Obsessão - A Batalha do Ministério escrita por Diéssica Nunes Sales


Capítulo 12
Capítulo 12




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Draco sentia-se perdido; não sabia o que fazer. Era sua chance de confrontar seu pai, sua tia, sua família; era sua chance de se impor. Mas quais seriam as consequências disso? Olhou novamente para as três pessoas que estavam ali com ele, demorou seu olhar quando este pousou na namorada. De uma coisa Draco sabia: já estava encrencado. O pai jamais o perdoaria por não se aliar à família em sua jornada pelas trevas. Sabia também que seria, no mínimo, deserdado se o pai soubesse que estava com Hermione. Mas, mesmo assim, Draco sabia o que tinha que fazer. O que era o certo fazer. Por ele.

— Hermione – ele disse olhando para Lucius – é minha namorada. – Draco que antes se sentia apavorado, teve uma grande sensação de paz. Hermione, por sua vez, prendeu a respiração ao escutar a confissão de Draco; estava tensa e apavorada com o que podia resultar daquilo.

— Como ousa? – Lucius perguntou para o filho com uma mistura de raiva e desgosto na voz e nos olhos. Pegou nos ombros de Draco, sacudindo-o.

Belatrix, no primeiro momento, ficou estática olhando para o sobrinho; depois voltou sua atenção para Hermione, jogou-a no chão, pegou em seu pescoço. Segurava com força, para machucar a namorada do sobrinho.

— Como ousa, bruxinha? Como ousa? – Belatrix indagava com raiva. – Draco não é pra você. Ele merece muito mais. Um Malfoy nunca merece uma Sangua-Ruim. Você tem sorte da minha varinha não estar aqui, porque se ela estivesse você já estaria morta.

Draco virou-se para a tia ao escutar o que dissera. Tentava se desvencilhar do pai, mas não conseguia. Era forte demais; ele o sacudia, gritava, pedindo uma explicação. Acusava-o de traição.

— Larga ela! – Draco gritou, tentando olhar para a tia e para a namorada. – Larga ela!

Belatrix fingia não escutar. Hermione estava roxa, tentava falar, mas não conseguia. Tentava empurrar a Comensal da Morte para longe dela, mas não tinha forças suficientes.

Estupefaça! – Hermione escutou Ron exclamar. Em seguida, se deu conta que ninguém mais estava em cima dela, estava livre para respirar e se levantar. Belatrix fora arremessada para longe dela.

— Obrigada! – Hermione agradeceu ao amigo.

— Não precisa agradecer. Melhor ajudar seu namorado. – Ron disse apontando para Draco, que acabara de levar um saco do pai. Hermione olhou alarmada para ele, sua boca sangrava.

Immobulus! – Hermione lançou o feitiço no pai do namorado. Lucius ficou imóvel, numa posição que o denunciava estar pronto para dar outro soco no filho.

— Hermione! – Draco exclamou ao ver na namorada. – Obrigado. – Eles se apressaram para um abraço apertado.

— Temos que cuidar da sua boca.

— Não se preocupe comigo. Temos que achar o Potter e os outros.

— Não se preocupe. – Ron disse. – Os aurores estão aqui. Podemos voltar para ver se precisam de mais algumas varinhas, mas quando saí para ver aonde vocês estavam tudo estava sob controle.

— A sala não está silenciosa demais? – Hermione indagou.

— Vamos. – Draco disse limpando o sangue da boca na manga da camisa.

*****

Ron, Hermione e Draco vasculharam a sala e nada dos amigos, nem dos aurores, nem dos Comensais. Voltaram para onde Hermione e Draco estavam com Belatrix e Lucius, mas eles já haviam desaparecido também.

— Aonde foi todo mundo? – Ron perguntou.

— Não sei. – Hermione disse preocupada.

— Eles devem ter ido para outra sala do Ministério. Não iam simplesmente desaparecer.

— Podem ter aparatado. – Ron disse.

— Somente os Comensais e os aurores. – Hermione lembrou.

— Vamos, então. – Ron concordou.

Saíram da sala que estavam e voltaram para o corredor; checaram todo o nono nível.

— Não tem ninguém aqui. – Hermione disse.

— Vamos continuar buscando. – Ron disse.

— Mas aonde? – Draco perguntou. – Não temos tempo para buscar nos dez níveis.

— Vamos para o Saguão de entrada. – Hermione disse. – Talvez consigamos achar alguém no caminho.

— Ok. – Ron e Draco concordaram em um uníssono.

*****

Ao chegarem no saguão, Hermione, Draco e Ron flagraram Harry no chão, como se estivesse desmaiado; Dumbledore ao seu lado. Faíscas verdes aparecendo nas lareiras que haviam no saguão e uma mancha preta se diluindo no ar, indicando que Voldemort e os Comensais da Morte haviam acabado de aparatar.

— Harry! – Hermione foi correndo até o amigo. Ajoelhou-se ao lado dele e olhou para Dumbledore. Harry estava desacordado, mas o professor não lhe dissera nada para que acalmasse.

Em seguida, Ron se ajoelhou ao lado de Hermione, enquanto os demais amigos ficaram de pé, a uma certa distância do trio e do professor Dumbledore. Cerca de três minutos depois, Harry começou a movimentar sua cabeça. Ao abrir os olhos, Hermione pegou sua mão e apertou-a de modo firme.

— Como você está? – Ela perguntou docemente.

— Bem, eu acho. – Ele respondeu com a voz fraca.

Dumbledore se levantou e se dirigiu até o Ministro da Magia, que olhava a cena ainda em choque.

— O que houve, Harry? – Ron perguntou.

— Voldemort. – Ele disse.

— Vocês lutaram?

— Ele lutou com Dumbledore.

— E o que houve com você?

Harry suspirou e piscou os olhos.

— Quero me levantar.

— Ok. Te ajudamos. – Hermione disse.

— Hermione, – Draco se aproximou da namorada – parece que o Profeta Diário já está aqui.

— Como? Harry não está em condições!

— O que você quer fazer, Potter? – Draco perguntou.

— Falar com Dumbledore. – Ele apontou na direção do professor, que ainda falava com Fudge.

— Em Hogwarts vocês conversam, Harry. – Hermione disse.

— Não. Quero falar com ele agora.

— Tem certeza?

— Tenho, Hermione.

Hermione e Ron ajudaram Harry a caminhar. Enquanto ia de encontro ao professor, este terminou sua conversa com o ministro, virando-se novamente para Harry.

— Harry. Acredito que o Profeta Diário já ficou sabendo do que houve aqui.

— Senhor, preciso conversar...

— Em Hogwarts, Harry. – Dumbledore o interrompeu. – Em Hogwarts. Já temos companhia. Senhorita Granger, peça aos seus colegas para retornarem para a escola. Vocês encontram Harry lá.

— Ok, senhor.

*****

Todos voltaram para Hogwarts da maneira que saíram de lá. Chegaram pelo Corujal e todos, menos Hermione e Draco, voltaram para o castelo.

— O que você queria me dizer? – Hermione perguntou para Draco.

— Que não quero mais esconder nosso relacionamento.

— Tem certeza? – Ela sorria.

— Tenho. Meu pai era o único que não poderia saber e agora está. Não tenho razões para esconder de mais alguém.

— Mas e seus amigos? Sua casa?

— Nada disso importa, Hermione. – Ele sorriu para ela.

— Tem certeza que não vai se arrepender? – Ela sorria para o namorado.

— Tenho. – Ele disse firmemente para ela. Colocou sua mão no rosto dela e a puxou para um beijo. A namorada respondeu o beijo, colocou suas mãos sobre os ombros do namorado, diminuindo a distância entre os dois. – Vamos voltar para o castelo? – Ele perguntou estendendo a mão para ela.

Ela pegou sua mão e respondeu:

— Vamos.


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