunca mais foi nos visitar, a escola está apertando, não é?

Rose assentiu, mesmo que aquilo fosse mentira. O que ela mais fez no meio tempo entre a partida de seus primos a Hogwarts até o dia de hoje foi evitar sua família paterna. Estar com eles significava estar com magia, e isso era a coisa que ela mais queria longe.

— Entendo, querida. Roxanne, Dominique e Lily estão na sala. Fred, James e Albus estão no antigo quarto de seu pai. Quanto ao resto, devem estar espalhados pela casa — Gina riu e puxou Hermione pelo braço em direção à cozinha.

A garota viu-se sozinha, e em passos curtos seguiu até uma poltrona mais afastada das primas que conversavam alegremente, isso até Rose passar por elas. A morena, a ruiva mais nova e a loira calaram-se. Das três, somente a loira não sorriu para Rose.

Depois de ter se ajeitado na poltrona, olhou para a janela e sorriu ao ver um pequeno floco de neve cair, logo seguido de mais um. O livro que ela trouxera era sobre uma garota que crescera com pais adotivos, mas ao completar dezoito anos, seus pais vieram busca-la. Apenas para lhe dizer que ela era uma princesa e que iria se casar com um rapaz até então desconhecido para a personagem principal.

Rose suspirou, queria que sua vida tivesse algo de interessante como o livro. Entretanto, não queria chegar aos dezoito anos para descobrir que era uma bruxa.

***

— Estou preocupada com ela... — Roxanne suspirou, olhando para a prima ruiva mais ao longe.

— É tudo uma pena, uma grande desilusão e blá blá blá, mas ninguém tem culpa de Rose ter puxado pro lado trouxa da outra família dela.

— Dominique! Rose é nossa prima à cima disso! Sangue do nosso sangue...

— Acho que não, Roxy. Enfim, podemos voltar a falar sobre o caso de Daniel Fitzpatrick e Meredith Gilbert?

A morena suspirou, lançou um olhar de pena para Rose, que por sua vez nem percebeu.

— O que você disse sobre eles, mesmo? — Roxanne perguntou, dando-se por vencida.

— Ouvi rumores de que Meredith está grávida! — os olhos de Dominique pareciam brilhar com aquela fofoca.

— Como?! Eles estão no sexto ano! Meu Merlin! — Roxy tapou a boca, chocada com a notícia.

E a conversa das duas seguiu, mas nada que contivesse o nome de Rose Weasley.

***

Lily Luna andava sem rumo pela Toca, atrás de alguém para irritar. Sorriu de lado ao ver sua vitima devorar alguns doces, escondido.

— Hugo... — Cantarolou a pequena Potter, prolongando o som do “o”.

— O que você quer, Lily? — respondeu, um tanto rude.

— Alguém já te disse que você não é nada gentil? — a garota cruzou os braços e fez um biquinho.

— Vai perturbar a Rose e me deixe comer em paz!

— A Rose não parece querer ninguém por perto... Como ela está? Fiquei triste por ela. Acho que está zangada comigo, não foi me visitar nenhuma vez!

— Ela está bem. Mas por que você não vai lá? Minha barriga iria agradecer se você parasse de me perturbar e me deixasse em paz!

— Você é um ogro, Hugo! Se continuar assim, nenhuma garota vai querer ficar com você!

— E quem disse que eu quero uma garota? Elas só servem para reclamar! E ainda são muito chatas e frescas, como você!

— Eu não sou chata e fresca!

E, assim, os dois primos ruivos continuaram a discutir. Lily deu um belo sermão em Hugo, digno de uma feminista. Ela, com certeza, faz jus ao ser filha de Gina Weasley.

***

Molly II estava no antigo quarto de seu pai, a espera da resposta para a carta que enviara a Otto Mulligan.

Sentia-se mal por fazer com que Deane, sua coruja, voasse num tempo daqueles. Mas, ela prometera ao garoto que se corresponderiam durante as férias de Natal e Ano Novo.

Otto era o exemplo perfeito de garoto perfeito. Batedor do time de Quadribol da Corvinal, inteligente, lindo, simpático, romântico, leal e diversos outros adjetivos que Molly usava para classificar o rapaz.

Eles, ainda, não namoravam. Porém, Molly sentia que o moreno de olhos azuis a pediria assim que voltassem a Hogwarts.

— Molly, mamãe disse que se você não sair desse quarto agora, ela vai te puxar pelos cabelos até lá embaixo — anunciou Lucy Weasley, entrando no quarto, sem mais nem menos.

— E se você não bater na porta da próxima vez, eu vou te puxar pelos cabelos até chegarmos em Hogwarts.

 — Chata. — A ruiva de cabelos acastanhados deu língua para a irmã. — Mas, e aí? O seu namoradinho já te respondeu?

A menina de doze anos juntou-se perto da irmã mais velha. Curiosa sobre o relacionamento de Molly e Otto.

— Primeiro, ele não é meu namorado. Segundo, vai ser curiosa em outro lugar. Terceiro, você viu Rose?

— Eu não a vi, mas ouvi algumas coisas enquanto ajudava mamãe a lavar as louças na cozinha — confessou Lucy, baixinho.

Molly só encarou a irmã e fez um gesto para que prosseguisse.

— Algo sobre Rose estar evitando tudo e todos, tia Hermione disse que ela quase não fala em casa. E bem na hora que elas iam dizer algo sobre o problemas com casamento ou coisas assim, mamãe me mandou vir aqui.

— Estou preocupada com ela, deve estar horrível. Queria estar aqui quando Rose precisou — lamentou-se Molly.

— Ah, mas aqueles dias na casa de praia dos nossos avôs foram incríveis! — Lucy lembrou-se das férias com os avôs maternos.

Antes que Molly pudesse concordar, Deane pousou ao seu lado com uma carta no bico. O remetente era Otto Mulligan. A garota sorriu, corada.

— Molly, você nunca me contou como vocês se conheceram!

— Certo, certo. A história é assim...

A cada vez que Molly II mencionava o nome de Otto, a garota sorria. Lucy estava completamente feliz pela irmã.

***

James Sirius e Fred II estavam numa guerra de feijõezinhos mágicos, enquanto Albus tentava terminar a quarta fase de seu Game Boy. Até que um dos feijões acaba quase entrando no ouvido de Albus.

— Vou sair daqui antes que tenha um feijão preso no ouvido — e saiu.

Assim que desceu as escadas, percebeu que, diferente dos anos anteriores, os membros de sua família não estavam todos reunidos na sala. Entretanto, não poderia culpar ninguém. Todos ainda estavam tensos e hesitantes ao lado de Rose.

Ele a viu sentada ao longe, sua expressão era indecifrável. Não sorria, mas também não aparentava tristeza. Balançou a cabeça, afim de não se martirizar mais sobre isso. Já havia arquitetado planos de sequestrar Rose e leva-la para Hogwarts, esses pensamentos cessaram-se no mesmo segundo que vieram.

O garoto pegou um prato fundo e encheu de doces, antes que vovó Molly percebesse. De esfomeado já basta Hugo. Com o lanche em mãos, Albus deu uma ultima olhada na prima e sorriu ao ver as feições que a ruiva fazia ao passar as páginas do livro que lia. Subiu as escadas de dois em dois degraus.

— Fred, James! Eu tenho uma ideia! E não, não envolve os artefatos da Geminialidades Weasley! — os garotos mais velhos tiraram o sorriso do rosto. — Tirem essa cara de quem comeu e não gostou, porque minha ideia envolve vassouras...

Albus Potter trocou um sorriso maroto com os primos e começou a explicar o plano.

***

— Se o que você pretende é pegarmos o maior resfriado de todos os tempos, está conseguindo. — Brincou Victoire, enquanto o garoto de cabelos azuis puxava sua mão em direção a um velho balanço.

— Pare de reclamar, Vic. Está estragando todo o clima.

— O clima é que está me estragando. — Deu uma risada da própria piada.

— Achei que inverno era sua estação preferida. — Teddy Lupin disse, parecendo mais apreensivo do que o normal.

— E é. Porém, gosto mais do inverno quando estamos só nós dois dividindo uma xícara de chocolate quente em frente da lareira. E o que você mais gosta no inverno?

— O que eu mais gosto do inverno é quando seu nariz fica vermelhinho pelo frio. Lembra-me uma rena. — Riu alto quando a namorada deu-lhe um tapa no braço. — Ok, ok. A senhorita me acompanha?

Victoire fez uma careta quando viu o balanço coberto de neve, o mesmo que o namorado apontava. Com um floreio de varinha, Teddy fez com que toda a neve no assento sumisse. Sentaram-se lado a lado, cada um num balanço diferente.

— Você viu como Rose estava tristonha hoje? Meu sensor de irmã mais velha quase me fez abraça-la, mas aí um certo garoto de cabelos azuis me puxou para fora de casa. — Os namorados riram, entrelaçando os dedos.

— Se quiser, podemos voltar lá... — A decepção na voz do garoto era quase palpável.

— Não mesmo! Agora, me diga o quer. Afinal, não estamos no lugar do nosso primeiro beijo por nada. O que pretende fazer?

— Alguém já te disse que você é a pessoa mais estraga prazer de momentos românticos?

— Momentos românticos? Poderíamos ter tido um momento romântico no calor agradável d’ A Toca.

— Na verdade, não acho que seria muito agradável ser estuporado pelo seu pai quando me visse te pedindo em casamento.

— Papai já passou da fase de te estuporar e... Espera, casamento?!

Teddy levantou-se do balanço e ficou ajoelhado em frente a Victorie. Tirou uma caixinha vermelha de veludo do bolso.

— Não achei nada mais justo te pedir em casamento no mesmo lugar que te pedi o nosso primeiro beijo. Não há mais nada para falar, a não ser o que eu te amo mais do que imaginaria amar uma pessoa. Vamos logo ao ponto, já que praticamento o clima romântico sumiu. Victorie Delacour Weasley, você aceita casar comigo? — e ao final da frase, Teddy abriu a caixinha. Duas alianças douradas reluziam lá dentro, sendo uma com um belo e pequeno diamante.

— Ainda pergunta?! Ai, meu Merlin! É claro, Teddy! — a loira jogou-se nos braços do noivo. Lagrimas de felicidade escorriam pelo seu rosto.

— Agora, vamos pensar num meio de contar que estamos noivos e nem terminamos o sétimo ano ainda.

Os dois se permitiram rir, mas não se soltaram. Victoire já não sentia mais frio.

***

Na cozinha da famigerada Toca, as mulheres Weasley riam em meio as confissões de Audrey sobre como as férias na praia deixaram Percy a ponto de ter um ataque cardíaco.

— Não acredito que ele pisou mesmo numa água-viva! — Angelina riu alto, fazendo todas rirem com ela.

— O lugar de Percy, definitivamente, é em um escritório! — comentou Gina, ainda rindo.

Todas riam e sorriam. Contavam sobre os maridos e os filhos. Menos Hermione, que no momento achava bem mais interessante o seu copo vazio do que o assunto.

— Mione, o que foi? Está mais calada do que nunca. — Fleur questionou, com seu sotaque francês que insistia em não abandona-la.

A castanha ponderou por alguns segundos. Falaria sobre o que lhe afligia ou ficaria calada? Ah, o que teria de mais em desabafar com elas? Afinal, todas elas tinham marido e filhos. Deveriam saber sobre o assunto.

— Rony e eu... Bem, não sei se está mais dando certo. A gente briga toda hora e às vezes ele se torna insuportável. — Suspirou, cansada.

— Deve ser só uma fase. Com tudo isso que está acontecendo com vocês. O choque que tiveram sobre o probleminha de Rose.

— Não, Gina. Às vezes, acho que seria mais fácil enfiar um garfo na garganta do que continuar ouvindo Ron falando sobre a sorte que temos porque a noticia de Rose ainda não saiu nos jornais. Parece até que ele despreza nossa filha só por ela ser o que é.

As palavras “aborto mágico” estavam entaladas na garganta de Hermione. Mas ela não as falou.

— Dê tempo ao tempo, querida. Vai ver que tudo ira se resolver — prometeu Fleur.

— Se tem uma coisa que eu aprendi com o casamento foi ter paciência. Se te contasse toda vez que Percy fica estressado por nada e desconta em tudo... — Audrey não pôde terminar a frase pelo grande gole que deu em sua bebida.

Elas continuaram sua conversa, falando dos defeitos dos maridos e de coisas cômicas sobre casamento. Elas sabiam que o que falavam mal dos maridos era, em parte, verdade, mas os amavam mesmo assim. Que tipo de casamento existiria sem amor?

***

O lugar que os homens Weasley estavam não podia ser considerado uma garagem, visto que aquele espaço não era usado para guardar nenhum carro, e muito menos um porão, já que ficava no mesmo nível do primeiro andar da casa. O lugar não precisava de títulos, mas poderia ser chamada de “Caverna dos Homens”.

Enquanto Percy e Ronald disputavam no xadrez bruxo, Bill, Harry e George tentavam acertar perfeitamente o dardo no alvo vermelho.

— Como vão as coisas com Rose, Ron? — disse Percy, alto o suficiente para os três outros homens encararem o pai de Rose.

— Não venho falado muito com ela. Agora, está com a mania de se trancar no quarto logo assim que chega em casa. O problema mesmo está com Hermione.

— O que tem ela? — a voz de Harry Potter preencheu o ar tenso, curioso na relação dos amigos.

— A gente grita mais do que fala, estamos sempre em pé de guerra.

— Ah, deve ser o estresse de... Você sabe, o assunto de Rose. — Bill falou dessa vez.

— Na verdade, acho que já estávamos nos estranhando há tempos, isso de Rose foi só uma desculpa para brigarmos ainda mais.

— Sabe que não é culpa de Rose.

— Sim, eu sei. Só acho que consegui afastar minha filha de mim, fui bem rude com ela no começo. Espero que com ela ainda tenha tempo de consertar as coisas, visto que com Hermione... — O ruivo mexeu uma peça do xadrez, sorrindo vitorioso. — Ganhei, Percy.

Todos entenderam aquilo como um recado de que o assunto estava encerrado. Ninguém comentou disso no resto da noite. 

***

Faltavam, exatos, quinze minutos para o dia vinte e cinco de dezembro.

Rose estava do lado de sua tia Gina, que por sua vez, estava ao lado de Hermione. Toda a família Weasley já se encontrava reunida na sala, conversando alegremente sobre coisas amenas. Devo ressaltar que não, Teddy Lupin não foi estuporado por ninguém, mas recebeu diversas ameaças. Até quando escutam uma batida na porta.

A matriarca Weasley correu para atender.

— Desculpem o atraso! Demoramos um pouco mais na casa da mãe do Rolf e... — A loura pode completar sua desculpa devido ao grande abraço em grupo iniciado por Gina e Hermione.

Rose buscava do fundo das suas memórias quem era aquela mulher. Era certo que já havia visto ela, alguma vez em sua vida.

— Merlin! Como vocês estão enormes! Se eu estou certa, esse ano deveria ser o primeiro de Albus, Roxanne e Rose, não é?

Albus e Roxanne sacudiram a cabeça em afirmação, completamente felizes. Rose, por sua vez, cruzou os braços e virou o rosto.

— Luna, vamos... Hm... Conversar na cozinha. Tem pudim! — Gina foi esperta o bastante para tirar Luna dali antes que toda a situação se tornasse embaraçosa para Rose.

Enquanto os homens se ocuparam de conversar e entreter Rolf Scamander, seus primos arrastaram dois garotos igualmente loiros para o sofá. Rose permitiu-se ir até eles, mas foi parada por Dominique.

— Vamos conversar sobre assuntos do mundo bruxo, quer mesmo ficar de fora? — Rose abaixou a cabeça e a loira sorriu. — Foi o que eu imaginei, agora, deveria voltar ao seu livrinho trouxa.

Rose se afastou com passos rápidos daquele lugar, suas mãos apertavam uma à outra. Ela subiu as escadas com pressa e encostou-se à parede, segurou um choro. Choro esse que já lhe era familiar todas as noites ou quando via a expressão de decepção no rosto de seu pai, quando percebia o olhar de pena dos outros sobre si. Ela prometera a si mesma ser forte, mas isso estava cada vez mais difícil.

Naquela noite de Natal, Rose adquiriu outro sentimento ruim.

Rancor.


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Notas finais do capítulo

Observações:
1 - AM está de carinha nova! Eu mesma fiz a capa então tá meio lixosa :p
2 - Nem Molly II nem Lucy tem ano especifico de nascimento, então para não ficarem todos da mesma idade eu envelheci elas
3 - Vocês irão entender mais tarde o porquê de Dominique ser assim
É isso!
Mil beijos, até mias ver!