Obsessão - A Batalha do Ministério escrita por Diéssica Nunes Sales


Capítulo 10
Capítulo 10




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Na manhã seguinte, ao acordar Harry se depara com algo estranho ao seu lado. Piscou os olhos e colocou os óculos para enxergar o que era. Era uma carta. Se perguntando como aquela carta poderia ter chegado até ali a abriu.

Harry Potter,

Sirius Black está sob minha guarda.

Encontre-me no Departamento de Ministérios ao pôr-do-sol.

Ao terminar de ler, a carta pegou fogo e desapareceu.

Um desespero enorme surgiu no peito de Harry. Correu até a cama de Ron e o sacudiu para que acordasse.

— O que houve? – Ron perguntou sonolento.

— Precisamos conversar. É urgente. – Harry sussurrava desesperado.

Ron percebeu o desespero na voz do amigo e se levantou apressadamente. Desceram para a Sala Comunal, aonde Harry contou a Ron sobre a carta.

— Você não pode ir. – Ron disse.

— Não vou deixar Sirius ser morto.

— Ele pode estar blefando.

— Eu não vou correr o risco.

— Harry...

— Ron, está decidido.

— Então nós vamos com você.

— Não. Ele pegou Sirius. Isso é entre eu e ele.

— Você não escutou o Malfoy não? Ou a Hermione?

— Escutei, mas...

— Mas nada, Harry. Você-Sabe-Quem está jogando sujo com você. Vamos comunicar a Armada que temos uma urgência.

— Não, Ron.

— Todos ali queriam aprender a lutar, não? A se defender, não? Então, chegou a hora. – Ron disse indo em direção ao quadro da Mulher Gorda.

— Aonde você vai? – Harry perguntou.

— Vou falar com o Malfoy.

— É de madrugada, Ron. E você está de pijamas.

— O quê que tem? Vamos!

— A Sala Comunal da Sonserina é nas Masmorras, Ron. – Harry disse quando Ron se dirigiu aos corredores do sétimo andar e não desceu às escadas.

— Eu sei, mas duvido que ele esteja lá.

Os meninos chegaram em frente a entrada para a Sala Precisa.

— Você tem certeza que quer entrar em avisar? – Harry perguntou ao amigo, lembrando-se de que Draco estaria com Hermione.

— Tem uma ideia melhor? Entramos de olhos fechados.

— Ok. – Harry concordou.

Assim que a porta apareceu, os dois entraram de olhos fechados. Ron limpou a garganta, fazendo barulho.

— Ron? Harry? – Hermione ficou assustada ao ver os amigos. Ela e Draco haviam juntado os dois sofás, deixando um de frente para o outro, para que cada um pudesse deitar em um, sem ficarem muito distantes. Estavam dormindo e praticamente vestidos.

Ainda meio sonolenta, mas assustada pela entrada dos amigos, Hermione começou vestir sua calça. Draco, na mesma situação, vestia sua blusa.

— O que houve? – Hermione perguntou.

— Podem abrir os olhos. – Malfoy disse ao perceber que ambos estavam de olhos fechados.

Sentaram-se e Harry contou tudo a Hermione e Draco.

— Mas como alguém entrou no seu dormitório, Harry? – Hermione indagou.

— Não sei. – Harry respondeu preocupado.

— Hogwarts não está mais segura. – Draco disse.

— Quando você acordou, você viu alguém? – Hermione perguntou.

— Não. – Harry respondeu.

— Tem certeza que a carta não estava lá quando vocês chegaram no dormitório?

— Tenho.

— Que horas são? – Ron perguntou.

— Cinco horas da manhã. – Draco respondeu.

— Obrigado. – Ron disse bocejando. Hermione bocejou em seguida.

— Estamos todos cansados – disse Draco –, mas temos que sair daqui e começar a nos movimentar. Precisamos falar com o resto da Armada, traçar um plano. Nossa prioridade vai ser resgatar Sirius e, se possível, Potter, destrua Você-Sabe-Quem.

— Draco... – Hermione chamou o namorado.

— Oi?

— Você vai?

— Vou.

— Seu pai...

Draco fez silêncio por alguns instantes.

— Não me importo. – Ele deu os ombros.

Hermione sorriu.

— Vamos nos movimentar então. – Ela disse saindo da sala com Draco. Harry também foi em direção à saída, mas Ron o segurou.

— O que? – Harry perguntou.

— Quero falar algo com você.

— Vocês não vêm? – Hermione perguntou.

— Já estamos indo. – Ron disse.

— O que foi? – Harry perguntou ao amigo quando o casal saiu.

— Harry, e se foi Draco quem colocou a carta no seu dormitório? E se ele estiver por trás disso?

— Ele estava aqui com Hermione, Ron.

— Ele pode ter saído enquanto ela dormia. Alguém de dentro colocou essa carta lá. Como Você-Sabe-Quem teria conseguido entrar?

— Ele não sabe a senha.

— Quem te garante isso? – Ron perguntou. – Quem te garante que Hermione nunca disse nada?

— Ron, não dá pra especular agora.

— Temos que estar atentos, Harry.

— Eu sei. Eu sei. – Harry ficou calado por alguns segundos, pensando. – Pode ser que tenha sido ele, mas pode ser que não. Pode ser que tenha sido alguém de dentro, pode ser que não. Voldemort é poderoso. Ninguém acredita que ele voltou. Umbridge pegou a direção e está fazendo dela uma ditatura. Hogwarts não é mais seguro como antes. Não sem Dumbledore aqui. Vamos?

— Vamos.

*****

— Draco, tem certeza que está querendo se arriscar assim? – Hermione perguntou quando chegaram perto do quinto andar.

Draco parou de andar, puxou Hermione para perto de si, ficando de frente para ela.

— Hermione – ele colocou sua mão sobre o rosto dela, acariciando-lhe –, sinto que tenho que tomar uma posição. Não posso estar do lado de vocês e não fazer nada. Sei que isso me acarretará consequências que não quero nem imaginar, mas preciso disso. Não posso ser conivente com o que pode acontecer.

Hermione acariciou o rosto do namorado também.

— Estarei aqui para o que você precisar... Sempre.

— Obrigado. – Ele sorriu e lhe deu um selinho. – Vou para meu dormitório. É melhor você voltar. Nos vemos logo.

— Nos vemos logo.

*****

Algumas horas mais tarde, Ron, Harry e Hermione desceram para o Salão Principal. Chegaram cedo para poderem se encontrar com o maior número de pessoas possível. A cada vez que um membro da Armada entrava Harry dava um sinal. Hermione foi a primeira a sair do Salão Principal, dando, discretamente, sinal para Luna.

Hermione e Luna andavam pelos corredores conversando cuidadosamente. Tinham que cochichar, mas não podiam dar motivos para os espiões de Umbridge. Rapidamente Hermione explicou que teriam que se ver na Sala Precisa na hora do almoço e pediu que passasse o recado cuidadosamente para os outros alunos da Corvinal.

Encontrou Harry e Ron quando ambos saíram do Salão Principal e foi avisada por Ron que ele já havia passado o recado para um aluno da Lufa-Lufa. Como Harry já havia dado alguns sinais de alerta, todos saberiam que era algo importante e não faltariam.

*****

Após saírem das aulas, os alunos foram para o sétimo andar, com certa dificuldade, já que as rondas que os alunos da Sonserina faziam estavam cada vez mais rígidas. Sorte de todos que Draco estava fazendo ronda neste mesmo horário e, então, ajudou que escapassem.

Quando todos da Armada haviam chegado, Hermione foi direto ao ponto. Não poderiam demorar. Tinham que comer algo e não podiam ficar sumidos por tanto tempo, isso traria problemas para eles e para Draco. Explicou o que acontecera com Harry e a conversa que os quatro tiveram durante a madrugada. Perguntou quem estava disposto a ir com eles para o Departamento de Ministérios.

— Hermione? – Dino chamou.

— Oi, Dino?

— Como vamos sair de Hogwarts?

— Luna deu essa ideia mais cedo. Vamos de Testrálio.

— De que? – Nevillle perguntou.

— São os animais que levam as carroças no início do ano.

— As carroças andam sozinhas, Hermione. – Dino disse.

— Não, não andam. – Luna falou. – Poucos podem ver os testrálios.

— Se poucos podem ver como vamos neles? – Fred perguntou.

— Descobrimos isso na hora. – Luna disse e Hermione assentiu.

A reunião se deu por encerrada e, aos poucos, todos foram para o Salão Principal.


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