Damon e Elena - Pessoa Inesperada escrita por Emma Salvatore


Capítulo 15
Briga


Notas iniciais do capítulo

Oii gente!!!
Nesse cap, Ally e Damon vão ter uma briga feia. Eu gostei muito de escrever esse cap.
Espero q vcs gostem!!!



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— Como eu estou? - Allison perguntou ao chegar à sala.

Ela deu uma giro na minha frente e na de Elena.

— Está linda, meu amor - minha namorada elogiou.

— Obrigada. E você pai, o que achou?

Olhei-a de cima a baixo. Realmente ela estava linda. Usava um vestido de alcinha que ia até um pouco acima do joelho e tinha um decote discreto. Sua pouca maquiagem realçava seu rosto de maneira significativa.

— Você está deslumbrante! - elogiei com um sorriso. - Quem é o garoto?

Minha filha olhou para baixo um pouco encabulada.

— Anthony. Anthony Sparks. Ele é da minha classe de História - ela falou corando.

Sparks... Esse nome não me era estranho.

Até que eu me lembrei da noite passada.

Alaric e eu tínhamos acabado de chegar ao Grill. Fomos beber como há muito tempo não fazíamos.

Ficamos no balcão como nos velhos tempos. Pedimos as bebidas e conversamos sobre as nossas parceiras e os nossos filhos.

Até que apareceu um garoto no bar que chamou nossa atenção.

Ele era alto e tinha cabelos pretos. Não aparentava ter mais de 19 anos. Ele chegou acompanhado por uma loira, aparentemente da mesma idade.

Os dois começaram a se beijar ferozmente, atraindo olhares espantados de todos os presentes. Aos beijos, os dois chegaram ao balcão. O garoto levantou as pernas da loira, fazendo-as ficar ao redor de sua cintura. Ele apertou sua bunda e a menina afundou suas unhas no cabelo dele.

— Eles poderiam procurar um quarto - Alaric comentou.

— Tenho que concordar com você - falei, olhando com um tanto de nojo para o casal.

Donovan pigarreou e os dois se afastaram.

— Duas cervejas - o garoto pediu com a voz rouca - Bote na minha conta. Sparks. Anthony Sparks.

— Gato, eu vou ao banheiro retocar minha maquiagem rapidinho - a loira falou.

— Não demora Naty - ele sussurrou.

Assim que ela se afastou, o celular de Anthony tocou.

— O que foi Louise? Hoje eu estou saindo com a Naty. Te ligo depois quando eu estiver disponível! - ele exclamou parecendo um pouco irritado.

Do outro lado da linha, Louise pareceu um pouco decepcionada, mas não insistiu.

— Mulheres. Sempre nos enchendo - ele comentou conosco ao desligar o celular - Não acham?

Alaric e eu trocamos um olhar e meu amigo respondeu:

— Não sei. Só tenho uma mulher e não consigo me imaginar sem ela.

O garoto bufou.

— Uma só? Não dá para eu me prender em uma. Se já são insuportáveis só por uma noite, não consigo nem imaginar pelo resto dos dias. E você, camarada? - ele se dirigiu a mim.

— Felizmente, eu encontrei uma mulher perfeita, com quem desejo estar pelo resto da minha vida - respondi, desejando que essa conversa acabasse.

Anthony deu uma risada.

— Cara, vocês dois não sabem o que estão perdendo! Tantas gatas por aí e vocês se amarrando a uma?

Alaric deu de ombros.

— Cada um com sua escolha.

Naty voltou do banheiro e Anthony pegou as cervejas do balcão.

— Bem, foi muito bom o papo com vocês. Agora eu tenho que ir. Até mais! - despediu-se.

Ric e eu acenamos com um sorriso falso. Graças a Deus tinha acabado.

— Não! - exclamei de repente - Você não vai sair com ele!

— Como assim, pai? Por quê? - Allison ficou confusa.

— Esse garoto é igualzinho a Thomas, senão pior - expliquei.

— Pai, como você pode saber? Você nem o conhece!

— Eu o conheci ontem. No Grill. Ele estava com uma loira e ainda teve outra garota telefonando - falei com esperança de ela acreditar.

— Pai, isso não é um compromisso. Nós só vamos sair, nós divertir...

— Na cama dele?

Allison arregalou os olhos, chocada.

— Pai!

— Ele nos disse Allison! Para mim e para Alaric! - minha voz já tinha se elevado - Disse que não aguenta as mulheres nem por uma noite! Você só será mais uma para ele! O que ele quer é dormir com você e nunca mais te procurar!

— E se for isso mesmo que eu esteja procurando? - Allison desafiou-me - Porque desde que terminei com Thomas, ele foi o único que me chamou para sair sem precisar ser hipnotizado! E se eu tiver procurando por um momento de distração? Hein, pai?

Fiquei chocado com a resposta dela. Aquela não podia ser a minha filha. Não podia ser a minha Allison.

— Então, depois não venha chorar no meu colo dizendo que está arrependida e pedindo desculpas! - exclamei com raiva. - Você estará agindo como uma vadia!

— DAMON!

A mão de Allison voou para o meu rosto imediatamente. Ela me dera um tapa.

— Não me chame de vadia - Allison falou com voz trêmula e lágrimas já escorrendo de sua face.

— Então não haja como uma! - gritei.

Outro tapa. Vindo agora de Elena.

Allison aproveitou esse momento e saiu correndo de casa. Ela ligou o carro e arrancou.

— Damon, o que você falou?! - Elena gritou - Você acabou de chamar a nossa filha de vadia! Como você ousa?! Depois de tudo que ela passou!

— E ela quer passar por tudo isso de novo, Elena! - gritei - Eu vi esse cara ontem! Eu conversei com ele! O que esse idiota quer é levar Allison para cama!

— E você acha que a nossa filha não é capaz de dizer não? Você acha que a nossa filha é uma vadia porque se deitou uma vez com um menino, acreditando no amor dele?! É isso que você realmente pensa de Allison?!

— Não, Elena! - explodi - A única coisa que eu queria era que ela encontrasse algum garoto bom! Eu não queria que a nossa filha encontrasse garotos como o que eu fui um dia! Eu estava pensando no bem dela! Droga!

Derrubei a bandeja do uísque no chão. Depois, afundei-me no sofá colocando a cabeça entre minhas mãos.

Elena sentou-se ao meu lado, suspirando. Não falamos mais nada.

* * *

— Damon Salvatore? - perguntaram, assim que eu atendi meu celular.

— Sim. É ele. Quem está falando? - perguntei.

Quando a pessoa do outro lado da linha identificou-se e disse o porquê de estar ligando, o celular caiu da minha mão com um estrondo.

Com as mãos trêmulas, Elena pegou-o do chão.

— Para onde vocês a levaram?

* * *

— Onde ela está? Onde ela está? - Elena e eu entramos no hospital desesperados.

— A senhora precisa nos informar quem...

— Allison Salvatore. Acidente de carro - Elena falou com a voz carregada de desespero.

— Elena! Damon! - nos viramos ao ouvirmos a voz de Jo.

A médica vinha até nós com um ar preocupado e antes que ela pudesse falar alguma coisa, minha namorada precipitou-se:

— Onde ela está? Como ela está?

Jo deu um suspiro triste.

— Nesse momento, ela acabou de entrar na sala de cirurgia. O que ela teve na cabeça foi grave. Precisa fazer essa cirurgia. Ou ela morre.

— O QUÊ? - Elena e eu gritamos em uníssono.

— Eu vou atrás dela agora! - exclamei desesperado.

Jo me conteve.

— Damon, ela acabou de entrar na sala de cirurgia. Você não pode tirá-la de lá agora! Você terá que confiar nos médicos.

— CONFIAR NOS MÉDICOS? Jo, minha filha pode morrer e você está me dizendo para confiar nos médicos?! - gritei.

— Damon! Seu sangue não vai adiantar nesse caso. Vocês precisam esperar e confiar que dará tudo certo - Jo falou com calma.

Ela afastou-se lentamente, deixando eu e Elena a sós.

Andei de um lado para o outro, tentando controlar minha respiração. Minhas mãos abriam e fechavam em ritmo constante. Não conseguia acreditar que isso estava acontecendo. Não podia estar acontecendo.

— É tudo culpa sua!— Elena acusou, empurrando-me - Se você não tivesse falado com a Allison daquele jeito nada disso teria acontecido! Ela não teria saído de casa transtornada e não teria acontecido esse acidente! Você é o culpado!

— Você acha que eu não sei disso? Como você acha que eu sinto sabendo que a minha filha pode morrer por minha causa? Você tem noção de qual é a dimensão dessa dor? Você pode me culpar Elena, me odiar por isso, mas acredite, nada do que você sentir será maior do que eu sinto. Se Allison morrer, eu me matarei. Porque não conseguirei viver com a culpa de ter sido a causa da morte da minha filha.

Lágrimas começaram a descer e eu virei o rosto. Não conseguia ser forte nesse momento.

A respiração de Elena acalmou-se um pouco e ela aproximou-se de mim. Envolveu-me em seus braços e sussurrou:

— Me desculpe. A culpa não é sua. A culpa não é de ninguém. Isso foi um acidente. Acidentes acontecem. Só estou nervosa.

Ela deu um suspiro fraco. Passei meus braços por suas costas, retribuindo o abraço.

— Não vou deixar você se matar, Damon. Porque se eu perder vocês dois, eu não sou nada - ela falou em voz baixa.

Apertei ainda mais o abraço. Esperávamos que isso não fosse preciso. Esperávamos que a cirurgia de Allison desse certo.

* * *

Elena e eu estávamos sentados na recepção, abraçados.

Depois do que pareceu uma eternidade de angústia, um médico apareceu.

— Sr. Salvatore?

Eu e minha namorada imediatamente levantamos.

— Sou eu - respondi - Como está Allison?

— Descansando. Ela foi transferida para o quarto. A cirurgia foi um sucesso. Agora só temos que esperá-la acordar - ele respondeu com enorme sorriso.

Elena e eu respiramos aliviados e sorrisos invadiram nossas bocas.

— Podemos vê-la? - Elena perguntou.

— Podem. Mas tem que ser rápido e vocês não podem fazer muito barulho e se ela acordar, tentem deixá-la mais confortável possível.

Assentimos e o médico direcionou-nos para o quarto onde ela estava.

Allison estava dormindo. Sua testa estava enfaixada e suas mãos recebiam medicamentos venosos.

Aproximamo-nos.

Toquei em seu rosto com delicadeza. Lágrimas caíam silenciosamente da minha face. Ouvia seu coração e sua respiração. Ela estava bem. Graças a Deus, ela estava bem!

Percebi que também escorriam lágrimas de emoção no rosto de Elena.

— Ela está bem - minha namorada sussurrou sorrindo. - Nossa filha está bem.

Sorri com ela e abracei-a de lado. Observamos nossa filha. O que será que ela deveria estar sonhando?

Afastei-me um pouco de Elena, só para segurar o rosto de Allison. Invadi seus pensamentos, dando-lhe os sonhos mais lindos que eu poderia imaginar.

— Para pai.

Sobressaltei-me. Elena também.

Allison acordara.

Ela abriu os olhos lentamente e murmurou com um sorriso fraco:

— Eu não sou mais criança. Não precisa mais me fazer sonhar com unicórnios.

— Desculpe - sussurrei.

Ela não abandonou o pequeno sorriso.

— Como você está, meu amor? - Elena perguntou, segurando sua mão.

— Bem. Eu acho - ela respondeu um pouco confusa.

— Minha linda, você se lembra de como aconteceu o acidente? – minha namorada perguntou pausadamente.

— Tudo que eu lembro é que saí de casa atordoada depois da briga. Acho que não dirigi com prudência. Eu só conseguia pensar na briga. E do nada apareceu um caminhão e ele chocou-se contra o meu carro. E acho que foi isso - Allison contou esforçando-se para lembrar.

A briga. A causa do acidente foi a nossa briga. Ela acabara de confessar.

Respirei fundo.

— Elena, você poderia nos deixar a sós? - pedi.

Minha namorada assentiu e saiu do quarto.

Allison olhou-me como se já soubesse o que eu fosse falar.

— Pai...

— Desculpe. - pedi - Me desculpe por ter gritado com você daquela maneira. Eu extrapolei. Não devia ter te chamado do que eu te chamei. Você não é isso. Eu estava nervoso e extrapolei. Me desculpe.

— Tudo bem, pai. Você tinha razão. Anthony é um galinha e eu sabia disso. Mas sei lá... Eu só queria fingir que algum garoto se importava comigo, sabe? Ele foi o único que veio até mim sem ter sido hipnotizado depois de Thomas. Eu só queria... sei lá. Me desculpe também.

Segurei sua mão.

— Meu amor, você não precisa fingir nada disso. Quantas vezes eu vou ter que te dizer que vai aparecer algum garoto que queira cuidar de você?

Ela deu um sorriso sem alegria.

— Está cada vez mais difícil de acreditar nisso, pai - sussurrou.

Acariciei seu rosto e a porta abriu-se.

Allison abriu um sorriso de verdade.

— Oi Theo.

Theodore acabara de chegar e trazia um buquê de flores em suas mãos. Eram jasmins. As preferidas de Allison.

— Desculpe atrapalhar, mas minha mãe me disse o que aconteceu e fiquei preocupado. Queria ver como você estava, Ally - ele explicou-se.

Olhei para o meu afilhado e depois para a minha filha. Sorri.

— Fique a vontade, Theodore - falei.

Depositei um beijo na testa de Allison e dei uma batida fraca no ombro de Theodore.

Antes de deixar o quarto, olhei para os dois.

Ambos sorriam verdadeiramente. Parecia ser o sorriso mais radiante que já vira minha filha dar desde o término com Thomas.

Fechei a porta com um sorriso.

Theodore não era tão ruim.


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Notas finais do capítulo

Então, o que vcs acham??
Comentem!!!
Ps: Até quarta estarei postando o último cap.
Bjs



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