Depois da Batalha do Ministério, Hogwarts mudou bastante. Albus Dumbledore voltou para a direção da Escola de Magia e Bruxaria, Dolores Umbridge foi destituída inclusive de seu cargo no Ministério da Magia. Nada de vigias, nem de aulas teóricas de Defesa Contra as Artes das Trevas. A Armada de Dumbledore foi dissolvida, mas por falta de necessidade de sua existência, enquanto o Clube de Duelos foi reestabelecido. Tudo quase parecia como antes. Quase.

Hogwarts jamais conseguiria voltar ao que era antes desde que Hermione Granger e Draco Malfoy entraram no castelo juntos e de mãos dadas. Ninguém jamais poderia imaginar algo assim acontecendo, nunca. Mas aconteceu.

Apesar de alguns conhecidos da Grifinória, Corvinal e Lufa-lufa saberem do relacionamento, devido a Armada de Dumbledore, foi uma surpresa geral, inclusive para estes, quando os dois assumiram publicamente o namoro.

A Sonserina estava em caos. Draco não tinha paz para estar na Sala Comunal de sua própria casa, apesar de sua atitude ter mexido um pouco com o clima e com a harmonia da casa: alguns Sonserinos já se perguntavam que mal havia em serem amigáveis com colegas das demais casas.

Não estava sendo um final de ano fácil para nenhum deles, mas Draco estava terrivelmente feliz e sorridente por poder entrar no Salão Principal de mãos dadas com Hermione. Apesar de isso ter lhe trazido consequências em sua própria casa, ele não se importava. Conseguira fazer muitas outras amizades com pessoas que ele nem sequer reparara que estudavam em Hogwarts e isso estava lhe mostrando um mundo complemente diferente, complemente novo.

Sua mãe lhe escrevera uma coruja dizendo que seu pai e Belatrix estavam foragidos. Voldemort estava furioso com eles e os aurores os caçavam: queriam os dois atrás das grades de Azkaban. Ela também lhe disse que, apesar de Voldemort estar furioso com os Malfoy, não lhe fizera nenhum mal. Talvez por saber que Lucius não se importaria muito. Sabia que o foco dele era acabar com o marido, além, claro, de caçar Harry Potter com todas suas forças e com todas as forças de seus seguidores. Não disse nada a respeito de Hermione, mas terminou a carta dizendo que estava feliz com a sua felicidade e que sempre deveria escutar sua intuição e fazer aquilo que acreditava ser o correto.

Hermione escrevera para seus pais contando sobre Draco. Disse-lhes que estava namorando um bruxo que pertencia à casa da Sonserina, mas que não era mal como ela achava que era. Na verdade, só não havia encontrado a luz ainda. Os pais responderam a carta dizendo estarem felizes por ela e que não viam a hora de conhecer o tal Draco Malfoy.

Ron, por sua vez, reconhecera que Draco realmente gostava de sua melhor amiga e, apesar de não ter pedido desculpas por suas desconfianças, mostrou que sabia o quanto estivera errado a respeito de Draco.

No feriado de Páscoa, todos foram para a toca, incluindo Draco. O Senhor e a Senhora Weasley foram outros dois que ficaram surpresos quando Fred e George contaram que Hermione estava namorando Draco Malfoy e que ela havia perguntado se ele poderia passar o feriado com eles. Apesar de algumas reservas, os dois concordaram.

— Sabe, Draco, – disse o Sr. Weasley – fiquei com um pouco de receio de deixar que você viesse para o feriado, mas vejo que você realmente subverteu o costume de sua família.

— Sim, Sr. Weasley. Eu devo confessar que apesar de todas as minhas atitudes anteriores à este ano, eu sempre tive algumas indagações a respeito da conduta de papai e de todos os ombros membros da minha família. Por acidente, Hermione e eu nos aproximamos, nos apaixonamos e eu pude, então, ver com clareza que todas as minhas indagações tinham fundamento e que todas as atitudes que tive antes foram extremamente equivocadas.

Hermione sorriu para o namorado.

— Fico feliz. – Sr. Weasley disse e ergueu sua taça. – Um brinde a todos nós!

— Um brinde! – Todos repetiram.

Hermione e Draco brindaram e se beijaram. Um beijo rápido e discreto. Os dois se olharam intensamente e, em seguida, como sempre faziam quando se olhavam, sorriram.