Feliz pra Sempre? escrita por ju alves


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

Podem me matar, mas eu andava sem inspiração. E esse capitulo ta tocante, quero saber a opinião de vcs bjs :*



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Eu estava encrencada  o suficiente para a minha mãe me dar um belo castigo.

Mas para a minha surpresa não foi bem assim, na conversa com o diretor tudo ocorreu as mil maravilhas, e eu voltei pra sala de aula com um lindo sorriso no rosto, o resto da aula eu olhei para a cara da professora e quando a Maria ousou abrir a boca, já reclamei que a aula estava sendo atrapalhada por ela, e que eu precisava de silencio para me concentrar.

 

O Dudu passava o tempo inteiro calculando, acho que ele me trocaria pela matemática, pensando bem, to enganada, ele me trocaria por física. A aula tinha passado em um piscar de olhos, avisei a Jéssica na saída que eu não estava muito afim de fazer compras, e voltei pra casa sozinha, pois o Paulo ia para casa da Jéssica almoçar e depois ia ver o terno dele, o Eduardo não disse nada, apenas me informou que não iria pra casa. Estranho.

 

Cheguei em casa não tinha ninguém. Estranho, de novo.

Ai lembrei que eu iria passar a tarde sozinha pois minha mãe, meu pai, a Nati e a Lari iriam para o salão ver o começo da decoração, só voltariam lá pelas 6 da tarde. Eu precisava me entreter, mas como? Ai resolvi ligar o computador, ninguém online. Na verdade só a Thessiê, uma menina lá da escola.

 

Thessiê *-* : Juna, aiin.. Meu vestido ta pronto pra tua festa amr.

 

O de todo mundo estava já pronto pensei, menos o meu.. Na verdade o meu já estava mas eu não tinha experimentado ele pronto – pensei

 

Ju >.<’ : Que bom. Todo mundo já ta praticamente pronto te espero lá, ok?!

 

Thessiê *-* : Claro, vo ir lá ligar pro cabeleireiro, pra marcar hora pra manhã. Beijos :*

 

 

Thessiê está ofline.

 

E ninguém entrava, eu sozinha em casa e nada pra fazer.

 

Pensei em ligar pra alguém, mas não todo mundo estaria se preparando pra festa.

Resolvi ir até o quarto da minha mãe, deitar na cama dela e lembrar de como era quando eu era uma criança, que com pesadelos de montros, pulava no meio dos meus pais e pensava. Tinha vezes que eu não tinha pesadelo nenhum, era só pra eu ir dormir com eles. Ia eu e o ursinho. Pois é, nós dois temos história. 

 

Estava tudo um silêncio, entrei bem devagar. Quando fui passar entre a cama e o guarda- roupa, bato o pé em algum lugar, em uma caixa mais exatamente. E dois segundos depois veio aquela terrível dor, gritei um palavrão bem alto, e depois comecei a rir de mim mesma, quando fui ver o que tinha dentro da caixa, levei ela até em cima da cama, e me sentei. Quando abri vi fotos, muitas fotos.  

 

Eram de quando eu era bebê, com certeza minha mãe havia visto alguns dias atrás, pois elas não eram para estar em baixo da cama, comecei a futricar, encontrei uma em que me chamou mais atenção, eu estava banguela, com a mochila na mão toda orgulhosa por ser o primeiro dia de aula, lembro que eu sai de casa super confiante e quando cheguei na escola me assustei, não queria deixar minha mãe ir em bora, mas quando vi o Paulo que já estava na terceira série, fui brincar com ele e esqueci do medo.

 

Mexi mais um pouco e encontrei uma outra foto, na qual estávamos eu a Jéssica, a Mari e o Paulo juntos se não me engano era quinta série, as meninas uma do lado da outra, rindo eu mais atrás fazendo guampinha na Jéssica e no Paulo e ele na frente de boné, já com uma cara de malandro do lado da Jéssica. Sempre soube que eles iriam ficar juntos.

 

Até que depois dessa encontrei uma foto em que estava eu e meu pai, eu tinha uns 3 anos, foi quando eu ganhei o ursinho, ele estava novinho. Meu pai me abraçava e eu sentada no colo dele agarrada no meu novo-velho brinquedo, ri sozinha no quarto e percebi que havia escorrido uma lágrima do meu rosto.

 

-Filha?!

 

Era o meu pai, ele tinha vindo mais cedo.

 

-Aqui pai, no seu quarto.

 

Quando ele entrou limpei a lágrima, mas continuei segurando a foto.

 

-Juna você está vendo essas fotos? E.. E você está chorando.

 

-É que pai..

 

Ele veio sentou e me abraçou igual a foto, me senti tão bem, mas me deu um medo confesso..

 

-Juna, eei. Olha pra mim, primeiro não chore, e segundo eu te amo!

 

-Pai, eu estou com medo..

 

-Medo de que?

 

-De crescer, de eu virar adulta, de não saber o que me espera.

 

Ele riu.

 

-Ei, ei, ei. Você vai poder ter qualquer idade, estar casada com filhos, mas vai ser sempre a minha garotinha.. Você já está  grandinha, namorando.. Não vem dizer que não, porque eu sei que está, mas é normal tudo isso, é normal ter medo. E sempre que você precisar eu e sua mãe vamos estar aqui esperando nessa cama pra que você venha dizer que teve um pesadelo. Nós e o ursinho.

 

Eu ri, escorei a cabeça no peito dele, e com aquele cafuné gostoso de pai acabei adormecendo.

 

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Bom, vou contar um segredinho tá?
Chorei ao escrever esse capitulo.



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