November Rain escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Continuação.



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–Que isso Pepper, foi um prazer, apesar de que trabalhar com Tony ás vezes não é um prazer tão grande assim – ele respondeu e viu que só o que Tony fez foi dar um sorriso de lado, mas ainda totalmente concentrado nela, que apenas riu da provocação do loiro.

–Eu trabalhei com esse cabeça-dura por vinte anos, eu sei como é isso – ela respondeu sorridente, lembrando por alguns segundos as vezes o que foi um verdadeiro inferno trabalhar com o moreno, mas as vezes que a fez se sentir no céu.

–Pepper, posso falar com o Tony por alguns minutos lá fora? – perguntou Steve, ainda não conseguindo atrair a atenção do moreno, apesar de estar todo a ouvidos, mas conseguindo a permissão da ruiva – Vamos – Steve tocou no ombro do moreno, que assentiu, beijou a ruiva nos lábios rapidamente e deixou o quarto com o colega.

–Cara, tive uma ideia – contou Tony fechando a porta e bem animado, sorridente e ansioso.

–Eu também, mas conta a sua primeiro – concordou Cap, passando a mão pela testa.

–Eu poderia ligar para o padre, ligar para as floristas, até mesmo para o bufê, organizar tudo certinho e fazer o casamento na sala de recepção por exemplo – contou Tony para total surpresa do loiro – Pode não ser o casamento dos sonhos, mas estarei a fazendo feliz mesmo assim, é o que importa.

–Eu também pensei nisso, na verdade eu estava aqui para...

–Então você concorda que isso não é uma má ideia? – pergunta Tony, ainda mais animado e nem escutando o que o loiro estava dizendo, assustando um pouco Cap por dentro.

–Não, claro que não, ela vai adorar – ele respondeu e Tony sorriu, animado, agradeceu ao colega e voltou ao quarto, mas antes pedindo para que o loiro cuidasse de tudo, como sempre – Porque isso não me surpreende? – perguntou irônico e sozinho, voltando para a sala de espera aonde Happy também estaria.

O diretor do hospital foi avisado, e concordou depois de pesquisar na receita do hospital as doações que Tony Stark fazia ao hospital só por semana, ele não podia arriscar perder. O bufê também foi avisado, e a floricultura também, porém combinando de trazer um terço do que foi combinado. E os convidados, que confirmaram na hora, já que a maioria ainda estava com o traje.

As enfermeiras que cuidavam da Pepper também foram avisadas, que se animaram com a notícia, e se comprometeram em leva-la até o lugar certo na hora combinada. E o médico também, que também fora convidado ao casamento no hospital. Seria apenas mais uma coisa para alegrar um lugar que tinha sempre um clima tão pesado.

Aos poucos, o bufê chegou, realocou a comida em mesas do refeitório em toda a extensão da parede, as flores foram colocadas em arranjos pendurados no teto para não ocupar espaço, os convidados forma colocados em cadeiras de madeira individuais em fileiras, e ainda pode até ter um tapete que estava na van da floricultura, que disponibilizaram de graça.

Todos estavam animados, até mesmo o pessoal do hospital que se amontoava sorridentes e animados, o Quarteto Fantástico havia ganhado um lugar bem na frente, bem ao lado do Homem Aranha, que acabou amigo de Johnny Storm, o Tocha Humana, que conversavam animados um ao lado do outro para a infelicidade de Bem Grimm, o Coisa.

Steve conversava baixinho com o padre, o mesmo que era responsável pela cerimônia da igreja, que concordou em fechá-la apenas enquanto a cerimônia ali acontecesse. Foi convencido rapidamente ao saber da situação de Pepper, que garantiu que suas orações seriam para ela e os futuros recém-casados.

Natasha Romanoff conversava quieta com Clint Barton, ambos Vingadores, o quanto Tony Stark podia surpreender, nunca pensavam em que suas vidas isso poderia acontecer, e muito menos algo do tipo, típico de filmes de drama que passavam na televisão a tarde, sempre envolvendo um casal apaixonado e uma doença incurável.

Happy bateu no relógio vindo da porta para que Steve pudesse ver, dizia que o tempo estava acabando e que daqui a pouco Pepper seria trazida pelas enfermeiras até ali, o refeitório do mesmo andar do que o quarto dela. Steve concordou, pediu licença ao padre e foi ao banheiro masculino no final do corredor. Sabia que Tony estaria ali.

–Tony, está na hora – anunciou ao moreno, que se olhava no espelho quieto, pensativo. Tony concordou, passou a mão pelo rosto, pegou o paletó e saiu do banheiro bem melhor do que como havia entrado, preocupado e temeroso, pensando se dessa vez também daria errado, se havia alguma coisa maior impedindo deles se casarem.

–Todos vieram? – ele perguntou abotoando o paletó, Steve assentiu caminhando lado-a-lado com ele – Conseguiu fazer tudo isso em uma hora? – perguntou o moreno surpreso e Steve assentiu escondendo o orgulho por ter conseguido essa proeza.

–Só foi usar o telefone, nada mais – respondeu dando de ombros, mas Tony impediu com o braço que Steve continuasse a andar, e sem dizer mais nada, o abraçou batendo em suas costas.

–Obrigado, cara, obrigado – agradeceu, e Steve, surpreso, retribuiu ao abraço. Se separaram e Steve pode ver o quanto Tony estava grato.

–Vamos logo antes que o Aranha invente de pedir ao Tocha alguma coisa envolvendo fogo – brincou o loiro, Tony concordou e chegaram ao refeitório. As pessoas ali presentes cumprimentaram Tony, o parabenizando pela ideia e iniciativa, sem nem saberem que a ideia havia sido de Steve, não Tony, mas que preferiu deixar assim.

O casamento dessa vez seria as cinco horas, como combinado. Faltavam cinco minutos, e Tony sentia a falta das unhas um pouco maiores para roer, mas compensava em bater o pé no chão, na frente dos convidados e atrás do padre, que revirava os olhos com a sempre impaciência dos noivos na hora da cerimônia.

Porém, a música começou mais cedo, uma das enfermeiras avisou da porta que Pepper estava vindo, e Tony se assustou, teria mais tempo para se acalmar, e ela o veria mais nervoso do que o normal, mas tratou de respirar fundo várias vezes.

Pepper se aproximou devagar, amparada por duas enfermeiras, uma de cada lado, apoiando os braços finos da ruiva, que não vestia mais a roupa do hospital, mas sim o simples vestido que havia vindo, branco e soltinho em todo o corpo, para disfarçar a sua magreza extrema. E até os cabelos foram escovados.

Os olhos da ruiva brilhavam de emoção, e soltaram lágrimas ao ver o moreno ansioso na sua frente, e sorriu abertamente e ansiosa para se aproximar dele e abraça-lo, e sem palavras para descrever o quanto estava agradecida por ter alguém tão disposto a dar o seu céu e a sua terra, para apenas oferecer um pouco a mais de chão para ela.

Os passos eram cuidadosos e difíceis, os remédios ainda estavam no seu sangue, ainda se sentia um pouco tonta demais, como quando mexia a cabeça muito rápido. As enfermeiras tentavam apenas se concentrar em Pepper, mas emocionadas demais, deixaram o buquê no quarto por esquecimento.

Por fim, Pepper chegou ao seu destino, bem na frente dos convidados, bem na frente do padre, bem na frente de Tony, que sorria apaixonado pela mulher que havia simplesmente se importado com ele como ninguém havia feito.

Uma cadeira estava posta ali, e Pepper se sentou agradecendo as moças que se juntaram a equipe médica no fundo. Pepper e Tony deram as mãos enquanto o padre começava a discursar. Falando primeiramente sobre o amor, sobre a perseverança e sobre como duas almas feitas uma para outra, eram raras as chances de resultar num amor tão bonito como dos dois.

Os convidados ouviam as palavras do padre com atenção e seriedade, porém Tony e Pepper não, apenas se observavam e era como se nada mais havia ali, era como se só existisse os dois, e de como estavam apaixonados um pelo outro. Qualquer um que ocupasse simples cinco segundos observando o casal poderia notar isso.

Logo chegou a hora das alianças, e depois a do beijo, Pepper se levantou com dificuldade sendo amparada pelo moreno, e não hesitou em tomar os lábios do moreno para si e selar um casamento feito à base de amor, compreensão, persistência e destino.

Todos aplaudiram o casal de pé, vários emocionados e todos contentes ao ver ambos casados finalmente, orgulhosos em participar minimamente de algo tão bonito.

E depois a comida foi servida, foi apenas uma pequena festa servida a bolo de casamento de baunilha, bolinhos de creme com morango, sobremesas delicadas de limão e maracujá, e até algumas bebidas alcoólicas, como cerveja e vinho, nada além disso.

Uma hora depois, os convidados começaram a ir embora, os médicos e enfermeiros se despediram de Pepper, que havia acabado de receber alta. Happy também veio se despedir dos amigos, Steve também, avisando que ficaria na cidade por mais uma semana antes de voltar a Washington.

Mais um abraço foi trocado entre Steve e Tony, extremamente raros entre eles. E mais uma vez, sem dizer uma palavra, foi o suficiente para que Steve soubesse o quanto Tony estava agradecido e feliz, principalmente Pepper, que não hesitou em pedir ao Capitão para que visitasse Tony mais vezes, principalmente quando o moreno não pedisse.

Despedidas feitas, Tony ligou o carro e saiu com Pepper do estacionamento do hospital no subsolo. Porém, na metade do caminho no mais tranquilo silêncio, Tony teve uma ideia. Fez um desvio voltando a estrada principal, voltando para a mansão.

–Não vamos ao aeroporto? – perguntou estranhando Pepper.

–Que tal ficarmos em casa? Só por uma semana – sugeriu Tony, e Pepper sabia bem o que ele queria dizer. Concordou e uniu suas mãos apoiando a cabeça no ombro do moreno, como fazia sempre antes.

Chegaram e casa e subiram as escadas, com Tony carregando Pepper todo o tempo, com a desculpa da tradição popular. E a deixou na cama confortável enquanto trocava de roupa, e voltou com uma bandeja dos doces que Steve havia deixado pronto na geladeira, mas ao ver a ruiva dormindo tão tranquilamente, deixou a bandeja de lado e se uniu a ela nas cobertas.

O resto da semana foi a mais tranquila e prazerosa que já tiveram, foi como uma semana de lua-de-mel em casa. Com ambos saindo da cama apenas para tomar banho, ir ao banheiro, trocar de roupa e coisas assim, mas por coincidência, nunca ao mesmo tempo. Sempre havia alguém esperando o outro na cama.

Palavras carinhosas eram trocadas o tempo todo, beijos e abraços, carinhos e sorrisos, e quando não estavam provocando prazer um ao outro, estavam assistindo a um filme, ou até mesmo lendo algo.

Tony havia abandonado a garagem por completo apenas para focar na ruiva todo o tempo, que provava cada vez com mais certeza, que era mais do que amor entre os dois, que era mais do que o padre havia falado no casamento. Talvez fosse como a fênix, quando morresse, nasceria novamente, talvez não no mesmo lugar, e talvez não da mesma forma. Mas que sempre se provava imortal.

Pepper morreu dormindo exatos sete dias depois de casada, enquanto dormia ao lado de Tony, que não se espantou, e nem se desesperou, apenas beijou o rosto da amada com amor, se levantou da cama e avisou a funerária para que buscasse o corpo.

Todo o tempo se manteve calmo e tranquilo, sempre com o pensamento em mente que havia tido a melhor semana da sua vida, e sabia, pelo olhar dela, que ela havia dito também, mesmo que tenha sido sua última.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo: Epílogo.



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