I am the Target escrita por Hawtrey, KCWatson


Capítulo 17
Fora de Controle - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Me perdoem a demora, eu ia postar ontem pelo menos, mas me perdi por aqui kk Enfim, quero agradecer imensamente a todos que comentaram *-* Daqui a pouco responderei a todos eles, calma ♥
E quero agradecer especialmente a luamarianox que nos deu muitos comentários e uma nova recomendação! ♥ ♥ ♥ Essa menina é um amor gente =D Estou muito feliz com a participação de vocês!!

Também vim avisar que KellyWatson está ocupada com a faculdade agora, então eu vou tentar assumir por enquanto. Tentarei postar pelo menos uma vez por semana, no máximo com poucos dias de atraso. O proximo capítulo já está na metade e espero conseguir cumprir essa meta por vocês que estão sempre por aqui *-*
— KPrince



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/651251/chapter/17

O barulho incessante ecoou pela segunda vez. Joan resmungou. Não podia ter passado muito tempo desde as seis da manhã quando o celular tocou pela primeira vez. Mesmo com sono podia reconhecia o toque instrumental e já começava a pensar o motivo de Sherlock ligar tantas vezes seguidas. Será que havia um novo caso? Um que não envolvia Holloway?

― Senhora Holmes, quer que eu atenda?

Ela piscou com dificuldade, reconhecendo a voz.

― Joshua?

― Sim, quer que eu atenda ou não? Não aguento mais ouvir esse som ― o homem confessou levemente irritado.

― Não, tudo bem. Darei um jeito nisso, obrigada.

Quando voltou a ficar sozinha, Joan se sentou e alcançou o celular. Havia sete mensagens, cinco mensagens de voz e vinte ligações perdidas. Sherlock sabia ser insistente quando queria.

Pensei que nunca mais falaria comigo Sherlock...

― Droga...

Decidiu retornar a ligação.

Está no viva voz ― anunciou uma voz feminina conhecida ― Olá Joan.

Joan resmungou.

― Moriarty? ― desacreditou ― O que faz aí? Não, prefiro não saber.

Acalme-se... não roubei o Sherlock de você ― Moriarty devolveu, rindo.

― Realmente não quero saber. Por que me ligou?

Irene o que está fazendo? ― a voz irritada de Sherlock surgiu ― Com quem está falando?

Eu só atendi quando ela retornou suas ligações.

Houve o barulho de alguma movimentação e Joan podia jurar que Sherlock havia pegado o celular e retirado do viva voz.

Joan?

― É Watson. E se vocês transaram no sofá ou na minha cama, pode queimar tudo.

Nós não transamos ― Sherlock retorquiu firme ― Ela apareceu-

Não é mais minha casa Sherlock, lembra?

― Foi só um aviso ― Joan cortou irritada ― Não pedi informações. Por que me ligou?

Eu precisava saber onde você estava.

― E precisava ter ligado vinte vezes?

Você passou a noite fora e não avisou nada.

Joan riu sem humor.

― Acredito que viu meu bilhete.

Joan... ― Sherlock tentou novamente ― Perdoe-me por aquilo. Sei que precisamos conversar sobre o que aconteceu...

― Não vamos conversar sobre mais nada Holmes ― ela cortou novamente, seca ― Você deixou bem claro seus pensamentos ridículos sobre o que aconteceu. Faça um favor a si mesmo e esqueça tudo. E da próxima vez que for jogar isso na minha cara usando suas amigas, avise-me antes, talvez eu possa fazer o mesmo por você. Até breve.

Ela desligou e começou a procurar o outro número antes que Sherlock decidisse ligar novamente.

Foi rápida.

― O que fez? ― questionou sem rodeios ― O que aprontou dessa vez Moriarty?

Não fiz nada Joan, eu juro ― garantiu Moriarty calmamente ― Não revelei nada ao Sherlock. Fui ao Sobrado atrás de você.

― Eu? ― Joan franziu o cenho ― O que quer comigo?

― Precisamos nos encontrar. É sobre Holloway.

― Onde?

― No galpão onde você costuma treinar. Em uma hora ― Moriarty informou ― Leve os guardas, pode ser perigoso.

Joan largou o telefone e se apressou em se arrumar.

― Joshua, tenho alguma roupa por aqui? ― perguntou abrindo a porta do quarto ― Alguma que não seja tão... formal?

― E aonde você vai? ― ele retorquiu abaixando o jornal.

― Conseguir informações e quero os guardas comigo.

***

A rua estava deserta, como esperava. Mesmo assim os seguranças insistiram em uma divisão: três deles iam abrindo o caminho, quatro cobriam a retaguarda e dois no carro. Joan revirou os olhos. Tudo aquilo era um exagero, sentia-se o próprio presidente.

― Isso é ridículo ― Joshua repetiu pela enésima vez ― Não pode se expor dessa forma.

― Eu me exponho todos os dias Joshua ― ela retrucou impaciente ― Saindo de casa... abrindo a janela... tendo uma vida, sabe?

― Mas vir pessoalmente pegar informações com uma criminosa? Isso é um risco! Pode ser uma armadilha!

― Confio nela.

Joshua revirou os olhos. Nem Joan acreditava nas próprias palavras. Como confiar em Moriarty? Como confiar na mulher que esmagou o coração de Sherlock?

― Sua confiança não me importa ― Joshua revidou irritado ― Se algo acontecer com você, Morland vai me jogar para Forllet.

― E Follet vai fazer churrasco de você ― completou Joan revirando os olhos ― Sim, eu sei. Também sei que é um risco, mas o nosso objetivo é salvar Sherlock e não vou conseguir isso se ficar trancada naquele apartamento.

― E Forllet é capaz de usar o sangue desses seguranças como molho ― ele insistiu.

― Ei ― Moriarty interrompeu ― Entrem de uma vez.

Joan não esperou outra reclamação e entrou no galpão, deixando os outros cuidarem da segurança já que insistiam em tantos.

― O que é tão importante? ― apressou enquanto um dos seguranças fechava a porta.

Moriarty sorriu de modo malicioso e indicou que a seguisse:

― Você me pediu ajuda com o Holloway...

― Não pedi nada ― Joan cortou seca ― Você insistiu.

― Sim, sim, que seja. O que é tão importante... é que eu consegui.

Joan franziu o cenho.

― Conseguiu o quê?

― Ajuda.

Joan a olhou confusa até chegar a uma mesa e ter um notebook colocado a sua frente. Fitou o mesmo incerta com o que devia procurar até grandes letras vermelhas chamaram sua atenção no fundo escuro da página.

― Proctor? ― fitou Moriarty ― O que é Proctor?

Ainda sem obter resposta, continuou analisando o site abaixando a barra de rolamento até que algo a fez parar. Havia uma foto de Sherlock ali e bem abaixo uma foto sua, então ao lado das duas havia um preço.

— Espera... estão oferecendo dinheiro? Por nós?

— Pela cabeça de vocês — corrigiu Moriarty acrescentando — Vê? Bem acima da foto do nosso querido Sherlock. Vivos ou mortos.

Joan paralisou. Vivos ou mortos? Isso com certeza era um problema.

— Tem mais gente querendo nos matar?

— Depois desse anúncio, com certeza — garantiu Moriarty — Quinhentos milhões.

Joan ofegou, descrente.

— Quanto? Quinhentos milhões?

— Por cada um — Moriarty acrescentou — E o pagamento só é feito com a presença de ambos.

— Isso é loucura. Quem pagaria tanto?

— É o que temos que descobrir.

— Tem como derrubar o site? — perguntou Joshua.

— Já estamos trabalhando nisso — Moriarty sorriu — Provavelmente vamos conseguir, o problema é que já foi visto por milhões de pessoas. Não sabemos quantos ainda estão determinados a ganhar esse dinheiro.

— E quanto a Holloway? — Joan questionou ainda assustada.

— Eu o encontrei.

― Encontrou? ― Joshua se certificou de ter ouvido certo ― Onde?

― Ele não está realmente escondido... ― comentou Moriarty ― Farei uma visita a ele mais tarde.

― Sozinha?

Joan riu sem humor e respondeu:

― Sozinha ou não, ela sabe se cuidar muito bem.

― Adoro sua confiança em mim Joan ― Moriarty sorriu convencida.

― Abaixem-se!

Joan olhou para trás assustada ao mesmo tempo que os primeiros tiros foram ouvidos e se deparou com um dos seguranças correndo até ela enquanto um outro permanecia inerte no chão. Imediatamente se jogou no chão, levando Moriarty junto.

― O que está acontecendo? ― perguntou assustado quando ele se aproximou.

― Invadiram o perímetro ― ele ofegou respondendo ― Há mais de um armado.

Joan lançou um olhar incrédulo a ele e o apressou:

― O que vamos fazer?

― Eles vão tirar você daqui ― respondeu Moriarty sacando a arma ― Eu e meus associados vamos distrair os armados.

A consultora nem pensou em protestar, apenas agarrou o braço do segurança e tentou seguir para fora do galpão. Ainda podia ouvir a enorme quantidade de tiros e até sentir alguns passarem próximos demais, ali poderia ter, facilmente, mas de cinco pessoas atirando e incrivelmente ninguém conseguia acertá-la;

Isso não poderia ser sorte.

Forçou o segurança a parar atrás de uma mesa e analisou a situação. Os homens de Moriarty estavam revidando muito bem, todos ainda de pé e bem seguros do que estavam fazendo, o melhor se podia dizer do grupo adversário. Claramente eles estavam preparados para um contra-ataque ou no mínimo que teriam que lidar com um pequeno grupo armado, sabiam onde estavam, como entrar sem serem notados e o que enfrentariam. Mesmo assim, não atiravam para matar. Então o que faziam ali?

― O que ainda faz aqui? ― Moriarty questionou entre dentes, aproximando-se.

Joan arregalou os olhos, não pela aproximação da mulher e sim por ver quem estava bem atrás dela. Holloway sorriu e antes que ela pudesse se mover, puxou Moriarty e apontou uma arma para sua cabeça.

― Todo mundo quieto ― gritou fazendo todos paralisarem ― Ou a dupla face aqui morre.

― Dupla face? ― desdenhou Moriarty ― Não tinha um apelido melhor?

― Quieta Jamie.

Joan olhou ao redor e se levantou. Cada possível aliado seu já estava na mira de uma arma, sua atenção então se voltou para a rara cena a sua frente. Sinceramente, jamais pensou que conseguiria ver Moriarty sendo refém de alguém tão diretamente. A situação era tão horrivelmente inesperada que conseguia facilmente imaginar os futuros problemas sem o brilho assassino no olhar de Moriarty e sem o sorriso debochado de Holloway.

Que merda está acontecendo aqui?

― O que você quer agora Holloway? ― questionou dando um passo a frente.

― Antes de tudo, que tal um acordo? ― ele sugeriu arrancando a arma de Moriarty e a jogando longe ― Nada de feridos. Meus amigos ficam quietos, seus amigos ficam quietos e ninguém se machuca. Quero apenas conversar.

― Não acha que já conversamos demais?

― Eu só quero cinco minutos a sós com você.

― Nem pensar ― intrometeu-se Moriarty seca.

― Eu não gosto muito de você, então é melhor ficar quieta dupla face ― exigiu Holloway impaciente.

― O sentimento é reciproco. Você está roubando meu posto de criminosa mais procurada, sabia?

― Você vai receber o posto de criminosa morta se não calar a boca.

Joan franziu o cenho quando notou o brilho assassino sumindo dos olhos de Moriarty.

― Quanto ao seu acordo Hector Holloway... ― ela disse sorrindo ― Eu e Joan não somos amigas.

Moriarty então lançou o cotovelo contra as costelas de Holloway ao mesmo tempo em que agarrava a mão dele que carregava a arma e a erguia para o alto, longe de sua cabeça.

― Joan, vai!

Joan obedeceu e começou a correr, deixando até mesmo o segurança para trás. Tinha certeza de que era um alvo fácil naquele momento, que a qualquer momento uma bala atravessaria seu corpo e que aquele seria seu último passo. Era estranho. Não estava com medo, como pensou que estaria nesse tipo de situação, estava irritada. Muito irritada. Porque cada célula do seu corpo gritava que algo estava muito errado e aquilo que Sherlock chamou de instinto estava inquieto, como se houvesse um grande e barulhento alarme em sua cabeça.

Sentiu seu tornozelo ser puxado e gritou quando caiu, batendo a cabeça no chão. O homem responsável pela sua queda a virou com violência e a acertou com um murro, Joan ofegou com a dor e tentou afastá-lo, arranhando seus braços. Ele rosnou de raiva e se ergueu, em seguida retirando a faca do cinto e a erguendo contra Joan.

― Não!

Ela olhou em direção ao grito e se surpreendeu ao encontrar Holloway com a arma erguida em sua direção. O tiro parecia tão perto que a assustou e demorou a perceber que o homem agora estava caído no chão. Piscou atordoada, sentindo seu corpo começando a gelar. Tinha quase certeza de que havia grandes respingos de sangue em si, sangue do homem que acabara de morrer bem a sua frente.

Uma dor aguda a tirou do transe, a parte superior do seu braço já estava ficando coberto de sangue. Ela silvou de dor e apertou o ferimento, olhando ao redor. Agora havia mais pessoas, mais tiros contra o grupo de Holloway. O que estava acontecendo?

― Senhora Holmes! Senhora Holmes!

Um homem loiro gritava a sua frente, parecendo preocupado. Joan sacudiu a cabeça tentando clarear a própria mente e o fitou com atenção.

― Forllet?

Ele revirou os olhos e a ajudou a levantar.

― Está tudo bem? ― perguntou a arrastando para o canto ― Você paralisou.

― O que aconteceu? ― ela questionou fitando o próprio braço que latejava.

― Isso aí foi sorte, um tiro de raspão. Tem muita gente aqui querendo matar você.

Joan olhou ao redor assustado, quase não conseguindo acreditar na quantidade de armas sendo disparadas ou na quantidade de sangue no chão.

― Precisamos sair daqui ― alertou Forllet chamando sua atenção ― Tudo saiu do controle. A loira está no carro e também precisa de ajuda.

― Moriarty?

― É, vamos logo.

Ele ergueu a arma e ficou na frente, abrindo caminho, enquanto Joan se preocupava em se abaixar para não ter mais uma surpresa. Assim que conseguiram sair ela correu até o carro e prendeu a respiração ao ver Moriarty deitada no banco de trás.

― Tiro no abdômen ― Moriarty debochou pálida ― Eu devia imaginar que algo assim aconteceria no meio daquela confusão...

Joan revirou os olhos e entrou, colocando a cabeça dela sobre suas pernas.

― Fica calada, você tem muita sorte em não ter sido no coração.

Forllet rapidamente ligou o carro e acelerou em direção a rua principal.

― Você tem um hospital naquela boate? ― Joan perguntou tentando estancar o ferimento de Moriarty, ignorando seu braço.

― Tenho outras propriedades sabia? ― Forllet respondeu irritado ― Sou rico o suficiente para estar bem preparado para essas situações que não deveriam acontecer.

― Eu odeio você ― Moriarty murmurou.

― Falei pra ficar calada ― cortou Joan indiferente.

― Primeiro você toma o meu lugar na vida de Sherlock... e por sua causa um idiota está roubando meu lugar no mundo do crime. Estou orgulhosa Joan.

Joan revirou os olhos e sussurrou em resposta.

― Deixe-me contar um segredo Irene, ninguém nunca vai conseguir seu lugar na vida de Sherlock. No fundo ele sempre vai amá-la.

― E Holloway? ― Moriarty insistiu, sorrindo.

― O mundo não vai aguentar vocês dois ao mesmo tempo, é coisa demais para uma única linha do tempo. E eu tenho quase certeza que, depois de hoje, você vai mata-lo.

― Quero queimá-lo vivo.

Joan bateu no banco da frente, chamando a atenção de Forllet.

― Vai mais rápido, estamos perdendo muito sangue aqui.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?
Comentários? Recomendações?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I am the Target" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.