The Little Girl escrita por Swimmer


Capítulo 5
I want pizza!!


Notas iniciais do capítulo

Olá unicórnios! Como vão? Estudando pras provas?
Capítulo novo pra vocês! Rogue of Space, WalkerGirl, Beauty Queen, Lia Cielo Olympus e pedroossos, adoro conversar com vocês nos comentários, seus lindos ♥
Vejo vocês nas notas finais, boa leitura.



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Assim que o trinco da porta virou Marie entrou correndo no apartamento, o novo colar balançando junto com ela.

Segundo o celular de Nico eram menos de oito da manhã. Tinham voltado logo cedo porque ele não queria ter que falar com os vizinhos, velhos hábitos são difíceis de esquecer. O lugar estava exatamente como tinha deixado, o controle no sofá, a tigela de Marie que ele tinha esquecido de lavar no balcão e principalmente, nada de batatas entrando pela janela.

Como tinha prometido a Marie, precisavam sair para um lugar legal. O problema é que não tinha ideia alguma, pegou o bloco que a irmã tinha deixado e folheou atrás de sugestões. Todos eram lugares cheios demais, movimentados demais ou com nomes estranhos demais. Colocou o bloco ao lado do telefone, se perdesse aquilo ele estaria perdido.

A sala era separada da sala de jantar apenas por um balcão, o que facilitava sua vida quando queria pegar alguma coisa em cima da mesa. Dessa vez teve que dar a volta para chegar à cozinha. Pegou a mamadeira lilás, esquentou leite, pegou um refrigerante na geladeira e abriu, foi andando lentamente pelo corredor. Marie estava sentada sobre um tapete branco felpudo no quarto dela, rabiscando um livro de colorir. Vários lápis de cor estavam num potinho ao lado dela, Nico olhou o objeto e sorriu com o pensamento que teve.

–Mariezita, você me deu uma ideia - ele riu.

Marie encarou o tio por alguns segundos, pegou a mamadeira da mão dele e voltou a incrível tarefa de antes, ele era estranho demais para que ela perdesse tempo tentando entender.

Nico foi até o quarto de hóspedes e pegou uma lanterna e alguns elásticos na mochila, atravessou o corredor até o banheiro e gastou uns cinco minutos tentando fazer um arco-íris. Ligou a água e jogou um dracma. Pensou no que sempre dizia à Íris e a imagem apareceu.

Ela apertou os olhos para tentar enxergar, quando entendeu o que estava acontecendo não pôde deixar de sorrir.

Percy corria atrás de Emily, que segurava uma espada, provavelmente Anaklusmos, rindo.

–Em, se sua mãe vir você com esse objeto perigoso e afiado nas mãos vai nos matar - Percy gritou.

Emily usava a camiseta do acampamento Meio-sangue e shorts jeans. O cabelo preto preso num rabo de cavalo batia nas costas e os olhos cinzentos brilharam quando ela se viu a mensagem, provavelmente pairando no nada. Tinha um sorriso enorme com um dente faltando quando levantou a espada em direção a Nico, ou pelo menos a projeção da imagem dele.

–O que falamos sobre interromper as mensagens de Íris do papai? - perguntou Percy segurando o punho da espada e puxando.

Não faça isso, pessoas gastam dracmas nas mensagens– recitou ela, fazendo bico e revirando os olhos. - Oi, tio Nico.

–Ei, cara.

–Hum... oi. Percy, quando disse que ia levar as crianças pro acampamento quando fossem um pouquinho maiores, pensei que pouquinho significasse mais.

Percy deu de ombros.

–Grover não ajudou nem um pouco a mandá-los para a casa da minha mãe... Aliás, os dois parecem ter uma competição para ver quem mais mima Emily e Luke.

–Em, por que não pergunta ao seu pai o que aconteceu no labirinto de Dédalo, um dia desses? - Nico sorriu.

Percy ficou vermelho como um pimentão enquanto a filha o encarava. Annabeth tinha acidentalmente contado essa história a Piper no chalé de Afrodite, em questão de minutos o acampamento todo sabia.

–Enfim. Preciso de algum lugar pra levar Marie.

Percy levantou as sobrancelhas.

–Então eles realmente tentaram? E você aceitou? Onde está Nico di Angelo e o que você fez com ele? - Percy começou a rir e pegou Emily no colo para que ela conseguisse realmente ver o arco-íris de frente.

–Muito engraçado. Um lugar?

Percy fez a cara de esforço típica de quando tentava pensar, mas quem respondeu foi Emily.

–O Central Park, óbvio. Tio Nico, você é meio burro - ela sorriu. - Ou o shopping em Manhattan.

Nico gostou da ideia.

–Você tem sorte de ter herdado o raciocínio da sua mãe, Em.

Percy suspirou, como se estivesse muito cansado.

–Emily, o que sua mãe disse que faria se chamasse alguém de burro de novo?

Emily cruzou os braços em volta do pescoço do pai.

–Obrigado. Acho que ela vai gostar. E, Em? - ele chamou. - Tente não deixar sua mãe louca, mas não me importo com Percy - ele piscou para ela.

–Isso é um complô?! - Percy exclamou e Nico passou a mão no arco-íris.

* * *

Marie corria pelo gramado com seu vestido franzido azul marinho e branco. Os cachinhos cuidadosamente presos em duas partes, talvez um pouco torto. Ela estava perseguindo um inseto, Nico estava sentado no chão observando de perto. Ela voltou até ele e deu um tapinha que devia ser considerado por ela muito forte e mostrou a língua.

–Você não me pegaaa! - gritou e correu.

Ele a encarou por alguns segundos sem entender nada, então correu atrás dela, fingindo que não conseguia alcançá-la para então puxá-la pro alto, acima da própria cabeça.

Marie ria e gritava, balançando os braços. Nico colocou ela sobre o pescoço e a segurou pelas mãos. Ele caminhou com ela até o playground e ia coloca-la no chão, mas Marie bateu no ombro dele. Ele ergueu a cabeça, ela apontava para um homem com um carrinho de sorvete do outro lado.

–Marie, você comeu sorvete ontem... – ele começou.

–Por favooooor.

Nico revirou os olhos e andou até lá. O homem sorriu e mostrou os sorvetes. Nico desceu Marie e cinco minutos depois ela voltava ao playground com um sorvete em cada mão, feliz da vida. Ele perdeu a noção de quanto tempo passou até ela desistir do escorregador, ela o pegou pela mão e levou até um banco.

–Você fica aqui, eu vou brincar com eles ali, tá? – ela disse com uma expressão tão séria que ele se segurou para não rir.

–Okay, mas cuidado – ele assentiu, ela o imitou e se virou – ei, Marie?

A menina se voltou novamente pra ele e ele tirou uma foto. Marie colocou as mãos na cintura e correu, o que rendeu mais duas fotos.

Nico selecionou as três fotos encaminhou para Hazel e Frank, com a legenda “Ela está bem, liguem quando puderem” enviou. Não queria que ficassem preocupados então não mencionou o pequeno problema com os fantasmas, já que tinha resolvido.

Nenhum dos dois respondeu, Nico voltou a observar Marie brincando, ela tinha feito três amigos, com quem corria.

–Ela é uma graça não é? – disse uma voz sonhadora ao lado dele.

Um fantasma? Tudo bem, mas a chegada repentina da madrasta o assustou. Principalmente por causa do vestido de seda colorido, roxo em cima e com flores brancas e azuis embaixo, que tinha um brilho não humano. Era estranho estar ao lado dela, principalmente quando parecia ter a idade dele e na verdade tinha milhares de anos.

–Qual é o seu problema?

–Não acha bonitinho? Não importa, vim aqui para te dar duas escolhas.

Essa frase nunca vinha com algo bom, principalmente se dita por Perséfone.

–Você pode ir agora mesmo resolver essa briga boba com o seu pai ou...

–Sem chance – ele falou e cruzou os braços, ficando muito parecido com a sobrinha.

–...Ou vou nós dois vamos jantar na sua casa amanhã – ela sorriu.

–O que? – ele se levantou do banco. Algumas pessoas se viraram para olhar e ele se sentou de novo, fingindo um sorriso. – Ficou louca? Não vou deixar Hades entrar.

–Onde está o respeito, di Angelo? Quem te disse que precisa? Somos deuses, seu bobo. E então, o que vai ser? E nem pense que não sei que está no apartamento de Hazel, querido. Ei, Marie!

–Só digo que não podem comer se eu não fizer o jantar...

Marie veio até eles e Perséfone a pegou no colo.

–Quem é essa, tio Ico? – ela sussurrou como se Perséfone não fosse ouvir.

–Hum... – Nico tentou pensar no parentesco das duas.

–Pode me chamar de tia Perséfone – a madrasta o cortou. Marie começou a mexer no cabelo dela – Nunca levei jeito com crianças, toma.

Nico pegou Marie e observou enquanto Perséfone tirava uma coroa de flores rosadas do nada e colocava na cabeça da garotinha.

–Marie, diga à tia Perséfone que a ideia do jantar é péssima.

–Comida! – Marie pulou.

–Te vejo amanhã, Marie – Perséfone sorriu e sumiu tão de repente quanto tinha aparecido.

* * *

Nico e Marie estavam sentados no chão da sala comendo pizza. Ele via um documentário sobre animais aleatório enquanto Marie brincava com os legos.

Um grande tigre apareceu na tela, chamando a atenção de Marie, a menina riu e isso chamou a atenção de Nico, já que uma cauda de tigre tinha parecido nela. Nico abriu a boca, pegou Marie e foi até o escritório.

–Acho que sua mãe classificaria isso como uma emergência.

–Mas eu quelo pizza!

Nico ligou o computador, ignorou o vídeo de Leo e ligou para Hazel. Depois de alguns minutos a imagem na irmã com um elmo de guerra apareceu.

–Pessoal, tempo! – ela gritou e tirou o elmo. – Frank! Oi, Nico! Oi, meu amor!

–Mamãe! – Marie gritou.

–Hazel, uma cauda cresceu na Marie... – ele levantou a menina para mostrar.

–De novo?

–O que eu devo... espera, de novo?

–O que está acontecendo? – Frank apareceu atrás de Hazel com a testa suada – ei, princesa.

–Papai, cadê voxê? – Marie fez bico e cruzou os braços.

–Olá? Meu nome é Nico di Angelo e uma cauda cresceu na minha sobrinha. Alguém poderia ficar desesperado, por favor?

Hazel riu tanto que abaixou a tela do celular. Quando levantou novamente estava sorrindo.

–Marie, não assuste seu tio. E nada de caudas, querida – Frank disse.

Marie mostrou a língua para o tio e a cauda sumiu.

–E não mostre a língua, é feio – Hazel completou. – A mamãe está com saudades e o papai também, voltaremos logo. Mas tenho certeza que você e o tio Nico estão se divertindo não é?

Marie assentiu e mostrou o colar para a mãe.

–Olha o que o tio Ico me deu, mamãe.

Hazel levantou uma sobrancelha.

–Sobre isso, por que não mostra aquele desenho que estava pintando mais cedo pros seus pais? – Nico sugeriu e a sobrinha assentiu.

Quando ela saiu ele contou a Hazel e Frank o episódio com o fantasma e o porquê do colar. Hazel o interrompeu várias vezes mas quando terminou ficou mais tranquila.

–Obrigada, Nico. Mesmo – Hazel disse.

Marie entrou com o livro de figuras e mostrou aos pais os desenhos.

Depois de muitos elogios e olhos sendo revirados Nico contou a irmã sobre o encontro com Perséfone.

–Nico, já faz tempo! Não acredito que ainda estão brigados... uma vez você me disse que o maior defeito dos filhos de Plutão... ou Hades é não perdoar. Não acha que já passou sua hora?

–Ela está certa, cara. Além do mais... deixa pra lá – Frank olhou para a direita – É melhor voltarmos ao treinamento antes que eles se matem...

Nico ouviu sons de metal ao fundo e assentiu.

–E, Marie, nada de se transformar em animais.

Nico ficou pensando no que a irmã dissera, será que valia mesmo a pena esquecer o que o pai fizera?


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Notas finais do capítulo

Meus eternos agradecimentos a Rogue of Space pela recomendação...
A QUEM ESTAMOS ENGANANDO? EU FIQUEI MUITO FELIZ QUANDO VI. Cheguei em casa e tive essa surpresa ma-ra-ve-lho-sa, talvez eu tenha gritado... um pouco... contei pra mamis - de novo - e ela me parabenizou muito com a frase "menina, por que não me diz o que isso significa?" como podem ver, ela é muito sentimental. Aliás, "o clube da recomendação" está recrutando membros u.u

Sabiam que existe uma marca de roupas chamada "Nico Kids"? Quase tirei uma foto no meio da loja... É o destino, amigos! Bom, vejo vocês nos comentários/próximo capítulo