– Você foi incrível não assassinando nenhum dos nossos parentes hoje. – Draco murmurou enquanto descia o fecho do vestido dela, pousando um beijo gentil no ombro desnudo.

Astoria estremeceu ao toque, mas suspirou de cansaço logo em seguida.

– Não estou me sentindo incrível. – Desabafou, terminando de se despir. – Aquilo que papai falou...

– Sobre crianças? – Draco perguntou, franzindo o cenho.

– Sim. Sei que é bobagem, mas acabei pensando demais sobre o assunto. Mamãe não é uma boa mãe para os meus parâmetros, mas eu nunca tinha parado para pensar com afinco no quanto eu também não sou uma boa filha para ela. Isso é uma droga. Não quero ter uma relação desse tipo com uma futura criança hipotética.

– Você seria uma ótima mãe para qualquer criança hipotética, Astoria. – Ele disse com uma confiança que a emocionou.

– O vinho te deixa gentil.

– Não. Você deixa. Esse é o meu ponto. – Ele a puxou pela mão. – É uma sorte ter você por perto. E eu espero que você grave isso, porque só direi novamente daqui um ano ou dois. – Ela riu, abraçando-o. – Temos um longo caminho a perscrutar. E ele parece ótimo. Você deveria confiar, porque quem está dizendo isso é um sádico depressivo.