Poemas ou Travessuras? escrita por Bianca Fiats


Capítulo 22
Capítulo 22 - Como ajudar sem atrapalhar?


Notas iniciais do capítulo

Obs: Capitulo da Rose... Explicação da troca do camafeu ao final do capitulo.



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"Por todos os bruxos juntos, quem é você e o que fez com Scorpius?"

Scorpius estava imenso. Ele deu o que minha mãe chama de a espichada. Acho que não percebi que Albus também o fez por que ele estava conosco. Scorpius estava muito mais alto, se não uns 10 centímetros, muito mais. Seu rosto parecia mais pronunciado, uma aparente barba crescia em seu maxilar e queixo. Era de um tom um pouco mais escuro que o cabelo e estava bem desenhada, como se tivesse sido cuidada ao longo de seu crescimento. Os cabelos rebeldes agora chegavam um pouco abaixo dos ombros. Ele tinha jogado o cabelo pra trás, apenas ressaltando seu rosto e lhe dando um ar diabólico e de fazer qualquer mulher tropeçar nos próprios pés.

Scorpius não havia falado nada, apenas ficou parado diante de mim.

"Você encolheu nas férias e no Natal Rose? " Ele apenas ergueu o canto do lábio esquerdo. "Vem cá baixinha"

E ele me ergueu no alto. Scorpius estava um perigo da natureza, ele deveria ser preso por estar tão bonito. Haveria homicídios em breve.

"Uma dessas tias distantes lá da França disse que meus dois avôs tiveram esse surto de crescimento, mas acho que devem ter colocado alguma poção nos chás por que..." Ele passou a mão pela frente do corpo. "Como pode ver, pareço ter 18 e não 16".

"Aí está você, te procurei por toda..." Libusee parou de falar quando finalmente olhou para Scorpius. Um parado ao lado do outro e eu pude compará-los. Lib mudou e ao mesmo tempo não mudou nada desde que entrou no colégio. Ela perdeu as gordurinhas da infância e se antes ela parecia com Rowena, agora ela estava sua fotocópia. Se obviamente não fosse pelos seus olhos dourados, responsáveis pela ilusão masculina. O rosto angelical agora era bem pronunciado e detinha um aspecto mais adulto. Seus cabelos longos sempre bem cuidados, com fios revoando sobre seus ombros e costas. Um olhar duro e misterioso que era o que todo o mundo via exteriormente. E lábios como os de uma boneca de porcelana. Ela estava apenas um pouco mais baixa que Scorpius, com sua cabeça na direção do peito dele. Mesmo assim quando ela ergueu levemente o queixo para cima pra olhar Scorpius, tudo nele pareceu murchar. Era como se ela reduzisse o mundo ao seu redor com esse empinar de queixo, e se tornasse um tornado em que todos querem estar para girar junto a ela. Mas o mais importante dos dois, era que por trás de toda essa aparência eu conseguia ver corações puros e mentes sagazes.

Lembro-me de Libusee ajudando Harry, um auror formado, a trabalhar com poções de nível avançadíssimo, além de cuidar do jardim com um esmero, quase como se cuidasse de um bebê.

Essa mesma Libusee continuou olhando para Scorpius como se analisasse uma de suas plantas em crescimento, ou seja, com muito interesse.

"Malfoy." Ela curvou a cabeça ligeiramente.

"Campbell."

"E como foi na França? "

Scorpius pareceu esquecer como se falava e depois de balbuciar um pouco ele finalmente soltou.

"Foi bem divertido. Alias, gostei muito do presente. Já estou quase terminando em realidade?"

"Divertido? Bom para você" Libusee perguntou com um tom seco e acredito que Scorpius não tivesse passado no teste. Então Libusee virou-se para mim e sabia que lá vinha merda. "Rose eu perdi o endereço de Louis, será que você teria? Preciso enviar umas coisas para efetuar."

"Louis? Louis Weasley? Aquele meio Veela que vive com mil e uma garotas?" Scorpius praticamente rugiu.

"Oh sim. Mas ele não é exatamente como você? O conheci nesse Natal. Um rapaz adorável"

"Eu..." precisava sair do meio do campo de batalhas. Urgente.

"Não precisa passar o endereço pra ela, Rose" Vi que Scorpius tinha os punhos fechados. Ele estava maior, pelo amor, como se isso fosse possível.

"E porque ela não entregaria?" Libusee colocou as mãos na cintura.

Ok. Isso não era natural para nenhum dos dois. Sabe qual a vantagem de ser baixinha? Passar despercebida nessas situações. Especialmente quando Scorpius aproximou seu rosto a centímetros do rosto dela, como se fosse beijá-la e disse num sussurro quase parecendo um rosnado.

"Eu te darei pessoalmente, mais tarde"

E ele foi embora, completamente irritado. Deixando-nos para trás.

"Que bicho mordeu ele?" Libusee estava vermelha, e finalmente pareceu voltar à naturalidade, pois agora me olhava como um ‘anjinho arrependido’.

"Que foi que deu em vocês dois? Cadê a Lady e o Príncipe que todos nós conhecemos? Vocês mudam quando estão perto um do outro."

Lancei um olhar curioso para ela.

"Ele tem tirado o pior de mim... "

Libusee suspirou e fez um gesto para seguirmos ao salão.

♠♠♠

Eu e Albus estávamos sentados no jardim em frente do portão principal. Estava em seus braços lendo sobre Aritmancia. O último ano era o pior de todos, aonde íamos nos preparar para o resto das nossas vidas, mas o penúltimo era o ano das incertezas. Fechei o livro frustrada.

"O que vai fazer da vida Albus?" Perguntei intrigada "Sabe, dependendo do que for fazer... bem..."

Ele me apertou mais forte em seus braços e beijou meu pescoço.

"Se quiser ser professora, eu a seguirei e se não houver um cargo pra mim, me candidato a zelador e faço companhia ao Filch. Se quiser trabalhar na Normandia eu irei com você... "

"Estou falando sério Albus."

"Eu também Rose. Acha que passei um ano inteiro pedindo pra você me aceitar apenas durante o colégio? "

Meu coração apertou um pouco e me vi beijando-o por todo o rosto. Ele riu e mordeu a ponta do meu nariz.

"Antes, o que você queria?"

Albus pareceu pensar, então suspirou.

"Todo mundo espera que eu, James e Lily, nos tornemos ou jogadores de quadribol, ou auror ou redator de esportes." Albus bufou "Mas o que eu quero mesmo é trabalhar com feitiços. Acho que desfazer feitiços no Gringoles ou talvez no departamento de reparo de feitiços do ministério"

Sabia que ele era bom em algumas matérias e gostava de várias, mas nunca tinha imaginado que ele gostaria de seguir nesse ramo.

"Gosto dos livros da mamãe, mas... Não me vejo tão parada assim. E também não me vejo lidando com os perigos que o papai corre. Eu e Libusee estávamos falando sobre nós tornarmos mestre de poções. Ficamos sabendo de um departamento que cuida de desenvolver, criar e distribuir poções para todos os setores da magia. Em especial aos hospitais. Ela disse que começou a escrever algo e estudar as ervas nas poções. Gosto mais de lidar com os outros materiais, como veneno de cobras, lágrimas de sereiano, escamas de dragão... "

Albus beijou minha fronte e começou a fazer cafuné nos meus cabelos.

"Amor parei de entender no Poções."

Dei um tapa em seu ombro e senti o meu corpo sacudir quando ele riu.

"E você sabe o que Scorpius quer?" Albus revirou os olhos, e mesmo que eu não pudesse ver, era fácil sentir, por isso ele recebeu outro tapa no ombro, do qual ele riu novamente.

"Ele vai jogar no time de quadribol Puddlemere e vai nos levar aos jogos. É bem... antigo e tradicional. Acho que combina com ele".

"É... faz sentido." Ele pegou o livro já esquecido das minhas mãos. "Mas de onde surgiu tudo isso? Pensando no nosso futuro juntos?"

Ergui o rosto e beijei seu maxilar.

"Isso também, mas... É tudo tão complicado. E aqueles dois só pioram a situação."

"Aqueles dois? São os dois que estou pensando?"

"Os únicos dois que nos conhecemos..."

"Eu sempre posso ajudar" Albus me virou e ficamos de frente.

"Albus... Acho que se fizermos algo, só vai piorar a situação. Eles..."

"Deixe-me ajudar ou deixe que eles tenham suas brigas de casal."

Dei uma risadinha com seu comentário.

"Só não diga isso pra nenhum dos dois. É capaz deles arrancarem nossas bocas a mordidas desse jeito."

"Não. Só eu posso morder" então Albus mordeu minha bochecha.

♠♠♠

Libusee apareceu agitada na nossa ‘sala/masmorra’. Aproveitamos aquele lugar para passar um tempo e estudar sem ter olhares atravessados, ou cochichos, ou apenas por que queríamos. Ela parecia toda contente. Pulou numa das pilhas de almofadas, e se fosse outra época, eu teria estranhado.

“O que te trás tão contente para cá?”

“Acontece que eu venci uma aposta com Albus. E mudei uma parte do prêmio só para dividir com você” Libusee pegou uma sacola com feijõezinhos e lançou na minha direção. “Agradeça-me agora”

“Vai à merda Lib” Falei, mas ainda assim aceitando o saquinho.

Libusee sorriu e pegou uma sacola com bombons.

“Por Morgana, quanto que vocês apostaram?”

“Muitos chocolates... muitos” Libusee agora parecia no paraíso.

“Não vou nem perguntar.” Segurei a risada da empolgação de Libusee pela guloseima, mas acho que estaria igual a ela se fosse eu a ganhar “Mas o que mais você veio falar comigo, além de óbvio entregar meu doce?”

Libusee virou-se para me olhar e depois de terminar o doce que comia (com muito mais lentidão do que o normal).

“Você sabe que minha irmã conseguiu chegar a um cargo muito bom no Ministério correto? Ela disse que pode conversar com o Chefe dos Mestres de Poções para nos supervisionar por um tempo como um estágio voluntário tão logo sairmos daqui. Eles irão analisar não apenas nossos N.I.E.M.S, além de lerem nossas provas e verificarem todas as alternativas certas e erradas. De lá, nós lutaremos com nossas próprias garras.”

Pisquei alguns instantes não acreditando no que ouvia.

“Mas… mas… Achei que sua irmã não gostasse de você”

“Digamos que meio que pedi à Gina algumas informações sobre Charles. E ela ficou muito empolgada. Depois disso foi fácil.” Libusee sorriu.

“Você devia ser de Sonserina.”

“Oh não, eu só estou vendo as coisas com minha mente aberta... Beeem aberta”.


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Notas finais do capítulo

Quando vi esse gif não pude deixar de imaginar que essa foi a olhada da Lib para o Scorpius. Por que essa imagem está tão digna dessa cena... :P



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