Bobby Singer tinha uma biblioteca e tanto. Biblioteca no sentido de quantidade e diversidade de livros, pois não havia em sua casa uma sala reservada a estantes de livros cuidadosamente arrumados, de acordo com o tema, autor ou título.

A maioria dos livros estava em seu quarto, em pilhas no chão, a mercê de sujeira, goteiras e outros acidentes domésticos. Outro recinto que tinha suas "torres de pisa" de livros era seu escritório. Ali ainda havia uma estante e uma escrivaninha, mais o grosso da coisa estava no chão. De vez em quando uma pilha desmoronava, e Bobby afastava alguns volumes com o pé para não ficarem na passagem.

O mais interessante é que Bobby poderia localizar qualquer livro de seu acervo particular naquela bagunça toda. Enquanto qualquer outro caçador teria dificuldade em discernir lixo de coisa que o valha. E Bobby poderia até dizer em que página poderia ser encontrado tal assunto, e inclusive traduzir línguas estrangeiras e ou mortas. Você sabia que Bobby falava japonês? Não duvidaria nada de que ele falasse inclusive enochiano, a língua dos anjos.

Não havia caçador mais habilitado para perscrutar os mais recônditos segredos dos livros sobre mitologia e folclore do mundo inteiro.