Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 3
When I met you




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A reunião terminou e Bianca foi para a cama saltitando de alegria. Contando a partir dali, faltava um mês para o início das aulas, mas ainda assim, ela estava feliz, tinha esperanças. Longe do largo Grimmauld, doze, um menino também estava indo se deitar, feliz como ela.

Mas diferente dela, ele era maltratado pelas pessoas que viviam com ele, estava feliz com a expectativa de um mundo diferente, que ele não conhecia, mas onde tinha certeza de que seria bom. Hagrid, seu primeiro amigo nesse novo mundo mágico fora muito gentil em ajudá-lo naquele dia de compras, mas depois da primeira loja, a de varinhas, o gigante se portou de forma meio estranha. Desde que uma menina entrou na loja enquanto ele estava testando sua varinha, Hagrid não parava de olhar para o homem que a acompanhava. Tentou perguntar quem era aquele homem quando ele e o gigante andavam pelas ruas do Beco, mas de repente, Hagrid girou os ombros de Harry e o enfiou na loja Floreios & Borrões. Quem era ela?, Harry perguntava a si mesmo, ajeitando o travesseiro. E mais importante, quem era ele?

A pergunta perdurou na cabeça de Harry até o dia em que finalmente, ele foi à estação King's Cross e passou pela parede entre as plataformas nove e dez, segundo o conselho de uma bruxa adorável, mãe de vários garotos ruivos, e até uma garota, que Harry achou bonita. Não é como a Menina do Beco, mas é bonita, pensou ao acenar para ela durante o embarque.

Sentou-se em uma das primeiras cabines com o mais jovem dos ruivos, chamado Rony Weasley. Uma menina estava sentada ali também, e usava duas peças de plástico nos ouvidos, como se fossem brincos mas que estavam conectadas a um fio ligado a um aparelho retangular preto. Harry os reconheceu de imediato. Fones de ouvido plugados em um celular e ele sabia que não devia incomodar sob hipótese alguma quem estivesse usando um daqueles.

O rapaz nunca usara um fone de ouvido, nem tivera um celular, e queria tanto saber quem era aquela menina. Desde aquele dia em que eles se encontraram, ele especulava se qualquer garota na rua poderia ser a Menina do Beco.

–Hey, posso ouvir com você? - ele abriu um sorriso.

Com um meio sorriso, ela tirou um dos fones da orelha e deu uma discreta limpada na veste e entregou para ele. Colocou o minúsculo fone na orelha e sua mente foi invadida pela música que tocava.

Everything is gonna change (Tudo vai mudar)
Nothings going to be the same (Nada vai ser como antes)
What we know is good and gone (O que sabemos é bom e se foi)
The life we live has come undone (A vida que viv
iamos acabou)

Harry entendia aquilo. E queria se realizasse em sua vida. Mas sim, vinha acontecendo desde que Hagrid invadira a mísera cabana onde ele e os Dursley moravam. Quando aquele gigante irrompera pela porta, ele entendera que tudo ia mudar em sua vida

–Chegamos – disse Rony.

Harry fez menção de devolver o fone à menina, mas ela se levantou ao mesmo tempo que ele e equiparou seu passo com o dele, permitindo que ele escutasse a música até que entrassem nos barcos, quando o aparelho parou de funcionar.

–Barreira anti-tecnologia – ela suspirou. - Sou Bianca, e você, quem é?

–Harry Potter. Ah, este é meu amigo, Rony Weasley – falou, lembrando-se da existência do amigo.

–É um prazer – Bianca cumprimentou o ruivo educadamente.

Os novatos foram guiados até a frente do salão principal, e uma professora idosa chama Minerva McGonagall lhes explicou como seriam suas vidas em Hogwarts. Aulas, casas, professores, tudo.

Bianca olhou a mesa dos professores e reconheceu Severo e Alvo da Ordem e sorriu para eles entre os estudantes. Alvo retribuiu com um aceno mínimo e para total surpresa da menina, Severo lhe abriu um sorriso e piscou o olho direito.

–Black, Bianca – chamou a professora e lhe colocou um chapéu sobre a cabeça.

–GRIFINÓRIA! - gritou ele.

A mesa dourada e vermelha aplaudiu a menina enquanto ela se sentava. Ela trocou olhares intensos com o prof. Severo enquanto a seleção prosseguia, até que…

–Potter, Harry – Minerva chamou.

O salão inteiro se silenciou para ver o afilhado de Sirius ser selecionado para a Grifinória. Sentou ao lado de Bianca enquanto o diretor dava alguns avisos que pela expressão dos alunos mais velhos, eram habituais. Depois, o monitor da Grifinória, Percy Weasley os levou para a torre da casa. Era composta de uma sala comunal, e duas escadas, que levavam as alas masculinas e femininas. Bianca dividira o dormitório com Hermione Granger, uma menina nascida trouxa que se tornara imediatamente amiga de Bianca.

–Quer dizer que você nasceu trouxa? - perguntou Bianca, interessada. Hermione assentiu. - Eu sou mestiça, mas fui criada como trouxa.

Elas conversaram mais sobre livros – um assunto de que ambas gostavam – até irem dormir. Na manhã seguinte, o correio matinal trouxe para uma carta para Bianca.

Bianca Wilker Black,

Como foi a viagem de trem? Em que casa você está? O que está achando de Hogwarts até agora? Teve aulas com Severo hoje? Saiba que tem minha permissão para insultá-lo se for necessário. E em que casa o menino Harry Potter ficou?

Com amor,

Sirius Black.

Bianca respondeu cada uma das perguntas mentalmente a caminho da primeira aula, que seria herbologia. Pomona Sprout, a professora, pareceu um pouco espantada ao ver Bianca em sua aula. Ela acha que eu não existia até que eu entrei aqui, concluiu para si. Hermione segurou a mão da amiga com cuidado. Enquanto a professora repassava as medidas de segurança que deviam ser tomadas nas estufas, Bianca rascunhava sua carta ao pai no caderno.

Sirius Black,

A viagem foi legal. Fui escolhida para a Grifinória. Hogwarts é maravilhosa. Você enviou a carta na manhã do primeiro dia, escreverei outra carta quando tiver uma aula com ele. Obrigada pelo apoio. Harry está na mesma casa que eu. Conversaremos mais e lhe passarei as informações.

Doce,

Bianca W. Black.

Estava perfeita. Ela saiu da aula e se dirigiu ao corujal, mas no caminho, deu um encontrão com alguém que ia na direção oposta.

–Hey, olhe por onde anda – ela observou a pessoa.

Era um menino baixinho, loiro platinado, olhos pretos e um sorriso maldoso, que ela vira nas fotos de Sirius mais jovem.

–Você devia fazer o mesmo – ele respondeu grosso. - E não espere que eu vá pedir desculpas.

–Tampouco eu vou – ela respondeu ao orgulho dele.

Limpando as vestes de uma poeira inexistente, Bianca seguiu caminho, pensando no menino. Ele tinha as bochechas coradas, porém era mortalmente pálido, como se passasse os dias e as noites em uma cripta. Encontrou uma coruja-das-igrejas disponível para ela e amarrou-lhe a carta na pata.

Saiu da torre e foi para a torre da Grifinória, onde deu um encontrão com outra pessoa. Hoje não é meu dia, pensou, ao levantar. Viu-se de frente a um ruivo alto e magro, de aparência desajeitada, mas muito bonito.

–Fred Weasley – disse, sorrindo.


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