Damon e Elena - Pessoa Inesperada escrita por Emma Salvatore


Capítulo 13
18 anos


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente!!!
Como prometido, está aqui mais um cap para vcs!
Espero q gostem!!!



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– Allison, como você está deslumbrante! - Elena exclamou ao ver a nossa filha.

Ela trajava um vestido longo e azul, semelhante ao que Elena usou no concurso de Miss Mystic Falls onde dançamos pela primeira vez.

– Obrigada mãe - ela agradeceu com um risinho fraco.

– Ei! O que é isso Allison? Sorria direito, hoje é seu aniversário! - tentei animá-la.

– Assim está bom? - ela deu um sorriso largo, porém que não chegava aos seus olhos.

– Basta por enquanto - Elena falou com uma pontada de tristeza na voz.

Ofereci meu braço a Allison e ela aceitou. Descemos para a festa com Elena à frente e Allison ao meu lado.

Ao pisarmos na sala, todos aplaudiram. Com certeza isso foi obra de Caroline.

Notei que minha filha ficou sem graça, mas mesmo assim sorriu.

– Eu não queria tudo isso - ela sussurrou no meu ouvido.

– Ah, você queria sim - sussurrei de volta. - Lembro-me de como você estava animada duas semanas atrás.

Ela suspirou.

– Você sabe que eu não estou em clima de festa.

– Mas vai ficar - assegurei.

– Ally! Nossa como você está linda! - Megan exclamou, aproximando-se com outras meninas.

Allison deu um sorriso em agradecimento e eu me afastei.

Mas ela não conversou com as meninas por muito tempo. Logo se afastou e vagou pela sala com olhar triste.

– Me daria uma honra de uma dança? - perguntei estendendo o braço para a minha filha.

– Não pai. Não estou no clima - ela respondeu cabisbaixa.

– Ah, não! Não vou aceitar isso como resposta! - exclamei - Você adora dançar e vai dançar comigo.

Com um suspiro, Allison finalmente segurou meu braço e nós seguimos para o centro do salão, onde tocava uma música lenta.

Ela apoiou sua cabeça em meu ombro e eu a conduzi pelo salão. Sua tristeza era evidente.

– Você não pode ficar triste para sempre, Allison - sussurrei em seu ouvido.

Ela suspirou pesadamente.

– Isso não é algo que eu possa evitar.

– Mas talvez possa amenizar.

Vi um garoto próximo a nós. Pensei rápido.

– Ei! Você não quer ter a honra de dançar com a maravilhosa aniversariante? - perguntei estendendo a mão de Allison para ele.

– Pai!

– É... claro - ele respondeu, parecendo não saber o que fazer.

A contragosto, Allison foi dançar com ele.

Deixei-os na pista de dança e fui procurar uma dose de uísque.

– Damon! - Alaric saudou ao aproximar.

– Ric!

– 18 anos, hein? Puxa, essa idade é horrível! - ele exclamou sorrindo. - Estou surpreso por você ter aguentado tanto tempo!

Dei um empurrão de brincadeira. Ele deu risada.

– Então, como ela está? - perguntou - Caroline nos contou o que houve com o namorado dela.

– Estou imaginando se tem alguém que ainda não saiba - resmunguei.

Ric suspirou.

– Ela está sofrendo muito, não é?

Foi a minha vez de suspirar.

– E como. Você não sabe como me dói vê-la desse jeito. Minha bebê está despedaçada.

Na pista de dança, notei que Allison tentava se desvencilhar do garoto várias vezes, porém ele não deixava. Parecia decidido a terminar de dançar uma música com ela.

– Isso vai passar - Ric falou.

– Eu sei que sim. Mas enquanto isso, eu tenho que ouvir o choro dela todas as noites e ver o olhar cansado todas as manhãs. Minha filha não merecia isso, cara. Ela não merecia.

Ric pôs a mão em meu ombro amigavelmente.

A música que tocava terminou e percebi que Allison saiu correndo do salão.

Suspirei. Sabia exatamente onde ela tinha ido. Afastei-me de Ric e fui atrás dela.

Ela estava sentada no balanço onde eu costumava empurrá-la quando era criança.

– Ei! Fugir da própria festa não é muito legal, sabia? - falei, sentando-me ao seu lado.

– Eu tinha planejado vim a essa festa com Thomas. - ela suspirou - Tudo aqui me lembra ele.

Envolvi-a em meus braços. Sua cabeça repousou em meu ombro.

– Eu acho que descobri qual é o problema. - ela falou - Acho que não sou boa com namoros. É só eu começar a namorar e tudo desanda. Comecei a namorar Phill e uma semana depois terminamos. Depois foi Thomas...

– Bom, o caso de Phill - hesitei um pouco - Eu meio que tive algo a haver. Eu o hipnotizei para te deixar.

Ela deu uma risada fraca.

– Eu já deveria ter desconfiado.

– Você não está chateada comigo? - perguntei.

– Talvez se eu descobrisse há algum tempo atrás, sim. Ficaria muito chateada. Mas agora... Que sentido tem? - ela parecia cansada.

– Talvez fosse melhor ter te deixado com Phill mesmo. - suspirei - Ele era um idiota, mas não parecia ser o mesmo tipo de Thomas.

– Nós só tínhamos 14 anos, pai - ela contrapôs - Não tem como saber se Phill seria ou não o mesmo tipo de Thomas.

É, ela tinha razão.

Ficamos alguns minutos em silêncio. Ouvia seu coração e sua respiração. Ambos pareciam tão exaustos. E ela só tinha 18 anos...

– Eu tomei uma decisão - Allison falou de repente - Eu quero me transformar. Eu quero virar vampira.

Ela falou com tanta convicção parecendo querer ser transformada agora.

– Ally, sua decisão me deixa muito feliz. - falei - Mas não eu não posso transformá-la neste momento. Você está sofrendo demais. Se eu te transformar, sua dor se intensificará e você será atraída a desligar a humanidade.

– Talvez seja isso mesmo que eu esteja atrás - ela confessou.

– Ally...

– Eu só não queria sentir mais tanta dor, pai.

Suas lágrimas começaram a cair e ela enterrou seu rosto em meu ombro. Apertei-a ainda mais contra mim.

– Eu sei, meu amor. Mas desligar a humanidade nunca é a solução. Eu posso te dizer isso por conta própria.

– Então qual é a solução para parar de doer? - ela perguntou em meio a lágrimas.

– O tempo. - respondi - O tempo cura tudo. Logo você vai encontrar um garoto que seja tudo que você desejou. Ele vai te fazer sorrir e você nunca mais terá que chorar.

– Eu não quero mais encontrar ninguém! - ela exclamou - Amar só me faz sentir dor!

– Se tem uma coisa que eu posso te dizer por experiência própria, é isso. Você não escolhe quando se apaixona. Isso simplesmente acontece. Amar alguém não é algo que se possa escolher - falei carinhosamente.

Um silêncio pairou sobre nós e as lágrimas de Allison cessaram gradativamente.

Lembrei-me que tinha algo no meu bolso que eu deveria entregar a minha filha.

– Ei! Eu não te entreguei o seu presente.

Afastei-me um pouco dela e tirei uma caixinha do meu bolso.

Dentro dela, tinha um colar. Na medalha havia uma foto de nós três no aniversário de Allison de nove anos.

Estendi o colar para ela, que se emocionou.

– Pai... É lindo! Eu adorei!

Minha filha me abraçou e eu retribuí.

– Você sempre será minha garotinha, Ally. Eu te amo muito. Nunca se esqueça disso.

– Eu também, pai. Eu também te amo muito!

– Posso participar disso também? - Elena perguntou aproximando-se.

– Claro - Allison respondeu, afastando-se.

Escorreguei-me para o lado para dar espaço de Elena sentar do outro lado de Allison.

– Eu ouvi toda a conversa. - ela confessou - E seu pai tem razão, Ally. O tempo cura tudo. E o amor não avisa quando vai chegar. É simplesmente uma coisa que acontece quando você menos espera. E eu tenho certeza de que esse coraçãozinho ainda vai encontrar alguém que o mereça.

Elena tocou no coração de Allison e ela sorriu.

– Mas, por enquanto, saiba que você tem sua mãe e eu para tudo - avisei.

– Não importa para quê. Sempre estaremos aqui - Elena completou.

– E sempre, no nosso caso, é muito tempo - falei sorrindo.

Allison e Elena juntaram-se a mim no sorriso.

Eu e minha namorada abraçamos a nossa filha e ali, naquele momento, tivemos mais do que certeza de que não importavam as dificuldades, sempre teríamos um ao outro.


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Notas finais do capítulo

Então, o q acharam??
Comentem!!!
Até terça-feira, estarei postando o próximo cap.
Ps: a fic já está entrando em sua reta final



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