Damon e Elena - Pessoa Inesperada escrita por Emma Salvatore


Capítulo 4
Podemos fazer isso


Notas iniciais do capítulo

Oii gente!!!
Mais um cap para vcs!!!
Espero q gostem!!!



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Cheguei ao hospital e andei em passos lentos na direção da UTI infantil.

Acabei tombando em Jo ao passar pela recepção.

– Ei! Finalmente você apareceu! - ela exclamou.

Dei um sorrisinho e tentei continuar meu caminho, mas fui parado por ela.

– Allison não está mais na UTI. Ela está em um quarto. Elena está com ela. Quarto 216. Por ali.

Não falei mais nada. Segui a direção que Jo indicou-me. Parei antes de entrar no quarto.

Elena segurava Allison com um grande sorriso no rosto. A bebê sorria ao ser balançada por ela. Elena seria uma boa mãe.

Ela me viu do lado de fora e seu sorriso aumentou. Finalmente entrei no quarto com um sorriso tímido.

– O que te convenceu a vim? - ela perguntou, ainda sorrindo.

– Tinha que entregar algo a ela - disse, balançando um pequeno urso de pelúcia na direção de Allison.

– Damon, que lindo! - Elena exclamou, admirada - Quando você comprou?

– Hoje. - confessei - Agora para ser exato.

Os olhos da minha namorada brilharam.

– Elena, tem algo que você precisa saber - falei, assumindo um tom sério - Liz me ligou hoje. Ela encontrou os pais ideais. Eles são de New York. Estão vindo na quinta.

Elena abaixou o olhar para a pequena bebê em seus braços. Seria impressão minha ou os seus olhos começaram a marejar?

– Foi por isso que você veio - ela afirmou de repente - Você quer se despedir. É isso não é, Damon?

Assenti com a cabeça. Elena deu um sorriso fraco e aproximou-se de mim, depositando Allison em meus braços.

Segurei-a com todo o cuidado e carinho que podia. O ursinho caiu no chão, mas Elena rapidamente o pegou e o colocou em cima do berço no centro do quarto.

– Preciso falar com Jo - Elena saiu depressa do quarto, deixando-me sozinho com Allison.

Quando não ouvi mais nenhum sinal dela, falei para Allison:

– É, você vai partir. Vai nos deixar. Iremos sentir muito a sua falta, viu? Você tem um lugar muito especial em nossos corações. Eu sei que você não deve entender nada do que eu digo, mas eu só quero que você saiba... só quero que você saiba que eu... - respirei fundo - Eu te amo.

Algumas lágrimas desceram e fiz força para conter as outras.

– Não queria que você nos deixasse. - continuei - Mas é o melhor para você. Seus pais são ótimos. Você será feliz, você será amada. E o principal, você estará segura. E isto é tudo que eu poderia querer.

Allison parecia entender o que eu dizia. Seus olhos azuis estavam bem abertos e penetravam os meus com muita intensidade. Parecia que ela também não queria ir embora. Parecia que ela queria ficar para sempre em meus braços. Apertei-a um pouco mais forte, tomando cuidado para não machucá-la.

– Você ficará bem. Você será feliz, eu prometo. E se não for, eu saberei. E a pessoa que te fizer sofrer, não ficará viva para contar a história.

* * *

Voltei a acompanhar Elena ao hospital nos dias que se seguiram. Nos divertíamos com as nossas tentativas de fazer Allison gargalhar. Cada minuto que se passava, ficava mais difícil desapegar dessa menina. Até que o dia do adeus chegou.

Allison tinha acabado de pegar no sono e Elena a botava no berço, quando Jo abriu a porta e entrou no quarto acompanhada de Liz e de dois estranhos.

Imaginava serem os tais senhores Wedson.

– Elena, Damon, estes são Carl e Ravenna. Os pais adotivos da bebê - Liz apresentou-nos.

Carl era um pouco mais alto que sua mulher e uns cinco centímetros mais baixo que eu. Seu rosto aparentava cansaço e pude perceber alguns fios de cabelo branco. Apesar disso, ele não parecia ter mais de 35 anos.

Apertei sua mão, um pouco mais forte do que deveria. Seu rosto contorceu-se com um pouco de dor, mas logo apareceu um sorriso.

Ravenna cumprimentou-me com um sorriso. Ela era ruiva e ao contrário do marido, seu rosto não tinha nenhuma marca de cansaço. Com certeza, não tinha mais de 30 anos.

– Essa é a nossa filha? - ela perguntou apontando para Allison.

– Sim, esta é a bebê de que venho falado - Liz respondeu com um sorriso.

Ravenna pegou-a no colo, emocionada.

– Olhe Carl. Nossa bebê. Nossa menina. Tão linda.

Carl sorriu e acompanhou a emoção da esposa.

Forcei um sorriso e percebi que Elena fazia o mesmo. Jo tentava aparentar felicidade, mas estava claro que ela estava chateada. Afinal, ela esperava que nós a adotássemos.

Allison acordou e começou a chorar nos braços de Ravenna.

– Ei, calma. Está tudo bem. Mamãe está aqui. Mamãe está aqui - ela disse com uma voz melosa o que só aumentou o choro da bebê.

– Com licença. Me permite? - Elena perguntou, não esperando resposta para tomar Allison em seus braços.

Em menos de um minuto, ela parou de chorar.

– Você tem jeito com criança - Ravenna comentou. - Queria que ela ficasse tão bem em meus braços quanto nos seus.

– É só uma questão de tempo - Elena falou, seca.

Ravenna deu um longo suspiro e foi envolvida pelos braços do marido.

– Talvez devêssemos deixá-los um tempo a sós com a bebê - Liz propôs.

Com muita má vontade, Jo concordou:

– Claro, vamos deixá-los sozinhos.

Hesitante, Elena devolveu Allison aos braços de Ravenna.

Assim que saímos do quarto, ouvimos o choro novamente. Jo suspirou alto e caminhou em passos firmes em direção à recepção. Liz a acompanhou.

Eu e Elena sentamo-nos nas cadeiras da sala de espera. Elena encostou a cabeça no meu ombro e eu segurei sua mão.

– Você está bem? - perguntei.

– Não sei - ela respondeu francamente - E você?

– Ficarei bem se Allison ficar. - respondi.

Allison? Pensei que não coubesse mais chamá-la assim, já que ela tem pais agora.

– Chamarei-a assim até que os idiotas dos pais dela resolvam dar um nome para ela.

Elena soltou um riso fraco.

– Pensei que eles fossem os pais perfeitos - ela falou sarcástica.

– Eu também. Até conhecê-los.

Ela deu risada.

– Eles irão cuidar dela - ela falou com uma voz triste.

– Eu sei que vão - falei triste também. - Eles poderão dar uma segurança a ela que nós jamais poderíamos.

Elena levantou a cabeça e me encarou.

– Damon, você queria adotá-la? Você queria chamá-la de filha?

Antes de eu pudesse responder, Ravenna e Carl saíram da sala. A mulher tinha uma expressão triste no rosto.

– Talvez vocês queiram entrar. Voltaremos amanhã. - Carl falou, enquanto caminhava com a esposa para a saída.

* * *

O dia da despedida chegou. Elena e eu ficamos ao lado de Allison o máximo de tempo que podíamos. Quando Carl e Ravenna chegaram, tivemos que deixá-los a sós com a menina.

Sentamos na sala de espera, aguardando o momento em que o casal levaria a pequena embora.

Elena encostou a cabeça em meu ombro e permitiu que algumas lágrimas caíssem.

– Eu sabia que esse dia chegaria. Mas agora está doendo. - ela sussurrou.

Suspirei. Sabia exatamente o que ela estava sentindo.

Eu a amo, Damon. Eu a amo tanto - ela confessou.

Apertei sua mão. Não havia nada que eu pudesse dizer para consolá-la. Estava sentindo a mesma coisa.

Alguns minutos depois, o casal saiu com a nossa pequena no colo da mulher. Ela dormia tranquilamente.

Ravenna deu-nos um sorriso e seguiu até a recepção. Acompanhamos o caminho deles e toda conversa que tiveram com Jo.

A médica assinou a alta e cumprimentou os dois. Eles sorriram e começaram a caminhar em direção a saída.

Elena fungou no meu ombro.

Não.

Isso não estava certo.

Ela era minha. Ela era nossa.

Não podia deixar que esses idiotas levassem-na assim.

Levantei-me, surpreendendo Elena, que me acompanhou com o olhar.

Parei na frente e de Carl e Ravenna e falei:

– Desculpem-me. Mas essa bebê já tem família. Ela já é nossa - apontei para Elena, que me olhava confusa.

Carl e Ravenna trocam olhares de pura confusão. Percebi que a mulher apertou um pouco mais forte Allison contra seu peito.

– Perdão. Não estamos conseguindo entender - Carl falou envolvendo a mulher com os braços.

Eles começaram a se afastar lentamente, então comecei a hipnose:

– Vocês vieram para Mystic Falls porque receberam uma ligação de um orfanato. Mas ao chegaram lá, foi um alarme falso como todos os outros que receberam. Ravenna teve uma queda de pressão, e vocês vieram para o hospital. Vocês voltarão para New York e superarão o houve aqui. Mas agora, você vai me deixar pegar a bebê que está em seus braços porque ela é minha filha.

Ravenna devolveu Allison para mim e ela e o marido deixaram o hospital.

Quando a segurei de novo, senti algo diferente. Era como se agora ela fosse verdadeiramente minha.

Elena aproximou-se de mim com um olhar que misturava surpresa e alegria.

– Pensei que você não quisesse ser pai - ela falou.

– Bem, eu não queria. Mas ela já é minha filha. Não podia deixar que esses idiotas a levassem embora - falei, olhando para a linda bebê em meus braços.

– E quanto aos perigos?

– Podemos protegê-la - disse, esperando que realmente fosse verdade.

Elena abriu um largo sorriso e suas lágrimas - que antes eram de tristeza - transformaram-se em pura alegria.

Elena beijou meus lábios de forma terna e carinhosa.

– Eu te amo - falou, em meio a lágrimas.

– Eu também te amo - falei - Amo vocês duas.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam???
Será que Damon e Elena podem mesmo protegê-la??
Comentem!!!