Damon e Elena - Pessoa Inesperada escrita por Emma Salvatore


Capítulo 12
Thomas - parte II


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente!!!
Nesse cap, finalmente vcs vão descobrir se há algo errado com Thomas. E vão ver também uma versão muito fofa de Damon!
Este foi o meu capítulo preferido!
Espero que gostem!!!



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– Faltam só três dias para a festa de Allison e o buffet cancelou! Meu Deus, Elena! O que vamos fazer agora? - Caroline gritava desesperada.

– Care, é só conseguirmos outro buffet - Elena falou com calma.

– Em cima da hora? Como você acha que vamos conseguir?! - a loira exclamou.

– Barbie, você é uma vampira. Use a hipnose - falei como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Mas isso não foi o suficiente para Caroline se acalmar. Ela continuou a gritar as tantas coisas que faltavam para a festa enquanto Stefan tentava controlá-la.

Coitado do meu irmão!

– Dá para imaginar que a nossa filha já vai fazer 18 anos? - Elena sussurrou no meu ouvido.

Suspirei.

– Sinceramente, ainda penso que foi ontem que a tiramos daquele lixo. - dei um risinho - Como a nossa vida mudou depois daquele dia.

Elena sorriu também.

A porta de casa abriu-se revelando uma Allison atordoada.

Ela estava aos prantos.

– Filha, o que aconteceu? - Elena perguntou preocupada.

Eu também estava.

Nossa filha não respondeu. Ela apenas correu para seu quarto o mais rápido que pôde. Conseguia ouvir seu choro e seus batimentos cardíacos acelerados.

– Thomas aconteceu - Megan, que chegara com Allison, respondeu.

– O que ele fez? - perguntei com a raiva dominando o meu corpo.

– Acho que a Allison deve responder isso - ela falou com voz de tristeza.

Elena correu para o quarto na mesma hora.

Andei em passos lentos em direção ao quarto de Allison não querendo atrapalhar a conversa de mãe e filha. Porém, meus ouvidos estavam apurados.

– Ally? Meu amor, o que houve? - Elena perguntou provavelmente afastando o cabelo do rosto de Allison.

Ouvi o choro da minha filha ficar mais abafado e supus que ela tinha se jogado nos braços de Elena.

– Ele me traiu, mãe! Thomas me traiu!

Parei na porta do quarto. Meus músculos tensionaram. Cerrei meus punhos com tanta força que senti um pouco de sangue escorrendo.

– Meu amor, você tem certeza? - Elena perguntou com voz branda.

Ele confessou. E eu vi a garota! - Allison gritou. - Eu fui à casa dele hoje mais cedo e ele estava com ela. Eu pensei... Eu queria que fosse um mal entendido.

Allison fez uma pausa, onde mais lágrimas caíram.

– Ele me contou que estava ficando com essa garota há mais de uma semana. Ele falou que eu era muito menina, muito sonsa e ingênua. – nova pausa seguida de lágrimas. - E que ele precisava de alguém a altura dele. E eu era só um passatempo divertido.

Allison desabou em mais lágrimas, enquanto Elena a apertava mais forte.

Meu coração doía ao ver minha filha desse jeito e minha raiva por esse garoto só aumentava. Sempre soube que ele não era bom o bastante para a minha menina.

Ia entrar no quarto, quando Allison despejou:

– Por que ele fez isso comigo? Eu o amava tanto! Eu entreguei tudo a ele! Eu me entreguei a ele!

Paralisei ao ouvir essa última frase. Tenho certeza que Elena também levou um choque.

Trinquei meus dentes tão alto, que minha namorada conseguiu notar minha presença.

Assim como a minha filha.

Conseguia ver a vergonha em seu olhar atrás das lágrimas.

Não consegui mais encará-la.

Voei para o meu quarto onde comecei a quebrar tudo que eu via. Garrafa de uísque, porta retrato. Tudo!

A raiva tinha passado. Agora era a ira que estava me consumindo.

– Damon! - Elena me chamou a razão assim que entrou no quarto.

– Ela dormiu com ele! Ela dormiu com ele, Elena! - gritei.

Eu estava explodindo.

– Eu sei, mas se acalma, por favor - minha namorada pediu.

Me acalmar?! Um garoto estúpido usou a nossa filha e você pede para eu me acalmar?! EU NÃO VOU ME ACALMAR, ELENA! EU ESTOU EXPLODINDO DE RAIVA!

Soquei o dorcel da cama.

– Eu sabia! Eu sabia que tinha algo de errado com esse Thomas! Bonitinho demais, perfeitinho demais! Eu nunca devia ter permitido que Allison continuasse com isso! - chutei o criado-mudo dessa vez.

– Então você preferiria proibir? Você acha que assim seria a melhor maneira? - Elena perguntou.

– Elena, abra seus olhos! Nossa filha está aos prantos por causa de um menino que simplesmente só queria levá-la para a cama! Seu eu tivesse proibido, ela não estaria desse jeito!

– Ela nunca te obedeceria, Damon! - Elena exclamou, quase gritando. - Ouça, não tem mais como mudarmos isso. Já aconteceu. Tudo o que podemos fazer é ficar ao lado dela e consolá-la.

Elena olhou-me com um pedido triste em seus olhos.

Abaixei meu olhar.

– Vá você. Não consigo encará-la agora - falei com voz falha.

– Damon...

– Elena, me deixe sozinho. Por favor. Eu quero ficar sozinho.

* * *

Ouvi mais um barulho de estilhaço.

Allison estava fazendo isso há mais de uma hora. Depois que Caroline foi ao seu quarto e tentou animá-la com a organização da festa, ela começou.

Desceu para sala e começou a gritar dizendo que não queria mais festa e nem mais nada.

– Por que ninguém gosta de mim? Por que eu só sou diversão? Por quê?! - Allison gritou mais uma vez, seguido de outro barulho de estilhaço.

Elena, Caroline e Stefan tentavam consolá-la, mas nada adiantava.

Isso não podia mais continuar e eu sabia como pará-la.

– Chega - falei em tom de voz calmo, porém autoritário.

Allison segurou o choro e me encarou.

Aproximei-me dela.

– Eu ouvi seu choro por mais de uma hora, eu deixei que você explodisse, mas agora chega.– minha voz calma perfurava o ar como espinho. Continuei:

– Você não pode mais ficar quebrando coisas e gritando como se fosse uma garotinha estúpida! Você já enfrentou muita coisa para deixar se abater por causa de um garoto!

– Só que dessa vez eu não consigo ser forte, pai! - ela exclamou enquanto mais lágrimas desciam.

Encarei-a. Ela estava acabada. A minha garotinha estava acabada. Eu não podia deixar por isso mesmo.

– Tudo bem. Mas eu consigo - falei rumando para a porta.

No entanto, Elena impediu-me de sair.

– Damon, o que você vai fazer? - ela perguntou preocupada.

– Não vou matá-lo se é isso que está pensando - assegurei - Mas vou ensiná-lo uma boa lição.

Consegui sair e corri na direção da casa de Thomas.

Ele ia pagar por ter usado a minha menininha.

* * *

Toquei a campainha com força.

Thomas abriu e a vadia a quem Allison se referiu estava grudada a ele.

– Sr. Salvatore. O que o senhor faz aqui? - ele perguntou com expressão surpresa.

– Saia - ordenei.

Ele obedeceu.

– E quanto a você - olhei para a garota - Você não vai gritar. Não vai emitir nenhum som. E quando tudo isso acabar vai esquecer o que aconteceu.

Ela assentiu de forma mecânica.

Segurei Thomas pelo colarinho.

– Para tudo que eu perguntar você só vai responder a verdade - hipnotizei.

Ele assentiu mecanicamente.

– Por que você ficou cercando Allison? Por que você a escolheu? - perguntei com raiva.

– Eu cercando? - ele debochou - Acho que foi ao contrário. Ela que todo dia ficava me olhando, me admirando a distância, suspirando quando eu passava. Então eu entrei na onda dela. Queria ver como era ficar com uma garota mais nova. E com ela foi tão fácil...

Soquei seu rosto com tanta força que acho que sua mandíbula deslocou.

– Desde quando você a traí? - perguntei com voz já alterada.

– Praticamente desde o dia em que começamos a namorar. Eu nunca gostei dela. Ela era só uma diversão, uma coisa nova para experimentar...

Desferi um soco com grande intensidade no seu rosto e logo depois em sua barriga.

Ele caiu no chão e eu me abaixei para continuar desferindo golpes.

– Allison disse que você estava ficando com essa vadia há uma semana. Você mentiu para a minha filha?!

– Não - ele falou com esforço - Eu estou com a Valéria há apenas uma semana. Mas não significa que eu já não tenha a traído mais de uma vez.

Soquei de novo. E de novo. E de novo.

Ele cuspiu sangue, totalmente fraco.

– Mais uma pergunta - agarrei sua camisa com força. - Você disse para Allison que a amava? Você mentiu desse jeito?

Ele soltou um riso, onde escorreu mais sangue.

– Claro. Eu tive que contar essa mentirinha para conseguir chegar onde eu queria.

Enrosquei seu pescoço em meus braços pronto para quebrá-lo e acabar com a existência daquele infeliz.

Mas então notei que a morte seria fácil demais para ele.

Thomas merecia sofrer. Bem mais do que minha filha estava sofrendo.

Olhei diretamente em seus olhos e comecei uma nova hipnose:

– Você vai terminar seu caso com aquela vadia que está parada à sua porta. Você vai deixar a cidade e se lembrará do que fez a Allison. Esse será um arrependimento que você levará por toda sua vida. Toda vez que conhecer qualquer garota, você lembrará dela e sofrerá pela dor que a fez passar. Esse sofrimento te acompanhará por toda sua vida.

Deixei-o sangrando no chão e fui embora.

Ele iria pagar pelo que fez com a minha filha.

* * *

Cheguei em casa e vi Elena sozinha tirando os cacos de vidro do chão. Stefan e Caroline já tinham ido embora.

Ela me olhou e fez um sinal para que eu subisse. Consegui ouvir que Allison ainda fungava.

Subi e vi minha filha com o rosto inchado enterrado no travesseiro. Ela ainda estava chorando.

Sentei-me na cama próximo a ela e acariciei seu cabelo.

Ela virou-se para mim.

– Pai - sua voz saiu falha - Me desculpe.

Abri meus braços e ela jogou-se neles. Percebi que ela lutava para segurar as lágrimas.

– Você não tem nada que se desculpar, minha linda - falei com voz suave.

– Você me avisou. Eu não tomei cuidado. Eu fui tão estúpida! - ela derramou as lágrimas que estivera segurando.

– Você agiu movida pelo amor. É normal que se esqueça do cuidado. - consolei.

Ela chorou copiosamente e eu apertei-a ainda mais contra o meu peito.

– Me desculpa por estar chorando assim. - ela pediu em meio às lágrimas - Mas é que está doendo. Está doendo muito, pai!

Seu choro intensificou-se de uma maneira que eu não pensei que pudesse haver.

Meu coração doía ao vê-la daquele jeito. Despedaçada.

– Eu sei o quanto está doendo. Eu sei o quanto você está magoada. Mas eu sei também que isso algum dia vai passar. Você vai ver - falei.

Ela não me deu ouvidos.

– Qual é o problema comigo, pai? Por que os garotos nunca se aproximam de mim? Eu sou feia? Sou chata? Qual é o meu problema?! - ela perguntou entre soluços.

– Não. Você não tem nenhum problema - acariciei seu cabelo. - Você é linda. É a garota mais linda que já vi. Você é incrível. Não posso apontar nenhum defeito em você. Se os garotos não se aproximam de você, então eles sabem que não te merecem.

– Thomas disse... - ela soluçou - disse que eu... não valho o tempo dele.

– O que Thomas disse não importa! - falei um pouco mais alto do que gostaria. - Se você não valesse a pena, eu e sua mãe não teríamos te escolhido. Não teríamos aceitado enfrentar tudo para que você ficasse bem. Ally, o que esse garoto idiota pensa de você não te define.

– Por que ele fez isso comigo? Eu o amava tanto. E ele disse que me amava também. Por que ele mentiu?

Não respondi. A resposta a isso acabaria com ela. Embora eu acreditasse que ela já suspeitasse.

– Minha linda, você nunca poderá entender o porquê disso. Você é uma garota maravilhosa e ele é um completo estúpido. Você não tem como entender isso.

– Me sinto tão idiota. Estou com tanta vergonha, pai - ela enterrou seu rosto em meio peito.

Respirei fundo.

– Ally, não é você que tem que ter vergonha, é ele. Thomas foi o grande idiota dessa história toda.

– Estou com vergonha de olhar para você, pai. - confessou - Você com certeza vai me olhar de um jeito diferente agora. Depois de tanto aviso...

Afastei-me dela apenas para que nossos olhos se encontrassem.

– Você está vendo alguma coisa diferente no meu olhar? - perguntei segurando seu rosto.

Ela não respondeu.

– Não. Você não está vendo. Porque isso não vai mudar. Lembre-se do que eu te disse: eu te amo e sempre te amarei. E eu nunca, jamais, te deixarei. Você é a minha bebê, Allison. A bebê que eu salvei do lixo. A menina que foi a razão dos meus sorrisos durante esses últimos anos. Não é por causa de um erro que isso vai mudar. Eu te amo. Eu te amei ontem, eu te amo hoje e continuarei te amando amanhã. Isso nunca vai mudar.

Quando terminei, percebi que as lágrimas de tristeza de Allison tinham se transformado em lágrimas de emoção.

Abracei-a novamente e ela murmurou:

– Muito obrigada, pai. Me sinto tão honrada por ter sido escolhida. Eu também te amo. Eu te amo muito.

Um pequeno sorriso nasceu em meus lábios. Ficamos alguns minutos em silêncio. O choro dela já tinha cessado.

– Pai? - chamou - Você pode dormir aqui comigo? Como quando eu era pequena e tinha pesadelos?

– É claro que posso.

Deitei-me na cama e aconcheguei-a em meus braços.

– Você é o melhor pai do mundo - ela murmurou.

– E você é a melhor filha do mundo - murmurei de volta.

Em pouco tempo, ela já tinha pegado no sono.

E a julgar pela respiração tranquila dela, seu sono parecia ser tranquilo.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam??
Comentem!!!
Ps: Estarei postando o próximo cap até no máximo quarta-feira.
Beijos!!!



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