More than Friends escrita por mr cupcake
Notas iniciais do capítulo
E tá aí mais um capítulo, gente! Eu sei que falei que cada dia sairia um capítulo, mas consegui arranjar um tempinho e resolvi escrever mais um cap. Espero que gostem.
Reeyn, já sabe, né? Obrigado por me inspirar.
Conseguimos separar nossos lábios bem a tempo, porque todo mundo virou para trás para ver quem tinha chegado. Ninguém viu aquela cena, exceto uma pessoa: Sam. O professor se aproximou de mim e perguntou:
– Então, garoto, como vai seu nariz?
– Bem, como o senhor pode ver, a enfermeira colocou um pouco de algodão, para estancar o sangramento. - Respondi.
– Que bom, garoto, não queremos os corredores de nossa escola com poças de sangue. - Ele falou, sério. - E quanto ao seu óculos?
– A pedagoga falou que não pode fazer nada a respeito. - Eu disse, com um sorriso.
– Garoto, você quebrou seus óculos e você me aparece com esse sorriso no rosto? - Ele perguntou, confuso.
– Não fui eu quebrei meus óculos, professor, foram esses idiotas. - Eu falei. Alto o suficiente para todos ouvirem. Na hora senti um par de olhos olhando para mim, obviamente era da pessoa que jogou a bola.
–Tá, tá, mas porque você está com esse sorriso no rosto? - Ele perguntou.
– Josh, explique. - Eu disse, olhando para Josh.
– Professor, eu me ofereci para comprar um par de óculos novos para o Chris. - Ele falou, sorrindo.
– Josh, isso não vai te trazer problemas financeiros? - O professor perguntou.
– Não, professor, eu tenho bastante dinheiro. - Ele disse, ainda sorrindo.
– Tudo bem, então. - O professor falou.
Então, o sinal bateu. Terceira aula: Artes. Adoro artes. É a nossa "aula de tempo livre", por conta de que a gente pode ficar perambulando pela sala inteira e conversando o quanto quiser, a professora vê e não fala porcaria nenhuma. A caminho da sala, cheguei perto de Sam e falei:
– Sam, sobre aquilo que você viu quando eu o Josh estávamos voltando da quadra, guarde segredo, garota! Se meus pais e os pais do Josh souberem, estamos completamente fodidos.
– Pode ficar tranquilo, Chris. Eu vou ficar quieta. - Ela respondeu, rindo.
– Que bom, menina. Agora vamos para a sala. - Eu falei.
Então cheguei perto de Josh e o arrastei para um canto. Eu disse:
– Já falei com a Sam, ela vai ficar de bico fechado.
– Que bom, cara. Não quero a escola sabendo que o garoto mais popular do colégio é gay. - Ele respondeu, um pouco preocupado.
Dessa vez, fui eu que beijei ele. Passei as mãos pelo seu cabelo macio e o larguei.
– Tá louco, cara? E se tiver alguém nos olhando? - Ele disse.
Quem vai estar nos olhando? Já está todo mundo na sala. Nos entreolhamos e dissemos juntos:
– A AULA JÁ COMEÇOU!!
Então saímos correndo para a sala de aula. Por sorte, a aula não tinha começado. Nos sentamos e esperamos a professora vir. Mas então todo mundo se levantou e começou a virar a sala de cabeça para baixo. A professora não chegava nunca, cheguei a pensar que ela tinha caído no meio do caminho e desmaiado. Fui até a carteira de Josh e comecei a perguntar quando nós íamos para uma ótica comprar um óculos. Hoje era sexta-feira, então ele disse que podíamos ir amanhã mesmo, porque não tinha aula. Do nada, a sala inteira começou a gritar para nós:
– CASALZINHO! CASALZINHO! CASALZINHO!
No meio da baderna, gritei:
– Sam, você contou tudo?
– Não, Chris! Eu juro! Eu não falei nada! - Ela respondeu, quase chorando.
– Então quem falou? - Josh perguntou.
– EU CONTEI! HAHAHAHA! - Matt falou, no meio da multidão de pessoas.
– Matt? Porque você fez isso? - Eu perguntei.
– Porque eu posso! Eu não aguento ver dois gays se pegando. Eu vi vocês na quadra, se beijando! Idiotas. Tisc tisc... - Ele respondeu, todo mundo ouviu, e sua resposta foi seguida de risos e zoações.
Comecei a chorar, e Josh me consolou. Ele disse que Matt é só um idiota que se acha o esportista. Matt viu que eu estava chorando, chegou perto de mim e falou:
– Aaah... vai chorar, bebê? Magoei seus sentimentos? Que peninha, não é? QUE SE DANEM SEUS SENTIMENTOS. Idiota. Nerd idiota.
Josh deu uma porrada no nariz de Matt, que começou a sangrar. Matt retribuiu o soco, mas Josh não sangrou. Então Mike interveio. Ele deu um chutão nas bolas de Matt. Matt caiu no chão, ele gemia de dor. Mike disse para mim e para Josh:
– Ninguém mexe com vocês, caras.
Eu olhei para baixo, na direção de Matt, e falei:
–Oh, parece que o jogo virou, fortão. Agora, sinta a dor que eu senti quando você me humilhou, idiota. - Dei mais um chute nas batatas dele, um pouco mais fraco que o de Mike. Mas foi suficiente para ele dar um grito de dor.
– Você vai pagar, Chris. Tenha certeza disso. - Ele disse, com ódio no olhar.
Então, todos nós sentamos e deixamos Matt sofrer, caído no chão. E nada da professora chegar. Então, a pedagoga chegou na sala e disse:
– Sua professora de Artes não veio. Estão liberados.
A pedagoga não viu Matt no chão. Então saímos. Eu estava arrependido do que fiz, então ajudei Matt a se levantar. Me sentindo culpado, eu disse:
– Me desculpe, cara. Não me segurei. Não aguento ver gente mexendo com o Josh.
– Tá tudo bem, cara, eu te perdoo. Meu nariz. Me ajude com ele. Me desculpe pelo Josh, não sei o que deu em mim. - Ele disse.
– Não se preocupe. Eu te perdoo. O verdadeiro problema agora é que tá todo mundo sabendo. Vamos para a enfermaria, Matt. A enfermeira vai te dar alguma coisa. - Eu respondi.
– Tá bem, vamos lá então. - Ele disse.
Quando chegamos na enfermaria, a enfermeira repetiu o processo que fez comigo, pegou algodão, fez uma bolinha e colocou no nariz de Matt. Depois saímos. Encontrei Josh e fui em direção a ele, com Matt ao meu lado. Josh, ao ver Matt, disse:
– O que você está fazendo aqui, seu fofoqueiro?
– Ele veio se desculpar, Josh, ele sente muito. O perdoe, por favor. - Eu falei, olhando para Josh.
– Tudo bem, Matt, eu te perdoo. Mas você precisa me ajudar a manter a boca dos nossos colegas fechada. - Josh respondeu. Os dois trocaram um abraço e fomos caminhar pelo colégio.
Tarde demais. Assim que Josh terminou de falar, ouvimos a voz da pedagoga no alto falante:
Joshua Washington, Christopher e Matthew. Compareçam a diretoria IMEDIATAMENTE.
Soubemos que estávamos ferrados. Mas não tínhamos escolha. Fomos caminhando rumo a diretoria...
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