Damon e Elena - Pessoa Inesperada escrita por Emma Salvatore
Notas iniciais do capítulo
Oiii gente!!!
Como prometido, está aqui mais um cap para vcs!
Espero q gostem!!!
– Allison, como você está deslumbrante! - Elena exclamou ao ver a nossa filha.
Ela trajava um vestido longo e azul, semelhante ao que Elena usou no concurso de Miss Mystic Falls onde dançamos pela primeira vez.
– Obrigada mãe - ela agradeceu com um risinho fraco.
– Ei! O que é isso Allison? Sorria direito, hoje é seu aniversário! - tentei animá-la.
– Assim está bom? - ela deu um sorriso largo, porém que não chegava aos seus olhos.
– Basta por enquanto - Elena falou com uma pontada de tristeza na voz.
Ofereci meu braço a Allison e ela aceitou. Descemos para a festa com Elena à frente e Allison ao meu lado.
Ao pisarmos na sala, todos aplaudiram. Com certeza isso foi obra de Caroline.
Notei que minha filha ficou sem graça, mas mesmo assim sorriu.
– Eu não queria tudo isso - ela sussurrou no meu ouvido.
– Ah, você queria sim - sussurrei de volta. - Lembro-me de como você estava animada duas semanas atrás.
Ela suspirou.
– Você sabe que eu não estou em clima de festa.
– Mas vai ficar - assegurei.
– Ally! Nossa como você está linda! - Megan exclamou, aproximando-se com outras meninas.
Allison deu um sorriso em agradecimento e eu me afastei.
Mas ela não conversou com as meninas por muito tempo. Logo se afastou e vagou pela sala com olhar triste.
– Me daria uma honra de uma dança? - perguntei estendendo o braço para a minha filha.
– Não pai. Não estou no clima - ela respondeu cabisbaixa.
– Ah, não! Não vou aceitar isso como resposta! - exclamei - Você adora dançar e vai dançar comigo.
Com um suspiro, Allison finalmente segurou meu braço e nós seguimos para o centro do salão, onde tocava uma música lenta.
Ela apoiou sua cabeça em meu ombro e eu a conduzi pelo salão. Sua tristeza era evidente.
– Você não pode ficar triste para sempre, Allison - sussurrei em seu ouvido.
Ela suspirou pesadamente.
– Isso não é algo que eu possa evitar.
– Mas talvez possa amenizar.
Vi um garoto próximo a nós. Pensei rápido.
– Ei! Você não quer ter a honra de dançar com a maravilhosa aniversariante? - perguntei estendendo a mão de Allison para ele.
– Pai!
– É... claro - ele respondeu, parecendo não saber o que fazer.
A contragosto, Allison foi dançar com ele.
Deixei-os na pista de dança e fui procurar uma dose de uísque.
– Damon! - Alaric saudou ao aproximar.
– Ric!
– 18 anos, hein? Puxa, essa idade é horrível! - ele exclamou sorrindo. - Estou surpreso por você ter aguentado tanto tempo!
Dei um empurrão de brincadeira. Ele deu risada.
– Então, como ela está? - perguntou - Caroline nos contou o que houve com o namorado dela.
– Estou imaginando se tem alguém que ainda não saiba - resmunguei.
Ric suspirou.
– Ela está sofrendo muito, não é?
Foi a minha vez de suspirar.
– E como. Você não sabe como me dói vê-la desse jeito. Minha bebê está despedaçada.
Na pista de dança, notei que Allison tentava se desvencilhar do garoto várias vezes, porém ele não deixava. Parecia decidido a terminar de dançar uma música com ela.
– Isso vai passar - Ric falou.
– Eu sei que sim. Mas enquanto isso, eu tenho que ouvir o choro dela todas as noites e ver o olhar cansado todas as manhãs. Minha filha não merecia isso, cara. Ela não merecia.
Ric pôs a mão em meu ombro amigavelmente.
A música que tocava terminou e percebi que Allison saiu correndo do salão.
Suspirei. Sabia exatamente onde ela tinha ido. Afastei-me de Ric e fui atrás dela.
Ela estava sentada no balanço onde eu costumava empurrá-la quando era criança.
– Ei! Fugir da própria festa não é muito legal, sabia? - falei, sentando-me ao seu lado.
– Eu tinha planejado vim a essa festa com Thomas. - ela suspirou - Tudo aqui me lembra ele.
Envolvi-a em meus braços. Sua cabeça repousou em meu ombro.
– Eu acho que descobri qual é o problema. - ela falou - Acho que não sou boa com namoros. É só eu começar a namorar e tudo desanda. Comecei a namorar Phill e uma semana depois terminamos. Depois foi Thomas...
– Bom, o caso de Phill - hesitei um pouco - Eu meio que tive algo a haver. Eu o hipnotizei para te deixar.
Ela deu uma risada fraca.
– Eu já deveria ter desconfiado.
– Você não está chateada comigo? - perguntei.
– Talvez se eu descobrisse há algum tempo atrás, sim. Ficaria muito chateada. Mas agora... Que sentido tem? - ela parecia cansada.
– Talvez fosse melhor ter te deixado com Phill mesmo. - suspirei - Ele era um idiota, mas não parecia ser o mesmo tipo de Thomas.
– Nós só tínhamos 14 anos, pai - ela contrapôs - Não tem como saber se Phill seria ou não o mesmo tipo de Thomas.
É, ela tinha razão.
Ficamos alguns minutos em silêncio. Ouvia seu coração e sua respiração. Ambos pareciam tão exaustos. E ela só tinha 18 anos...
– Eu tomei uma decisão - Allison falou de repente - Eu quero me transformar. Eu quero virar vampira.
Ela falou com tanta convicção parecendo querer ser transformada agora.
– Ally, sua decisão me deixa muito feliz. - falei - Mas não eu não posso transformá-la neste momento. Você está sofrendo demais. Se eu te transformar, sua dor se intensificará e você será atraída a desligar a humanidade.
– Talvez seja isso mesmo que eu esteja atrás - ela confessou.
– Ally...
– Eu só não queria sentir mais tanta dor, pai.
Suas lágrimas começaram a cair e ela enterrou seu rosto em meu ombro. Apertei-a ainda mais contra mim.
– Eu sei, meu amor. Mas desligar a humanidade nunca é a solução. Eu posso te dizer isso por conta própria.
– Então qual é a solução para parar de doer? - ela perguntou em meio a lágrimas.
– O tempo. - respondi - O tempo cura tudo. Logo você vai encontrar um garoto que seja tudo que você desejou. Ele vai te fazer sorrir e você nunca mais terá que chorar.
– Eu não quero mais encontrar ninguém! - ela exclamou - Amar só me faz sentir dor!
– Se tem uma coisa que eu posso te dizer por experiência própria, é isso. Você não escolhe quando se apaixona. Isso simplesmente acontece. Amar alguém não é algo que se possa escolher - falei carinhosamente.
Um silêncio pairou sobre nós e as lágrimas de Allison cessaram gradativamente.
Lembrei-me que tinha algo no meu bolso que eu deveria entregar a minha filha.
– Ei! Eu não te entreguei o seu presente.
Afastei-me um pouco dela e tirei uma caixinha do meu bolso.
Dentro dela, tinha um colar. Na medalha havia uma foto de nós três no aniversário de Allison de nove anos.
Estendi o colar para ela, que se emocionou.
– Pai... É lindo! Eu adorei!
Minha filha me abraçou e eu retribuí.
– Você sempre será minha garotinha, Ally. Eu te amo muito. Nunca se esqueça disso.
– Eu também, pai. Eu também te amo muito!
– Posso participar disso também? - Elena perguntou aproximando-se.
– Claro - Allison respondeu, afastando-se.
Escorreguei-me para o lado para dar espaço de Elena sentar do outro lado de Allison.
– Eu ouvi toda a conversa. - ela confessou - E seu pai tem razão, Ally. O tempo cura tudo. E o amor não avisa quando vai chegar. É simplesmente uma coisa que acontece quando você menos espera. E eu tenho certeza de que esse coraçãozinho ainda vai encontrar alguém que o mereça.
Elena tocou no coração de Allison e ela sorriu.
– Mas, por enquanto, saiba que você tem sua mãe e eu para tudo - avisei.
– Não importa para quê. Sempre estaremos aqui - Elena completou.
– E sempre, no nosso caso, é muito tempo - falei sorrindo.
Allison e Elena juntaram-se a mim no sorriso.
Eu e minha namorada abraçamos a nossa filha e ali, naquele momento, tivemos mais do que certeza de que não importavam as dificuldades, sempre teríamos um ao outro.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Então, o q acharam??
Comentem!!!
Até terça-feira, estarei postando o próximo cap.
Ps: a fic já está entrando em sua reta final