Anjo ou Fera escrita por Giovanna


Capítulo 51
Capítulo 51 - There is no way.




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ANNIE POV.

Essa situação perdeu o rumo, o sentido. É como se não existisse ninguém mais. Como se toda a minha consciência esquecesse do Scott, da Maya e todo o resto. Como se o meu coração estivesse a mil por hora, desde daquele maldito beijo que sinto coisas estranhas sempre que Austin se aproxima. Mas ele nunca precisou saber disso, sempre controlei, porque nunca o tive por perto.

Eu quero que ele fique. Quero sentir seu corpo próximo do meu. Quero ouvir suas obscenidades de forma carinhosa no meu ouvido, quero ele gritando comigo, ele me odiando. Mas eu quero ele perto. Eu sei que essa noite pode nunca mais voltar a acontecer. Que pra ele não teve importante, mas o meu corpo e coração andam em conjunto, e ele é importante pra mim, foi maravilhoso, cada toque, o cuidado com ritmo para não me machucar. A forma de ver ele sentindo prazer usando o meu corpo, me fazendo mulher.

— Você foi perfeito pra mim, obrigada! – murmuro deitando na cama, me virando para a parede. — Não vou te encher, você tem razão foi só uma transa, fecha a porta quando sair. – respiro fundo entre lágrimas, com os olhos fechados. — E por favor Austin, não esbarra mais comigo em lugar algum. Eu morri pra você.

Ele sai do quarto batendo a porta com força, que estremece a parede. Me encolho ainda enrolada no lençol que por sinal, tem o seu cheiro muito forte.


AUSTIN POV.

“Você foi perfeito pra mim” saiu do quarto batendo a porta com força. Solto o ar que estava preso. Jogo a calça próximo dos sapatos na sala. E ando de cueca boxer com a mão na nuca. Ela quer me enlouquecer, como morreu pra mim? Agora é que ela está mais viva do que nunca, dentro de mim. Olho para a janela, e posso ouvir ela sussurrando chorando baixinho. Não consigo entender porque me importo tanto, eu não queria trata-la assim. Mas era a minha defesa, é claro que eu também quero dormir com ela, cuidar dela de manhã. Fazer da sua primeira vez, algo próximo do que ela sonhou.

Mas eu não nasci pra isso, eu não sou bom nisso. Eu sei que deveria ter me controlado, isso pertencia ao Scott. Ao meu Brother, mas não resistir, já vinha segurando a cada oportunidade. Como no dia do hotel, no dia em que a atropelei, hoje na boate e aqui agora na casa dela.

Lembro que Scott sempre reclamava que alguém aparecia, que nunca estavam sozinhos. Ao contrário do que acontece comigo e Annie, que sempre estamos só, escondido. Não quero que ela se apegue a mim, não quero que ela pense que temos alguma coisa e nem que vamos ter.

Porque isso não vai acontecer. Foi só uma noite, isso um serviço que fiz para Scott. Assim ela vai liberar pra ele. Serros os dentes ao pensar nessa possiblidade, ela não precisa fazer isso com Scott. Ela é uma menina ainda.

Menina do Scott, do seu brother Austin. Pego o telefone e tem vinte e sete chamadas do Sam. Olho para o relógio e marca 03:30. 05:00 eu vazo daqui. É a última noite, que me aproximo de Annie.

Entro no quarto e ela já está dormindo, enrolada, ainda de calcinha. Me aproximo da cama, sento na cama e entro em baixo do lençol junto com ela. Um anjo dormindo, só dormindo mesmo. Risos.

Coloco o meu braço atrás do seu pescoço, e ela acomoda a cabeça sobre o meu peitoral.

No, don't need these other pretty faces, like i need you.. – sussurro cantarolando enquanto acaricio os cabelos loiros dela.

Fecho os olhos e jogo a cabeça para trás. Foda! Logo essa Austin, tantas no mundo, mas logo essa. Você é o pior amigo do mundo, mas não posso me culpar, quem nunca traiu por atração? Isso, atração, é só corpo a corpo.

Amanhã essa putaria acaba.

[...]

Cochilei algumas vezes, mas não conseguir pegar no sono. A minha consciência não me deixava dormir, sempre lembrando de Scott e toda a galera o que pensaria se soubesse disso. Que não ia nutrir nenhum sentimento. Scott não mentiu quando disse que Annie era diferente, ela é diferente. Eu somente a ataquei desde quando a conheci e essa madrugada ela se entregou pra mim, implorou para que eu ficasse mesmo depois de tudo que eu disse.

Tirei a perna dela de cima da minha devagar. Ela resmungou um pouco, mas logo se afastou. Me vestir rápido. Peguei o tênis na mão mesmo, olhei para o relógio marcava 05:30 em ponto. Desci as escadas rápido, o bom do centro universitário é que só moram universitários não tem coroas bisbilhotando a sua vida.

Assim que cheguei no último degrau, esbarrei em... Assim que levanto os olhos, me assusto ao ver Maya.

— Fugindo da casa da namorada? – pergunta Maya, subindo as escadas rindo. E continuo de costas, respirando aliviado.

Nesse momento agradeci por Peyton morar no mesmo prédio que Annie. Não posso voltar para o red agora, não tenho cara para olhar Scott e nem todo o resto. Entro no carro, jogo o tênis e a camisa no banco e bato com a cabeça no volante.


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