Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Estou de volta com este cap para esta fic! Espero que gostem e comentem!



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ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS

Diretor: Alvo Dumbledore (Ordem de Merlim, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos, O.F)

Prezada senhorita Black,

Temos o prazer de informar que V.Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos materiais e equipamentos necessários.

O ano letivo começa em 1º de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho no mais tardar,

Atenciosamente,

Minerva McGonagall, diretora substituta.

Bianca estava impressionada com a formalidade da carta e com a quantidade absurda de atributos que seguiam o nome do diretor, todos escritos com muito cuidado, exceto um, que parecia ter sido incluído às pressas.

–O que é O.F? - perguntou Bianca.

Sirius hesitou. A O.F tinha sido fundada com o objetivo de manter uma criança longe dos perigos do mundo mágico. Não deu muito certo, mas pelo menos salvaram algumas vidas. Seria certo envolver Bianca naquilo que ele tentava combater?

Mentiras demais, pensou antes de olhar fundo nos olhos da filha e dizer:

–Ordem da Fênix. Um grupo criado para proteger uma criança de um bruxo que queria matá-lo. Dumbledore é o líder até hoje.

–E conseguiram fazer o que queriam?

–Conseguimos atrasá-lo. Por onze anos. Mas esse ano poderemos fazer mais.

–O jantar está pronto, patrão – disse irritado Monstro.

–Que criatura é aquela? - Bianca sussurrou para o pai.

–Um elfo doméstico. Um pouco inútil para falar a verdade, mas dá para o gasto. Vamos comer alguma coisa baixinha.

–Hey! - a menina protestou.

–Quê? Aposto que não consegue descer e subir desta cama sozinha, de tão pequena que é.

Com as sobrancelhas unidas, a menina se jogou do móvel e fez um pequeno esforço para erguer o corpo e subir de volta, mas não conseguiu. Fingindo piedade, Sirius agitou a varinha e disse:

–Wingardium leviosa.

–Não é justo! - exclamou Bianca enquanto o pai a levitava de volta para a cama.

–É justo, sim. Eu lhe disse que era baixinha – ele sorriu.

A menina deu a língua e Sirius riu mais. Bianca tinha tanto de Elis em si…

–Senhor – Monstro interrompeu-os novamente. - Remo Lupin está na porta.

–Mande-o entrar e convide-o para o jantar – Sirius ordenou rapidamente. - Tudo bem se jantar no quarto hoje? Te explico depois – e saiu sem dar tempo para ela responder.

O homem desceu as escadas apressado, e foi até a sala de jantar, onde o convidado já estava servido.

–Boa noite – disseram juntos polidamente.

–A que devo sua visita? - perguntou Sirius.

–A Ordem precisa se reunir novamente. O garoto Potter recebeu sua carta de Hogwarts este ano e eu pensei em me candidatar ao cargo de professor de DCAT.

–Você é capaz de enfiar nessa cabeça oca que esse cargo é amaldiçoado? - disse Sirius ácido. - Você é um membro valioso demais para se arriscar dessa forma. Faça o seguinte: avise a todos que nos reuniremos aqui e debateremos essa questão juntos.

Comeram em relativo silêncio, até que Monstro fez um prato separado e levou para o andar de cima.

–Onde ele vai com aquilo? - perguntou Lupin.

Sirius suspirou afetadamente. Nunca falara para ninguém -nem para os Marotos – sobre o namoro com Elis, muito menos sobre a filha. Mas se fosse falar sobre Bianca com um deles, com certeza seria James. James está morto, Sirius repreendeu a si mesmo, e é melhor começar a confiar de novo em Remo ou não lhe sobrará ninguém.

–É minha filha – ele falou baixo, como se estivesse envergonhado.

–Posso conhecê-la? - os olhos de Remo brilhavam como uma criança pequena.

–Tudo bem. MONSTRO! Chame Bianca.

Em segundos, a menina quicou escada abaixo e cumprimentou:

–Boa noite senhor…

–Remo João Lupin – estendeu a mão para ela. - Senhorita…

–Bianca Wilker Black – a jovem sorriu.

–Quantos anos tem, senhorita?

–Onze – ela respondeu orgulhosa. - Estou indo para Hogwarts esse ano.

Remo estava encantado com a esperteza da menina e sagacidade – certamente herdadas de Sirius. Ficaram conversando por algumas horas, até que Remo disse:

–Está tarde. Boa noite Sirius, Bianca.

Os dois se despediram do amigo e Sirius disse:

–Hora de dormir.

NO DIA SEGUINTE…

Pai e filha acordaram cedo para fazerem as compras da escola. Quando passaram pela loja de varinhas de Olivaras, encontraram um gigante e um menino que fazia um teste com várias varinhas. Sirius fitava o menino atentamente, como se procurasse gravar sua aparência na memória. Bianca resistiu ao impulso de perguntar quem era ele, faria isso mais tarde. Quando enfim e menino encontrou a varinha ideal, colocou o dinheiro no balcão, deu as costas para o senhor que o atendia e se voltou para Bianca. Trocaram um rápido “oi” e Bianca avançou para o balcão enquanto o gigante e Sirius trocaram olhares.

–Senhor Black – Olivaras chamou a atenção de Sirius.

E começaram os testes. Olivaras falava nomes de materiais que Bianca não conhecia e não deu atenção. Como se a varinha fosse me escolher pelo que tem dentro. No fim, a varinha que escolheu-a foi a de cedro com escamas de dragão.

Passaram em seguida por várias outras lojas, e em todas elas, o garoto da loja de varinhas estava presente. E em todas as vezes, trocaram um rápido “oi” e uma encarada, até que Bianca percebeu um detalhe singular no rosto do garoto: uma cicatriz em forma de raio em sua testa.

–Quem era aquele garoto? - perguntou Bianca quando desaparataram de volta a casa do largo Grimmauld. - Da loja de varinhas? - e todas as outras, pensou.

–Meu afilhado – Sirius respondeu simplesmente querendo evitar outras perguntas.

–Porque não falou nada para ele?

–Por que ele não sabe que sou padrinho dele – disse ele, chateado.

Bianca queria fazer algo para melhorar o ânimo do pai. Em alguma das lojas, o gigante comentara com o vendedor que o menino ia começar os estudos em Hogwarts naquele ano, então Bianca poderia tornar-se amiga dele e convidá-lo para ir à sua casa, sem interesse nenhum, é claro.

–Eu poderia dar um jeito nisso para você. E até cuidar do garoto que a Ordem quer proteger.

Uma ideia lampejou na cabeça de Sirius, mas ele a reprimiu. Já perdi James e Lily, não vou arriscar Bianca.

NAQUELA NOITE…

Todos os membros ainda vivos da Ordem chegaram na casa de Sirius e Bianca, e ficaram entusiasmados em saber que Sirius tinha uma filha. Encheram a menina de perguntas sobre a mãe, e ela as respondeu com muito cuidado. Quando Bianca estava com os olhos marejados, Sirius se pronunciou:

–Vamos começar isso logo. Eu os convoquei aqui esta noite porque neste ano, Harry Potter, o menino que sobreviveu, iniciará seus estudos em Hogwarts. Poderemos “vigiá-lo” mais de perto. Continua lecionando lá, Severo?

–Sim, continuo – respondeu mal-humorado um homem de nariz grande e curvado.

–Conseguiu preencher o cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Alvo?

–Sim, Quintino Quirrell se candidatou e eu o aceitei.

–Meus pêsames para ele – Sirius riu. - Mas já que estamos falando de professores, acho que podíamos colocar um de nós, alguém em que Harry pudesse confiar de cara, para que ficasse de olho nele.

–Acha que não consigo fazer isso? - perguntou Severo.

–Lamento colocar desta maneira, Ranhoso, mas você não inspira confiança. Falava de alguém como Lupin.

–Você sabe muito bem que não podemos deixar alguém como ele dar aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas.

–E se colocássemos um aluno para fazer isso? - sugeriu uma mulher de cabelos rosa berrante. - Alguém como a Bianca?

Eu poderia dar um jeito nisso para você. E até cuidar do garoto que a Ordem quer proteger, dissera Bianca horas antes. Mal sabia ela que o afilhado de Sirius e o protegido da Ordem eram a mesma pessoa. Ao lado do pai, a menina assentiu à sugestão da mulher, e Sirius perguntou:

–Você quer fazer isso, filha?

–Sim, quero.


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