Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 40
The end of Umbridge


Notas iniciais do capítulo

Oi amores! Obrigada a Taah pelo comentário do cap. anterior.
Finalmente eu me libertei da parte mais chata de escrever dessa história. Como o título diz, a Umbridge já era. Aproveitem!



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Depois de Filch esfregar a sala por meia hora para tirar o cheiro, Umbridge pôs-se a pensar. A carta citava as mascotes das quatro casas, o que significava que os alunos – ou, pelo menos, uma fração deles — estavam unidos e contra ela. Eles são vários, eu, apenas uma, mas tenho algo que eles não têm. Poder. Já que os alunos estavam juntos, o jeito era separá-los à força. Surgiu então, mais uma regra: todos os tipos de agremiações estudantis estavam doravante proibidas.

*******

–Ela atacou de novo – anunciou Bianca, apontando o papel fixado no mural da sala comunal da Grifinória.

–Ela pode ter atacado, mas nós vamos contra-atacar – disse Fred com um sorriso. - Podemos juntar todos os alunos no meio do primeiro horário lá no jardim, bem sob a janela dela e esperar que ela nos veja.

–Muito prudente. Aí, ela vai interrogar um a um com Veritasserum para descobrir quem organizou tudo, e então, adeus Armada – disse Jorge.

O ruivo franziu as sobrancelhas para o gêmeo e abriu o livro de Poções. Bianca saiu dali para a aula de Transfiguração, dizendo que ia pensar em algo.

Enquanto caminhava para a sala, Bianca pôde ver que o descontentamento em relação a Umbridge não era só entre os alunos. Os professores e fantasmas também não gostavam de tê-la no comando. Falando em professores, ela deu pela falta de um em particular. Por onde andaria Severo? Seguindo ordens específicas de Dumbledore, talvez?

A aula de Minerva se arrastou para Harry e Bianca. Por sorte, era a última aula do dia, então Bianca foi para as masmorras, atrás de Severo.

–Sev? - ela chamou ao entrar na sala.

–Aqui, Bia.

Ele saiu de trás de um armário, as vestes cinza sujas de um líquido viscoso azul que tinha um cheiro doce.

–O que é isso? - ela apontou para o frasco cheio da solução azul que sujava a roupa dele.

–É algo em que venho trabalhando.

–Para que vai servir?

–Um antídoto para Cruciatus.

Os olhos de Bianca brilharam. Severo era mesmo um gênio. Será que Frank e Alice Longbottom um dia poderiam ser curados pela poção de Severo?

–E como vai chamá-la?

–Não sei, talvez Elixir anti Bellatrix Lestrange. O que acha?

–É uma ótima ideia – ela parou por alguns instantes. - Dumbledore escreveu para você ultimamente?

Severo percebeu então, que desde que o homem saíra de Hogwarts, não tinha nenhuma notícia dele. Dumbledore não deixara apenas a escola, deixara a Ordem desamparada, deixara Bianca sem saber o que fazer com Jonay, os deixara sem um guia. Esse egoísmo não era típico de Alvo. Então Severo decidiu que seria o guia de que Bianca precisava. Respondeu a menina negando com a cabeça e voltou ao trabalho, Bianca ajudando-o.

–Qualquer dia desses teremos de fazer um teste prático – disse Bianca banalmente.

–Você diz… torturar alguém e depois usar o antídoto?

–Sim, poderíamos encurralar Bellatrix aqui e deixar Neville torturá-la até que se canse.

–Essa é sua obsessão agora? Fazer Lestrange beber do próprio veneno?

Ela assentiu duas vezes. -Eu e eles somos os únicos em quem ela já usou seu poder e sobreviveram para contar a história, ainda que eles não possam falar. Podemos até usar a Umbridge como cobaia, para que Bellatrix não tenha acesso ao antídoto.

–Credo menina, como você é sádica.

–Já devia ter se acostumado – ela riu. - Mas sério, acho que isso seria um bom fim para ela.

Severo riu e Bianca se despediu, ainda pensando no que faria com a diretora. Se pedisse a Fred e Jorge, eles certamente lhe dariam uma ideia genial de pegadinha, mas talvez uma brincadeira não fosse o bastante. Mas torturá-la? É, talvez ela tivesse dentro de si alguns traços indesejados de Bellatrix.

Enquanto ela andava pelos corredores, encontrou a professora Umbridge, que sorriu com escárnio e chegou perto dela:

–Srta. Black, poderia me acompanhar?

Temerosa, Bianca seguiu a diretora até o escritório dela. Umbridge puxou uma cadeira para Bianca se sentar, sem dizer nada, a mulher apenas puxou a varinha e disse:

Crucio!

–Argh! - Bianca gritou agonicamente.

–Quem escreveu aquele texto? - ela perguntou, dura.

–Não sei – ela respondeu, ofegando.

Crucio! Foi você quem escreveu, não foi?

–Não.

Crucio!

Umbridge hesitou por alguns instantes, até concluir que: Bianca já havia sido torturada por Bellatrix, produtora das piores Cruciatus conhecidas, portanto, devia ser resistente a Cruciatus de outros bruxos. Mas talvez ela não aguentasse ver seus amados amigos sendo torturados. Pediu a Filch que trouxesse Draco Malfoy, Harry Potter e Frederich Weasley à sala dela. O zelador obedeceu em segundos, trazendo os meninos pelas golas.

–Senhores – a voz irritante da diretora perfurou-lhes os ouvidos -, queiram sentar-se.

Receosos os garotos sentaram e Umbridge apontou a varinha para Draco, lançando a Cruciatus, Harry apertou a cadeira, desconfortável e Bianca ofegou.

–Tudo bem, tudo bem – a menina disse e Umbridge abaixou a varinha. -Fui eu.

Draco agradeceu mentalmente a confissão. A ponta da varinha da diretora voltou-se para Harry, causando um aperto no peito do Malfoy.

–A mando de quem você escreveu aquilo?

–N-ninguém.

–Mentira! Crucio!

Draco gritou como nunca antes. A verdade é que Draco nunca tinha realmente gritado. Extremamente mimado, nunca precisou chorar para conseguir o que queria, pois tudo lhe era dado, então seu grito fez arder suas cordas vocais.

–EU! - Harry berrou. - Foi eu quem mandou.

–Mentira – Dolores acusou novamente.

–Escrevi porque quis – disse Bianca.

–Os senhores podem ir – ela disse para os meninos. - A senhorita fica. Cr…

–Você realmente se atreve, Dolores? - uma voz fina irrompeu pela sala. - Pensei que tivesse sido claro quando disse que Bianca Black era minha.

–Você não entende Bellatrix – Umbridge choramingou. - Se eu não a levar, o Lorde me mata.

–O mundo estaria melhor sem você nele, mas, de qualquer forma, pode levá-la sem torturá-la, não?

Dolores assentiu debilmente e Bellatrix aplicou um Estupefaça em Bianca, e Bianca voou da cadeira, chocando-se contra a parede, mas se recusou a deixar o mundo se apagar. Não, ela não seria levada mais uma vez para Voldemort. Tinha de pensar rápido, mas que feitiço ela conhecia que fosse poderoso o bastante contra elas? Seu padrinho um dia mencionara um feitiço capaz de levar uma mensagem através de um animal guardião. Bianca sempre tivera curiosidade de saber qual era o seu patrono, então decidiu arriscar.

Expecto Patronum!

De sua varinha, saiu uma fumaça prateada, que aos poucos formou uma ave, uma fênix, que saiu voando pela janela. Umbridge e Bellatrix não entenderam o que se passara. Como uma menina de treze anos conseguiu produzir um patrono corpóreo como aquele?

Em segundos, a porta da sala foi arrombada por Severo, Fudge, Sirius e Dumbledore.

–O que aconteceu aqui? - Fudge perguntou chocado para Dolores.

–Aconteceu, Cornélio — resmungou Sirius, ajudando Bianca a se levantar – que essa incompetente que você colocou no lugar de Dumbledore estava torturando a minha filha.

–Junto com uma prisioneira de Azkaban – disse Severo apontando Bellatrix – que não se sabe como, fugiu da prisão mais segura do mundo bruxo, e que curioso… a fuga dela não foi noticiada. Muito conveniente para você, não é, Cornélio?

–Receio que você não tenha outro remédio que não renunciar – disse Dumbledore.

–Antes que a renúncia seja oficializada, tenho mais uma coisa a fazer, duas na verdade. Dolores, está demitida e presa por tortura e tirania. Você será mandada de volta, Lestrange.

Em minutos, Quim Shacklebolt, um auror amigo de Sirius e Remus, apareceu para ajudar com as prisões e Dumbledore foi restituído de seu cargo. Severo se encarregou de levar Bianca de volta ao dormitório, pedindo-lhe que não contasse a ninguém até que tudo se resolvesse – o que levaria algumas horas no máximo.

Mirando-se no espelho de seu quarto, Bianca percebeu que seu rosto estava estranho, machucado pelas Cruciatus e inchado de lágrimas. Tocou suas bochechas no reflexo e disse:

–Não chore. Seus machucados valeram a pena.


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