Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 41
Doppelganger


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a Taah pelo comentário do cap. anterior!
Não vou enrolar muito hoje...



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Aquele foi um dos melhores verões para Bianca. Além de passar os dois meses com seu pai, segura em casa, ela conseguiu que Fred se apresentasse para Sirius como namorado dela. Num domingo, Bianca foi pr' A Toca e foi apresentada a todos os irmãos Weasley – Gui, Carlinhos e Percy eram os únicos que ela não conhecia – e ao sr. e sra. Weasley. Molly, a mãe de Fred e de todos os seus irmãos, era o oposto de Elis. Dedicava-se 100% aos filhos e o marido, e era um amor de pessoa, compreensiva e carinhosa. Assim que Bianca entrou na casa de mãos dadas com Fred. Molly a adotara como uma oitava filha, e Bianca gostara disso.

Era uma tarde quente, e os quatro moradores do largo Grimmauld, doze, estavam na sala de estar, as janelas totalmente abertas e um bufê com opções variadas de sorvetes e bebidas. Bianca estava terminando o sétimo sorvete de chocolate quando Remus lhe perguntou:

–Como é que cabe tanto sorvete dentro de você?

–Feitiço indetectável de expansão – ela riu, pegando o oitavo, fazendo com que os outros três rissem.

Aquele mundo parecia perfeito. Seu pai, padrasto e irmão felizes, rindo, sem ninguém para torturá-los até a morte. Não raramente Bianca se pegava apreciando aqueles momentos de forma externa. Ela não via a si mesma feliz com sua família, ela via uma menina feliz com sua família, mas quem se importava?

No dia seguinte, Sirius foi à cozinha tomar café e deparou-se com Harry, Fred, Jorge e Bianca sentados à mesa, discutindo algo.

–… podemos guardar tudo aqui – Bianca sugeriu -, juntar os pedidos durante a semana e entregar depois.

–Ou podemos deixar Sirius e Remus a par disso e as entregas ficam mais rápidas – opinou Harry -, o que impede Monstro de mexer nas nossas coisas.

–Do que vocês estão falando? - Sirius perguntou, chamando-lhes a atenção.

–Da loja de brincadeiras que estamos abrindo – disse Bianca rindo. - Precisamos de um lugar para guardar o estoque antes que Molly destrua tudo.

Sirius, assentiu, rindo.

–Achei a ideia de vocês criativa, então vou ajudá-los. Tem um quarto no primeiro andar, Monstro sempre esquece de limpá-lo, podem guardar tudo lá.

–Obrigada! - a menina gargalhou e abraçou o pescoço do pai.

Então os quatro jovens passaram o dia inteiro usando o carro de Sirius para levar mercadorias ao largo Grimmauld. À noite, Bianca capotou na cama em segundos, e nem viu quando uma figura alta entrou pela janela sem fazer barulho. O ombro direito de Bianca ardeu por alguns segundos, mas aos poucos, a sensação diminuiu.

Quando acordou, Bianca fez seus hábitos matinais, banho, lavagem dos cabelos e a troca de roupas. Porém, enquanto se vestia, notou uma marca estranha em seu ombro direito. Um B fino mas grosseiro, como se alguém o tivesse escrito com um punhal. Seria magia negra usada por um Comensal? Remus saberia se fosse o caso.

–Remus! Remus! - ela desceu as escadas gritando.

–O que foi Bia? - ele perguntou espantado.

Sem palavras, ela baixou a gola da camiseta, expondo a cicatriz, que já estava seca, como se fosse antiga.

–Magia negra… - Remus refletiu.

–Sim, disso eu sei, mas… porque?

–Não sei o motivo, mas como já vi isso antes, tenho uma vaga ideia. Isso em seu ombro é a cicatriz da formação de uma doppelganger

–E o que é uma doppelganger?

–Doppelgangers são duas pessoas perfeitamente opostas. Se uma é inteligente, a outra é estúpida, se uma é caridosa, a outra é egoísta. Essa marca em seu ombro quer dizer que seu doppelganger lhe encontrou e não pôde resistir a ideia de te destruir. Sua existência provoca ódio imediato nele, assim como ele em você. Em um combate, você não hesitaria em atacá-lo, entende?

Bianca se encolheu e tremeu, fazendo com que Remus tivesse o ímpeto de abraçá-la. Sirius precisava saber disso, ele poderia dar um jeito na situação, mas perderia a cabeça se soubesse que alguém entrara na casa e marcara sua filha como doppelganger, talvez até mandasse a menina para morar com a mãe – seria uma péssima decisão, considerando que ela estaria totalmente desprotegida entre os trouxas, mas tudo o que contaria para Sirius seria ela estar afastada do mundo mágico.

–Vai ser nosso segredo, está bem? - disse o homem, beijando a cabeça da menina. - Quando voltar a Hogwarts, escreverei para Dumbledore contando o que aconteceu e ele nos ajudará.

Ela assentiu, engolindo em seco e cobrindo a marca de novo.

Longe dali, um garoto urrava de dor pela segunda vez na vida.

–Aguente firme! - disse sua mãe. - Vai acabar logo.

O pai do garoto estava ao lado dele, impassível. Como ele podia ser tão frio? Seu filho se contorcia de dor a seus pés e ele permanecia parado. O Mestre aprovaria seu comportamento, diria que era um servo fiel na dor, mesmo que isso significasse ser um péssimo pai.

Enfim a dor cessou e o menino desatou a chorar nos braços da mãe. Seu antebraço direito ardia, a marca negra latente, nova em folha. Usando a própria marca, a mãe do garoto convocou o Lorde das Trevas.

–Me chamou? - disse o homem, surgindo na sala.

–Sim, senhor. Ele já foi marcado – ela puxou a manga do filho, expondo a marca.

–Muito bem…

O menino levantou-se aos tropeços e saiu da sala, seguido pelos outros. Logo, todos os Comensais da Morte estavam reunidos, e o Lorde deu por falta de uma em especial.

–Por onde anda Bellatrix?

Ninguém sabia. O Lorde deu um murro na mesa. Justo quando mais precisava dela, a mulher dava um jeito de sumir no mundo. Ele queria saber se ela tinha completado o serviço. Não tinha tramado o plano perfeito para ela arruiná-lo tão facilmente. Se bem que Bellatrix só tinha um motivo para impedir a estratégia de funcionar: ela sabia qual era seu final, e claramente não tinha gostado. Mas ninguém sabia do plano completo, a menos que Nagini tivesse ensinado a Comensal a entendê-la. Acalme-se Tom, ela só se atrasou. Em breve estará aqui.

Como o Lorde previra, a mulher subiu as escadas batendo os pés com força. Voldemort teve de se controlar para não sorrir ao vê-la, não, não podia dar esse gostinho a ela.

–Bella, preciso falar-lhe a sós.

Os Comensais se dissiparam como água no sol e Bellatrix deu um sorriso tolo, mal sabia ela do que se tratava.

–E então, conseguiu?

Ah, é isso, Bellatrix se decepcionou, mas assentiu lentamente.

–Muito bem, agora vou lhe prevenir: quando eu ordenar, vai possuí-la, entendeu?

–Sim, senhor.


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