Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 62
Green tie


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Obrigada a Taah, Juliana Sato e Jonay Fanfics pelos comentários no cap. anterior.
P.S: shippers Drarry, preparem os hearts



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—Bianca?

—Fred!

Os namorados se abraçaram e se beijaram como nunca antes. Enquanto presenciava o reencontro, Draco tomou uma decisão. Chega de ser Draco Marionete Malfoy. O loiro puxou o ombro de Harry com determinação e disse:

—Harry, eu te amo e não posso viver sem você. Quando estamos separados, falta algo em mim, e eu sei que esse algo é você.

—Tenho uma história para contar – Harry anunciou. Bianca e Fred pararam de se beijar para ouvir. - Na noite do cinema, eu fui sequestrado e levado para um lugar onde foi torturado, mas sabia que não podia me render, precisava manter a sanidade e resistir, e sempre que eu pensava em voltar para Hogwarts e para a minha vida comum, você fazia parte das imagens, estava em meus sonhos, e demoraram-se meses até que eu percebesse que era para você que eu queria voltar, mas agora eu estou aqui, e posso dizer com todas as letras: eu te amo mais do que tudo.

Os amigos se sentaram no chão, se sentiam mais confortáveis daquela forma.

—Momento confissão, agora? - Bianca os fez rir. - Eu sou imortal.

—Quê? -perguntaram os garotos.

—Bellatrix criou uma Horcrux para mim ao matar um lufano e eu o trouxe de volta com a Pedra da Ressurreição – ela mostrou a pedra em seu pescoço.

—Minha vez – disse Fred. Bianca percebeu que o garoto parecia mais magro do que ela se lembrava. - Desde que acordei do “coma”, não como direito.

—Disso eu sabia – Draco comentou, para espanto de Harry e Bianca. - Que foi? Você estava sequestrado e você estava em coma – ele deu de ombros.

—Ficou doido? - Bianca deu um tapa no ombro do garoto. - Não pode fazer isso com seu corpo. No jantar, vou enfiar a comida pela sua goela.

Os amigos riram e Harry e Draco se retiraram para a Sala Precisa. Draco imaginou o mesmo canapé vermelho que estava na sala na outra vez em que a usaram.

—Estou tão feliz… - Draco suspirou – depois de cinco anos, eu finalmente te tenho nos meus braços.

Se beijaram demoradamente, até que Draco sussurrou contra o pescoço de Harry:

—Eu notei que tem alguns hematomas pelo seu corpo… o que fizeram com você?

FLASHBACK

Teve uma boa noite, Potter?

Harry abriu os olhos lentamente ao ouvir ser chamado. Estava em um quarto grande com pouca mobília, em uma cama quebrada. Onde eu estou?, o rapaz pensou, lembrando-se de que quando “adormecera” estava no banheiro do cinema e Draco estava prestes a dizer algo. Draco! Ele com certeza ia pedi-lo em namoro, mas graças a bexiga de Harry, não deu certo. Ele crispou os lábios, não ia se dar ao luxo de chorar ou algo assim. Uma mão gélida percorreu a testa do garoto.

—Parece oca… não há outro jeito de testar isso, se não o pior. Crucio! Pettigrew, vá até o Lorde e pergunte se está doendo.

O homenzinho se retirou e Harry esfregou a cicatriz de novo, sentindo-a arder. Torturá-lo não ia destruir a conexão entre ele e o Lorde, mas sabia que as palavras para dizer isso não sairiam de sua boca, e se saíssem, os Comensais não acreditariam.

Ele disse que não, Lucius. E pediu para parar de usar Cruciatus no garoto, se não o próximo a ser torturado será você.

Pois bem… pergunte a ele o que faço, então.

—Pergunte você, eu não sou uma coruja.

Harry apertou mais os lábios para não rir. Lucius saiu do quarto, dando passagem a Voldemort.

—O único jeito de tirar isso de você é matando-o. Não se preocupe, vai ser indolor. Avada Kedavra!

Harry desmaiou, mas lentamente recobrou os sentidos.

—A Horcrux foi destruída com sucesso, mestre.

FLASHBACK END

—Harry? Harry?

—Me chamou Draco? - o garoto perguntou.

—Estou falando com as paredes… tem alguém batendo em você, amor?

FLASHBACK 

—Posso me divertir um pouco com o garoto, Mestre? - pediu Pettigrew sorrindo.

—Fique à vontade, Pettigrew.

O homem entrou no quartinho onde Harry estava e começou seu monólogo cliché de vilão:

—Eu poderia te torturar com um Crucio atrás do outro, mas o Mestre me mataria. Agora um ou dois socos… ele não vai notar, mas você vai.

Harry tentou se esquivar, mas os punhos de Pettigrew o atingiram com precisão. Primeiro seu peito, depois suas pernas. Nenhuma parte de ser corpo foi poupada, apenas seu rosto.

FLASHBACK END

—Pettigrew me usou como saco de pancadas um dia desses – Harry deu de ombros como se não fosse nada.

—Vou matar aquele rato… - disse Draco, apertando o abraço e desabotoando a camisa do rapaz – Merlim, ele me machucou muito, não?

Draco analisou os ferimentos no peito do garoto. Harry não queria demonstrar, mas a proximidade do namorado o excitava. Draco trabalhava mecanicamente, tirou a camisa de Harry e pediu à Sala uma poção para as feridas. Carinhoso, ele passou a loção sobre as feridas.

—Bem melhor – o loiro sorriu. - Está com fome? Não comeu nada desde que chegou.

—Draco, não quero nada – o moreno vestiu a camisa de volta. - Está me mimando muito, sabia?

—O Fred vive mimando a Bianca, e ela o mima também. Por que eu não posso te mimar?

—Eu nunca fui mimado, os Dursley me odiavam e Sirius e Remus fazem tudo por mim, mas a ideia é estranha.

—Só podemos estranhar o que não conhecemos.

—Hã? Essa foi sem sentido, Draco.

—Você não gosta que eu te mime justamente porque nunca foi mimado, mas Harry, quando você souber o que é ser cercado de carinho, quando souber o que é fazer o mundo girar só porque você quer…

Então Harry tomou a iniciativa de um abraço.

—Me abrace e nunca mais me solte – pediu.

*****

—Onde acha que estão Harry e Draco? - perguntou Fred a Bianca, os dois caminhavam abraçados pelos corredores.

—Ah,estão se divertindo em algum lugar. Seja bonzinho com eles, amor. Levaram cinco anos, quase seis, para se acertarem.

—São piores do que nós.

Bianca riu. - São mesmo…

Eles chegaram a sala comunal da Grifinória, onde Harry sentava-se com um livro. Completamente normal, não fosse o fato de que ele usava uma gravata verde em vez de vermelha.

—Gravata nova, Harry? - Fred riu.

—Isto? - Harry gesticulou a peça. - É algo que Draco chama de “primeiro mimo”.

—Que bonitinho! - Bianca exclamou, tocando o tecido. - Merlim, os sonserinos são luxuosos.

Harry sorriu. O seu sonserino era luxuoso. Estava muito feliz em chamá-lo de seu.


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