November Rain escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Continuação.



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Flashback~off

– Tony, eu sinto muito - disse Steve assim que Tony contou a notícia de que Pepper estava doente.

– Eu sei, eu sinto mais - ele diz enquanto assina mais um documento de uma grande pilha de papeis ao lado da mesa, e todos ele vai ter que assinar.

– Como ela está?

– Chorando, arrasada. Ver ela chorando é horrível para mim, ainda mais quando eu não posso fazer nada.

Steve bateu no ombro de seu amigo e deu um sorriso amigável.

– Leve ela para algum lugar especial, para vocês dois - sugeriu o loiro.

Tony revirou os olhos.

– Você não acha que eu já tentei? Toda vez que eu chamei ela, ela negou!

– Porque?

– Ela tem vergonha. Dá para acreditar?

– Faça algo que ela goste, Tony. O que ela gosta de comer?

– Eu não vou cozinhar para ela.

– Não é cozinhar. Mas o que ela gosta? Filmes, música.

– De filme... Eu não sei.

– Flores?

Tony negou com a cabeça.

– Livros.

O moreno deu de ombros.

– Assim não dá Tony! Você não sabe nada dela.

– Sei sim, ela é alérgica a morangos - gabou Tony.

Steve bufou e bateu a mão na testa.

– Pronto, perfeito! Dá morangos para ela, faça ela ter uma reação alérgica! Ela vai ficar radiante - falou Steve ironizando.

Tony revirou os olhos pelo ataque de pelanca dele, e reclamou mentalmente o porquê de ainda estar conversando com ele, um cara virgem de quase cem anos.

– Você a ama? - perguntou o Capitão.

–Claro que amo - respondeu Tony obviamente.

– Então demonstre! Não adianta só amar, tem que demonstrar!

Tony ficou a pensar do que o Steve disse enquanto o mesmo saia da sala aonde os dois estavam.

Flashback off~

Desde aquele dia, Tony ficou a pensar no que o Velhote disse, todos os dias, e todos os dias ele tentou arranjar uma maneira perfeita de faze-la feliz, mas não momentaneamente, pelo menos por um dia inteiro. E então, teve uma ideia, genial, mais genial do que a da armadura do Homem de Ferro.

Depois que Tony e Pepper se distanciaram, ele a levou de volta para o quarto e pegou a arma (ou armas) e as levou para a oficina. Aproveitou e pegou o celular e discou o número do Picolé/Steve.

–Alo?

– Olá Picolé! - disse enquanto brincava com uma bolinha e a jogava na parede por não ter nada o que fazer, tedio puro.

–Tony?

–Não, Papai Noel! - ironizou o moreno enquanto jogava a bola com mais força contra a parede -Claro que sou bobão!

– Ah tá. Mas porque você me ligou?

– Lembra do nosso papo de... Duas semanas atrás?

– Sim lembro. Mudou de ideia, foi?

– Não, tive uma ideia.

– Que ideia?

–Fazer um dia Pepper. Fazer tudo o que ela gosta, de fazer, de comer, de assistir, mesmo que seja aqueles filmes femininos com açúcar em excesso.

– E onde eu entro nisso?

– Simples, com as ideias.

Do outro lado da linha, escutou a risada do loiro e bufou enquanto mudava de parede para jogar a bolinha.

– Vai me ajudar ou não?

– Você não acha que está muito grandinho para precisar da minha ajuda não?

– Eu sei, mas você é bom nisso. Você sabe o que passa na mente maluca delas! Você entende tanto que é quase uma - disse e já podia imaginar a cara do loiro.

– Muito engraçado, mas não, arranje você.

– Me ajuda Steve! - Tony quase não conseguia acreditar que estava implorando por ajuda, principalmente para ele - Eu não faço ideia, eu só tive a ideia de reunir tudo o que ela gosta num só dia, mas não sei o que reunir.

E então, Tony escutou o silêncio vindo do outro lado da linha.

– Alô?

Estou pensando Tony.

–Ata.

– Eu aceito, mas com algumas condições.

– Quais?

– Não quero apelidos.

– Tá - ele concordou.

–Não quero que você judie das minhas ideias, se não gostou, apenas diga.

–Tá - disse Tony impaciente.

–E... Quero que você me ajude com uma amiga... - disse ele tímido.

–O quê?! - disse ele surpreso e esquecendo da bolinha, que quicou na parede e o acertou, esquecendo de pega-la. Ele gemeu aonde a bola lhe acertou, no olho esquerdo.

–O quê? Surpreso demais?

– Não só... Deixa pra lá - disse enquanto tampava o olho que nem conseguia abrir mais, e amaldiçoando a bolinha - Eu te ajudo, mas depois. Você vem quando?

–Como assim?

–Você vai vir aqui, em Malibu. Mandarei um jatinho ir te buscar, ok? Tchau! - e desligou antes que Steve pudesse que pudesse protestar.

Bufou e girou a cadeira e foi ao minibar pegar uma bebida, uma de várias ao longo da semana. Pegou o copo vazio e despejou uísque de quase dezoito anos e colocou gelo, e viu no reflexo no balde, os ferimentos que Pepper cuidava sempre nele depois de treinar com o Happy.

Flashback on~

–Dessa vez foi feio - comentou Pepper enquanto limpava o sangue da testa dele com uma gaze.

–Eu sei - disse fazendo uma careta, o ferimento ainda ardia.

– O que houve dessa vez?

–Um soco cruzado - respondeu observando o rosto de sua namorada, tão cuidadosa com alguém tão relaxado com si mesmo.

– Vocês dois ainda vão se matar - ela disse e ele sorriu.

–Acho que só ele - respondeu convencido e ela sorriu.

–Agora vai arder - ela avisou e ele travou o maxilar.

Pepper mergulhou o algodão no mertiolate e Tony soltou um gemido de dor.

–Esqueci o quanto isso ardia - falou.

Pepper sorriu e colocou o curativo.

– Viver com você tem que ser formado em enfermagem - alfinetou enquanto Tony se sentava no sofá.

–Por isso que você é incrível - respondeu a puxando e a beijando perdendo seus dedos nos cabelos ruivos/loiros.

Flashback off~

Tony subiu para o quarto, já era quase três da manhã, ficou o tempo todo fazendo coisas, construindo, consertando e as testando. Abriu a porta do quarto devagar e a viu de costas para ele na escuridão do quarto, coberta pelo lençol. Sorriu e se deitou ao seu lado envolvendo sua cintura com seus braços.

–Oi - ele falou no seu ouvido.

– Oi - ela respondeu com uma fungada, estava chorando enquanto ele não estava.

Ele deu um sorriso de lado enquanto ficava por cima dela, sustentado pelos braços e olhando para seus olhos novamente vermelhos.

Limpou seu rosto delicadamente e ela sorriu com o toque doce dele.

–Amanhã - ele começou e ela prestou atenção - Quer sair comigo?

–Tony... - ela disse o advertindo.

–Pepper... Só uma vez. Você ficou o tempo todo enfiada nessa casa. Precisa tomar um ar respirar ar fundo, ver pessoas.

–Eu sei, mas não consigo - falou pegando na mão dele e olhando para seus olhos.

– Mas não vamos sair, ir numa festa. Podemos ir naquele restaurante que você adora - sugeriu e sorriu - Posso mandar todas as pessoas saírem para podermos ter privacidade.

–Sei não... - respondeu duvidosa.

–Eu vou estar com você, independente do que aconteça - ele falou firmemente e ela sorriu.

–Tudo bem - ela acariciou o rosto do moreno que segurou sua mão e sorriu - Obrigada.

–Não precisa agradecer, faço de tudo para fazer você sorrir.

E então, Pepper lhe deu um selinho antes de se virar e ele abraçar seu corpo afundando seu rosto em seus cabelos com cheiro de cocó.

No dia seguinte...

Enquanto Tony esperava Pepper terminar de esperar, a mesma estava a procurar um vestido, mas um que não caísse quando ela o vestisse, estava tudo muito largo.

–Está pronta? - perguntou Tony batendo na porta.

–Não - ela falou enquanto vestia um vestido tubinho azul escuro de um lado só, mas mesmo sendo um vestido extremamente apertado, estava largo nela - Todas as minhas roupas estão largas! - ela avisou.

Tony respirou fundo e entrou no quarto.

–Não está tão ruim, você fica linda nesse vestido - ele disse se aproximando dela e colocando as mãos em sua cintura.

–Eu ficava Tony! - ela corrigiu retirando as mãos dele, que a encarou confuso - Eu perdi quase dez quilos, Tony! - ela falou assustada enquanto andava ao banheiro.

–Mas você não queria emagrecer? - ele perguntou brincalhão enquanto ela se trancava no banheiro.

–Tony! - ela gritou reclamando e ele suspirou.

–Não precisa ir de vestido.

–Eu sei, mas o para problema é que eu já experimentei tudo! Os vestidos eram as últimas peças.

–Tudo? - ele perguntou assustado enquanto ela destrancava a porta e saia de roupão e o vestido nos braços o jogando na cama de qualquer jeito, onde havia quase todo o guarda-roupa dela - Mas você tem milhares de roupas! - exclamou.

–Mas está tudo largo!

Tony suspirou e pegou o celular.

–Vou chamar aquela sua amiga que é dona de uma boutique, é. Carla! Você escolhe algo que dê em você.

–Não, não precisa. Eu não quero vê-la. Eu me viro – ela disse se sentando na cama de cabeça baixa olhando para as próprias mãos que repousavam em seu colo, enquanto o moreno voltava a guardar o celular no bolso e suspirar. Ele se senta ao seu lado e beija o topo de sua cabeça.

–Tudo bem – ele sorri e ela retribui com um sorriso de lado.

Ele levanta e saí pelo quarto desejando que tudo isso passe, o mais rápido possível.

–Pepper! – ele grita pela terceira vez no pé da escada chamando por ela. Ele já estava pronto havia meia hora, e Tony Stark não é muito bom de esperar.

Ele sabia que Pepper estava bem pois Jarvis havia o informado que ela estava bem, apenas com dificuldades em escolher um vestido.

Ele bufa e se senta no sofá voltando a pegar o celular e a jogar o jogo de corrida que havia parado. Em seguida, ouve saltos descendo a escada e ele sabe que é ela, virar a cabeça e a vê, com um leve sorriso no rosto esperando uma aprovação dele.

–Então... O que acha? – ela pergunta descendo os últimos degraus e andando em direção a ele.

–Eu gostei... Mas não acho que favoreça o seu tom de pele – ele brinca e ela sorri beijando seus lábios.

–Vamos? – ela pergunta sorrindo.

–Claro – ele retribui ao sorriso e a leva para a garagem.

–Senhor Stark, por aqui – pede o funcionário do restaurante o levando para a melhor mesa do lugar, claro, o restaurante estava vazio, não tinha ninguém além deles como clientes.

–Obrigada – agradece Pepper ao funcionário que empurra a cadeira gentilmente para ela se sentar.

Ele entrega os cardápios e o casal dá uma olhada.

–Eu vou querer o de sempre – diz Tony fechando o cardápio e entregando ao rapaz jovem que está atendendo aos dois. Ele acena com a cabeça concordando.

–E a senhora? – ele pergunta a Pepper que ainda olhava o cardápio indecisa.

–Acho que... O de sempre está bom também – ela diz e entrega o cardápio também.

–Tudo bem. Alguma coisa para beber?

–Uma garrafa do seu melhor vinho – diz Tony.

–Eu vou querer um suco de laranja.

O rapaz acena com a cabeça e saí indo em direção a cozinha.

–Você esqueceu que não posso tomar álcool não é? – ela pergunta já adivinhando.

–Hãm... Aham! - ele concorda com a cabeça e ela revira os olhos.

–Vai tomar uma garrafa sozinho então?

–Acho que sim – ele dá de ombros e ela sorri pegando sua mão por cima da mesa.

–Obrigada pelo o que está fazendo, eu precisava mesmo sair um pouco de casa – ela diz com um sorriso leve e descontraído no rosto.

–Não precisa agradecer Pep – ele sorri.

Ela relaxa na cadeira aproveitando a brisa da praia e contemplando a vista que tem para o mar, o lindo mar azul de Malibu. Então que, percebe pequenas movimentações estranhas ao redor da praia.

–Tony, o que é aquilo? – ela pergunta preocupada, esperando não ser o que ela acha que é.

–O que é? – ele pergunta procurando o ponto em que ela está se referindo.

–Ali – ela aponta e ele bufa revirando os olhos.

–Alguém vai perder o emprego hoje – diz ele levantando-se – Pepper, melhor você ir ao banheiro enquanto resolvo isso – ele pede e ela concorda.

O moreno respira fundo e pega o celular e disca o número do homem responsável pela segurança naquele momento.

Senhor Stark, o que posso ajudá-lo? – pergunta a pessoa do outro lado da linha.

–O que paparazzis estão fazendo na frente do restaurante escondidos na praia? – ele pergunta quase esmagando o celular

Senhor, a praia é um lugar público. Nós só podíamos...

Não me interessa! – ele diz interrompendo ao segurança chefe – Dê o seu jeito – ele desliga o celular antes que o homem pudesse responde-lo. Faz outra ligação, dessa vez para sua nova assistente, substituindo a Pepper.

Senhor Stark – diz ela prontamente.

–Demita o chefe de segurança – ele diz seco e desliga indo em direção ao banheiro feminino, mas para na porta – Pepper... – ele bate na porta três vezes.

–Sim? – ela abre uma brecha o suficiente para vê-lo.

–Consegui resolver – ele sorri orgulhoso.

–Sem demissões? – ela pergunta e ele murcha o sorriso. Ela suspira e saí do banheiro.

–Somente uma dessa vez – ele justifica e ela sorri.

–Melhor irmos para casa... – ela diz e ele suspira.

–Mas acabamos de chegar! Não ligue para isso Pepper.

–Eu não quero que eles me vejam desse jeito! – ela fala um pouco mais alto.

–De que jeito Pepper? Você está linda!

–Não para mim, só para você. Mas pergunta para qualquer um! Eu estou horrível Tony! Pele e osso! – ela reclama falando cada vez mais alto.

–Qualquer um que diga que você está feia, morre cinco segundos depois. E não importa o que os outros digam, você é a mulher mais linda que eu conheço – ele diz sinceramente e ela suspira.

–Quero ir para casa – ela pede e ele fecha os olhos.

–Tá! Tudo bem. Vou pegar o carro.

Ela assente enquanto ele saí do restaurante indo até o estacionamento.

–Senhor Stark! Senhor Stark! A senhorita Potts irá morrer? Qual é o estado de saúde dela? – pergunta um repórter com uma câmera se aproximando de Tony.

O moreno respira fundo, range os dentes e aperta as mãos em punho.

–Você quer saber como ela está? – pergunta o Homem de Ferro.

–Acho que toda a América quer saber – responde o rapaz de aparentes vinte e poucos anos.

–Está aqui sua resposta – ele diz e logo em seguida, acerta um cruzado de direita no maxilar do rapaz que larga a câmera no chão e geme de dor – Está satisfeito agora? – pergunta sarcasticamente enquanto entra no carro e dá ré até ficar na frente do restaurante.


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