Quando o nome sai por meus lábios, me lembro do dia em que chamei por ela no corredor da escola. Como corredores podem ser tão cheios de segredos? Cheios de pessoas que fingem ser quem não são? Fofocas que surgem do nada e afetam tantas pessoas? Naquele dia Skye me olhou e parou esperando pela próxima palavra. Eu sorri e corri até ela. Lembro que perguntei como estava se sentindo. Ela sorriu e acenou afirmativamente. Não era uma boa mentirosa.

Vejo a mesma cena, só que ela está parada no meio da rua. Seus olhos dizem que nada vai bem, apesar da tarde que passamos junto. Seus lábios não querem mais mentir, e eu virei adepto das verdades. Aprendi a não desistir na primeira dificuldade.

— Eu tentei te admoestar sobre mim. – Sua voz sai falhada.

— Não sei o que isso significa. – Uso o meu melhor sorriso, ou pelo menos tento.

— Aconselhar alguém quanto à sua maneira de proceder. – Ela tenta não sorrir, mas acho que minha expressão é boa demais para que ela consiga.

— Isso? Meu Deus, eu sei tomar as minhas decisões apesar dos conselhos dos outros. E eu escolhi tudo isso aqui. – Digo apontando para ela.

“Estou esperando”.