Teus Olhos Meus escrita por Felipe Perdigão


Capítulo 17
XVI — É Tão Mágico Como Tudo Aconteceu Em Nosso Amor.


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, olha quem voltou.
Este capítulo era para todxs xs leitorxs que estavam esperando por... VOU PARAR POR AQUI antes que eu solte spoiler, mas ao decorrer do capítulo saberão o que estou me referindo.
Espero que gostem porque é um dos meus favoritos e ah, qualquer semelhança com qualquer realidade ou ficção, é apenas mera coincidência.
Quero agradecer mais uma vez os suporte que vocês tão me dando. MUITO OBRIGADO, MESMO.
Vejo vocês no próximo sábado!
Não deixem de comentar, favoritar, recomendar pro papai, pra mamãe, pra titia, pro primo, pra empregada, pro patrão... É sério mesmo! Vocês não sabem como isso é importante para nós escritores e não custa nem dois minutos.



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ANTÔNIO

Eu não sei como reagir com isso tudo que está acontecendo.

Nada está saindo como eu pensei que iria ser.

Sem saber o que fazer naquela noite de sexta, enviei uma mensagem para Alexandra pra comer besteira assistindo qualquer coisa na televisão.

“Ai que depressão! Vamos sair da toca um pouco Capitão Caverna? — Alexandra.”

“Onde pretende ir? — Antônio.”

“Está tendo cover de uma banda em um bar perto de sua casa. — Alexandra.”

“Me envia o endereço e o horário que estarei lá. — Antônio”.

Ao chegar no local, eu não tinha certeza do que mais estava me deixando mais surpreso: a música boa tocando ou Marcos e Alexandra dançando juntos ao lado de outros amigos.

Cumprimentei a todos, peguei uma bebida e logo me juntei a eles novamente.

Tripudiávamos no salão de festa ao som de The Smiths.

Ao me dar conta, já estava bêbado o suficiente pra me importar com tudo.

Bêbado o suficiente pra não ter visto a hora passar.

Estávamos nos despedindo dos amigos. Todos haviam decidido ir embora. Quando ia abraçar Marcos ele colocou as mãos nos bolsos e deu um grito, espantado.

— Alguém quer uma carona? — Alexandra perguntou.

— Eu estou com o carro do meu pai. — Marcos disse.

— Antônio? — Ela me abriu um sorriso.

— Merda! — Exclamou Marcos.

— O que foi?! — Questionei.

— Esqueci as chaves de casa e todos foram para Montes Claros pra uma festa, catopês é o nome, que ocorre lá nessa época do ano.

— Ah, vamos lá pra casa. Tem lugar pra você. — Sugeri.

— Tem certeza que não vai te incomodar?

Antes que de eu responder, olhei para Alê e ela me encarava de volta com um sorriso no rosto.

Juro que vi uma piscadela, mas a julgar pelo meu estado alcóolico, não posso afirmar nada.

— Tenho sim.

Caminhamos até o apartamento. Não queria entrar no carro com ele e como estava em um estacionamento, não haveria problema.

Quando chegamos, minha amada amiga e companheira que é responsável pelos trabalhos domésticos já havia ido dormir, e como não havia avisado que teríamos visitas, o quarto de hospedes não estava arrumado.

— Até arrumarmos aqui, já amanheceu e terei que ir embora.

— Ir embora pra onde se está sem chave?

— Meus pais já devem estar em casa ao amanhecer.

— Não farei nada amanhã. — disse. — Pode dormir à vontade.

— E onde eu dormirei? — Ele indagou ficando enrubescido.

— Isso que teremos que ver! — Disse pensando em algo óbvio como o sofá. — O que sugere?

— Sua cama.

Quase caí para trás ao ouvir aquelas duas palavras.

— Se você não se importar... Por mim tudo bem.

— Ah, você está me fazendo um favor. Não estou em um hotel cinco estrelas. — Ele riu. — Se bem que aqui é melhor que um.

— Até parece. — Segurei a sua mão e o guiei em direção ao meu quarto.

Já dentro do quarto, enquanto eu tirava meus sapatos, ele pegou minha foto com meus amigos sobre o criado mudo e caiu em gargalhada.

— Não acredito que esse seja você.

— Infelizmente sim. — Disse envergonhado. Na época da foto eu tinha problemas enormes com a autoestima.

— Já fiquei sentimental lembrando da minha época da escola.

— Me de isso daqui! — Puxei o porta retrato de suas mãos e coloquei no lugar.

Ele sentou em minha cama enquanto eu tirava minha blusa e reparava na foto e pensava o quão eu mudei nessas dez primaveras. Na adolescência meus problemas pareciam tão intensos e sem solução, tolo, mal sabia eu que coisas piores estariam por vir.

— Está muito quente pra dormir vestido. — Disse logo após retirar a calça e ficar apenas de cueca e um camisetão branco de algodão.

— Fique à vontade.

— E você? Já quer ir dormir?

— Acho que estou tonto demais.

— Não está com sono?

— Estava, mas acho que passou. E você? — Marcos disse desabotoando a camisa.

— Eu não estou com sono. — Respondi.

O silêncio tomou conta do meu quarto.

Eu estava hipnotizado.

Tudo que eu conseguia reparar naquele momento era os pelos dourados que saiam de sua cueca branca e subiam em caminho do umbigo deixando sua barriga, que era naturalmente composta por abs, ainda mais sexy.

Desabotoando a calça, mesmo que eu não estivesse olhando para os seus olhos, eu sabia que ele olhava em minha direção.

Era involuntário.

Eu não conseguia tirar os olhos de Marcos se despindo na minha frente.

— Quer uma camiseta? — Ao sentir um arrepio subir pela minha espinha finalmente tive uma reação.

— Sim, por favor.

Peguei a primeira que vi na frente. Uma cinza com a palavra stronger estampada na frente.

— Deve servir.

— Se não, durmo sem.

Depois de estarmos prontos pra deitar, ficamos na cama por vários minutos conversando. Talvez hora. Eu realmente não estava preocupado com isso.

Já escorados na minha cabeceira, conversávamos de tudo um pouco. Mas ele fora capaz de me surpreender com uma pergunta infeliz.

— Quem são estes na foto com você? — Ele franziu o cenho esperando uma resposta.

O encarnei por alguns instantes. Pensei em dizer "não quero falar sobre isso", acho que ele entenderia. Era algo que eu ainda estava tentando lidar. Não obstante preferi dizer. Talvez o whisky havia me dado a coragem que me faltava.

Tomei a fotografia em uma das minhas mãos e apontei para a única garota da foto.

— Essa é Alice. — Disse respirando fundo. — Ela era minha advogada até alguns 2 anos atrás, mas ela passou em um concurso e foi fazer mestrado em Nova York. Desde então mal nos falamos.

— Nem por telefone? - Ele me perguntou com uma expressão que eu nunca o havia visto esboçar.

— Ah, não gosto de chamá-la. Tenho medo de incomodar. Fora que ela tem novos amigos, e um namorado... Não sei se ela ainda quer lembrar da vida no Brasil, afinal, morar lá sempre foi o seu sonho.

— Entendi, mas quem é esse loirinho? - Ele se demonstrou interessado em saber mais do meu passado.

— É o Theus. Ele foi assassinado... Marcos me interrompeu.

— Antônio, se isso magoa, não precisa contar. — Ele aproximou o corpo do meu.

— Foi por uma gangue da escola que nos perseguiu durante todo o ano. Um dia, no píer que nos encontrávamos fielmente todos os dias, não conseguimos fugir. — Comecei a soluçar. — Depois que ele morreu eu me senti muito sozinho. — Minhas lágrimas pareciam estar sincronizadas com a chuva que caiam lá fora. E com as que caiam dentro do meu peito.

— Meus pêsames. Eu realmente sinto muito. — Marcos limpou a lágrima que escorria pelo meu rosto me fazendo esboçar um sorriso.

— Não precisa sentir. — Disse mordendo os lábios.

— Claro que sinto. — Meu aluno me deitou em seu tronco e me abraçou na tentativa de me confortar. — Eu sinto várias coisas por você.

Ao ouvir isso, a única coisa que eu conseguia fazer é chorar mais e mais.

Ele me apertava tão forte contra seu peito que uma de suas mãos ficara branca pela falta de circulação enquanto a outra me acariciava nos braço.

— CHEGA! Não chore. — Ele ordenou.

— Enxuguei os olhos tentando me recompor.

— Não queria ter ficado assim. — Disse respirando fundo tentando recuperar o fôlego.

— Não seja tonto.

— Você está bem? Não estou te apertando muito?

— Não! Eu estou muito bem. Seu abraço me é tão aconchegante que eu poderia fazer dele o meu lar. — Fechei os olhos sentindo o calor de seu corpo contra o meu

— Eu, também. — Ele sussurrou. — Durma.

Foi a última noite que escutei naquele noite. Ou dia. Talvez.

Quando acordei, dividíamos o mesmo travesseiro. Um de seus braços passava pela minha nunca enquanto eu repousava um dos meus em seu peito.

Dei algumas piscadas enquanto acabava de acordar.

Tentei me soltar, mas ele luxou minha cabeça em direção ao seu peito novamente e tudo que fiz foi ceder.

Me abraçando novamente com os dois braços, ele me fazia me sentir no paraíso.

Depois de alguns minutos naquela posição o questionei.

— Você dormiu bem?

— Ele balançou a cabeça afirmando.

— Não te incomodei durante a noite nem nada?

Ele fez bico e franziu o cenho e balançou a cabeça negativamente.

Marcos me puxou pra mais perto fazendo com que minha testa encostasse em seu queixo.

— Você fica ainda mais bonito dormindo. — Eu disse com a voz mansa.

Ele soltou uma gargalhada.

— É verdade. Todo angelical. Da até vontade de beijar a sua bochecha.

Para minha surpresa ele ajeitou seu corpo colocando sua bochecha em minha direção e jogando os lábios para o lado contrário.

O dei um beijo na maçã do rosto.

Meu aluno riu.

— O que foi? — Perguntei.

— Me fez cócegas. — Ele me explicou.

Escorei minha cabeça em seu ombro direito enquanto o encarava.

— Posso fazer cócegas na sua boca? — Indaguei sentindo um frio na barriga.

Ele abriu os olhos calmamente. Talvez nem tivesse sido tão lentamente assim, mas a ansiedade por sua resposta fazia o tempo correr mais devagar.

Ele virou a cabeça em minha direção e me fitou nos olhos por um instante e fez que sim.

Aproximei meu rosto do seu e sentindo sua respiração toquei meus lábios nos seus suavemente e me afastei.

Marcos me puxou de volta passando a mão em minhas costas enquanto eu acariciava sua nuca.

Depois deste beijo nos encaramos e não dissemos mais nada.

Ele se sentou na cama de costas pra mim e quanto eu o encarava deitado de lado.

— Até onde isso entre nós vai ir?

— Não sei. — Marcos me respondeu olhando por cima dos ombros. — Nunca senti algo assim antes, você sabe.

— Mas você está gostando disso que está sentindo, não é?

— Sim, muito. — Marcos fez uma pausa. — E você?

— Se eu não estivesse você não estaria na minha cama. — Respondi

— Grosso!

Antes que eu pudesse responder já estávamos nos beijado novamente.

Beijos.

Beijos.

Beijos.

E mais beijos.

Quando nos demos contas, ambos possuíam marcas de chupões no pescoço e estavam completamente nus.

— Você quer? — Perguntei temendo a resposta.

Ele desviou o olhar e fez que sim com a cabeça.

— E tu?

Balancei a cabeça várias vezes para cima e para baixo encarando seus olhos que olhavam para baixo, distantes.

— Mas quem a quem?

— Eu a você. — Respondi desdenhando.

— E se doer? É melhor eu em você!

— Certo... — Concordei.

Me deitei com um travesseiro próximo a cóccix e estendi as pernas. Marcos as colocou em seus ombros e com seu sexo enrijecido tentou me penetrar logo após colocar um preservativo.

— Mais pra baixo ou...? — Ele perguntou sem graça olhando para a região onde nossos sexos se encontravam.

— Acho que eu tenho que estar um pouquinho mais alto. — Coloquei mais um travesseiro.

— Aí sim! — Ele disse me dando um beijo enquanto iniciava o movimento repentino de vai e vem.

Sentindo seu sexo me penetrar, o soltei do beijo, desci minhas pernas até a cintura e o envolvi sentindo meus pés em suas nádegas brancas.

Aproveitei a posição e apartei sua nádega enquanto ele acelerava o movimento.

Exprimi os olhos e mordi os lábios sentindo a dor se transformar em prazer.

O desejo era tanto que eu apertava casa vez minhas pernas contra o seu corpo enquanto ele me fazia revirar os olhos penetrando-me e chupando um dos meus mamilos.

Quando ele começou a perder a força nas pernas, o empurrei com a mão pela pélvis fazendo com que ele se afastasse e fiquei literalmente de quatro sobre a cama.

Desci o máximo que pude com meus ombros para que minhas nádegas pudessem ficar em um ângulo perfeito. Abri as pernas e senti Marcos apertar o meu sexo e começou a me masturbar enquanto fazia movimentos contínuos no meu anus.

Eu gemia de prazer.

Ele introduziu um dedo.

Dois dedos.

Quando eu estava extremante á vontade, ele passou mais lubrificante na camisinha e voltou a me penetrar me segurando pela cintura.

Quando enjoou da minha cintura colocou uma das mãos em meu ombro e com a outra puxou o meu cabelo.

Depois de vários minutos sentindo seu sexo dentro de mim, o pedi para parar e o deitei na cama. O lubrifiquei mais uma vez e comecei a cavalgar em seu sexo até o momento em que ele disse que estava chegando ao orgasmos.

Saí imediatamente de cima dele e retirei o preservativo sentindo seu sexo pulsar em minhas mãos.

— Na minha cara. — Ordenei.

Ele se masturbou por alguns instantes e antes quando me dei conta, fui atingido por jatos quentes em todo o rosto.

Acabei de limpar o sexo de Marcos com a língua enquanto ele tentava se recuperar.

Quando pensei que ele estava prestes a deitar, virar pro lado e dormir, Marcos começou a me masturbar introduzindo-me analmente com os dedos até o momento que também pude chegar ao orgasmo.

Trocamos um beijo, deitei em seu ombro e caímos novamente no sono.

Fui acordado com Dona Vitória batendo na porta.

— Antônio? Não vai levantar?

— Vou sim! — Gritei.

— O almoço está na mesa.

— Coloque um prato a mais, temos visita. — Ri.

Marcos me encarava constrangido.

Ouvimos os passos de Dona afastando do quarto.

— Quero lhe dizer algo, mas tenho um pouco de medo.

— Diga. — O encarei. — Não mordo, só transo.

Rimos.

— E muito gostoso. — Demos outra gargalhada.

— Não vai se assustar, certo?

— Cara, o que vai me dizer?

— Eu te amo.

— Quer saber? Eu também estou perdidamente apaixonado por você.


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Notas finais do capítulo

Conseguiram desviar destes tiros? Não deixem de comentar o que acharam porque eu amo socializar com vocês. Beijos!

Comentar em uma fic é mostrar para o autor o quanto
você respeita e gosta da historia. Não custa nada e não
demora dois minutos, então por que não comentar?

Com certeza todos que leêm essa nota já escreveram algo
e viram como é ruim escrever para as paredes. Muitos desistem,
outros desanimam.

Então faça uma forcinha, nem que seja para dizer que amou
ou odiou. Com toda certeza o autor se sentira melhor.



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