Proesiando escrita por Layla Glêz
Notas iniciais do capítulo
Bem... Entrando nas 200 palavras vou começar a escrever sobre histórias que nunca tive tempo de desenvolver. A de hoje é algo que eu sempre achei bonito, porém falta tempo (e pesquisa) para incrementar. Um dos meus temas prediletos: a dança.
Boa leitura! Espero que gostem :)
Começou as aulas de ballet com sete anos, graças a um projeto social no lugar onde morava — um subúrbio urbano, esquecido pelas autoridades e abraçado por uma ONG.
Apaixonou-se desde a primeira nota, que saía de um rádio velho, e não demorou a fazer dela o seu motivo de vida. À medida que envelhecia, entretanto, era deixada de lado, seus passos pareciam desajeitados.
Uma vez, após uma apresentação, ouviu um crítico especializadíssimo falar com acentuado sotaque europeu:
“Dança bem, mas falta-lhe donaire.”
Torceu o nariz, jamais tinha estudado, desconhecia aquele vocábulo. Das letras sabia apenas como rabiscar o próprio nome. Não era difícil, três letras para escrever Ana e mais cinco para identificar um Silva.
Foi a caminho do trabalho que o farol veio em sua direção. O freio, o para-choque, os flashes, a ambulância. Acordou uma semana depois, com o que julgaria ser a pior notícia de sua vida: estava paraplégica.
Mas não desistiu de seu sonho. Persistiu.
Aprendeu a ler e a escrever. Hoje ainda tem esperanças de recuperar o movimento das pernas, porém dança sobre as rodas de uma cadeira.
Exibe elegância com braços e sorrisos.
Uma esperança que dispensa palavras. Sublime, garbosa, plena.
Exemplo de superação.
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