Deveria pensar em algo melhor além de admoestar para convencê-lo, então Gintoki lhe tirou os óculos, aquelas peças escuras que filtravam qualquer forma de proximidade. Ele pareceu mais irritado do que imaginava que ficaria. Apesar do choque inicial Gintoki achou aquilo mais divertido que qualquer outra coisa. Também era atrativo o ver assim. Era difícil ver Tatsuma sério.

— É sério, Gintoki, é questão de vida ou morte! — Sakamoto disse dramático.

— Ah, jura? — Gintoki disse com um sorriso mais acentuado — Certo, vou fazer o que me diz... Não de graça é claro.

— O que eu tenho que fazer? — Sakamoto disse em tom impaciente.

Gintoki apoiou os cotovelos na mesa para alcançar outro e disse bem baixo perto da orelha:

— Diz meu nome direito dessa vez, senão nada feito!

Sakamoto tinha olhos castanhos gentis. Vê-los de perto lhe ocasionava uns frios no estômago; ficaram alterados de surpresa por um momento como se fosse a primeira vez ouvisse isso de si, o que era completamente errôneo da parte dele.

— Oh, então isso realmente te incomoda? — Sakamoto disse em tom de entendimento — Desculpe-me... mas não dá pra fazer esse negócio. Eu adoro te chamar assim!

Gintoki se segurou para não dar um soco nele.