Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 4
Bianca's dreams


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!



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Bianca ia se apresentar, mas um comunicado se fixou no mural da casa por magia.

Os alunos estão liberados para visitarem suas casas aos finais de semana. Lembrem-se de reservar lugares no trem.

Bianca pediu uma pena emprestada a uma menina e escreveu seu nome na primeira linha da lista de reservas, sendo seguida por Fred e vários outros alunos. Depois de assinar seu nome, Fred puxou assuntos com ela, e um ruivo baixinho, da idade de Bianca, meteu-se entre os dois, dizendo para ela:

–Rony Weasley – estendeu-lhe a mão.

Bianca não entendera porque ele se apresentara se eles haviam se encontrado no trem dois dias antes.

–Veja isso – ele tirou dos bolsos seis bolinhas de plástico coloridas e começou a jogá-las para o alto.

Bianca já vira trouxas fazendo malabarismos como aquele nos semáforos do Brasil, mas de repente, as bolinhas começaram a pegar fogo, algo que a menina nunca vira. Fred passou por trás da dupla, assoprando as bolinhas e apagando-as.

–Um conselho, irmãozinho – disse ele, piscando para a Black -, esse truque não impressiona.

Rony ficara chateado ou era impressão?

–Eu gostei – um sorriso lampejou pelo rosto de Rony. - Foi muito legal. Obrigada pelo show.

Harry chegara na sala e se jogara no sofá. Bianca o copiou. Estranhando a multidão de grifinórios no canto da sala, ele perguntou:

–O que deu em todo mundo?

–Nos deram permissão para ir para casa. Devia se inscrever antes de acabarem os lugares. Quer dizer, sua família deve sentir sua falta.

Bianca sabia que pisara no “calo” de Harry. Tudo que o moreno mais queria era ter uma família que o acolhesse de braços abertos quando ele voltasse da escola e que o aceitasse como era. Pensando bem, ele não tinha para onde ir e Bianca parecera tão receptiva. Será que a família dela seria como ela? Porque não testar?

–Eu… posso ir para a sua casa no fim de semana?

–É claro – ela sorriu de canto, o que lhe dava um ar misterioso.

Ela se despediu do amigo, que foi correndo colocar seu nome na lista, e rumou para seu quarto, para escrever a Sirius.

Sirius Órion Black,

Obtive licença para ir para casa neste fim de semana e levarei Harry comigo.

Alerte a Ordem,

Bianca W. Black.

Sirius quase saltitou ao ler a carta da filha e enviou um recado para os membros da Ordem. “Bianca virá para casa com Harry. Preciso de aurores para fazerem a proteção”. Em segundos, Remus e Tonks bateram à porta da casa.

–Faltam quatro dias para ela chegar – disse ele.

–Estamos estudando a área – disse Lupin. - E então, vai nos deixar entrar?

Sirius deu um sorriso de canto igual ao da filha e liberou a passagem aos amigos.

–Podem ficar com o quarto da esquerda – ele disse. - Já contaram para os pais da Ninfadora?

O cabelo da mulher adquiriu um tom vermelho escarlate, antes de ela reclamar:

–Ninfadora é a sua mãe. Meu nome é Tonks.

Sirius tapou a boca com a mão, abafando a gargalhada.

–Mas sério, quando vão contar?

–Segunda à noite. Jantaremos na casa deles – disse Tonks, o cabelo voltando à cor normal.

–Estão morando juntos?

–Na casa que meus pais deixaram para mim – respondeu Lupin.

Sirius olhava o casal admirado. A única mulher que ele amara morrera misteriosamente deixando apenas a filha. Sirius amava a menina, mas não era um amor carnal, como aquele que um dia sentira por Elis, claramente. Mas sentia falta do bom humor da menina agitando a mansão, fazendo com que Monstro tivesse uma função como um elfo decente.

–Ei Sirius, eu estava falando com você – Remus estalou os dedos no rosto do Maroto. - Onde estava com a cabeça?

–Lugar algum. De que falava?

Remus retomou a fala, mas Sirius “viajou” de novo. Estava em Hogwarts, na sala comunal grifinória, no quarto das meninas – onde nunca pisara na época de estudo – sentado na cama da filha ao lado dela, observando-a ler.

–Oi filha.

–Oi pai – ela respondeu tranquilamente, até notar que não passava de uma ilusão. - Isso é real?

–Mais ou menos. Se me tocar, eu desaparecerei, como se fosse feito de fumaça, mas pode falar comigo como pessoalmente.

Bianca hesitou. Tinha uma pergunta guardada em sua mente, e queria fazê-la, mas não a uma ilusão feita de fumaça.

–Porque aceitei tão fácil que era sua filha?

–Por que você já sabia – ele riu. - Elis andava segura pelas ruas com você, porque sabia que eu não ia abordá-la.

–Porque não me procurou?

–Amor e respeito a ela.

Era uma motivação bonita. Sirius era curioso, conforme ela constatara no mês em que moraram juntos, mas conseguiria guardar tudo aquilo por onze anos, até o dia que ela foi parar naquele hospital. A maçaneta girou, e Bianca abanou a fumaça com as mãos.

–Nos falamos depois – Sirius deu uma piscadinha.

Quem entrou foi Hermione, que viu os vestígios da fumaça mágica. Com um sorriso, a menina se jogou na própria cama e abriu um livro. Bianca se endireitara e adormecera, embalada pelo som da voz do pai, que cantava uma música que ela nunca ouvira porém gostara.

Aí você me pergunta, como Bianca ouvia Sirius cantar para ela a quilômetros de distância? Dumbledore desenvolvera um feitiço capaz de transformar a voz de alguém para a mente de outra, e dera permissão a Sirius para testá-lo com Bianca.

A menina adormeceu, mas seu sono foi perturbado por uma voz silvante que dizia a todo o tempo: A Pedra… me entregue a Pedra… Isso provocava gemidos de medo em Bianca. À alta madrugada, Hermione se levantou e foi dormir na sala comunal. Fred acordou cedo, e estranhou ver a morena dormindo em um sofá.

–Huh… bom dia Fred – disse ela.

–Bom dia Mione. Aconteceu alguma coisa?

–Bianca está gemendo meio alto. Algo sobre uma pedra.

Fred era um rapaz brincalhão, mas sua inteligência não servia apenas para traquinagens. Fred era esperto para tudo.

–Ela está suspirando sobre a Pedra da Ressurreição e você ignora? Pelo amor de Merlim, Hermione.

Os olhos da morena se arregalaram. Ele estava certo. A morena jogou as cobertas no chão e correu de volta ao dormitório, onde Bianca ainda dormia.

–Bia… - chamou Fred. - Bianca, acorde.

–O que foi? - ela respondeu, sonolenta.

–Você sabe algo sobre a pedra da qual estava falando? - questionou Hermione.

–Não sei… quantas pedras especiais existem no mundo bruxo?

–Duas. A Pedra Filosofal, criada por Nicolau Flamel e que concede a vida eterna e a Pedra da Ressurreição, criada pela Morte e que ressuscita pessoas. Qual dessas era?

Bianca fitou a amiga morena. Ela não lembrava de muitas coisas, apenas a mão pequena e seca e os traços do rosto. Um rosto sem nariz.

–Er, Bianca, por favor, não fale sobre isso para nenhum professor, está bem? - Fred pediu. Ela assentiu. - Se falar, eles a obrigarão a beber poção do Sono Sem Sonho e precisamos que continue sonhando. Minha cama estará à disposição sempre que eles lhe incomodarem – ele sussurrou a última parte.

Ela assentiu de novo. Hermione viu Harry entrar na sala comunal, seguido por Rony, que perguntou:

–O quê, em nome de Merlim faria-os acordar cedo em uma manhã de quarta-feira, em que a primeira aula da maioria aqui presente é História da Magia?

–O quê, em nome de Merlim, te faz tão eloquente a essa hora da manhã? - Fred caçoou.

–Está na hora do café – o ruivinho reclamou. - Vou me vestir.

Assim que Rony saiu de vista, Harry perguntou:

–O que você tem, Bianca?

–Tive um sonho ontem à noite.

Harry tirou a franja da testa, exibindo a cicatriz que Voldemort lhe deixara.

–Eu também sonho. Ele me ameaça. Diz que vai machucar meus amigos… Teve uma noite em que vi um homem. Nunca o vi na vida, mas no sonho o conhecia e gostava dele. Voldemort dizia que ia matá-lo se ele não dissesse onde estou, mas ele se manteve firme, e guardou o segredo até ser morto com um Avada Kedavra .

Fred e Hermione se entreolharam. Tinham que tomar conta de Harry e Bianca, e descobrir porque sonhavam com Lorde Voldemort.

–Temos que ir – disse Fred. - Café.

Os quatro grifinórios chegaram ao salão principal e encontraram Rony na mesa da casa entupindo-se de comida. Harry notou algo na mesa da Sonserina. Draco Malfoy estava chamando-o?

–Vou ver o que Draco quer – disse para os amigos. Fingiu que não era anormal um menino vestido de vermelho e dourado (um grifinório) estar entre várias pessoas usando verde e preto (sonserinos). - Oi Draco.

–Oi Harry – disse ele, simpático. Bem diferente daquele que conhecera na loja da Madame Malkin. - Se importa de comer comigo hoje? Queria conversar com você.

Harry se sentou no lugar indicado ao lado do loiro e encheu um copo de suco de abóbora.

–Er… me desculpe por aquele dia na loja da Madame Malkin. Estava nervoso e meu pai estava matraqueando no meu ouvido desde cedo. Não quis ser estúpido. Será que podemos começar de novo? Ser amigos?

O moreno assentiu. Draco era de fato um menino simpático, conforme demonstrara naquela refeição. Se separaram apenas no fim do café, quando Harry disse:

–Tenho aula de História da Magia.

)))

–O que ele queria?- perguntou Hermione quando ela, Harry, Rony e Bianca iam para a aula do prof. Binns.

–Queria pedir desculpas por… um incidente que tivemos na loja da Madame Malkin.

O grupo entrou na sala e se acomodou. Bianca abriu o caderno e registrou o sonho que tivera, poderia ser útil mais tarde.

Bianca assistiu a aula de Poções com máxima atenção, mas Severo notou as olheiras e o olhar perturbado.

–Srta. Black – chamou -, fique mais um pouco, sim?

Sonserinos e grifinórios se retiraram, deixando a menina e o professor. Ele tomou a liberdade de colocar uma mecha do cabelo dela para trás da orelha. Um gesto fofo, considerando que Severo era conhecido na Ordem por fazer jus ao nome.

–Dormiu bem? - ele perguntou com um sorriso doce.

Er, Bianca, por favor, não fale sobre isso para nenhum professor, está bem?, pedira Fred mais cedo. Se falar, eles a obrigarão a beber poção do Sono Sem Sonho e precisamos que continue sonhando. Porém algo nos olhos de Severo dizia: confie em mim. Bianca decidiu confiar.

Depois de ouvir tudo, Severo disse:

–Não entendo porque ele atormenta você quando tem o Potter para torturar, e pode acreditar, eu conheço bem os dois lados dessa moeda. Façamos o seguinte: depois do jantar, volte a esta sala. Vou lhe ensinar Oclumência.

Recuse, disse o lado grifinório de sua mente. Aceite, disse o lado que gostava de estar com Severo. Unir os dois, pensou Bianca. Posso ter as aulas, mas não preciso aplicar o que aprender.

–Certo – disse ela. - Estarei aqui.

Carinhoso, Severo beijou-lhe a mão e deixou-a ir. Tinha um tempo livre antes do almoço, então ela foi para a sala comunal, onde encontrou seus amigos.

–O que deu em você? - perguntou Fred. - Voltou só agora da aula de Poções!

–O que deu em você? - Bianca questionou, irritada. Odiava ciúme possessivo. - Quem acha que é? Meu pai?

Sem esperar uma resposta, ela foi para o quarto e ele fez o mesmo. Rony e Hermione, que observavam a cena, estavam convencidos de uma coisa: Fred gostava de Bianca.

–Ele gosta dela – disse Mione.

–É. Muito-Rony completou.


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