Obsessão - A Batalha do Ministério escrita por Diéssica Nunes Sales


Capítulo 11
Capítulo 11




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Pouco antes do jantar, Harry, Ron, Hermione e Luna caminhavam para fora do castelo quando foram parados por Snape.

— Aonde vocês pensam que vão?

— Lá fora. – Respondeu Hermione.

— Ainda não está na hora do toque de recolher. – Harry respondeu.

Snape olhou pausadamente para os quatro.

— Não vão jantar?

— Ainda não está na hora. – Harry retrucou.

— Muito bem. – Snape disse, olhou mais uma vez para os quatro e seguiu seu caminho.

— Vamos. – Harry disse e continuaram a andar.

— E se ele notar os outros saindo do castelo? – Hermione perguntou.

— A única coisa que podemos fazer é esperar que isso não aconteça. – Harry disse.

Foram andando em silêncio até o local combinado, que era próximo ao Corujal. Decidiram este lugar por ser um pouco mais distante do castelo e que não era estranho ter alunos se direcionando para ele.

Fred, George e Gina chegaram em seguida e, logo depois deles, Simas, Dino e Neville.

— Falta só o Draco. – Hermione disse.

— Tem certeza que ele vem? – Simas perguntou.

— Tenho. Nos falamos hoje.

Ron olhou para Harry.

— Luna. – Harry chamou.

— Oi, Harry?

— Aonde estão os Testrálios?

— Já devem estar chegando.

— Chegando? – Ron franziu o cenho

— Sim. – Luna sorriu. Ron olhou novamente para Harry com uma expressão confusa.

Mais dois minutos se passaram e Draco chegou.

— Desculpem o atraso. – Ele disse ofegante.

— Você sempre diz isso. – Ron observou.

— Não tem problema. – Hermione disse.

— Desculpe mesmo. – Draco disse e deu um selinho em Hermione. Todos piscaram os olhos para terem certeza do que estavam vendo. Sabiam que os dois estavam juntos, mas nunca os haviam visto se beijarem; não era uma imagem que, na verdade, eles haviam imaginado. – E os Testrálios?

— Ali. – Luna apontou para o céu.

— Não estou vendo. – George disse.

— Só os veem quem já viu a morte. – Luna disse.

— Caramba. – Fred disse.

— Como vamos subir nisso aí? – Simas perguntou.

— Quem pode vê-los?

— Eu. – Harry disse.

— Eu. – Neville disse.

— Eu. – Draco disse.

— Ok. – Disse Luna. – Eu também posso. Somos dez e somente quatro podem vê-los. Harry vá com Ron e Gina. Draco vá com Hermione. Neville vá com Fred e George. Eu vou com Dino e Simas. Alguém mais vem?

— Não. – Harry disse.

— Somos bem mais na Armada. – Luna disse.

— Nem todos tem habilidades pra enfrentar Voldemort. – Harry disse. – Pelo menos, não ainda. Não seria justo leva-los. E tem aqueles que não quiseram mesmo.

— Ok. Quem ver o Testrálio monte primeiro, o resto monte em seguida. Assim deve ficar mais fácil.

E assim fizeram.

*****

Enquanto voavam Hermione segurava na cintura de Draco e, apesar do medo que sentia por estar montada em um bicho que não via e, ainda por cima, estar voando nele, sentia-se aconchegada.

— Seria lindo se não estivéssemos a ponto de enfrentar Você-Sabe-Quem. – Draco gritou contra o vento.

— Tem certeza? – Hermione perguntou com a voz tremendo.

— Você está com medo do voo?

— É claro que estou. Você não está?

— Estou com medo do que vem depois.

— Acho que estou com mais medo de cair dessa coisa.

Draco soltou uma risada.

— Isso não é engraçado!! – Hermione protestou.

— Claro que é.

— Não é não, Draco Malfoy. Você vê o Testrálio, eu não. Parece que estou sentada no nada, voando.

— Hermione Granger, você pode sentir o Testrálio.

— Isso não é muito reconfortante.

Draco soltou outra risada.

— Pare de rir. – Ela disse tentando parecer brava, mas não conseguindo. Soltou um riso ao terminar de falar. Apesar da situação, era agradável a sensação de estar com Draco, no meio de seus amigos, fora das pareces da Sala Precisa. Ela queria isso para o resto da vida.

— Eu quero isso para a minha vida. – Draco disse depois de alguns segundos de silêncio.

— Isso o que? – Hermione perguntou.

— Liberdade. – Ele olhou para trás rapidamente e ela o abraçou mais forte.

— Vamos ter isso um dia.

— Tomara. – Ele respondeu e seguiram viagem curtindo a presença um do outro, enquanto apreciavam o caminho, ora pela natureza, ora perto da cidade.

*****

Ao entrarem no Ministério da Magia todos pararam e olharam para Harry.

— E agora? – Neville perguntou.

— Vamos ao Departamento de Ministérios. – Harry respondeu.

— Você sabe onde fica? – Fred perguntou.

— Eu sei. – Draco disse. Ron olhou para Harry que fingiu não notar.

— Como? – Gina perguntou.

— Já estive com papai aqui várias vezes. Observei bem lugar.

— Já esteve no Departamento de Mistérios? – Fred perguntou.

— Não, mas estive lá perto.

— Pra onde vamos? – Harry perguntou.

— Pra lá – Draco disse apontando para a sua diagonal esquerda. Ele tomou a frente do grupo ao lado de Harry.

Ao chegarem no Departamento de Mistérios perceberam tudo quieto e escuro.

— Parece que não tem ninguém. – Simas disse.

Todos viraram de repente ao som de uma rangendo. Apertaram os olhos para enxergarem na escuridão.

Lumus! – Harry disse. – Somente eu pessoal. – Harry falou baixinho. – Para não chamar muita atenção.

Foram andando lentamente pelo corredor, Harry olhou pelo espaço da porta entreaberta e não viu nada que denunciasse estar habitada. Abriu a porta lentamente, o suficiente para que eles passassem, por conta do rangido. Hermione e Draco andavam de mãos dadas.

Adentraram a sala lentamente. Era grande, cheia de estantes. De repente, de um segundo para outro, deixaram de estarem sozinhos para estarem cercados de Comensais da Morte.

Os dez amigos formaram um circulo ficando de costas uns para os outros. Ergueram suas varinhas e apontaram para os Comensais. Por um momento, o tempo pareceu se congelar, ninguém atacou.

De repente, todos atacam juntos.

Estupefaça! – exclamou Harry.

Impedimenta! – exclamou Gina.

Immobullus! – exclamou Draco.

Estupefaça! – exclamou Neville.

Wencarddio! – exclamou Hermione.

Todos correram à medida que alguns Comensais foram acertados e outros desapareceram.

— Draco! – Bellatrix apareceu na frente do sobrinho, que parou de correr com o susto. Hermione que já estava mais à frente parou e voltou seu olhar para o namorado. – O que faz aqui? Traindo sua família?

Draco engoliu em seco.

— Não acreditei quando o vi. – Lucius disse se aproximando do filho. – Pensei que soubesse do plano de Lorde das Trevas de alguma forma e tivesse trazido Potter aqui para ele, mas não. Que vergonha! – Lucius bateu no rosto de Draco com sua varinha.

Hermione hesitou para ir até o namorado. Outro comensal apareceu em sua frente.

Estupefaça! – Hermione exclamou antes que o Comensal terminasse de exclamar seu feitiço. – Immobullus! – exclamou em seguida.

Draco soltou um suspiro de alívio quando percebeu que a namorada conseguira se defender saindo sem um único arranhão. Não precisava ficar surpreso, pensou, afinal sua namorada era Hermione Granger, a melhor bruxa de sua idade. Então, riu com satisfação.

— Qual a graça? – Bellatrix perguntou para o sobrinho.

— Nenhuma. – Draco respondeu seriamente.

— Nenhuma mesmo. – Lucius disse com raiva, pegando com força do braço do filho.

— Me larga.

— Você é um Malfoy. – Lucius disse pressionando Draco contra uma das prateleiras, sacudindo-o pelo braço. – Entendeu? Um Malfoy. Você pertence à Sonserina. Você deve servir ao Lorde das Trevas.

— E se eu não quiser? – Draco disse tentando manter a voz estável, que falhava pela dor que sentia no braço.

Bellatrix estava olhando para Lucius e Draco, assim como Hermione, que estava atrás da Comensal da Morte.

Hermione tinha sua respiração instável, olhava para Draco sem saber o que fazer. Lucius e Bellatrix ainda não tinha percebido que bruxa estava ali, mas isso não duraria muito tempo. Os outros oito bruxos estudantes de Hogwarts estavam lutando com os demais Comensais da Morte. Hermione sabia que precisavam dela, mas não conseguia deixar Draco a mercê de seu pai e sua tia.

— Você não tem escolha. – Lucius disse.

— Não recuse essa honra, Draco. – Bellatrix se pronunciou.

— Não é honra. – Draco retrucou.

— Você não sabe de nada! – Ela exclamou.

— Sei que vocês dois são asquerosos.

— Você é um Malfoy. – Lucius repetiu.

— Maldito sobrenome. – Draco disse. Então, Lucius puxou Draco com força, tentando derrubá-lo no chão. Apontou a varinha para o filho, quando sua varinha voou.

Expelliarmus! – exclamou Hermione. Draco olhou para trás e viu que a namorada ainda estava ali. Lucius levantou a cabeça e Bellatrix também se virou para trás.

— Maldita Sangue-Ruim! – Bellatrix disse levantando a varinha para aponta-la para Hermione. Draco, num salto de susto, pegou o braço da tia, desviando a varinha da direção da namorada.

Expelliarmus! – exclamou Hermione novamente e a varinha de Bellatrix voou também.

Draco se afastou da tia, olhou dela para o pai.

— Não estou do lado de vocês.

— Não se atreva! – Lucius gritou para o filho. – Você não sabe aonde...

— Sei. – Disse Draco, interrompendo o pai. – Sei muito bem.

— Desgraça para a família! – Bellatrix rangeu. – Só falta estar de caso com a Sangue-Ruim.

— Draco não se rebaixaria a tanto. – Lucius disse.

Draco olhou para Hermione. Ambos engoliam em seco; ele pedia desculpas com o olhar, enquanto ela tentava se manter focada.


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Notas finais do capítulo

Oi, gente!! A fic está chegando em sua reta final. Quero saber quais são as suas expectativas!



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