Vizinhos de porta. escrita por LadyAmy
Após terminar de desempacotar e arrumar as compras, comi qualquer porcaria porque estava com preguiça de cozinhar algo. Bom hoje será um dia cansativo, organizei mentalmente o que faria hoje.
1 - Limparia toda a casa.
Não se sabe quanto tempo esse lugar ficou desocupado, sem falar que a poeira tem tantas camadas que é facilmente visível.
2 - Ligaria para um velha tia minha pedindo dinheiro.
Odeio ter que fazer isso mas é minha unica opção.
3 - procurarei emprego.
Como sobreviver sem dinheiro no mundo de hoje ? Posso ser formada em geografia mas aceitaria qualquer emprego nesse momento. Comecei arrumando a sala, todos os moveis foram limpos e a poeira removida, em seguida foi a vez do quarto e terminando por ultimo o banheiro. Eram já 16:00 quando acabei tudo e tomei um bom banho bem demorado. Demorei mais alguns minutos para secar meu cabelo ruivo extremamente grande. Após isso liguei para minha tia, que por sinal era a unica pessoa da minha familia , e a convenci a me mandar um pouco de dinheiro e que depois eu devolveria, poxa a mulher era rica não vai fazer diferença.
Estava prestes a sair quando o meu celular toca e do outro lado havia uma bixa má extremamente ansiosa.
– Dite, o que aconteceu ?
– Consegui um emprego para você.
– QUE ? - estou petrificada, serio isso Dite ?
– Isso que voce ouviu, um das garçonetes do restaurante se demitiu e abriu a vaga.
– Dite, voce é perfeito.
– Eu sei, agora voce só terá que aparecer amanha lá para preencher sua ficha.
– Obrigado.
– Agora preciso ir, tenho manicure marcada, até - falou Dite desligando
Os poucos dias que passei aqui já foram melhores que os anos que passei no outro apartamento, tenho um amigo muito legal, um vizinho gato e cavalheiro e um grande amigo de infancia. Pera ae tive uma ideia, vou fazer um bolo de chocolate pro Dite, em uma das nossas conversas ela falou que adorava.
E foi isso que eu fiz, bom não vou me gabar mais eu cozinho muito bem. Após terminar o bolo, concluir a cobertura e colocar em ordem no bolo todas as bolinhas de brigadeiro o embrulhei e coloquei bonitinho dentro de uma caixa própria, que não faço a minima ideia de como veio parar ali. Já eram 21:00 quando sai de casa, e para minha felicidade ou não, encontrei Aiolia no caminho.
– Ola Cleo - falou ele cm seu costumeiro sorriso.
– Ola Aiolia, e essa quem é - falei reparando na garotinha que se escondia entre suas pernas.
– Marcia diga olá a sua nova vizinha - falou ele.
A menina ainda envergonhada saiu de trás das pernas do pai e deu um pequeno sorriso.
– Ola - a pequena falou.
– Ola, sou Cleo - falei me agachando para ver a menina mais de perto, ela era a copia feminina do pai, possuia os cabelos e olhos verdes que nem o do pai, a unica coisa era que sua pele era mais branca.
– Papai estava certo voce é bonita - falou a menina com sua pura inocência.
Acho que corei violentamento e nem se quer olhei para Aiolia que se engasgava com sua própria saliva.
– E quantos anos voce tem ? - tentei mudar o mais rapido de assunto.
– Sete.
– Então voce já vai para escola - falei.
– Sim, minha professora é muito legal.
Soltei um sorriso e me levantei olhando para Aiolia, que estava extremamente vermelho.
– Desculpe tenho que ir, até Aiolia, Até Marcia - disse já me apressando tentando sair daquela situação extremamente constrangedora.
Ao perceber já estava no andar de de Dite.
– Voce deve ser a nova vizinha, o que lhe trás a esse andar numa quinta feira a noite - falou uma voz atras de mim.
Me virei dando de cara com um homem altos acompanhado de uma mulher com roupas muito provocantes, o olhei de baixo para cima julgando pelo corpo do cara, que foi ? olhei mesmo, e pela sua companhia após que esse deve ser o Milo.
– Ola, sou Milo -falou ele largando a moça e se aproximando de mim, até de mais, dei alguns passos atras até ser impedida pela parede.
– O..Ola - ele estava muito perto.
– Trabalho como psicologo aqui perto se precisar de minha ajuda já sabe
– LARGA A NOVATA, SEU IDIOTA.
E do nada um voa uma pilha de livros acertando em cheio o Milo, que caia do chão. E logo saindo do elevador um homem um pouco mais baixo.
– VAI EMBORA HELENA, NÃO VAI TER FARRA - falou ele virado para mulher, que fez um cara de nojo e saiu andando.
Ele em seguida soltou um suspiro.
– Me desculpe, pela confusão - falou enquanto ajuntava os livros jogados do chão.
– Não foi nada, respondi.
– Sou Camus, muito prazer - falou ele se levantando com um pequeno sorriso. Ele nem parecia o cara de agora a pouco.
– Sou Cleo.
– Preciso ir, até outra hora Cleo - falou se afastando.
– Até - falei um pouco mais alto.
Bom e Milo continuava jogado pelo corredor, passei por ele tantando não pisar nele e cheguei até a porta de Dite tocando a campainha.
– Ola pequena - falou ele abrindo a porta.
– Ola Dite.
Entre - falou me dando passagem - o que faz aqui ?
O apartamento do Dite era muito maior, e mais luxuoso que o meu.
– Eu fiz um bolo de chocolate para voce - falei estendendo a caixa para ele.
Jurei que vi seus olhos brilharem, mas só tive certeza quando ela abriu a caixa.
– Voce fez para mim ? Obrigado - respondeu ele me abracando.
– Não foi nada, voce tem me ajudado bastante ultimamente.
– Vem vamos comer juntos - falou me puxando para cozinha.
A cozinha dele era maior que a minha e mas minha sala juntas. Nos sentamos e ele serviu um pedaço para cada, acompanhado de um café.
– Delicioso- falou como se viajasse em um mundo paralelo.
– Obrigada, essa é a primeira vez que faço um bolo para alguém. - falei sorrindo.
– Serio ? pode fazer mais vezes.
– A conheci seu vizinho.
A colher que estava na mão de Dite, agora repousava no prato e ele me olhava seriamente.
– O que ele fez com voce ? tentou te seduzir ?
– O Camus chegou e arrumou tudo.
– Esse Camus sempre chega brigando com o Milo, com o tempo você se acostuma - falou voltando a comer o bolo - mas falando a verdade, esse Milo é o pocado em forma de gente, pena que é um idiota.
Eu ri.
– Prefiro o Aiolia.
Sem querer falei de mais, e agora me encontrava muito vermelha. Afrodite me olhou com um olhar um tanto... safado.
– Então voce gostou dele.
– A sabe ele e gentil e a filha dele é fofa - respondi tentando amenizar a situação.
– Sei - falou Dite com um olhar ironico.
Dei um jeito de mudar de assunto e ficamos conversando até bem tarde.
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